domingo, 29 de novembro de 2015

Palestra | Investigação científica, uma profissão com futuro



Mês da Ciência | Palestra | Biblioteca | 30 nov. | 14h



"Biblioteca e Ciência: Investigação Científica, uma profissão de futuro", com Bruno Almeida do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC ) da Universidade do Porto






quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Palestra | Cuidados a prestar pelos TAS


Mês da Ciência 


Palestra: Cuidados a prestar pelos TAS em utentes com alterações do sistema ósteo-articular e muscular, com uma equipa do Centro Hospitalar de Trás-os-montes e Alto Douro






Blimunda #42



novembro 2015




Há 20 anos, em novembro de 1995, foi publicado o Ensaio sobre a Cegueira, romance que José Saramago definiu como “um livro indignado” e que inaugurou uma nova fase na sua criação literária. A Blimunda deste mês dedica várias páginas a esse livro cruel e duro, “francamente terrível”, nas palavras do seu autor, mas portador também de beleza e alguma tímida esperança. As fotos que ilustram a secção Saramaguiana, dedicada ao Ensaio, são de Alexandre Ermel e foram captadas durante a rodagem do filme Blindness, de Fernando Meirelles.

Com As Primeiras Coisas, Bruno Vieira Amaral recebeu vários prémios, entre eles o José Saramago/Fundação Círculo de Leitores – atribuído em outubro passado. Alguns dias depois do anúncio da distinção, a Blimunda apanhou o barco até ao Barreiro para uma conversa com o escritor sobre a Vila Amélia (bairro ficcional criado pelo escritor), o ofício de escrever e as expectativas e projetos para o futuro.

Na secção de Cinema o assunto é a Ficção Científica (FC) e o seu potencial para antecipar ou prever o futuro. João Monteiro analisa o género, desde as primeiras produções até ao momento atual.

Aos 73 anos, muitos deles dedicados aos livros, a colombiana Sílvia Castrillón visitou Portugal pela primeira vez. Veio para participar no Folio (Festival Literário de Óbidos) e aproveitou para passar uns dias em Lisboa, cidade que “conhecia” através do livros de António Tabucchi. Nesta passagem pela capital portuguesa, a escritora, editora e bibliotecária foi entrevistada por Andreia Brites.

Boas leituras e até dezembro!
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Não Deixeis um Grande Amor | José Tolentino Mendonça




http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/default.aspx?p=2


Não Deixeis um Grande Amor

Aos poucos apercebi-me do modo
desolado incerto quase eventual
com que morava em minha casa

assim ele habitou cidades
desprovidas
ou os portos levantinos a que
se ligava apenas por saber
que nada ali o esperava

assim se reteve nos campos
dos ciganos sem nunca conseguir
ser um deles:
nas suas rixas insanas
nas danças de navalhas
na arte de domar a dor

chegou a ser o melhor
mas era ainda a criança perdida
que protesta inocência
dentro do escuro

não será por muito tempo
assim eu pensava
e pelas falésias já a solidão
dele vinha

não será por muito tempo
assim eu pensava
mas ele sorria e uma a uma
as evidencias negava

por isso vos digo
não deixeis o vosso grande amor
refém dos mal-entendidos
do mundo


José Tolentino Mendonça

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Feira do Livro

 
 


Nos dias 24 e 25 de novembro decorre, no átrio da escola, mais uma edição da Feira do Livro.

Boas Leituras!

Dia Nacional da Cultura Ciêntífica

24 de novembro

 
Palestras
 
 

Miguel Gonçalves na Camilo

 
Biblioteca e Ciência
 
 
 
Miguel Gonçalves, Coordenador Nacional da The Planetary Society, a maior agência espacial não governamental do Mundo, vai estar na nossa Escola, amanhã, dia 24 de novembro, no Auditório 1, para uma palestra com alunos do 11º e 12º anos, intitulada: Vivemos numa época extraordinária, depois não diga que não foi avisado(a).

