domingo, 31 de outubro de 2021

Outubro rosa

 

 


 


Outubro Rosa: mês de prevenção do cancro da mama

O movimento conhecido por “Outubro Rosa” (Pink October) nasceu nos Estados Unidos da América, na década de 90 do século passado, com o intuito de inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Desde então, por todo o mundo, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.

Ler+ na página da Liga Portuguesa contra o Cancro

 

 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Concurso UMINUTOtlm

 





O Instituto Multimédia (IM), escola profissional do Porto, acaba de lançar o Concurso “UMINUTOtlm”, destinado aos alunos do 3º Ciclo das regiões Norte e Centro, com o objetivo central de os mobilizar para a realização de pequenos vídeos por telemóvel.

O tema 2021 é o quotidiano dos jovens estudantes, de forma realista ou ficcionada.

Os vídeos, que deverá ter a duração máxima de um minuto, podem conter histórias imaginadas ou que documentem assuntos da vida familiar e/ou escolar.

Com esta iniciativa, pretende-se:
- estimular o uso criativo dos telemóveis;
- desenvolver o gosto pela participação na sociedade da imagem;
- motivar o olhar analítico e o espírito crítico (e/ou humorístico);
- valorizar a criatividade audiovisual.


Haverá prémios.
O Júri é composto por representantes do Instituto Multimédia, do Festival de Cinema Ymotion, da CONFAP, da RBE-Rede de Bibliotecas Escolares e David Araújo, Repórter de Imagem da RTP.

O prazo para a submissão dos trabalhos termina a 30 de novembro, às 23.59h, devendo ser enviados para o email: concursos@imultimedia.org


                            Regulamento               Ficha de inscrição



  


quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Ser um cidadão letrado

 

Sobre a importância da leitura





Podcast | Sermão de Santo António aos Peixes, de Padre António Vieira

 


                                                                                   🔊


Leitura de extratos do Sermão de Santo António aos Peixes, de Padre António Vieira, em diálogo com a leitura de Papalagui.

Trabalho realizado pelos alunos do 11ºC, com a coordenação do professor João Pinto.



Em defesa de uma imprensa livre

 

27 de outubro - Dia dos jornalistas pela paz









Talvez nunca como hoje o jornalismo tenha tido tanta razão de ser, nunca tenha sido tão urgente e necessário e, paradoxalmente, esteja tão enfraquecido e impotente. Para vivermos, para tomarmos decisões fundamentadas, para distinguirmos o trigo do joio, precisamos de notícias credíveis, que nos digam o que se passa, não apenas onde, quando, quem, mas também como, porquê e em que contexto. E para este efeito precisamos de jornalistas profissionais, que tenham condições para tornar interessante e relevante aquilo que é significativo, e que façam da disciplina da verificação a essência do seu trabalho.

António José Teixeira - Jornalista, diretor-adjunto da RTP

Pode ler o artigo completo de António José Teixeira aqui


Porque é que os alunos devem escrever em todas as disciplinas

 




A escrita melhora a aprendizagem, consolidando a informação na memória de longo prazo, explicam os investigadores. Além disso, eis cinco atividades de escrita interessantes para desenvolver em todas as disciplinas.


Para Kyle Pahigian, professora de matemática do 10.º ano numa escola em Massachusetts, uma aula sobre triângulos congruentes não começa com calculadoras e transferidores. Em vez disso, a professora distribui um mapa do tesouro aos alunos e pede-lhes para escreverem direções detalhadas para chegarem ao tesouro enterrado, usando pontos de referência como um guia.

«Não digo diretamente aos alunos “Hoje vamos estudar teoremas sobre triângulos congruentes”», disse Pahigian. «Em vez disso, pretendo que eles sintam que estão a experimentar e a fazer alguma coisa que sabem fazer bem.» Muitas vezes, os alunos sentem-se intimidados com a matemática, pelo que transformar a atividade num exercício de escrita alivia a tensão associada à introdução de conceitos difíceis, disse ela.

Na aula de matemática da professora Pahigian, a escrita regular é utilizada como uma estratégia de aprendizagem que lhe permite perceber como os seus alunos pensam. «Gosto de fazer pequenos exercícios de escrita quando estamos a lidar com definições», disse Pahigian. Em vez de dizer aos alunos o que é um polígono, por exemplo, opta por lhes mostrar um conjunto de políginos e um de não polígonos, perguntando-lhes «O que notam? Que diferenças veem?» Os alunos passam alguns minutos a anotar as suas respostas e depois juntam-se em grupos para compararem soluções.

