quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Estilística com estilo!



Parábola?

          Analepse?

                    Anáfora?

                              Hipérbole?

                                        Onomatopeia?

                                                  Aliteração?

                                                            Ironia?



  



quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Concurso Nacional de Leitura | Fase Municipal


22 de fevereiro



Obras selecionadas para o 3º Ciclo e o Ensino Secundário



Dia mundial da leitura em voz alta


1 de fevereiro






Campanha de Leitura em Voz Alta EUROPE READS, promovida pelo consórcio pan-europeu de organizações promotoras da leitura EUREAD.

Durante a semana de 28 de janeiro a 1 de fevereiro, tidas as pessoas são desafiadas a juntarem-se a esta campanha internacional realizando atividades de leitura em voz alta, que serão divulgadas pelo PNL2027 a partir do seu Portal e da plataforma EUREAD.





Sugestões de atividades: 

Mapa de leituras em Voz Alta – leituras livres em voz alta de textos gravados em MP3 (tempo máximo: 2 minutos.) 

Desafios PNL2027 - Desafios de Leitura em Voz Alta propostos pelo PNL2027. 

Leituras bilingues – levantamento das nacionalidades que a comunidade engloba; convite, a diferentes elementos da comunidade, para a leitura de um texto na sua língua materna, seguida da respetiva tradução. 

Encontros de leitura – encontros de crianças ou jovens para partilha de leituras em voz alta, entre si ou com a comunidade. 

Livros humanos – partilha de histórias e leituras em voz alta envolvendo famílias, contadores, escritores e figuras públicas. 

Maratona de leituras – ligação entre diferentes instituições, por exemplo através do Skype, num horário acordado, para partilha de leituras em voz alta.




A importância da leitura em voz alta





Inspirar as pessoas a ler


Campanha Europe Reads







"A cultura e a educação estão no centro do projeto europeu. Eles podem impulsionar o desenvolvimento e a compreensão mútua, conectando pessoas e gerações, comunidades e países. Uma parte importante deste processo são as habilidades de leitura de cada cidadão na Europa. Portanto, investir na educação e nos jovens continua a ser uma prioridade. Habilidades sólidas de literacia são fundamentais para garantir que não deixamos ninguém para trás. Apenas 15 minutos de leitura em voz alta ou por prazer todos os dias fazem uma enorme diferença. É por isso que apoio a campanha pan-europeia Europe Reads, que visa inspirar as pessoas a ler. Pode desempenhar um papel importante na promoção da literacia em toda a Europa - o que é uma parte essencial da construção de uma sociedade coesa e resiliente."
Tibor Navracsics, Comissário Europeu para a Educação, Cultura, Juventude e Desporto


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

PIRLS | Estudo internacional de avaliação da literacia de leitura



O PIRLS − Progress in International Reading Literacy Study − é um estudo internacional que avalia a literacia de leitura de alunos do 4º ano de escolaridade em países de todo o mundo. O estudo realiza-se com uma periodicidade quinquenal, tendo completado, na edição de 2016, 15 anos de atividade. Neste ciclo, foi avaliada pela primeira vez a literacia de leitura online através da simulação da leitura na internet. No PIRLS 2016, participaram 61 países/regiões em benchmarking, envolvendo cerca de 320 000 alunos.





Ficha Técnica
Título:
Resultados Globais PIRLS 2016 ⧫ ePIRLS 2016 – PORTUGAL. LITERACIA DE LEITURA & LITERACIA DE LEITURA ONLINE
Autoria
Equipa dos Estudos Internacionais
Edição:
Instituto de Avaliação Educativa, I.P.
Travessa das Terras de Sant’Ana, 15
1250-269 Lisboa
www.iave.pt






A literacia de leitura é uma competência vital para o desenvolvimento e maturidade intelectual das crianças nas sociedades de informação. Reconhecendo a importância dessa competência, a International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA) – uma cooperativa de institutos, agências governamentais e agências não-governamentais que desenvolvem investigação em educação – promove, desde 2001, o Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS).