O astrónomo é também responsável pela rubrica semanal O «A Última Fronteira», dedicada às temáticas da Astronomia e da Exploração Espacial, que é exibida na RTP1, RTP3 e RTP Internacional inserida no programa «Bom Dia Portugal».
 
 

 
Vídeo d' "A última fronteira" do passado dia 22 de novembro
 

sábado, 21 de novembro de 2015

Biblioteca com Ciência | Palestra


Novembro, Mês da Ciência



PALESTRA:

Biblioteca com Ciência: O papel das plantas na reparação do ADN
Com as professoras Fernanda Leal e Manuela Matos | UTAD

Dia 23 de nov. | Biblioteca da ESCCBVR | 16h 45m




quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Os Maias, de Eça de Queirós


Como um romance do século XIX continua atual...




 http://ensina.rtp.pt/artigo/os-maias-como-um-romance-do-seculo-xix-continua-atual/


A redação daquela que viria a ser considerada a obra-prima de Eça de Queirós começou em 1880. Durante cerca de oito anos, com a genialidade que lhe é reconhecida, teceu uma intriga amorosa com personagens trágicas e cómicas, que ficaram para a posteridade.

Centrada no amor incestuoso de Carlos e Maria Eduarda, a obra de Eça de Queirós é também uma crónica da sociedade lisboeta do início do século XIX. A pequena burguesia, “refugiada num cosmopolitismo vazio”, a elite política, “oportunista e provinciana, fechada sobre a defesa dos seus próprios interesses”, o jornalista “de escândalos, da intriga e da calúnia”, são mundos amplificados em grandes personagens, esculpidas na finura do humor satírico queirosiano e que ficaram caricaturas de todos os tempos, como se Eça tivesse visionado o futuro do país que amava.

É essa atualidade que o historiador e musicólogo Rui Vieira Nery encontra e reencontra no clássico de Eça de Queirós e na sua desencantada galeria de personagens onde prefiguram o esgrouviado João da Ega, o mesquinho Dâmaso, o corrupto Palma Cavalão, o falhado Eusebiozinho, entre outras: “uma análise profunda do que é a identidade portuguesa de uma época contemporânea e com enorme paralelismo com a situação atual”, esclarece. É por isso que “Os Maias – Episódios da Vida Romântica” é o livro da sua vida.


Encontros com autores | Domingos Amaral







Os alunos das turmas C, D, E, G e H do 11º ano, e da turma F do 12º ano estiveram ontem no Auditório 1 da Escola, no Encontro(s) com autores: Domingos Amaral, atividade realizada com o apoio da Leya.

Tal como havia acontecido na véspera, na tertúlia aberta à Comunidade, o escritor revelou, mais uma vez, ser um excelente comunicador, mesmo com o público mais exigente - o público juvenil -, e de ser capaz de manter a atenção e o interesse do seu auditório.

Após a apresentação, feita pela professora Adelaide Jordão, coordenadora da Biblioteca Escolar, houve uma pequena sessão de leitura de excertos das obras de Domingos Amaral por alunos do 11º C (Gonçalo de Almeida Branco Monteiro Pinto), 11º D (Sérgio Sequeira Bastos, Carlos Ledo de Matos, João Pedro Gonçalves, Guilherme Rodrigues e Mafalda Boal Koehen) e 11º E (Catarina Cortinhas Fernandes, Diogo Miguel Lourenço Miranda, Maria Inês Capela Barbosa, Maria José Varandas Feliciano, Rita Alexandra Teixeira Pereira, Vanessa Eliana Mendes, Francisco Miguel Mesquita Cunha).

