Leituras



O livro sobre o livro





No prefácio das autoras ao seu Dicionário do Livro: Da escrita ao livro electrónico, fica claro um dos problemas do livro – não deste livro em particular, mas do próprio conceito e forma que designamos pela palavra ‘livro’. Confrontadas com a vastidão do tema e com a natureza, em última análise, arbitrária das categorias que temos de usar para classificar o mundo – ainda quando esse mundo é o mundo aparentemente determinável e ordenável do léxico bibliográfico -, Maria Isabel Faria e Maria da Graça Pericão tentam explicitar as múltiplas racionalidades com que o vocabulário do livro se constelou nas cerca de 25000 entradas (sim, 25000!, não é gralha) que integram esta opus magnum. Por exemplo:

«[…] pretendemos registar os termos do passado que, pouco a pouco, foram sendo abandonados; fazê-lo em simultâneo com a terminologia a que chamaremos de ponta, que as novas tecnologias da comunicação aplicadas à informação trouxeram consigo. Pretendemos também conservar na língua portuguesa algum vocabulário cujo desaparecimento tende a verificar-se com o advento e a imposição de novas técnicas.» (p. 7)

«A terminologia que a obra contempla pretende ser a mais característica de ciências e/ou disciplinas como história da escrita e sua natureza (paleografia, diplomática, filologia), sigilografia (importância documental orgânica do selo), bibliografia, história do livro, biblioteconomia, codicologia, novas tecnologias ao serviço da informação (informática e ciência do audiovisual), sociologia da informação – suas incidências e problemáticas sociais, ciências físico-químicas (no que respeita a problemas e técnicas de conservação dos suportes de escrita e seu restauro) e novas questões da ciência da informação, indústria da informação, gestão de documentos e gestão da informação.» (p. 9)

Esta dificuldade em circunscrever a terminologia a incluir não decorre apenas da intenção de combinar organização sincrónica e diacrónica, dando conta de momentos históricos significativos através da terminologia específica de certas épocas e tecnologias. Decorre também da participação do livro em inúmeros processos sociais e culturais, e das consequentes associações semânticas que expandem o vocabulário do livro para múltiplos contextos de produção, transmissão e recepção. E decorre ainda de uma intensa proliferação lexical nas três últimas décadas – em muitos casos através da importação de palavras e expressões em inglês – originada pela acelerada transição da cultura impressa para a cultura digital, que reconfigura a materialidade do livro. Por causa deste processo, milhares de novos termos oriundos da linguagem das aplicações e das redes informáticas passaram a fazer parte do vocabulário do livro. O efeito combinado destes três factores parece tornar vã qualquer tentativa de saber exactamente o que constitui um abecedário do livro num horizonte que se estende do manuscrito ao electrónico.

De algum modo, este dilema é também o dilema que se coloca quando se quer fazer um livro, qualquer que ele seja. O códice impresso pós-Renascentista e os modos de produção disciplinar do sentido da escrita consagraram a unidade discursiva autor-título-tema. O livro passou a ser sobretudo essa unidade material e discursiva discreta, cuja extensão era função dos limites do tamanho das folhas e do número de cadernos que a flexibilidade do papel permitia combinar e que as mãos humanas eram capazes de acomodar. Tal como o rolo de papiro ou o códice de pergaminho, também o códice de papel optimizou aquela relação. O livro era um modo de suster nas mãos o universo ordenado da escrita, um mapa temporário da infinitude da significação. À portabilidade e à manuseabilidade, isto é, à forma como o códice ergonomizou a sua materialidade para nela inscrever o metabolismo da leitura individual, associou-se desde cedo a experiência da coerência interna do seu discurso, criando como expectativa – na cabeça de escritores e leitores – a ergonomia do espaço mental das categorias, das disciplinas e dos géneros.

Fazer um livro é fazer caber no espaço arbitrário de um certo número de páginas o espaço verbal, também arbitrário, de um certo número de palavras. E encontrar ou inventar a posteriori a lógica interna que estabelece as correspondências entre um espaço e o outro. Este desejo de coincidência entre a unidade material do discurso e a unidade material da escrita e da impressão é, de algum modo, uma imagem do desejo humano de recriar e ordenar no livro o próprio universo. No livro, a magia da escrita parece realizar no mais alto grau o poder simbólico da linguagem humana. Por isso o livro nunca se chega a secularizar inteiramente: algo da psicose totémica que o produziu como veículo da divindade parece sempre prestes a emergir da sua condição bibliográfica.

A regra da ordenação alfabética contém não só a história dos sistemas de catalogação e indexação desde a antiga biblioteca de Alexandria, mas capta, na justaposição aleatória de termos gerada pelo princípio da alfabetação, a radical arbitrariedade combinatória criada pela invenção da escrita alfabética. Para Marshall McLuhan, a escrita alfabética, que a imprensa mecanizou, foi o instrumento de destribalização da humanidade, que tornou possível o pensamento linear, o individualismo e o racionalismo grafocêntrico da visão. A forma do dicionário pode considerar-se um dos expoentes da galáxia Gutenberg e uma realização do mito do livro como espelho ordenado do mundo, capaz de esgotar uma certa ordem de representações, cujo todo é a coincidência do livro consigo mesmo – com o seu princípio e o seu fim, e com a sua ordenação interna de uma ordem externa.

Sem a flexibilidade que teria numa versão electrónica sob a forma de base de dados que integrasse em múltiplas hierarquias as categorias das diversas constelações terminológicas, tornando-as pesquisáveis de forma automática, o Dicionário do Livro conserva todavia intacta a ontologia bibliográfica da sua espécie – genealogicamente marcada no seu próprio código bibliográfico, que remete para a história desta forma particular de livro (no desenho gráfico neo-clássico, na sobrecapa, na capa cartonada, na composição em dupla coluna, no uso de ilustrações a negro, no tipo escolhido). Das 1288 páginas desta edição, as entradas alfabéticas ocupam 1234 – que variam entre o mínimo das letras Y (1), W (2), K (2), X (3) e Z (3) e o máximo das letras A (105), L (105), P (123) e C (170). Para se compreender o livro – não só o conceito e a forma que designamos pela palavra ‘livro’, mas este livro em particular – nada como reparar na produtividade combinatória e meta-referencial da máquina alfabética que o dicionário constitui. Tal como no padrão gerado pelos vários tipos combinados no desenho da sobrecapa, trata-se de transformar o acaso da letra na ordem de sentido do livro:

«CABEÇA DE FOLHA – Linha de texto recuada, ligeiramente separada das do texto da folha, onde é indicado o título do livro (do lado esquerdo) e o título da parte ou capítulo do livro (do lado direito). No caso de o livro não estar dividido em partes nem capítulos o título aparece impresso em todas as páginas, na totalidade ou sob forma abreviada e, no primeiro caso, se for extenso, pode ser dividido, metade para a página da esquerda e a outra metade para a página da direita. Obras há que não apresentam cabeça de folha. Título corrente. Título corrido. Título recorrente. Cabeceira de folha. (port. Bras.) Cabeço.
 CABEÇA DE LEITURA-GRAVAÇÃO – Mecanismo electromagnético de pequenas dimensões usado para registar, ler ou apagar os pontos polarizados que representam informação num disco ou numa fita magnética.
 CABEÇA DE MORTO – Letra invertida.
CABEÇA DE PÁGINA – Parte superior da página. Ver tb. Cabeçalho.
CABEÇA DE PORTADA – Linhas de texto colocadas na parte superior da página de rosto, nas quais se indicam os nomes do autor, do editor e da série.
CABEÇA DE PREGO – Termo de gíria tipográfica que designa o tipo cansado pelo uso.
 CABEÇA DE VERBETE (port. Bras.) – Ver Entrada» (p. 178)


Referência Bibliográfica:

FARIA, Maria Isabel e PERICÃO, Maria da Graça - Dicionário do Livro: Da escrita ao livro electrónico. Coimbra: Almedina, 2008. [ISBN 978-972-40-3499-7]


Recensão crítica de Manuel Portela, publicado no Blogue OLAM - Os livros ardem mal.  