O PIRLS é um estudo internacional de avaliação da literacia de leitura, realizado por amostragem em larga escala, dirigido a crianças com quatro anos de escolaridade formal. A IEA define literacia de leitura como a capacidade para compreender e utilizar as formas de linguagem escrita requeridas pela sociedade e/ou valorizadas pelo indivíduo. Um indivíduo com competências de literacia de leitura consegue atribuir sentido a textos em diferentes formatos. Lê para aprender, para participar em comunidades de leitores na escola e no dia-a-dia, e lê por prazer [¹]. A literacia de leitura nos sistemas educativos modernos é particularmente relevante para a faixa etária dos alunos que participam no PIRLS (9-10 anos): até essa idade, a criança aprende a ler; daí em diante, lê para aprender. É, pois, fundamental que o domínio da leitura seja alcançado nessa idade. Ao avaliar as competências da leitura, o PIRLS afere áreas onde é necessário intervir de modo a que a leitura se transforme num meio eficaz para adquirir conhecimento.

Face à ubiquidade da informação e comunicação através do recurso às novas tecnologias da informação e comunicação, a IEA lançou, em 2016, o projeto ePIRLS que avalia a literacia de leitura online. A internet é hoje em dia, e cada vez mais, a primeira fonte de informação para os alunos e as suas famílias, professores e cidadãos ativos na sociedade da informação. Não é, pois, de estranhar que diversos curricula em diferentes países estejam, há já alguns anos, a enfatizar a importância da leitura digital e o desenvolvimento de competências de leitura online e da internet como veículo preferencial para a obtenção de informação [²].

Além da avaliação da literacia de leitura em formato papel e em formato digital, os estudos PIRLS/ePIRLS recolhem informação sobre o aluno e a sua família, sobre os professores e a escola, de modo a contextualizar as oportunidades de aprendizagem de leitura bem como identificar fatores que influenciem essas oportunidades. São, por este motivo, estudos relevantes para a definição de políticas educativas e de sensibilização para a importância da leitura como motor da aprendizagem, de desenvolvimento pessoal e de participação ativa nas sociedades modernas. O PIRLS, em conjunto com o TIMSS, que avalia literacia de matemática e literacia de ciências, constitui-se como a mais extensa avaliação internacional dos conhecimentos e competências dos alunos de todo o mundo a frequentar o 4º ano de escolaridade. Sob a égide da IEA, os resultados do TIMSS e do PIRLS “have contributed to the practice of evidence-based decision making in today’s shifting landscape of education policy” (Ina S. Mullis, março de 2016, Com. Pess.) [³].

Introdução, pp. 3-4


[1] O leitor interessado numa definição detalhada de literacia de leitura e do quadro de referência do PIRLS e ePIRLS pode consultar Mullis, I. V. S. & Martin, M. O. (Eds.) (2015). PIRLS 2016 Assessment Framework. Boston College, TIMSS & PIRLS International Study Center, http://timssandpirls.bc.edu/pirls2016/framework.html. A publicação com a Metodologia PIRLS e ePIRLS 2016 – Portugal, disponível no sítio do IAVE, contém uma súmula do quadro de referência do PIRLS e do ePIRLS.
[2]  Ver, por exemplo, Leu, D., Kinzer, C., Corio, J., & Cammeack, D. (2004). Toward a theory of new literacies emerging from the internet and other information and communication technologies. In R. B. Rudell & N. J. Urau (Eds.), Theoretical models and processes of reading, 5th Ed. Newark, DE: International Reading Association.



domingo, 27 de janeiro de 2019

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto



27 de janeiro | Recordar as vítimas do Holocausto
#HolocaustRemembranceDay






“O Holocausto foi o produto de uma ideologia do racismo biológico, da qual um elemento central era o ódio pelos judeus. […]. Três gerações depois, preservar a memória do Holocausto significa continuar a luta contra o anti-semitismo, cujos defensores persistentemente mancham a memória dos mortos para atacar os judeus de hoje. A preservação dessa memória requer suporte para pesquisa histórica. Também requer educação sobre a história do Holocausto e outros genocídios e crimes em massa. […]. 
Juntamente com líderes educacionais em todo o mundo, a UNESCO realiza esse trabalho diariamente por meio de pesquisa e treino educacional e através das cátedras universitárias da UNESCO, como parte dos programas globais de educação para a cidadania da Organização. "

- Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto


sábado, 26 de janeiro de 2019

Courrier Internacional




Nº 276 | fevereiro 2019
Disponível na Biblioteca para consulta






Caricaturas de autores portugueses


Exposição




De 22 de janeiro a 8 de fevereiro, está patente  na área de exposições da biblioteca um conjunto de caricaturas de autores portugueses.





quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Programa de voluntariado







É professor do ensino secundário e gostava de incentivar os seus alunos a desenvolver um projeto de voluntariado para a escola? A sua escola já tem um projeto de voluntariado?

Então inscreva a sua escola no Young VolunTeam.