De seguida, Domingos Amaral partilhou com os alunos alguns aspetos relacionados com a sua faceta de escritor: a escola de escrita que foi para ele o trabalho jornalístico e a direção de revistas como a Maxmen e a GQ; a opção pelo romance (cedo desistiu da poesia, ao constatar a ineficácia dos seus poemas de amor do período juvenil); o processo de construção romanesca (desmistificando a ideia romântica de que a obra literária é produto exclusivo da inspiração e revelando que no início da escrita de um romance não tem um plano pré-concebido sobre a história que vai contar); a relação com as suas personagens, simultaneamente distanciada (recusa a projeção autobiográfica) e próxima (a esposa acusa-o de se apaixonar pelas suas personagens - a bela Chamoa de Assim nasceu Portugal é a sua última paixão); a importância das personagens ditas "más" na construção de uma narrativa; a personagem que lhe deu mais prazer construir e a que lhe doeu mais "matar"); a escolha dos temas e dos contextos históricos abordados nos romances (Guimarães medieval, Lisboa setecentista, estadonovista e pós 25 de abril); a importância que o meio familiar teve na sua carreira de escritor. 

Num segundo momento, o escritor respondeu a questões (interessantes questões) que lhe foram colocadas pelos alunos.

Tendo em conta a participação dos discentes e a avaliação da atividade pelos mesmos no final do Encontro, Domingos Amaral conquistou certamente novos leitores nesta sua passagem pela nossa escola. 

Ficamos a aguardar pela publicação do 2º volume da trilogia Assim nasceu Portugal, prevista já para 2016 e, quiçá, por uma nova visita à nossa Escola. 






   










quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Mês da Ciência com Miguel Gonçalves




Palestra: "Vivemos numa época extraordinária, depois não diga que não foi avisado", por Miguel Gonçalves. 

É  já na próxima terça feira, Dia Nacional da Cultura Científica, às 10 horas.


Tertúlia com Domingos Amaral





Ontem, a partir das 21 horas, decorreu na biblioteca da Camilo, uma tertúlia literária com a presença de Domingos Amaral. 



Adotando um tom informal e bem humorado, o escritor prendeu, desde o início da sua intervenção, a atenção do auditório (composto maioritariamente por docentes, incluindo a Direção da Escola, e que contou também com a presença do Senhor Vereador da Educação, Dr. José Maria Magalhães). 

Num primeiro momento, Domingos Amaral começou por abordar temas de interesse para todos os (seus) leitores. Questões relacionadas com o processo de escrita (as primeiras experiências de escrita-leitura, a passagem pela escrita jornalística, nomeadamente no Independente, a metodologia de escrita - como e onde escreve, com inspiração e / ou trabalho continuado e auto-vigiado); a construção das personagens (a relação que estas mantêm com autor, a inevitabilidade da presença de personagens "más" numa narrativa, a personagem que lhe deu mais prazer construir e a que lhe doeu mais "matar"); a escolha dos temas e dos contextos históricos abordados nos romances; a importância da família na sua carreira de escritor (o pai, Diogo Freitas do Amaral, um conhecido político, tem obra publicada; a mãe, Maria José Freitas do Amaral, também ela é escritora, sob o pseudónimo de Maria Roma); a carreira universitária (é professor de Economia do Desporto na Universidade Católica de Lisboa) e o gosto pelo futebol. 

Num segundo momento, o escritor respondeu a questões que lhe foram colocadas pelos presentes.

No final, houve sessão de autógrafos.








terça-feira, 17 de novembro de 2015

Assim nasceu Portugal | Domingos Amaral

 
 

 


 
Por Amor a uma mulher, da trilogia Assim nasceu Portugal, é o último romance de Domingos Amaral. Na opinião do escritor, este "foi um livro que me deu um enorme prazer escrever, e cuja história atravessa a infância e a adolescência de um dos meus heróis, o nosso primeiro rei, Afonso Henriques.

 Entre assassinos e princesas mouras, nobres galegos e rainhas leonesas, portucalenses de boa cepa que desejam a independência e misteriosas bruxas que vivem em cavernas, explicam-se as razões para a luta feroz entre Afonso Henriques e sua mãe, a condessa Dona Teresa."

Domingos Amaral - O meu novo livro "Assim nasceu Portugal" [Em linha] [Consult. em 16-11-2015], 12-05-2015. Disponível na Internet <URL:
http://domingosamaral.com/o-meu-novo-livro-assim-nasceu-portugal-148928>



Domingos Amaral vai estar na nossa escola hoje, às 21 horas, para uma tertúlia, aberta à Comunidade, e amanhã, às 10horas, para um encontro com alunos de 11º ano.