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História do feio, de Umberto Eco 



Autor: Umberto Eco
Título: História do Feio
Edição/reimpressão: 2007

Editor: Difel
Nº Páginas: 456ISBN: 9789722908542

 

Para Eco, a fealdade é mais divertida e interessante do que a beleza. A beleza  é, frequentemente, entediante porque toda a gente sabe o que ela é.  


Filosófica e esteticamente, o conceito de Belo sempre se contrapôs ao conceito do Feio. Daí que a História do Feio surja como a sequência natural e mundialmente aguardada do best-seller internacional, História da Beleza.

Aparentemente, beleza e fealdade são conceitos que mutuamente se exigem: habitualmente entende-se a fealdade como o oposto da beleza, de modo que bastaria definir a primeira para se saber o que é a outra. Mas as diversas manifestações do feio através dos séculos são mais ricas e imprevisíveis do que comummente se julga. Por isso, os textos antológicos e as ilustrações extraordinárias deste livro levam-nos a percorrer um itinerário surpreendente entre pesadelos, terrores e amores de quase trinta mil anos, onde os atos de repulsa caminham de mãos dadas com comoventes movimentos de paixão, e a rejeição da deformidade é acompanhada de êxtases decadentes que, as mais das vezes, são violações sedutoras de todos os cânones clássicos. Entre demónios, loucos, inimigos horríveis e presenças perturbantes, entre abismos revoltantes e deformidades que atingem o sublime, freaks e mortos-vivos, descobre-se uma veia iconográfica vastíssima e, muitas vezes, inimaginável.


Percorrendo os períodos da História da Arte, até à atualidade, o livro aborda as várias representações do feio, diferentes estilos, num estudo muito completo, com imagens elucidativas. Ao lermos o livro vamos encontrando o feio na natureza, o feio aliado ao espiritual, o feio associado com a assimetria, a desarmonia, a debilidade e a desfiguração; vamos vendo o feio pintado de mesquinho, vil, banal, casual, arbitrário, grosseiro, repugnante, desajeitado, horrendo, sensaborão, nauseabundo, criminoso, espectral, bruxo, satânico, repelente, desagradável, grotesco, abominável, odioso, indecente, imundo, porco, obsceno, pavoroso, abjeto, monstruoso, horripilante, medonho, terrível, terrificante, tremendo, repulsivo, nojento, nauseabundo, fétido, ignóbil, desgraçado, algo / alguém sem graça nenhuma nem decência.

A narrativa de Umberto Eco é uma espécie de cartografia de emoções que alinha excertos picarescos de Rabelais (a invenção dos "limpa-cus" no tomo I de Gargântua e Pantagruel, 1532), o Manifesto Surrealista, de André Breton (1924), e a descrição de um inimigo de James Bond a ser devorado por tubarões no filme Vive e Deixa Morrer (1954).
O primeiro editor estrangeiro que viu esta obra exclamou: «Como é bela a fealdade!»
Entrevistado sobre a História do feio, Umberto Eco fala sobre o conceito central do livro: a fealdade.



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História da Beleza, de Umberto Eco

Na capa: Leonor de Toledo pintada por Bronzino
Autor: Umberto Eco
Título: História da Beleza
Editor: Difel
Data de publicação /reimpressão: 2009
Nº Páginas: 438
ISBN: 9789722907163


Perguntai a um sapo o que é a beleza, o verdadeiro belo. Responder-vos-á que consiste na sua mulher, com os seus belos olhos redondos que se projetam para fora da pequena cabeça, o pescoço grosso e achatado, o ventre verde e as costas castanhas. Interrogai o diabo: dir-vos-á que o belo é um par de cornos, quatro patas com garras e um rabo." 


"Nesta resenha das ideias sobre a Beleza através dos séculos procurar-se-á, antes de mais, identificar os casos em que uma dada cultura ou uma determinada época histórica reconheceram que há coisas que são agradáveis quando as contemplamos, independentemente do desejo que sentimos em relação a elas. Por isso, não partiremos de uma ideia preconcebida de Beleza; antes, passaremos em revista as coisas que os seres humanos (ao longo dos milénios) consideraram belas."


"Este livro parte do princípio de que a Beleza nunca foi algo de absoluto e imutável, mas assumiu rostos diferentes segundo o período histórico e a região; não só no que diz respeito à beleza física (do homem, da mulher, da paisagem), mas também em relação à Beleza de Deus ou dos Santos ou das Ideias... Nesse sentido, respeitaremos muito o leitor. Acontecer-nos-á mostrar que, enquanto num mesmo período histórico, as imagens dos pintores e dos escultores pareciam celebrar um certo modelo de Beleza (dos seres humanos, da natureza ou das ideias), a literatura celebrava outro."
          Umberto Eco, extratos da "Introdução" de História da Beleza


Tanto no estilo como no aspeto gráfico, História da Beleza foi concebido para um público vasto e diversificado, constituindo uma síntese inédita e multidisciplinar que inclui não só as artes visuais, a arquitetura e o design, mas também a música, a literatura, a dança, entre muitas outras manifestações artísticas.

Em 17 capítulos profusamente ilustrados, Umberto Eco reflete sobre as diversas transformações do conceito de Beleza e os mecanismos que elegeram as diversas tendências do gosto ao longo dos tempos.

Competirá aos leitores, ao percorrer as páginas deste livro, decidir se a ideia de Beleza, através de uma tão grande diversidade de representações, terá mantido algumas características constantes. De qualquer modo, constituirá uma aventura intelectual apaixonante e emotiva.



 Crítica da imprensa
"Este livro conta o modo como os homens e as mulheres consideram o belo através dos tempos. [...] Repare-se como nos seus quadros sinópticos, por categorias (da Vénus Nua às Proporções), Eco nos transporta da Vénus de Willendorf, com 25 mil anos, a Diana de Gales, passando por figuras tão convencionais como as Madonnas de Rafael ou tão paradoxais como a Madonna dos nossos tempos, John Kennedy, John Weissmuller (como Tarzan) ou uma espantosa Cleópatra representada por Liz Taylor. [...] Um belo livro sobre a beleza, até porque através dele se percebe até que ponto é contingente o conceito e como esta contingência nos tocou e sempre continua a tocar a todos - sobretudo agora, nesta época de verdadeiro 'panteísmo do belo' (Eco)."
João Mário Grilo, Visão

«Da "Vénus de Willendorf" a Monicca Bellucci; de "S. João Baptista" de Caravaggio a Marlon Brando e David Beckham; da "Anunciação" de Da Vinci a "Marilyn" de Andy Warhol; de "Alexandre Magno" a J. F. Kennedy e aos Beatles; de Nefertiti a Grace Kelly e Lady Diana. Um panorama único das obras maiores da Arte Ocidental. "História da Beleza" vale bem o seu peso em ouro.»
Livres Hebdo
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Educação para a cidadania Global

     
http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002343/234311por.pdf


“Esta primeira publicação da UNESCO sobre Educação para a Cidadania Global (ECG) surge num momento em que a comunidade internacional é chamada a estabelecer uma nova agenda de desenvolvimento, que leve em consideração as implicações de desenvolvimentos socioeconómicos mais amplos e tendências emergentes para a educação num mundo cada vez mais globalizado e interconectado. Neste momento, quando a comunidade de educação é convocada a dar passos para promover a paz, o bem-estar, a prosperidade e a sustentabilidade, espero que esta nova publicação da UNESCO obtenha sucesso em justificar por que a ECG é importante, além de oferecer a clareza concetual e a orientação prática necessárias para a sua implementação efetiva”.