O programa Young VolunTeam é um programa da Caixa Geral de Depósitos, em parceria com a Direção-Geral de Educação, a ENTRAJUDA e a Sair da Casca, que visa valorizar a cultura do Voluntariado junto das escolas do ensino secundário de todo o país.

Entre 2012 e 2016, o Young VolunTeam visitou mais de 400 escolas, de norte a sul do país e ilhas, marcando a vida de mais de 5000 jovens.

E agora volta às escolas para desafiar os jovens e distinguir os três melhores projetos desenvolvidos por equipas de alunos. As escolas vencedoras irão receber 1000 euros cada uma para investir no seu projeto de voluntariado.

Quer conhecer melhor o programa? Consulte o Regulamento.

Para inscrever a sua escola envie um email para youngvolunteam@servicopedagogico.info até 8 de fevereiro de 2019 com o nome do agrupamento/escola, a morada da escola (incluir código postal), o nome do professor responsável, o email e o contacto telefónico e o número alunos na equipa Young VolunTeam.

No mesmo email envie também a declaração de consentimento para tratamento dos dados pessoais. Pode aceder à declaração AQUI


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Desafios PNL2027 | Leitura em voz alta







+ Leitur@s | Sugestões PNL




 http://pnl2027.gov.pt/np4/leituras?cat_leituras=sugest%C3%B5es
Sugestões de leitura
janeiro 2019






Gaste menos em energia... e mais em si


#GasteMenosEmEnergia





Tem reparado no aumento das suas faturas de energia recentemente?

Para mais ajudar na poupança de energia, a Comissão Europeia criou a campanha #gastemenosemenergia. No âmbito desta campanha, foi disponibilizado um site com sugestões sobre como ser eficiente do ponto de vista energético ao mesmo tempo proteger o planeta para as gerações futuras!


Vá lá… gaste menos em energia e mais em si!

#GasteMenosEmEnergia




Neste site, são disponibilizados materiais educativos para os professores, que podem ser descarregados AQUI.



Ética & Desporto | Concurso



VII Edição Concurso Literário "A Ética na Vida e no Desporto"

 


 

 Queres ter um artigo publicado no jornal A Bola?


Se gostas de escrever e frequentas o ensino secundário, elabora um texto sobre a importância dos valores na prática desportiva.

O Concurso Literário “A Ética na Vida e no Desporto” é para ti. As inscrições já estão abertas!

O Concurso Literário “A Ética na Vida e no Desporto” é promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude - através do Plano Nacional de Ética no Desporto - com o apoio do Jornal Desportivo A Bola, da Direção Geral da Educação/Desporto Escolar, da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, da Fundação do Desporto, da Direção Regional do Desporto dos Açores e da Secretaria Regional da Educação do Governo Regional da Madeira.

As candidaturas decorrem de 1 de janeiro a 28 de fevereiro de 2019.

Participa!


Documentos:

  • Regulamento aqui
  • Formulário de candidatura aqui

Dia Internacional da Educação


24 de junho




"Este dia é a ocasião para reafirmar princípios fundamentais. Em primeiro lugar, a educação é um direito humano, um bem público e uma responsabilidade pública. Em segundo lugar, a educação é a força mais poderosa nas nossas mãos para garantir melhorias significativas na saúde, estimular o crescimento económico, para liberar o potencial e a inovação que precisamos para construir sociedades mais resilientes e sustentáveis. Por fim, precisamos urgentemente de uma ação coletiva para a educação a nível global ”. - Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, Mensagem por ocasião do Dia Internacional da Educação



 
Animação da UNESCO que explica as dez metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4





A educação é um direito humano, um bem público e uma responsabilidade pública.

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 24 de janeiro como o Dia Internacional da Educação, em comemoração do papel da educação para a paz e o desenvolvimento. 

Sem educação inclusiva e equitativa de qualidade e oportunidades para todos ao longo da vida, os países não conseguirão alcançar a igualdade de género e quebrar o ciclo de pobreza que está a deixar milhões de crianças, jovens e adultos para trás.

Hoje, 262 milhões de crianças e jovens ainda não frequentam a escola; 617 milhões de crianças e adolescentes não sabem ler nem matemática básica; menos de 40% das meninas na África Subsaariana concluem o ensino médio e cerca de quatro milhões de crianças e jovens refugiados estão fora da escola. O seu direito à educação está a ser violado e isso é inaceitável.