Literatura e Ciência: elos de leitura

 
 
EXPOSIÇÃO 
 
 


 
"A conceção primitiva do papel do poeta e da poesia, originária de um tempo em que a prosa não tinha ainda sido inventada, está presente desde os alvores da civilização helénica. Esta perspectiva reflete-se nos primeiros textos, com particular incidência nos poemas de Homero e de Hesíodo. Julgava-se que os poetas possuíam inspiração divina e acesso privilegiado a qualquer área do saber. A conceção da autoridade dos poetas nunca desapareceu por completo, se bem que a crença na inspiração divina foi sendo gradualmente substituída pela noção do ingenium, do talento individual de cada poeta.

 A Literatura e a Ciência nascem, de facto, de mãos dadas. No século XVI, autores como Amato Lusitano ou Camões recuperam nas suas obras, cada um à sua maneira, esta ligação tão antiga como a arte de escrever, manuseando, com mão diurna e noturna, os autores greco-latinos de referência, inspirados pelos ideais do Renascimento e pela recém-descoberta de um mundo completamente desconhecido e grandioso.

Das plantas e dos perfumes do mundo antigo, tratados por Teofrasto, Plínio ou Dioscórides, até aos versos inspirados de Camões ou aos amplos comentários de Amato Lusitano à matéria médica há um longo caminho percorrido, feito de avanços e recuos, mas tendo sempre a matriz clássica como umareferência incontornável. Mais tarde, no século XIX, graças à pena de Júlio Verne, Literatura e Ciência entrecruzam-se sob novíssimas perspectivas, ou nem tanto, se pensarmos, por exemplo, na História Verdadeira de Luciano, dando forma a uma sedutora criação literária em que, tantas vezes, a ficção antecipa a realidade."
 
Helena Damião, De Rerum Natura, 21-03-12 [Em linha] [Consult. em 16-11-2015]. Disponível na Internet URL: http://dererummundi.blogspot.pt/2012/03/literatura-e-ciencia.HTML
 
 
A ilustrar este diálogo permanente que se estabelece entre a literatura e a ciência, está patente no espaço polivalente da Biblioteca da Escola a exposição Literatura e Ciência: Elos de Leitura.
 
Textos poéticos de António Gedeão, Miguel Torga e José Saramago dão a ver, do outro lado do bordado, os fios intertextuais (conceitos da Física e da Química) de que se tecem e as (re)leituras que deles emergem.
 
Esta exposição, inserida no conjunto de atividades do Mês da Ciência, foi concebida e organizada pelo professor António Fortuna, docente de Física e Química na nossa escola. 
 
 



















 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Livros & leituras | Carta contra a Inquisição



Terramoto Doutrinal

Lançamento | 13 nov. | Auditório da BNP






Nesta apaixonante e inédita investigação, o padre portuense João Moutinho (nascido em 1698) passa de um quase desconhecido a um rocambolesco e provocante autor de longa carta aberta ao rei D. José I (1755). Verdadeiro caso de polícia viria a ser o início da edição, em Florença, da obra em português: Carta dogmático-política. Original é a sua ironia para com a Igreja portuguesa que considera herética, por manter a Inquisição. A produção da obra foi interrompida pela Inquisição, mas o autor conseguiu retirar 90 exemplares à tipografia, do já composto, e enviar, mesmo incompleto, ao rei, ao marquês de Pombal e a amigos. Todo o resto foi destruído. À aventura da vida deste errante oratoriano corresponde hoje a aventura de obter documentos dispersos para conhecer as ideias de quem Pombal quis apagar a memória, fazendo-o morrer no Castelo de Sant’Angelo, em Roma, em data desconhecida.