«É muito interessante e divertido ver o que eles escreveram, porque consigo perceber as dúvidas. Consigo perceber o processo», disse Pahigian.

Um estudo recente esclarece porque é que a escrita é uma atividade com tantos benefícios, não apenas em disciplinas que habitualmente associamos à escrita, como a língua materna ou história, mas em todas as áreas. O professor catedrático Steve Graham e os seus colegas, do Arizona State University's Teachers College, analisaram 56 estudos procurando perceber os benefícios da escrita em ciências, estudos sociais e matemática, e descobriram que a escrita «melhorava seriamente a aprendizagem» em todos os níveis de ensino. Além de os exercícios escritos servirem para o professor avaliar se os alunos compreenderam ou não as matérias, o processo da escrita também melhora a capacidade de os alunos recordarem informação, fazerem conexões entre diferentes conceitos e sintetizarem informação de outras formas. De facto, a escrita não é apenas uma ferramenta para avaliar a aprendizagem, ela também a promove.

Continuar a ler...


5º Conferência do PNL2027

 

Conferência PNL2027 Presente-Futuro: A Política da Leitura 







É para refletir sobre as soluções adotadas a nível global para enfrentar os desafios impostos pela nova conjuntura nos âmbitos da leitura e do livro, os caminhos para a recuperação e para a melhoria dos indicadores nacionais de leitura e literacia e o papel reservado ao PNL2027 neste contexto, que esta 5º Conferência do PNL2027 se realiza contando, para o efeito, com as vozes de estudiosos, especialistas, agentes educativos e culturais, responsáveis políticos e de todos os que se lhe quiserem associar.





segunda-feira, 25 de outubro de 2021

9º E - 10 Minutos a Ler

 





Os alunos do 9º E estiveram hoje na Biblioteca a partilhar leituras em voz alta das fábulas de Esopo e a requisitar livros para leitura domiciliária no âmbito do projeto 10 Minutos a Ler.







Camões | Roteiros Digitais de Leitura

 

Os alunos do 11º F estiveram hoje na biblioteca, na aula de Português, a explorar o Roteiro Digital de Leitura sobre "As reflexões do Poeta  na epopeia camoniana."



Camões. Retrato de Fernão Gomes.
IAN/Torre do Tombo



O conceito “Roteiros Digitais de leitura” inspira-se na criação de Jerome Burg, professor de literatura da Califórnia que, em 2008, iniciou a produção de recurso que deu origem ao projeto Google Lit Trips. Em Portugal, o conceito foi desenvolvido, entre 2008 e 2018, no contexto do projeto "Viagens Literárias", que foi apresentando vários exemplos de recursos.

Em 2018, o Plano Nacional de Leitura 2027 implementou um repositório digital de Roteiros de Leitura, com diversos objetivos, construídos com ferramentas Google. Os roteiros foram realizados em torno de obras recomendadas pelo PNL2027 e obras constantes das Aprendizagens Essenciais em vigor.

Da Biblioteca Escolar ao Jornal Público

 





Uma parceria, dois concursos, três registos: reportagem, entrevista, texto de opinião. “Aceita o desafio: da tua biblioteca ao PÚBLICO” é como se chama esta iniciativa conjunta da Rede de Bibliotecas Escolares e do PÚBLICO na Escola.

Para que entre mais jornalismo nas escolas e a produção jornalística dos alunos tenha mais público.

O que se pretende, a quem se destina, por que razões se impõe? 
Perguntas que ficaram respondidas numa conversa emitida na plataforma de streaming Ao vivo, do jornal Público, hoje, Dia Nacional das Bibliotecas Escolares, às 14:00.






Assim a Rede de Biblioteca Escolares reforça, em 2021-2022, a parceria com o PÚBLICO na Escola, desafiando as bibliotecas e as escolas a participar em duas novas iniciativas que procuram aproximar ainda mais os jovens da leitura de jornais e, simultaneamente, da escrita.