Como o mundo marca o primeiro Dia Internacional da Educação, a UNESCO apela aos governos e a todos os parceiros para que façam da educação universal de qualidade uma das principais prioridades. 





domingo, 20 de janeiro de 2019

Cidadania e Desenvolvimento | Recursos










"A relação entre o indivíduo e o mundo que o rodeia, construída numa dinâmica constante com os espaços físico, social, histórico e cultural, coloca à escola o desafio de assegurar a preparação dos alunos para as múltiplas exigências da sociedade contemporânea. 

A complexidade e a acelerada transformação que caracterizam a atualidade conduzem, assim, à necessidade do desenvolvimento de competências diversas para o exercício da cidadania democrática, requerendo um papel preponderante por parte da escola. 

Com efeito, os valores da cidadania encontram-se consagrados nos princípios da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 46/86 de 14 de outubro), ao estabelecer-se que o sistema educativo deverá ser organizado de modo a contribuir para a realização dos alunos, através do pleno desenvolvimento da sua personalidade, atitudes e sentido de cidadania. 

Deste modo, os alunos são preparados para uma reflexão consciente sobre os valores espirituais, estéticos, morais e cívicos, no sentido de assegurar o seu desenvolvimento cívico equilibrado."




sábado, 19 de janeiro de 2019

Cidadania e biblioteca escolar | Pensar e intervir



Um novo sítio em linha criado pela Rede de Bibliotecas Escolares /RBE



 https://rbesocial.wixsite.com/cidadania



"Assumindo o desígnio, inscrito na Carta do Conselho da Europa sobre a Educação para a Cidadania Democrática e a Educação para os Direitos Humanos (web | pdf ING | pdf PT), de transformação da sociedade por via da educação de cada cidadão, a RBE criou um sítio em linha, Cidadania e Biblioteca Escolar – Pensar e Intervir, com o propósito de promover uma cultura de cidadania democrática, reforçando o papel da biblioteca escolar no aprofundamento dos conteúdos do currículo e na formação integral das crianças e jovens nos dias de hoje, em convergência com a Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania e o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Enquadrando-se no plano não formal e informal da educação, os conteúdos deste sítio estruturam-se em três áreas de ação, nas quais as crianças e jovens são os protagonistas:

  • Dinâmicas educativas ou jogos de aprendizagem promotores de atitudes e comportamentos que favoreçam a tomada de consciência, decisão e intervenção em grupo e no espaço público; 
  • Clips ou ações do quotidiano que, não obstante o caráter espontâneo e efémero, podem ajudar ao envolvimento e à intervenção;
  • Notas das escolas, espaço de partilha, pelas escolas, de ações que realizaram na área da cidadania.

Olhando para o presente, o ideal humanista de construção do conhecimento, alicerçado no bem e no belo, surge ameaçado. Olhando para o futuro, vemos na qualidade e continuidade das aprendizagens que todos possamos realizar o caminho que nos pode aproximar do cumprimento deste ideal. Confiamos nos responsáveis das bibliotecas para esta missão."

Rede de Bibliotecas Escolares


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Balada de Gisberta



Por Maria Bethânia


   
Letra de Pedro Abrunhosa na voz de Maria Bethânia.



Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta p’ró nada.
Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
E o fim vem-me buscar.
Sambei na avenida, 
No escuro fui porta-estandarte, 
Apagaram-se as luzes, 
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo, 
Corações que já esqueci, 
Com sedas matei 
E com ferros morri.
Eu não sei se um Anjo me chama, 
Eu não sei dos mil homens na cama 
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva, 
Eu não ouço o meu grito na treva, 
E o fim vem-me buscar.
Trouxe pouco, Levo menos, 
E a distância até ao fundo é tão pequena, 
No fundo, é tão pequena, 
A queda.
E o amor é tão longe, 
O amor é tão longe...
E a dor é tão perto.

Balada de Gisberta, de Pedro Abrunhosa


🍃🍃🍃🍃





O que sou eu? Mulher.

Quem sou eu? Gisberta.

O meu nome é Gisberta.

G-I-S-B-E-R-T-A.




Ler texto completo AQUI.