Prof. Dr. Qian Tang, diretor-geral assistente para Educação na UNESCO.
Aceder ao documento, em português do Brasil, aqui.
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Blimunda 43


dezembro 2015

O fim de ano aproxima-se e a Blimunda despede-se de 2015 com um número que congrega assuntos tão distintos como vinho, futebol e teatro, além da literatura.

O frio convida a uma mesa farta e um bom vinho, e foi também por isso que a Blimunda esteve na primeira edição do festival Tinto no Branco, em Viseu. De lá, Sara Figueiredo Costa traz as suas impressões sobre um encontro que pretende colocar no mapa da literatura uma região que até agora é conhecida sobretudo pela sua produção vinícola.

Em 2014, o brasileiro Sérgio Rodrigues venceu o Prémio Portugal Telecom de 2014 com O Drible, um romance que tem como pano de fundo uma jogada executada por Pelé na Copa do Mundo de 1970. De passagem por Portugal para promover o livro, o escritor conversou com Ricardo Viel sobre essa parceria de sucesso entre a bola e as palavras.

E com o fim do ano já à porta, Andreia Brites lê os mais recentes livros de 12 editoras portuguesas na área do infantil e juvenil, que movimenta grande percentagem do mercado livreiro.

Escrito nos início dos anos 50, o romance Claraboia esteve durante décadas esquecido, até regressar às mãos do autor. Em 2011, depois da morte de José Saramago, o livro foi finalmente publicado. E agora, graças ao trabalho do grupo A Barraca, a história de seis famílias que vivem num prédio sob a sombra do salazarismo ganha nova vida. A secção Saramaguiana publica um ensaio fotográfico da adaptação teatral, acompanhado de excertos do romance de José Saramago.



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Concurso Nacional de Leitura'15 - Ensino Básico





Numa acolhedora vila portuguesa, um grupo de alunos do 10º ano da escola secundária criaram entre si fortes laços de amizade. David é um deles, e há também Benedita, a rapariga mais inteligente da turma, que o intriga por andar sempre sozinha e deixar transparecer uma grande tristeza. Neste ambiente tranquilo, já muito perto do final das aulas, uma situação inesperada vai criar circunstâncias extraordinárias que permitirão pôr em evidência valores que transcendem a rotina do quotidiano. Cabe-te a ti, jovem leitor, avaliar até que ponto esta empolgante história nos transmite esperança e nos faz acreditar num mundo melhor.

Ler as primeiras páginas aqui.





Contos de Vampiros de Ana Paula Tavares , Gonçalo M. Tavares , Hélia Correia , João Tordo , Jorge Reis-Sá , José Eduardo Agualusa , Miguel Esteves Cardoso , Rui Zink , Susana Caldeira Cabaço.



É essa a substância, a natureza do vampiro: fazer temer a invasão do outro no meu espaço corporal, no primeiro e mais claro reduto da minha identidade. E assim perder a própria existência, metamorfoseando-me no outro. Atenção, caros leitores: porque ao ler este livro é isso que está em jogo - perder a própria identidade!
Pedro Sena-Lino (in Nota Introdutória)

Nove terríveis contos de vampiros, originais e assinados por autores portugueses contemporâneos, diretamente para os seus maiores receios de leitor! A partir do momento em que iniciar a leitura, a responsabilidade é inteiramente sua.

Coordenada por Pedro Sena-Lino, a coletânea satisfaz os desejos mais obscuros de qualquer leitor!

Ver o índice do livro aqui.

 



Heirich e Jósef conheceram-se na Polónia. Heinrich tinha chegado há pouco tempo da Alemanha, porque o pai não queria que o filho crescesse num país onde então dominavam o ódio, o preconceito, o abuso do poder e todas as formas de fanatismo. Naquele tempo, o homem que tinha subido ao poder resolveu dominar o mundo e perseguir todos aqueles que considerava serem de raças inferiores como os judeus ou os ciganos, e também todas as pessoas que lhe opusessem resistência. Esse homem chamava- se Adolf Hitler.


Esta história, escrita com grande sensibilidade, conta-nos como Heinrich, e o seu amigo judeu, Jósef, apesar de tudo o que sofreram, conseguiram manter uma amizade que ficou para a vida. A autora mostra-nos ainda como o amor pelos livros e pela leitura, e a capacidade humana de criar beleza são importantes para promover a paz entre os povos.


Prémio Literário Maria Rosa Colaço Literatura Juvenil 2012

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 ESTRANHAR PESSOA! 

 

Estranhar Pessoa nº 2 | Revista Digital

            http://estranharpessoa.com/revista


Este número contém uma Secção Temática, o Caderno do Orpheu, composto por artigos que têm como horizonte a revista modernista de que se celebra este ano o centenário, e ainda uma Secção Genérica, reunindo artigos cujo foco excede este propósito temático.

Seguindo o mote de Pessoa de que haveria em Portugal apenas duas coisas interessantes, a paisagem e Orpheu, este número da Revista, editado por Pedro Sepúlveda, propõe uma revisitação crítica de temas fundamentais do Modernismo literário português, através de leituras das obras dos seus maiores intervenientes.




 


 

Índice do nº 2



REVISTA ESTRANHAR PESSOA, N.º 2 / Outubro de 2015

Editor: Pedro Sepúlveda
[PDF COMPLETO]

Pedro Sepúlveda, 
Introdução: Além da paisagem

SECÇÃO TEMÁTICA: CADERNO DO ORPHEU

Richard Zenith, 
Campos Triunfal

Fernando Beleza, 
Orpheu cosmopolita: Políticas culturais e heterotopia sensacionista em
“Ode Marítima”, de Álvaro de Campos


Nuno Amado, 
Orpheu... e Eurídice

Rita Patrício, 
“Nós os de Orpheu”: da distinção

Pedro Sepúlveda, 
Orpheu em lugar de Caeiro

Manuela Parreira da Silva, 
Raul Leal, o filósofo “futurista” de Orpheu

Anna M. Klobucka, 
A propósito de Violante de Cysneiros:
Orpheu, Nova Sapho e as poéticas e políticas de género no Modernismo português


Fernando Cabral Martins, 
Notas sobre o diálogo poético entre Sá-Carneiro e Pessoa

Pedro Tiago Ferreira, 
A teoria pessoana das Ideias: O Marinheiro

Ana Maria Freitas, 
Paisagens-Outras – a soma-síntese nas ficções de Fernando Pessoa



SECÇÃO GENÉRICA

Victor K. Mendes, 
Animais, plantas e a crítica do antropocentrismo
no Livro do desassossego, de Fernando Pessoa


Vincenzo Russo, 
A poesia pensa o século XX: Fernando Pessoa lido por Alain Badiou

Os autores

 Consultar a Revista Estranhar Pessoa nº1 aqui.


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  Livros & Leituras



Bruno Vieira Amaral é o vencedor do Prémio Literário José Saramago 2015, com o romance "As primeiras coisas".