Aceita o desafio: da tua Biblioteca ao PÚBLICO é o lema que convoca os jovens, do 9.º ao 12.º ano, a participarem num dos concursos:

Jornalistas em Rede – os jovens são convidados a escrever reportagens e entrevistas.

Isto também é comigo! – os jovens leem trabalhos do PÚBLICO (notícias, reportagens, infografias, podcasts) e escrevem um texto de opinião sobre o assunto.

A participação nas iniciativas implica a leitura regular do jornal, impresso ou online. Nesse sentido, a parceria estabelecida prevê condições especiais de assinaturas do jornal PÚBLICO para as bibliotecas escolares, que inclui um plano de acesso até 10 utilizadores, criado especialmente para esta parceria.


Formação para as literacias | 8º F

 


25 de outubro | Dia da Biblioteca Escolar

Aplicação do Referencial AcBE
















Aula de História, com a professora Joana Novais. 
Os alunos do 8º F estiveram hoje na Biblioteca a elaborar um quizz sobre o Renascimento, com recurso à ferramenta digital Kahoot.


Encontros com autores | Da Rocha

 



Hoje, Dia Nacional das Bibliotecas Escolares, teve lugar na BE mais uma edição dos Encontros com autores.

O escritor transmontano Da Rocha encontrou-se com os alunos do 11º F para falar dos seus livros, do processo de escrita e dos temas mais explorados.

Antes da visita, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer em contexto de aula de Português, o conto "Chega de bois", do livro de contos Enquanto a Chama arde, e a crónica "A Pedra Angular da Igreja", inserida no livro de crónicas Sem dar por ela.

A finalizar, partilhou a leitura em voz alta de um dos seus poemas do livro de poesia Um poema para cada dia


 🔊"Viver".













 

domingo, 24 de outubro de 2021

Concurso Nacional de Leitura | Inscrições

 


Estão abertas as inscrições para o Concurso Nacional de Leitura 2021-2022!





Pode fazer a sua inscrição na Biblioteca ou junto do(a) professor(a) de Português. 

Se preferir, também pode fazê-lo preenchendo este Formulário de Inscrição.


Mais informações aqui:





Ler é bom. Ler faz bem. Ler acrescenta!

Ficamos à sua espera!


sábado, 23 de outubro de 2021

Jornada Memória & Esperança

 


FAZER O LUTO. AFIRMAR A ESPERANÇA.
Homenagem às vítimas da pandemia da Covid-19.
Dias 22, 23 e 24 de outubro






Jornada Memória & Esperança na Camilo: uma cápsula do tempo em memória das vítimas do covid19.







Domingo, 24 de outubro, às 14h00 fazemos Memória da pandemia e afirmamos a Esperança na sua erradicação em todo o planeta.

Guarda 1 minuto de silêncio, com a tua família. 



Manifesto da Memória & Esperança


domingo, 17 de outubro de 2021

Erradicar a pobreza, construir melhor para o futuro

 



Erradicar a Pobreza 














Mensagem do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, para o Dia Mundial da Erradicação da Pobreza 2021