Pão de Açúcar | Fragmentos





Autor : Afonso Reis Cabral
Título: Pão de Açúcar
Editor : Dom Quixote
Data de lançamento : 18.09.2018
ISBN: 9789722065993
Nº de Páginas: 264




"A ficção não consegue acompanhar a realidade, todos os livros ficam aquém." - Afonso Reis Cabral





SINOPSE


Em Fevereiro de 2006, os Bombeiros Sapadores do Porto resgataram do poço de um prédio abandonado um corpo com marcas de agressões e nu da cintura para baixo. A vítima, que estava doente e se refugiara naquela cave, fora espancada ao longo de vários dias por um grupo de adolescentes, alguns dos quais tinham apenas doze anos. Rafa encontrara o local numa das suas habituais investidas às «zonas sujas», e aquela espécie de barraca despertou-lhe imediatamente o interesse. Depois, dividido entre a atracção e a repulsa, perguntou-se se deveria guardar o segredo só para si ou partilhá-lo com os amigos. Mas que valor tem um tesouro que não pode ser mostrado? Romance vertiginoso sobre um caso verídico que abalou o País, fascinante incursão nas vidas de uma vítima e dos seus agressores, Pão de Açúcar é uma combinação magistral de factos e ficção, com personagens reais e imaginárias meticulosamente desenhadas, que vem confirmar o talento e a maturidade literária de Afonso Reis Cabral.




FRAGMENTOS DO ROMANCE 

📌
“Acho que era Janeiro, até porque a data final disto é 22 de Fevereiro às oito e meia da manhã e, apesar de agora parecerem meses, a verdade é que não se passaram sequer sete semanas até as coisas acabarem.”


📌
"Reconhecia nele, em dobro, a repulsa e o nojo que sentira ao encontra-la. Entretanto a minha aversão passara. Ter continuado a ajudá-la provava que afinal era mais homem do que rapaz, adulto em vez de criança, por oposição ao Nélson. E até por oposição ao Samuel, que conversava em paz com a Gi apenas por ainda não ter percebido que ela era um traveca igual aos que insultávamos em Santa Catarina.”


📌
"A Gi nem se atrevia a falar mas a força dos pontapés obrigou-a a sair para não lhe caírem em cima partes da barraca.
Depois de dizer «Não tenho para onde ir!», ignorou o grupo do Fábio e sorriu-nos, não sei se atrapalhada por nos ver envolvidos naquilo, se de alívio por esperar que a ajudássemos. A mim sorriu mais, como quem pergunta «Viu os post-its?»."


📌
 "De certa maneira, tínhamos voltado aos primeiros dias, juntos na cave sem mais ninguém. Faltava a bicicleta, mas era mais prudente mantê-la no vão das escadas. Acto contínuo, repreendi-me por não estar apenas concentrado em alimentá-la antes de sairmos da cave."

📌
"A massa soube-me bem. Agachei-me junto à Gi para lhe dar de comer com um garfo de plástico. Duas tentativas depois, frustrada por não abrir a boca em condições, disse-me «Desiste de mim, me deixa em paz. Eu não mereço».”




📌

“O Samuel recomeçou a chorar, desta vez sem vergonha ou controlo, à frente de todos. Eles riram-se muito e eu imitei-os. A Gi reagiu ao choro doce — oásis no Pão de Açúcar —, olhando para cima com dificuldade. Procurava a cara dele e tentava levantar-se em vão. Antes de o alcançar, o olhar passou por mim sem se deter.

Isso meteu-me tanta raiva que disse numa rajada «O Samuel conhece este traveco desde pequeno, eram muito amigos». Eu sei que devia ter ficado calado mas reconheço que senti alguma satisfação, como as pessoas que batem para ter prazer.”



📌
“Empurrámos juntos sem esforço e o corpo desapareceu.
Não descrevo o som do embate nas paredes irregulares do poço, nem como ela ficou suspensa num espigão antes de cair à água. Até aí escuro, o fundo parecia brilhar com a presença da nova habitante.
A água ainda borbulhava quando o Nélson disse «Meu, fiz a minha parte, vou mas é para as aulas». E eu agradeci, aliviado por ficar sozinho com a Gi antes de abandonar o Pão de Açúcar.”


📌
“Uma semana depois, o médico-legista concluía a autópsia. Escreveu o relatório com uma caligrafia nada notável, muito certa e bem alinhada, como se a sequência de letras fosse um código de barras. Fechou com uma frase semelhante a esta: os pulmões, para além de apresentarem os nódulos característicos da bactéria M. tuberculosis, denotam aspiração volumosa de água.
Ou seja, ainda que os rapazes se tenham convencido do contrário, Gisberta Salce Júnior estava viva quando a atiraram ao poço.”


Encontros com autores|Afonso Reis Cabral







Na próxima semana, Afonso Reis Cabral vem à nossa escola para um encontro com alunos. Será quarta-feira, dia 23 de janeiro, pelas 10:05, no Auditório 1.

Na véspera, haverá uma tertúlia, aberta à Comunidade, às 21:30, na Biblioteca.