Bruno Vieira Amaral é natural do Barreiro, onde nasceu no ano de 1978. Formado em História Moderna e Contemporânea pelo ISCTE, crítico literário, tradutor, assessor de imprensa no Grupo Bertrand Círculo, é o atual editor-adjunto da revista Ler. Começou por escrever no seu blogue, Circo da Lama; em 2013 publicou “Guia Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa” e em 2015 “Aleluia!”, ambos na área do ensaio. 

As Primeiras Coisas” é o seu primeiro romance. Editado entre os referidos ensaios, foi amplamente elogiado pela crítica como um novo valor de literatura portuguesa - José Rentes de Carvalho elogiou-lhe a escrita, de surpreendente, de rara e comovente beleza. 

Foi distinguido já com o Prémio de Livro do Ano da revista Time Out, o Prémio Fernando Namora e o Prémio PEN Narrativa. (do comunicado do Júri, p. 2).





Homenageando a figura do Nobel da Literatura, José Saramago, o Prémio Literário José Saramago foi criado em 1999 pela Fundação Círculo de Leitores. Afirmando-se como um dos mais importantes prémios literários atribuídos no âmbito da lusofonia a autores com obra publicada em português, e com idade não superior a 35 anos, foram distinguidos(as) em anos anteriores: Paulo José Miranda, José Luís Peixoto, Adriana Lisboa, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo, Andréa del Fuego e Ondjaki.

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Livros & Leituras



No mês de outubro, mês dedicado à temática da educação, a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) tem em curso um conjunto de iniciativas, nomeadamente conferências e publicações disponibilizadas online para download gratuito.

Uma dessas publicações prende-se com a "Literatura e o ensino do português", e pode ser acedida aqui.



 http://www.ffms.pt/upload/docs/literatura-e-ensino-do-portugues_TeV96n5QfU6aulPTsk-BZg.pdf


"Os autores defendem, com argumentos sabiamente pensados e expostos, que, no quadro educativo, não há nem pode haver Letras sem Belas Letras. Que não se pode ensinar Português sem se ensinar também, obviamente na medida certa, Literatura: Camões, Gil Vicente, o Padre António Vieira, Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa e outros não podem deixar de estar nas nossas escolas. E também defendem que a medida atual está aquém da medida certa. Por medida não se deve entender apenas a quantidade mas também e sobretudo a qualidade. Neste domínio, segundo eles, interessa o “quanto” e interessa o “quê” e o “como”.

Será necessário, nesta como noutras áreas, que, na busca da medida certa, sejamos mais exigentes para connosco próprios.” (2013, p. 10-11).

   


Outra publicação da FFMS é sobre a ciência e apresenta-se como uma avaliação do grau de exigência no ensino básico em Portugal. Pode ser consultada aqui.





                                         http://www.ffms.pt/upload/docs/que-ciencia-se-aprende-na-escola_iY-abpKvY0SxrpIT61cJCg.pdf


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Livros & Leitores


Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago

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Livros & Leituras

Constança Manuel: 
a protagonista esquecida do romance de Pedro e Inês


Constança Manuel, que foi mulher de D. Pedro I, «é uma sombra, ficou apagada da memória dos portugueses, apesar de ter sido a protagonista involuntária de um dos maiores mitos da história de Portugal», disse a autora à Lusa.




Uma história sobre esperança e traição. A outra verdade sobre o romance de Pedro e Inês. 1336. A Península Ibérica está a ferro e fogo. A bela Constança, rainha de Castela, é repudiada pelo marido, Afonso XI, e o desejo de vingança do pai da jovem soberana leva-o a celebrar uma aliança com o rei de Portugal: a filha casará com o herdeiro do trono português, o infante D. Pedro. 

Constança, inteligente, devota e sofredora, anseia há muito por um destino ao lado do príncipe. Não imagina, porém, que, na sua vida recheada de infortúnios, a maior tragédia está ainda por acontecer, nem que a traição irá partir daqueles que mais ama e em quem mais confia: Pedro, o seu impetuoso marido, e Inês, a sua aia, amiga e confidente. 


Baseado numa investigação rigorosa e retratando de forma sublime uma época de grandes convulsões políticas, "Constança" é um romance de leitura compulsiva que nos dá a conhecer a protagonista involuntária, e esquecida pela memória coletiva, do grande mito romântico da História de Portugal.

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Livros & Leituras


O júri do Prémio Pen-Clube /Narrativa 2015, formado por Rita Taborda Duarte, Paula Morão e Francisco Belard, escolheu o romance "Hotel", de Paulo Varela Gomes.






Data de publicação ou reimpressão: 2014
Editor: Tinta da China
Nº de páginas:320
ISBN:9789896711979



Neste romance os leitores poderão ler a história de um estranho hoteleiro, do seu enigmático hotel, de uma passagem secreta, em tempos obstruída, do vício pouco ortodoxo de que o hoteleiro é vítima e cúmplice, das duas mulheres com as quais mantém relações ambíguas, da perplexidade ou inocência dos hóspedes. Mas a vida de Joaquim Heliodoro não é linear, a sua história cruza-se com arquitetura, curiosidade e pornografia, bem como com os problemas que daí derivam ou aí conduzem.

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Livros & Leituras


 O prémio Pen-Clube Português de Poesia 2015 foi atribuído a Isabel Mendes Ferreira em ex-aequo com Luís Quintais.



 
 
Ano de edição ou reimpressão: 2014

Editor: Labirinto de Letras

Páginas: 56 

ISBN: 978-989-96533-7-5


 


É poesia ou prosa?” Foi com esta interrogação que Cecília Barreira, investigadora e professora na Faculdade de Ciências Sociais na Universidade Nova de Lisboa, começou por apresentar o novo livro de poesia de Isabel Mendes Ferreira, O tempo é renda, já nas livrarias pela editora Labirinto das Letras.

Ler mais...


 


É o hibridismo entre plasticidades, narrativas diferenciadas. Isabel Mendes Ferreira leva a possibilidade da excelência ao extremo e reconduz-nos a uma reflexão mais densa. 



As palavras nestes textos poético-narrativos, deflagram por todos os lados dos vocabulários que conhecemos e dos que não conhecemos.

Por vezes, as palavras explodem como uma torrente de água, com tanto poder, que esmaga qualquer hipotética linguagem imaginária. 

O título, o tempo é renda, remete-nos para as entrelinhas e os interstícios desta magia que é o quotidiano do tempo, tal como um metrónomo híper-vigilante.





Ano de edição ou reimpressão: 2014

Editor: Assírio & Alvim
Páginas: 96

ISBN: 978-972-37-1764-8




Luís Quintais venceu, em ex-aequo com Isabel Mendes Ferreira, o Prémio Pen- Clube Poesia com O Vidro, livro que já havia recebido este ano o Prémio Fundação Inês de Castro.


O Vidro é o mais recente livro de Luís Quintais – uma das vozes mais seguras da nova poesia portuguesa – e aqui somos confrontados com um fulgor rítmico magistral e com a visita a alguns dos lugares paradigmáticos na poesia do autor. Vitrificação, estilhaços, riscos, violência e história, O Vidro faz alusão a fragmentos de Anna Calvi, António Damásio, Edmond Jabès, Fernando Pessoa, Martin Amis e T.S. Eliot.


Alguns dos poemas d' O Vidro podem ser lidos
aqui.

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 Livros & Leituras


    O Prémio Pen-Clube Português / Ensaio 2015 foi atribuído a Mário de Carvalho pela obra "Quem disser o contrário é porque tem razão", de 2014, agora reedidata.




