sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Balada de Gisberta



Por Maria Bethânia


   
Letra de Pedro Abrunhosa na voz de Maria Bethânia.



Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta p’ró nada.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Sambei na avenida, 
No escuro fui porta-estandarte, 
Apagaram-se as luzes, 
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo, 
Corações que já esqueci, 
Com sedas matei 
E com ferros morri.
Eu não sei se um Anjo me chama, 
Eu não sei dos mil homens na cama 
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva, 
Eu não ouço o meu grito na treva, 
E o fim vem-me buscar.
Trouxe pouco, Levo menos, 
E a distância até ao fundo é tão pequena, 
No fundo, é tão pequena, 
A queda.
E o amor é tão longe, 
O amor é tão longe...
E a dor é tão perto.

Balada de Gisberta, de Pedro Abrunhosa


🍃🍃🍃🍃





O que sou eu? Mulher.

Quem sou eu? Gisberta.

O meu nome é Gisberta.

G-I-S-B-E-R-T-A.




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