A pobreza é uma acusação moral de nossos tempos. Pela primeira vez em duas décadas, a pobreza extrema está a aumentar. No ano passado, cerca de 120 milhões de pessoas caíram na pobreza quando a pandemia COVID-19 causou estragos nas economias e sociedades. Uma recuperação desequilibrada está a aprofundar ainda mais as desigualdades globais entre o Norte e o Sul. A solidariedade em ação está a faltar - exatamente quando mais precisamos. Por exemplo, a desigualdade na distribuição das vacinas está a permitir o desenvolvimento de variantes, condenando o mundo a mais milhões de mortes e prolongando uma desaceleração económica que pode custar trilhões de dólares. Devemos acabar com essa indignação, enfrentar o sobreendividamento e garantir a recuperação do investimento nos países com maiores necessidades. Neste Dia Mundial da Erradicação da Pobreza, comprometemo-nos a “Construir Melhor para o Futuro”. Isso requer uma abordagem em três frentes para a recuperação global. Em primeiro lugar, a recuperação deve ser transformadora - porque não podemos voltar às desvantagens e desigualdades estruturais endémicas que perpetuaram a pobreza mesmo antes da pandemia. Precisamos de vontade política e parcerias mais fortes para alcançar a proteção social universal até 2030 e investir na requalificação de empregos para a economia verde em crescimento. E devemos investir em empregos de qualidade na economia do cuidado, o que promoverá maior igualdade e garantirá que todos recebam o cuidado digno que merecem. Em segundo lugar, a recuperação deve ser inclusiva - porque uma recuperação desigual está a deixar grande parte da humanidade para trás, aumentando a vulnerabilidade de grupos já marginalizados e empurrando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável cada vez mais para fora de alcance. O número de mulheres em extrema pobreza supera em muito o dos homens. Mesmo antes da pandemia, os 22 homens mais ricos do mundo tinham mais riqueza do que todas as mulheres da África - e essa diferença só aumentou. Não podemos recuperar com apenas metade do nosso potencial. Os investimentos económicos devem ter como alvo as mulheres empresárias, proporcionar maior formalização do setor informal, enfocar a educação, proteção social, creche universal, saúde e trabalho decente, bem como reduzir a exclusão digital, incluindo a sua profunda dimensão de género. Terceiro, a recuperação deve ser sustentável - porque precisamos construir um mundo resiliente, descarbonizado e líquido zero. Por tudo isso, precisamos ouvir muito mais as opiniões e orientações das pessoas que vivem na pobreza, abordar as indignidades e desmantelar as barreiras à inclusão em todas as sociedades. Os investimentos económicos devem ter como alvo as mulheres empresárias, proporcionar maior formalização do setor informal, enfocar a educação, proteção social, creche universal, saúde e trabalho decente, bem como reduzir a exclusão digital, incluindo sua profunda dimensão de género. Terceiro, a recuperação deve ser sustentável - porque precisamos construir um mundo resiliente, descarbonizado e líquido zero. Por tudo isso, precisamos ouvir muito mais as opiniões e orientações das pessoas que vivem na pobreza, abordar as indignidades e desmantelar as barreiras à inclusão em todas as sociedades.

Hoje e todos os dias, vamos dar as mãos para acabar com a pobreza e criar um mundo de justiça, dignidade e oportunidades para todos. 

Secretário-Geral da ONU, António Guterres


sábado, 16 de outubro de 2021

O poder da diversidade

 


Cartoon de @ahmed_aljaffal


Divertimento com sinais ortográficos

 


'O poeta português Alexandre O'Neill (1924-1986) é o autor desta conhecida sequência de poemas-comentário, em tom lúdico, sobre os sinais ortográficos. Apresenta-se uma adaptação em vídeo, seguida da transcrição parcial do poema.'





?

Serás capaz
de responder a tudo o que pergunto?


?

Gosto de quem responde
antes de perguntar...

,

Quando estou mal disposta
(e estou-o muitas vezes...)
mudo o sentido às frases,
complico tudo...


¨
Frequento palavras estrangeiras

Já vivi em saudade,
mas expulsaram-me
(p'ra sempre?...)
da língua portuguesa.


§

Tenho colo de cisne e corpo de hipocampo.


^
Se me puseres
serás a mais bonita das mulheres...


ç

Uma vírgula rebaixada
à condição de cedilha.


!

Não abuses de mim


( )

Quem nos dera bem juntos
sem grandes apartes metidos entre nós!


~

... Desafio um francês a possuir-me
quando estou, por exemplo, em coração...


~

Sou mesmo útil!

.

Que eu saiba
só em Éluard sou único e final.


~

Em certas caligrafias quase voo
como uma andorinha destelhada...


~

Noutras,
sou uma sobrancelha franzida.


:

Introduzimos, por vezes,
frases nada agradáveis...


~

Para ladrar, o cão
não precisa de mim!



?

Como uma orelha, abro-me
sobre um silêncio embaraçado...


-

Que nos separa, Amor, um traço de união?...


...

Em aberto, em suspenso
fica tudo o que digo.

E também o que faço é reticente...




Fonte

O'Neill, Alexandre (2002). Poesias Completas. Lisboa: Assírio & Alvim. 


in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/outros/antologia/divertimento-com-sinais-ortograficos/2660 [consultado em 16-10-2021]



sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Mulheres - Tráfico | Espectáculo Documental

 

Dia 18 de outubro, às 10:00 | Online




Programa





Realizar-se-á, no dia 18 de outubro de 2021, o evento “Mulheres-Tráfico”. Trata-se de um espetáculo documental, a partir de relatos de mulheres traficadas, do encenador Manuel Tur.