    Prémio P.E.N. Clube Ensaio 2015

    Edição/reimpressão:2015

    Editor: Porto Editora

    Páginas: 280 

    ISBN: 978-972-0-04699-4 





    Alguns dos tópicos aqui abordados: 



    Ser escritor. O texto ficcional. Dilemas, enigmas e perplexidades do ofício. No vale das contrariedades. Nada do que parece é. O «assertivismo» é um charlatanismo. A valsa dança-se aos pares: escrita e leitura, autor e leitor, personagem e ação, causalidade e verosimilhança, contar e mostrar, o dentro e o fora, a superfície e o fundo. O bico-de-obra do primeiro... livro. Por onde começar? Com que começar? Com quem começar? A manutenção do interesse. Não há regra sem senão; não há bela sem razão. Ou o oposto. Riscos, cautelas e relutâncias. 



    Seis "Pontos"constituem o índice deste "Guia prático de escrita de ficção": "I. Pontos de ordem; II. Pontos de mira; III. Pontos de referência; IV. Pontos de vista; V. Pontos radiantes; VI. Pontos de luz". 

    Na "Nota prévia" deste sugestivo livro de ensaios pode ler-se: 

    "Este livro não é um trabalho académico. 

    Ao correr da pena, reúne e dá sequência a observações empíricas surgidas da experiência escrita, da memória do autor e duma outra consulta em segunda mão. Trata-se de um guia prático, a modos de expositor ou manual de escrita, e não de uma obra de indagação ou divulgação científica." (2014, p. 11). 

    Sublinhando o tom coloquial, mesmo familiar, do livro, Mário de Carvalho recusa situar-se nos terrenos da teorização narratológica e dos estudos literários, considerando que o "livro nada acrescenta à ciência dos estudiosos da área" (2014, p. 12).

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Livros & Leituras


Mulheres de cinza, de Mia Couto

O primeiro livro da trilogia "As areias do imperador", do escritor moçambicano Mia Couto, está disponível nas livrarias a partir de hoje.




 
"Mulheres de Cinza" é o primeiro livro de uma trilogia sobre os derradeiros dias do chamado Estado de Gaza, o segundo maior império em África dirigido por um africano. Ngungunyane (ou Gungunhane, como ficou conhecido pelos portugueses) foi o último de uma série de imperadores que governou metade do território de Moçambique. Derrotado em 1895 pelas forças portuguesas comandadas por Mouzinho de Albuquerque, Ngungunyane foi deportado para os Açores onde veio a morrer em 1906. Os seus restos mortais terão sido trasladados para Moçambique em 1985. Existem, no entanto, versões que sugerem que não foram as ossadas do imperador que voltaram dentro da urna. Foram torrões de areia. 

Do grande adversário de Portugal restam areias recolhidas em solo português. Esta narrativa é uma recreação ficcional inspirada em factos e personagens reais. Serviram de fonte de informação uma extensa documentação produzida em Moçambique e em Portugal e, mais importante ainda, diversas entrevistas efectuadas em Maputo e Inhambane.

A glória e o mito de Ngunyane atravessaram os dois países, fomentados também por algumas inverdades e falsificações históricas, ao sabor dos interesses do momento. Em declarações ao Jornal de Letras, Mia Couto diz que Portugal sentiu necessidade de engrandecer o imperador, para tornar maior a sua vitória sobre o rebelde e que Moçambique o aproveitou para o panteão dos seus heróis nacionais e anticoloniais.
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Livros & Leituras


 
Fernando Pessoa para todas as pessoas, 
de Ricardo Belo de Morais






Está disponível nas livrarias a partir de hoje, dia 16 de outubro, o livro de Ricardo Belo de Morais “Fernando Pessoa Para Todas as Pessoas”. O livro, que tem um título sem equívocos, condensa o essencial do mais universal dos escritores portugueses e destina-se a todas as pessoas: dos estudantes e professores do ensino secundário até aos académicos universitários, mas principalmente ao público em geral.

Fernando Pessoa está todo aqui: vida e obra, ortónimo e heterónimos, família, amigos, influências literárias, lugares e paixões. Juntam-se conteúdos exclusivos, como uma cronologia que se estende, pela primeira vez em décadas de estudos, para lá da morte do escritor em 1935, chegando até 2015. Dois outros capítulos, um com perguntas frequentes e outro com curiosidades, contribuem para mostrar o homem além do escritor – e desfazer alguns dos mitos e erros mais comuns, ainda hoje ligados a Fernando Pessoa. 


Pela primeira vez em livro, publica-se o levantamento exaustivo dos principais apócrifos pessoanos: textos que Fernando Pessoa nunca escreveu, mas que ainda assim são publicados e reproduzidos, como se fossem de sua autoria, na comunicação social, na internet em geral e nas redes sociais em particular.

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Livros & Leituras


Em teu ventre, de José Luís Peixoto







O novo livro de José Luís Peixoto chama-se "Em teu ventre" e chegará às livrarias portuguesas em finais de outubro de 2015 numa edição da Quetzal.



"Ainda bem que estás aqui. Sem ti, este momento não faria sentido ou faria um sentido diferente e, dessa maneira, este momento, todo ele, seria diferente. Sem ti, este momento não existiria.



Também te agradeço, menina. Deste-me um instante de calma. Desde que vivo segundo a vontade de brisas e ventos, só muito raramente tenho descanso dessa indecisão.



Não me agradeças. Como gostava de dar-te uma vida inteira de calma, mas ninguém pode fazer oferta do que não tem.



Sim, menina, eu compreendo.


Além de tudo, se te prendesse, não seria vida o que te dava. Com todos os percalços e transtornos, viver é continuar.

Sim, é verdade, menina. Viver é continuar.

Lúcia assenta a pena na palma da mão. Deixa a mão aberta, a pouca distância do rosto. Despede-se em silêncio, não há mais nada que possa dizer. Uma aragem leva a pena para o mesmo céu de onde veio, sobre esta hora da tarde, sobre o quintal. Sentada nas lajes do poço, Lúcia segue a pena com o olhar até deixar de conseguir distingui-la."

José Luís Peixoto, in "Em teu ventre"

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Livros & Leituras

DA VENCEDORA DO PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2015  



Título: O fim do homem soviético - um tempo de desencanto

Autor: Svetlana Aleksievitch

Edição/reimpressão:2015

Páginas: 472

Editor: Porto Editora

ISBN: 978-972-0-04740-3



O fim do homem soviético - um tempo de desencanto é o último livro de um quinteto de Svetlana Alexievitch dedicado à Grande Utopia, ou seja, ao comunismo. Publicado entre 1985 e 2012, este conjunto de 5 livros faz da autora uma das vozes mais significativas na desconstrução dos mitos associados ao antigo império soviético. 



A autora abre a introdução a O Fim do Homem Soviético, intitulada Notas de uma cúmplice, com esta promessa: "Despedimo-nos dos tempos soviéticos. Dessa nossa vida. Tentarei escutar honestamente todos os participantes do drama socialista…”. Defendendo que “o comunismo tinha um plano louco – transformar o ‘homem antigo’”, Alexievich acrescenta que esse terá sido talvez o único objectivo que foi mesmo cumprido: “Em pouco mais de setenta anos, no laboratório do marxismo-leninismo criou-se um tipo humano especial – o Homo sovieticus”. E termina o seu texto com uma constatação e uma pergunta: “Encontrei nas ruas jovens com a foice e o martelo e o retrato de Lenine nas camisolas. Saberão eles o que é o comunismo?"


Sinopse


Volvidas mais de duas décadas sobre a desagregação da URSS, que permitiu aos russos descobrir o mundo e ao mundo descobrir os russos, e após um breve período de enamoramento, o final feliz tão aguardado pela história mundial tem vindo a ser sucessivamente adiado. O mundo parece voltar ao tempo da Guerra Fria.