O tema do encontro será o seu mais recente romance, Pão de Açucar, uma abordagem ficcional de um trágico acontecimento real: a morte de Gisberta, uma transexual que vários jovens mataram em 2006, atirando-a para um poço ainda viva num prédio abandonado no centro do Porto, depois de a terem torturado durante três dias.



Este evento conta com a colaboração da Leya.



quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

A felicidade exige desassossego



Palavra de autor : #Afonso Cruz  






A ideia com que Tolstoi inicia Anna Karenina (de que todas as famílias felizes se parecem e as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira) tem sido um dos grandes motores da literatura que lhe sucedeu. Afonso Cruz pega nela, disseca-a, multiplica-a e questiona: O que é uma família feliz? No seu último livro, vai da Mealhada à Cochinchina, do desejo de perfeição às muitas variáveis da imperfeição, tentando acercar-se da felicidade “como textura”, para concluir que é possível ser feliz até quando se sofre.

Em Palavra de Autor, Afonso Cruz conversa com Cristina Margato e lê passagens de Princípio de Karenina.





Autor: Afonso Cruz
Editor: Companhia das Letras
Data de lançamento: 06/11/2018 
ISBN : 9789896656928 
Nº Páginas : 168






EURead | Campanha pela leitura






Por que a leitura é relevante para a Europa?


A leitura e a literacia são vitais para todos os cidadãos da Europa. A capacidade de ler é um pré-requisito para a educação, desenvolvimento pessoal, integração, participação na sociedade e crescimento económico na atual sociedade culturalmente diversificada e liderada pelos media. Além disso, a leitura treina todos para compreender factos e circunstâncias complexas, o que é essencial na formação do comportamento democrático. Para enfrentar esse desafio, a EURead, a rede europeia de agências de leitura e literacia, e seus membros em todos os principais estados membros europeus, desenvolveram programas e campanhas para elevar o perfil da leitura e da literacia.






segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores



DigCompEdu


"O Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores responde à consciencialização crescente entre muitos estados membros europeus que os educadores precisam de um conjunto de competências digitais específicas para a sua profissão de modo a serem capazes de aproveitar o potencial das tecnologias digitais para melhorar e inovar a educação." (DigCompEdu, p.8). 








Este documento apresenta um Quadro para o desenvolvimento da competência digital dos educadores na Europa. Pretende ajudar os estados membros a promover a competência digital dos seus cidadãos e impulsionar a inovação na educação. O Quadro destina-se a apoiar os esforços nacionais, regionais e locais na promoção da competência digital dos educadores, ao oferecer um enquadramento comum de referência, com uma linguagem e lógica comuns. 

A investigação do Joint Research Centre (JRC) sobre Learning and Skills for the Digital Era teve início em 2005 com o objetivo de fornecer apoio político com base em evidências à Comissão Europeia e aos estados membros para aproveitar o potencial das tecnologias digitais para inovar práticas de educação e formação, melhorar o acesso à aprendizagem ao longo da vida e lidar com o aparecimento de novas competências (digitais) necessárias para o emprego, desenvolvimento pessoal e inclusão social. Foram realizados mais de 20 grandes estudos sobre essas questões, dos quais resultaram mais de 120 publicações diferentes. 

Trabalho recente sobre o reforço da capacitação para a transformação digital da educação e da aprendizagem, e para a mudança de requisitos relativos às competências, focou-se no desenvolvimento dos Quadros de Competência Digital para Cidadãos (DigComp), para Organizações Educativas (DigCompOrg) e Consumidores (DigCompConsumers). Em 2016, também foi publicado um Quadro para a abertura das Instituições de Ensino Superior (OpenEdu), juntamente com um Quadro de Competência Digital para o Empreendedorismo (EntreComp). Alguns destes quadros são acompanhados por instrumentos de (auto)avaliação. Foram realizados estudos adicionais sobre Learning Analytics, MOOCs (MOOCKnowledge, MOOCs4inclusion), Pensamento computacional (Computhink) e políticas para a integração e uso inovador de tecnologias digitais na educação (DigEduPol). Também está em curso um estudo sobre blockchain para a educação. 
Prefácio, p. 7


Informação adicional sobre estes estudos pode ser encontrada na página do centro científico do JRC: https://ec.europa.eu/jrc/en/research-topic/learning-and-skills.
 
Yves Punie 
Chefe adjunto de unidade 
Unidade da DG JRC Capital Humano e Emprego 
Comissão Europeia