O evento assinala, através do teatro, o Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos, dia 18 de outubro. Organizado pelo Plano Nacional das Artes e pela Secretaria de Estado da Cidadania e Igualdade (SECI), com o apoio da DGESTE, o evento terá início às 10h e será emitido para todas as escolas secundárias do país que queiram assistir.

Destinatários - alunos maiores de 16 anos, que poderão fazer as suas perguntas e comentários online.


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Como fazer nuvens

 

 “Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.”
– João Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas

 

 

 A cloudy lesson – Diretor: Yezi Xue, 2011

“A cloudy lesson” (“Como fazer nuvens”), é um curta-metragem de animação, com direção de Yezi Xue, 2011, produzida pelo Departamento de Animação Computadorizada no Ringling College of Art and Design.



Esta curta-metragem conta-nos uma história sobre um avô que ensina um neto a fazer nuvens… ou será ao contrário?

 

 

Um livro pela sua saúde!


 

 



 

 

 









                                Foto: Miguel Pereira




Livraria Lello apela em carta aberta que livros passem a ser objeto de prescrição médica 
 

Passado o período eleitoral autárquico e entrando-se agora nos momentos finais da primeira definição, ainda na generalidade, do Orçamento do Estado para 2022 vimos trazer ao Vosso conhecimento um apelo a que o Partido que tão bem representam assuma, na discussão orçamental que se iniciará na especialidade, o seguinte lema como seu: Um Livro, pela sua Saúde! 

Para bem da nossa sanidade (também mental), apelamos para que o bem de primeiríssima necessidade chamado “Livro” possa ser objeto de prescrição médica e tratado fiscalmente como despesa de saúde que também é. 

Atravessámos juntos o período mais difícil que alguma vez pensámos ser possível. Dele saímos agora, juntos, ainda com cautelas, mas confiantes no bem-estar comum. 

Se, para o bem-estar sanitário, contamos com a resposta do notável Serviço Nacional de Saúde a que tanto devemos; se, para o bem-estar social e económico, contamos com um ambicioso Plano de Recuperação e Resiliência a que certamente muito ficaremos a dever; já para o bem-estar mental, intelectual e anímico, precisamos do que sempre a humanidade precisou para estar bem consigo e, logo a seguir, querer ir além do que é: o Livro.

Por o ser, a UNESCO, a Presidente da Comissão Europeia e vários Governos (incluindo o Governo português na pessoa da Senhora Ministra da Cultura), sublinharam precisamente esta condição fundamental do Livro: ser um bem de primeiríssima necessidade.

A Livraria Lello concorda, aplaude e, sobretudo, pratica-o, desde logo em plena pandemia, tendo desenvolvido várias ações nesse sentido, como o primeiro Drive-Thru Livreiro do mundo em que ofereceu (não vendeu, ofereceu) livros e concurso Contos da Quarentena dirigido a autores de todo o mundo não publicados.

Não podemos deixar que o fim anunciado (e sentido) da pandemia signifique também o fim desse olhar para o Livro como bem de primeira necessidade. Nunca como agora se discutiu tanto a saúde mental, nunca como agora ela foi tão importante, talvez nunca como agora ela tenha estado tanto em causa.

Em Bruxelas, a Cidade está a ultimar a implementação de uma medida que vai permitir aos médicos receitarem visitas guiadas a museus. A medida tem o duplo mérito de considerar a arte como parte importante do processo de cura de doenças mentais, e de ajudar a revitalizar os museus, que a pandemia da Covid19 afetou, igualmente, em grande medida.

Também em Portugal toda a área cultural foi fortemente afetada. As Livrarias, em particular, foram um dos sectores mais dizimados.

Porque os Livros são um alicerce insubstituível de sanidade mental, a Livraria Lello, enquanto casa do Livro, dos Autores e dos Leitores, apela publicamente aos nossos políticos e à Assembleia da República que se inspirem em Bruxelas e que permitam que os médicos portugueses receitem, sempre que o entendam útil à saúde mental dos seus pacientes, o singelo Livro. Não um Livro com autor e título, mas “um” Livro que possa ser livremente escolhido pelo paciente que é leitor e aconselhado pelo verdadeiro farmacêutico que é o Livreiro nessa farmácia que também são as Livrarias.