Enquanto no Ocidente ainda se recorda a era Gorbatchov com alguma simpatia, na Rússia há quem procure esquecer esse período e o designe por a Catástrofe Russa. E, desde então, emergiu uma nova geração de russos, que anseia pela grandiosidade de outrora, ao mesmo tempo que exalta Estaline como um grande homem.
Com uma acuidade e uma atenção únicas, Svetlana Alexsievitch reinventa neste magnífico requiem uma forma polifónica singular, dando voz a centenas de testemunhas, os humilhados e ofendidos, os desiludidos, o homem e a mulher pós-soviéticos, para assim manter viva a memória da tragédia da URSS e narrar a pequena história que está por trás de uma grande utopia. 


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Academia Sueca premeia um novo género literário: a reportagem literária



 


A escritora em 2009

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/10/1691583-svetlana-alexievich-vence-o-nobel-de-literatura.shtml



Na passada quinta-feira, dia 8, o Prémio Nobel da Literatura 2015 foi atribuído à jornalista e escritora bielorrussa Svetlana Alexievitch "pela sua escrita polifónica, memorial ao sofrimento e à coragem na nossa época".

Aquando do anúncio público da atribuição do prémio, Sara Danius, a secretaria da Academia Sueca, afirmou que a escritora bielorrussa inventou “um novo género literário”, que “funde literatura e jornalismo”, e “criou uma história das emoções, uma história da alma”.


Svetlana Alexievitch tornou-se, aos 67 anos, o 112º escritor (e apenas a 14.ª mulher) a receber o Prémio Nobel da Literatura.

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BLIMUNDA Nº 40

setembro 2015




Assuntos atuais e que nos tocam a todos, a questão dos refugiados e do voto merecem destaque neste número 40 da Blimunda. Como tratam os livros de receção infantil e juvenil questões como as da guerra, das fugas e dos recomeços? A Blimunda de setembro debruça-se sobre esta questão e recolhe obras literárias que tratam estes temas, dirigidas aos leitores mais jovens.

E se toda uma cidade votasse em branco? A secção Saramaguiana traz excertos do romance Ensaio sobre a Lucidez, de José Saramago, que nos ajuda a pensar no poder que tem o voto, se de facto nos sentimos representados e como se sustenta a democracia.

O Museu Bordalo Pinheiro, o mais antigo museu português dedicado a um artista, é outro dos assuntos da revista deste mês. A Blimunda visitou o espaço e conta por que vale a pena conhecê-lo.

O que tem a luz de Lisboa que tanto fascina? Na tentativa de responder a esta questão a Blimunda visitou a exposição «A Luz de Lisboa», patente no Torreão Poente da Praça do Comércio, e voltou de lá com a certeza de que a luz que lhe dá o mote nunca falta.

Na secção Cinema, a revista publica a segunda parte de um ensaio dedicado ao filmes exploitation feitos em Portugal.

Tudo isto e muito mais pode ser lido na edição de setembro da nossa e vossa Blimunda.


Boas leituras!
 

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Rota(s) da palavra


Encontro de literatura infantil e juvenil  Coimbra





 

Este encontro formativo resulta de uma parceria entre a Rede de Bibliotecas Escolares, os parceiros locais: Câmara Municipal de Coimbra e Biblioteca Municipal, editora Trinta por uma Linha, e Centros de Formação de Associação de Escolas - Minerva e Nova Ágora. Integra-se no plano de atividades da rede concelhia de bibliotecas de Coimbra e decorre em três dias: 2, 3 e 9 de outubro, sendo cada um dos dias um contributo para a construção de uma rota na formação de leitores, em articulação com as orientações curriculares.

Sítios da formação creditada:
.
CFAE Minerva
. CFAE Nova Ágora



O Programa do Encontro (pdf) pode ser consultado aqui.

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A noite em que a noite ardeu | A. M. Pires Cabral



Título : A Noite em que a noite ardeu
Autor :  A. M. Pires Cabral
Editor:  Cotovia
Data de lançamento : agosto 2015
ISBN : 9789727953493
Dimensões :  13 x 20,5 cm
Nº Páginas : 64



«Epígrafe
Se algum dia alguém chegar a ler
este dizer agreste,
provavelmente pensará: que pálida lanterna;
não é deste metal que a luz é feita.
Calma. Pois não.
Mas quem assiduamente
visita os desvãos onde a noite se acoita
não precisa de mais que o clarão desta treva
desta cegueira sem cão e sem bengala,
para no escuro rasgar o seu caminho
e nele ir progredindo às arrecuas.»




Transcreve-se, de seguida, o comentário do livro por Pedro Mexia, no Expresso, de 5 de setembro:

 



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Título : O livro de Agustina
Autor : Agustina Bessa-Luís
Editor : Guerra & Paz
Data de lançamento: abril 2014
ISBN : 9789897020971
Nº de páginas : 120


Este livro é a única autobiografia existente de Agustina. Escrita para a Guerra e Paz editores, este livro foi escrito para ser um primeiro volume – do nascimento ao 25 de Abril – de que, posteriormente, a autora escreveria uma segunda e última parte. Tem, por isso, esta obra, na impossibilidade de Agustina vir a escrever a segunda parte, um altíssimo valor simbólico e emocional. As várias fases da vida e obra de Agustina. Um relato que evoca lugares, personagens e raízes familiares.
«E acho que o texto está muitíssimo bem adaptado àquele grafismo. Acho que é um belo livro.»Agustina, ela-própria sobre a primeira edição deste livro
«"O Livro de Agustina". A escritora escreveu o texto, deu as fotografias do seu arquivo pessoal. Não é uma fotobiografia. O que é? Um acompanhamento. Como numa procissão.»Tereza Coelho
«… um belo livro sobre uma personagem extraordinária – e uma meditação sobre a vida que Agustina aceita descrever.» Fernando José Viegas


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O efeito facebook






Ficha Técnica

Título
: O Efeito Facebook

Editora: Arcádia

Género: Economia-Gestão

ISBN: 978-989-28-0050-9

Nº. de Páginas: 432

Formato: 155x220 mm


 
Quem não usa o Facebook hoje em dia é apelidado de “excluído da sociedade”… Mas o que aconteceu para chegarmos a este ponto? O Facebook é o segundo site mais visitado do mundo, a seguir ao Google. É considerada uma das empresas de maior crescimento da história e no final de 2010 tinha mais de 400 milhões de membros ativos, o que equivale a 20% dos utilizadores da internet, e continua a crescer 5% por mês. Uma história surpreendente que nos transporta ao interior da construção deste império mundial, desvendando o que está por detrás do sucesso do “mundo” Facebook.


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Base de dados de autores portugueses
(escritores e ilustradores)




A Base de Dados de Autores Portugueses, da responsabilidade da Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas/DGLAB, é a maior base de dados biobibliográficos de autores portugueses disponível online, reunindo presentemente mais de 5000 autores.
Em constante atualização, esta base de dados teve origem no Dicionário Cronológico de Autores Portugueses que, publicado entre 1983 e 2001, contemplava já mais de 3500 autores nascidos entre o século XII e 1940. Esta base de dados de autores (Escritores) foi posteriormente alargada a ilustradores portugueses (Ilustradores).

Recentemente foi inserido um conjunto de autores de livros para a infância e juventude (Quem é Quem), elaborado para a DGLAB pela APPLIJ /Associação Portuguesa para a Promoção do Livro Infantil e Juvenil.