Defendemos consequentemente que essa receita possa ser fiscalmente tratada como despesa de saúde que efetivamente é, considerando-a também como dedutível nas despesas de saúde em sede de IRS e comparticipando a aquisição do Livro como medicamento para a alma que é e sempre foi. 
 
Estando o país em período prévio de negociação e votação orçamentais, a Livraria Lello acredita que esta é uma oportunidade imperdível para os deputados que nos representam dizerem aos cidadãos como efetivamente se preocupam com a sua saúde mental, e que o Livro, além de um bem de primeiríssima necessidade, é também um bem de primeiríssima sanidade. 
 
Porque a melhor receita passa sempre por um livro; Um Livro, pela sua Saúde!

A Administração da Livraria Lello

(Aurora Pedro Pinto)

 

Leia a carta aqui.
 
 

MIBE | Formação para as literacias

 




Imagem: alunos do 7º C, na Biblioteca


Os alunos os 7º C estiveram hoje na biblioteca, acompanhados da professora de Português, Dra. Elza Pinto.

Nos primeiros 45 minutos, participaram numa sessão de utilizadores. Para além de ficarem a conhecer as valências da Biblioteca, os recursos e as regras de funcionamento, tiveram oportunidade de conhecer um pouco da história da escola e de contactar de perto com documentos seculares, nomeadamente textos produzidos por antigos alunos, datados de 1879, e a adaptação à ópera de Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, o Patrono.

Nos segundos 45 minutos, depois de se familiarzarem com os canais de comunicação digital da Biblioteca, realizaram uma sessão de formação para as literacias, respondendo ao desafio que lhes foi colocado neste blogue

Os resultados podem ser consultados neste Wakelet:




sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Ebook | Tecnologias e novos media





Patricia Bieging, Raul Inácio Busarello, Vania RibasUlbricht, Lídia Oliveira (org.) 
Tecnologia e novas mídias: da educação às práticas culturais e de consumo 
São Paulo: PimentaCultural, 2013. 274p




Todas as fronteiras são ténues, frágeis e porosas.” 
  (Zygmunt Bauman)


Os processos societais - culturais, políticos, educacionais, religiosos, etc. -contemporâneos passaram a ter como enquadramento o contexto global, que desafia a escala de compreensão do enraizamento local, da familiaridade do que é próximo. Uma tecnologia sempre desafiou os modos de fazer, agir e compreender. Hoje a tecnologia informática em simbiose com as telecomunicações criaram uma nova camada, uma nova eco-tecno-esfera que envolve todos os espaços, mesmo os que não têm acesso à rede Internet, na medida em que por esta são afetados porque lhes confere uma condiçãode exclusão.



Prémio Nobel da Literatura 2021

 



Abdulrazak Gurnah é o primeiro escritor africano negro a ganhar o prémio desde 1986. 
Foto: Steve Parsosn / PA images via Getty Images




O romancista tanzaniano (n. 1948), nascido em Zanzibar, foi anunciado como o Nobel da Literatura de 2021. O prémio foi atribuído a Abdulrazak Gurnah "pela sua penetração descomprometida e compassiva dos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no espaço entre culturas e continentes".

Conhecido pela literatura pós-colonal na África Ocidental, o autor, que mora em Canterbury, no Reino Unido, foi professor de inglês na Universidade de Kent e membro do júri do Prémio Man Booker, em 2016.

Tem 10 livros publicados, entre os quais se destacam "By the Sea" e "Memory of Departure" — apenas "Junto ao Mar" com edição em português.



MIBE | Capacitação digital

 




No passado dia 6 de outubro, pelas 14:00, os alunos do 10º G, acompanhados pela professora de Português, Rosa Mendes, deslocaram-se à biblioteca para uma sessão de formação sobre as ferramentas digitais Canva (para elaboração de cartazes, infográficos e apresentações) e Anchor (para a criação de podcasts). 


MIBE | Formação de utilizadores

 





Para este MIBE 2021, a equipa da Biblioteca tem agendadas sessões de formação de utilizadores para os alunos de 7º ano.

A turma A, acompanhada pela professora de Português, Elza Pinto, foi a primeira a deslocar-se à biblioteca para conhecer o espaço, os serviços disponibilizados, os recursos, o serviço de referência, as formas de contacto e os canais de comunicação. 

MIBE: Contos de fadas e contos tradicionais

 





Está a decorrer a celebração do Mês Internacional das Bibliotecas (MIBE 2021), que este ano tem como tema Contos de fadas e contos tradicionais de todo o mundo. 

Este é o nosso cartaz oficial.


quarta-feira, 6 de outubro de 2021

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Recomeçar

 



É NA NOITE QUE A AURORA COMEÇA. NÃO RARO, OS RISOS MAIS INESQUECÍVEIS CHEGAM ACOMPANHADOS DE ABUNDANTES LÁGRIMAS


T

emos de agradecer à vida as possibilidades que nos dá de recomeçar. Penso na máxima repetida por Santo António Abade, fundador do monaquismo. De forma lapidária, ele explicava: “Em cada manhã digo ao meu coração: hoje começo.” Mas pode acontecer que perante a ideia de recomeçar nos sintamos impreparados. Como quando os “regressos” de setembro parecem requerer um suplemento de energia e um alento que havíamos jurado recuperar no período de férias, mas que percebemos agora que não foi assim. Ou quando o tempo fora de nós (o das agendas, dos ciclos de trabalho, da pressão social) não coincide exatamente com o tempo interior que estamos a viver. Na verdade, porém, isso não constitui um obstáculo para recomeçar.

O sentimento de impreparação, quantas vezes não o experimentámos já! De certa maneira, e na proporção devida, é condição do próprio recomeço. Sem ele não nos sentiríamos principiantes (que é a maneira mais bela de honrar a vida); não olharíamos para o que vem como um horizonte aberto, do qual há tanto a aprender; não nos tornaríamos exploradores do casual e do novo; não irromperíamos tremeluzentes como o fazem as dezenas de flores que escolhem florescer não na primavera, mas em pleno outono (por exemplo, a flor do medronheiro, as candeias, o açafrão-bravo, a torga). Sempre que recomeçamos, a vida nos toca com maior intensidade. E se insiste em mobilizar em nós uma força súbita, um impulso e um ardor cuja evidência não vemos é, no fundo, para nos despertar, para nos demonstrar que tal é possível, e nos introduzir, desse modo, numa tensão criativa que não é senão a forma plástica que resgata a vida da rigidez, da estase ou do desânimo.

Encaremos, portanto, com confiança os recomeços, tão vitais mesmo na sua exigência; tão propícios, ainda se nos colhem num movimento desfasado, com perplexidades e demoras. Hannah Arendt escreveu: “O curso da vida humana, direcionado para a morte, conduziria o ser humano ao declínio e à destruição se este não tivesse a faculdade de interrompê-lo e de iniciar algo de novo... Os seres humanos, mesmo se devem morrer, não nasceram para morrer, mas para começar.” Somos chamados a isso em ocasiões diferentes da nossa vida, e as causas podem ser muito concretas: um sofrimento ou uma alegria, uma transformação, um objetivo a atingir. Mas podem ser também razões mais amplas, como se começar/recomeçar se tornassem simplesmente a nossa atitude perante a existência, como o Padre do deserto, Santo António Abade, propunha.

Essa espécie de lento parto que recomeçar significa não está dito que seja indolor. Contudo, será sempre melhor do que passar pela vida que nos pertence como um estranho, sem chegar nunca ao seu âmago, sem ter compreendido apaixonadamente o que se pode entender e olhado, com consciente espanto, a porção irremovível de mistério nela contida. Um coração amadurecido sabe que a vida não se consuma em campos necessariamente alternativos (ou isto, ou aquilo), mas espera de nós a capacidade de desenhar complementaridades. É na noite que a aurora começa. Não raro, os risos mais inesquecíveis chegam acompanhados de abundantes lágrimas. E, com a perceção dos nossos limites, aprendemos a conhecer não apenas a impotência, mas também possibilidades que não víamos. Avizinhamo-nos melhor daquilo que somos. O poeta Miguel Torga contava assim como chegou à escolha do seu pseudónimo: “Torga é uma planta transmontana, urze campestre, cor de vinho, com as raízes muito agarradas e duras, metidas entre as rochas. Assim como eu sou duro e tenho raízes em rochas duras.”

José Tolentino Mendonça. Que coisa são as nuvens - Recomeçar in E-Revista Expresso, Semanário#2551, de 17 de setembro de 2021