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Ler+ Ler Melhor:
                                      
Vida e Obra de Fernando Pessoa





Ler+ Ler Melhor:
                                      
Vida e Obra de Alexandre O'Neill



  


Ler+ Ler Melhor:
                                      
Vida e Obra de Agustina Bessa Luís 









Ler+ Ler Melhor:

 Vida e Obra de Maria Teresa Horta









Ler+ Ler Melhor:


 Vida e Obra de Maria Judite de Carvalho













Ler+ Ler Melhor:


 Vida e Obra de Lídia Jorge






Ler+ Ler Melhor:

 Obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen




 

Ler+ Ler Melhor:


 Obras de Florbela Espanca




Ler+ Ler Melhor:

Dentes de Rato, de Agustina Bessa-Luís

 

 

As intermitências da morte :  

do romance ao libreto

 






Death with interruptions (Ópera), a partir de As Intermitências da Morte, de José Saramago  




No passado dia 19 de março, estreou, no ODC Theater, em San Francisco, EUA, a ópera As Intermitências da Morte (Death with interruptions), baseada no romance homónimo de José Saramago, produzida pela Left Coast Chamber Ensemble.

Esta é a primeira adaptação deste romance de José Saramago, que já viu outros dos seus textos adaptados para obras musicais. 






  Vídeo de um dos ensaios

 

Ler+ Ler Melhor:

Novas Cartas Portuguesa






Ler+ Ler Melhor:

O gato de Uppsala
 





Todos iguais...

Fonte:http://garotadadiademaazul.blogspot.pt/2012/10/top5-imagens-sobre-livros.html

 

Os Diários de Torga

felizardo Cartoon.jpg

Miguel Torga, caricatura de Felizardo Cartoon



Nasceu a 12 de Agosto de 1907 em São Martinho da Anta,Trás-os-Montes. Faleceu em 17 de Janeiro de 1995. De seu verdadeiro nome, Adolfo Correia da Rocha, Miguel Torga é o pseudónimo literário pelo qual ficou conhecido.


"Penso que Miguel Torga era muito mais que um pseudónimo, talvez um refúgio onde o Adolfo Rocha voluntariamente se abrigava constantemente e guardava as suas armas de defesa – as palavras que o prendiam ao seu verdadeiro ser de um homem do povo, «filho, neto, bisneto e tetraneto de obscuros cavadores, carreiros e almocreves, que séculos a fio saibraram, sulcaram e palmilharam as encostas do Doiro, criado a ouvir a crónica deles e a de quantos os acompanhavam na via-sacra – e Deus sabe até que ponto ela era dolorosa –» (in Diário XIII – Régua, 19 de Agosto de 1979)" ( http://chaves.blogs.sapo.pt/946452.html)



Caixa Diário de Miguel Torga 
Editora Dom Quixote
ISBN: 9789722052504

Os Diários de Torga, publicados originalmente em edição de autor, em 16 volumes, constituem o retrato de um homem, de um escritor e de um tempo. Publicados ininterruptamente entre 1941 e 1993, dão-nos uma apaixonante visão do país e da sociedade portuguesa da época, com todas as transformações que ao longo desse tempo a marcaram. 
A Caixa é composta pelo Diário Volume I a IV, Diário Volume V a VIII, Diário Volume IX a XII e Diário Volume XIII a XVI.


Extrato: 


Vila Nova, e de Dezembro de 1935 – Morreu Fernando Pessoa. Mal acabei de ler a notícia no jornal,  fechei a porta do consultório e meti-me pelos montes a acabo. Fui chorar com os pinheiros e com as fragas a morte do nosso maior poeta de hoje. Que Portugal viu passar num caixão para a eternidade sem ao menos perguntar quem era.

Torga, Miguel, Diário I, Edição de autor, p. 57















Eugénio de Andrade 






Ler+ Ler Melhor:  

José Saramago








A última história que Saramago quis contar





No editorial da revista Blimunda de julho, Pilar del Río deixou alguns detalhes sobre a publicação deste romance:


"Com Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas acaba-se a obra de José Saramago, o homem que não queria morrer sem ter dito tudo. Talvez não seja ousadia recordar que os seus dois últimos livros, “Caim” e “Alabardas”, tratam de dois assuntos centrais na sua obra, abordados de forma explícita, para não deixar sombra de dúvida: a recusa do poder que as religiões exercem sobre as pessoas e sociedades para as anular através do medo e da proibição, o recurso à violência, tão usado em diferentes civilizações, como se não houvesse outro meio para solucionar conflitos. Em Caim, o artifício do Antigo Testamento, do fratricídio inicial ao dilúvio universal, que levará à morte todos os habitantes da terra por não haver cumprido os desígnios de Deus, em Alabardas, onde um trabalhador descobrirá, pela força das circunstâncias, que a sua laboriosidade permite que uma engrenagem odiosa continue em movimento e a marcar os mapas e as dominações. No fundo, a reflexão sobre o poder e a violência são um mesmo eixo. E sobre ele gira a obra de José Saramago."
 
O dossier de Blimunda #28, de setembro de 2014, é dedicado a esta obra.









Ler+ Ler Melhor:

 Vida e Obra de Mário Cláudio









Ler+ Ler Melhor:

 Vida e Obra de José Cardoso Pires




  


Ler+ Ler Melhor:

 Vida e Obra de José Gomes Ferreira






Ler+ Ler Melhor:

 Vida e Obra de Mário Cesariny







Ler+ Ler Melhor:
                                      
Vida e Obra de Vergílio Ferreira







Livros e Leituras: Os da Minha Rua, de Ondjaki






Título: Os da Minha Rua
Autor: Ondjaki
Editora: LeYa
Edição: Março 2009 (2ª) - Livro de Bolso
Nº páginas: 128
ISBN: 978-989-65-3002-0


Um título, duas leituras:



 


As primeiras páginas do livro podem ser lidas aqui.






Fotobiografias










 Fotobiografia de Eça de Queirós


Título - Eça de Queiroz - Fotobiografia

Autor - A. Campos Matos

Editora – Leya

Data de Publicação – 2010

Nº de páginas - 434


ISBN – 9788562936609 




As correspondências (inclusivamente as secretas), as polémicas, a revolta de um jovem revolucionário, a crítica às aparências e à hipocrisia social, o erotismo, as amantes, o trabalho nos consulados. Eça de Queiroz - Fotobiografia, a mais completa já publicada, apresenta vasta matéria subsidiária para a biografia de Eça - dando-nos uma cronologia da vida, da obra e do respetivo contexto histórico. Nela, encontram-se também imagens raras, como a do Eça jovem, com cerca de vinte anos, a de Salomão Saragga, figura proeminente das Conferências do Casino, a de Manuel Macedo, o seu primeiro ilustrador.

* MAIS DE 700 IMAGENS contam a história polémica e revolucionária do autor de O Primo Basílio e Os Maias.












Fotobiografia de Fernando Pessoa


Título - Fotobiografia de Fernando Pessoa

Autor - Richard Zenith / Joaquim Vieira

Editora - Companhia das Letras

Data de publicação - 2011

N° de páginas - 264

ISBN - 9788535919608

  

Concebido por um editor experiente e por um dos grandes especialistas em Fernando Pessoa, o livro apresenta centenas de imagens inéditas e conhecidas do poeta e sua família, desde os primeiros anos de vida do autor - incluindo fotos, desenhos, caricaturas, cartas, diários, rascunhos, manuscritos e datiloscritos, reproduções de jornais e revistas em que publicou, além de obras de arte feitas em homenagem a Pessoa.
Os principais acontecimentos da vida do autor são retraçados, com destaque para o surgimento dos heterónimos mais importantes e para o único relacionamento afetivo mantido por ele: o namoro de um ano com Ofélia Queirós.
Sem esgotar a questão da heteronímia, Zenith especula sobre as raízes biográficas e psicológicas que levaram Pessoa a criar tantas personalidades literárias. O volume traz ainda uma cronologia de vida e obra do poeta, bibliografia e uma árvore genealógica que remonta até o século XVI.




Fotobiografia de Amadeo de Souza Cardoso

Título – Amadeo de Souza Cardoso  - Fotobiografia 1887-1918

Autor – Leonor de Oliveira e Catarina Alfaro

Editora - Fundação Calouste-Gulbenkian

Data de Publicação - 2007

Nº de páginas - 334

ISBN - 9789726351924


No seguimento da pesquisa em torno da obra de Amadeo de Souza-Cardoso, a Gulbenkian publicou a fotobiografia do pintor, a qual é, simultaneamente, o primeiro volume do Catálogo Raisonné do artista.

«Tratando de um dos mais importantes artistas portugueses de sempre, sobretudo se se pensar em termos do reconhecimento internacional e das relações que o seu trabalho estabeleceu com as mais conhecidas e sofisticadas cenas artísticas, torna-se fundamental dar um salto na sua intimidade. Nunca se sabe de que maneira é que o conhecimento da vida dos artistas contribui ou não para o aprofundar do conhecimento da sua obra, aquilo que sabemos é que a maior parte das vezes é um elemento decisivo e imprescindível. 

Esta fotobiografia, com base numa seleção rigorosa de documentos visuais e escritos, "foi feita em função do objetivo definido de traçar um mapa do seu percurso artístico", afirma Helena de Freitas, coordenadora da edição. É assim que nasce uma "malha" de texto e imagem que permite diferentes aproximações à vida e aos diferentes momentos do percurso criativo de Amadeo. É verdade que as obras só surgem num segundo plano, o acesso que se tem a elas é mediado pelas contingências mundanas da vida do artista, mas este tipo de mediação nem sempre se ergue como barreira e muitas vezes surge como portal de acesso a um mundo.

A todos os níveis esta edição torna público e acessível um conhecimento fundamental para a caracterização da história da arte portuguesa mais recente. Sobretudo, tratando-se do artista que foi tão longe quanto era possível: é notável que tendo nascido 1887 em Manhufe, perto de Amarante, tenha exposto nas mais importantes mostras mundiais, como o Armory Show, nos EUA, o Erster Deutscher Herbstsalon, no London Salon of the Allied Artist's Association, entre bastantes outras. Note-se que no início do século XX (estas exposições realizam-se entre 1913 e 1915) Manhufe e mesmo Portugal eram muito mais distantes, em termos da geografia dos centros artísticos mundiais, que o que são hoje.

O percurso de Amadeo, mesmo não tendo em consideração juízos sobre as suas produções, é notável. Viveu em Paris, onde estudou arquitetura. Privou com Modigliani, Max Jacob, Robert Delaunay e Archipenko (por volta de 1910). Em 1915, devido à I Guerra Mundial, regressa a Portugal. É durante esse período que desenvolve parte dos projetos (exposições) comuns com o casal Delaunay (que habitava em Vila do Conde). É nesta altura que a nasce a sua amizade com Almada Negreiros e o grupo do Orpheu, órgão principal do futurismo português. Em 1916, realiza a primeira exposição individual em Portugal, intitulada Abstracionismo (descrita por Almada como exposição "impressionista, cubista, futurista, abstracionista"), e publica o álbum 12 Reprodutions. Morreu novo, em 1918, vítima de gripe espanhola, mas os breves 31 anos da sua vida foram os suficientes para se assumir como um dos momentos mais significativos e importantes da história da cultura portuguesa mais recente.»

Nuno Crespo, in Diário de Notícias



 



  
Fotobiografia de  Almada Negreiros



Título – Fotobiografias do século XX – Almada Negreiros

Autor – Joaquim Vieira (dir.)

Editor - Temas & Debates 

Data de publicação - 2010

Nº de páginas - 206

ISBN - 9789896441135



Pintor, desenhador, poeta, romancista, dramaturgo, caricaturista, humorista, ator, conferencista, panfletário, polemista, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista, vitralista, ilustrador, gráfico, ensaísta, filósofo - a intervenção de Almada Negreiros no domínio das artes, das letras e, de forma genérica, da vida cultural portuguesa no século XX desdobrou-se, de forma prodigiosa, pelos mais variados ramos de atividade. (…) Enquanto outros , por força de uma intervenção mais pontual, tentaram trazer a modernidade para Portugal, de Almada se pode dizer que quis levar Portugal inteiro para a modernidade.





Fotobiografia de  José Cardoso Pires



Título – José Cardoso Pires - Fotobiografia

Autor – Inês Pedrosa

Editora - Dom Quixote

Data de Publicação - 1999

Nº de páginas - 186

ISBN - 9789722017077




Pouco mais de um ano após a morte do escritor José Cardoso Pires, chegou às livrarias a sua "Fotobiografia", um trabalho da jornalista e escritora Inês Pedrosa. Sondado pelo seu editor, Nélson de Matos, Cardoso Pires acedeu a este projeto, escolhendo ele próprio a autora e o designer, Henrique Cayatte, que já havia assinado o grafismo de "Lisboa, Livro de Bordo".
A obra abre com uma introdução de Inês Pedrosa, seguida de entrevista a Cardoso Pires, uma cronologia biobibliográfica do escritor, depoimentos de António Lobo Antunes, António Tabuchi, Eduardo Prado Coelho, José Carlos Vasconcelos, Lídia Jorge, Maria Lúcia Lepecki, Pedro Tamen e um poema de Armando Silva Carvalho.
Incluem-se ainda dois inéditos do autor de A Balada da Praia dos Cães: o guião de um filme nunca realizado, a partir do romance O Delfim, e um pequeno texto escrito a 2 de Outubro de 97, no dia em que completava 72 anos, e onde dizia que no ano seguinte já não estaria vivo. A maioria das fotografias foi ainda escolhida e legendada por si, tarefa que, devido à sua morte, foi completada pela sua mulher, Edite Cardoso Pires, com a colaboração de Inês Pedrosa.





Fotobiografia de Lobo Antunes
 
Título – António Lobo Antunes - Fotobiografia

Autor - Tereza Coelho

Editora - Dom Quixote

Data de Publicação - 2007

Nº de páginas - 232

ISBN - 9789722027618




A comemorar os 25 anos de vida literária do escritor António Lobo Antunes, um dos nossos maiores romancistas contemporâneos e dos autores mais traduzidos no estrangeiro, chega-nos esta Fotobiografia, organizada por Tereza Coelho, em estreita colaboração com o escritor. Como a própria explicou ao JL (15/9/04) "é uma fotobiografia literária", realçando-se no entanto que, dado o cariz muitas vezes autobiográfico da obra de Lobo Antunes, "o livro terá bastante de pessoal".
Foi um trabalho intenso de pesquisa, que levou três anos a realizar (diz Teresa Coelho que o escritor tem por hábito "deitar tudo fora" e muita da recolha de documentos e fotografias foi feito a partir da generosa colaboração de amigos).
Há uma abundante documentação sobre as casas onde o escritor viveu e escreveu, fala-se dos hospitais onde Lobo Antunes, também médico psiquiatra, exerceu, dos pais e irmãos, dos seus editores (o português e os estrangeiros) e da vasta repercussão internacional da sua obra.




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