Uma obra destinada a todos os que se interessam por temas de história e religião, e em particular pela questão da Inquisição.


domingo, 15 de novembro de 2015

A Revista Atlântida na Hemeroteca de Lisboa


Atlântida, mensário artístico, literário e social para Portugal e Brazil ─ publicou-se entre 1915 e 1920, em Portugal e no Brasil, sob a direção de João de Barros e de João do Rio, respetivamente. A eles se juntou, a partir de 1919, Graça Aranha, em Paris, França. O editor e co-proprietário da empresa, até 1919, é Pedro Bordalo Pinheiro, sobrinho, pelo lado do pai (Tomás Bordalo Pinheiro) de Rafael Bordalo Pinheiro. Embora o título aponte mais o pendor artístico, literário e social, a verdade é que os conteúdos da revista extravasaram em muito essa fronteira e se situam em boa parte na área da política internacional e, particularmente, na sua vertente económica – o que se justificará pelo ambiente da época (1ª Grande Guerra e suas consequências). 
[...] No que respeita às artes plásticas a Atlântida reproduz nas suas páginas quadros e desenhos de Alberto de Sousa, Almada Negreiros, António Carneiro, António Soares, Castelão, Columbano Bordalo Pinheiro, João Barreira, João Vaz, José Malhoa, José Pacheco, Navarro da Costa, Raul Lino, Saavedra Machado, Soares dos Reis e Veloso Salgado.
 Continuar a ler a ficha histórica da revista...



http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Atlantida/N1/N1_master/N01.PDF

Atlântida : mensário artístico literário e social para Portugal e Brazil
Rio, João do, pseud., dir. publ.; Barros, João de, 1881-1960, dir. publ.
  
Clicar na imagem para consultar o nº1 deste periódico mensal.
A hemeroteca digital da Câmara Municipal de Lisboa disponibiliza os 48 números digitalizados da revista (do n.º 1 de 15 nov. 1915, ao n.º 48, de jan. 1920), em HTML E PDF.

Biblioteca Nacional de Portugal | Centenário da Revista Atlântida


ENCONTRO | 23 e 27 out. | 18h00 | Auditório BNP | Entrada livre
MOSTRA | 23 out. - 31 dez. | Sala de Referência | Entrada livre






O primeiro número da revista mensal Atlântida foi publicado no dia 15 de novembro de 1915. Faz agora cem anos.
 
"Numa época em que as afinidades republicanas encurtavam o oceano e a ameaça pangermânica instigava a afirmação da civilização latina, a revista Atlântida propôs-se promover um conhecimento recíproco entre as nações da língua de Eça e de Assis que se mostrasse capaz de conduzi-las a um relacionamento próximo. 
Dirigido por João de Barros, poeta e publicista português, e por João do Rio, jornalista e cronista carioca, o Mensário Artístico, Literário e Social para Portugal e Brasil publicou 48 números entre os finais de 1915 e o início de 1920.  
Embora a colaboração literária e plástica de autores reputados e o gosto convencional da época tenham feito o tom geral da revista, de acordo com uma perspectiva que via nos escritores e nos artistas a expressão lídima dos povos, os focos de interesses da publicação abarcaram igualmente questões políticas, as relações económicas e a actualidade, nomeadamente o evoluir e o desfecho da Grande Guerra.
Volvido um século, pretende-se recordar o empreendimento ambicioso e generoso que a Atlântida representou, através de duas jornadas de reflexão, de uma exposição evocativa, da publicação das cartas de João do Rio a João de Barros e da reprodução do conjunto das edições da revista em página electrónica própria."  

 Luís Andrade (FCSH-UNL)
Ver programa do Encontro na página da Biblioteca Nacional de Portugal.

sábado, 14 de novembro de 2015

Livros & Leituras | «Almada. Os Painéis, a Geometria e tudo"



Almada. Os Painéis, a Geometria e TudoAs entrevistas com António Valdemar
de José de Almada Negreiros

Editora: Assírio & Alvim
Última edição: 2015
ISBN: 978-972-37-1842-3




Sinopse


«É preciso que o leitor saiba que, ao escolher este livro, acertou em cheio. Este é um livro que desfaz a nossa falta dele. É um livro que torna próximo, reunido e nítido o que até agora estava distante, disperso e desfocado. É um livro que, 55 anos depois, restitui à voz de Almada o seu som escrito mais sonoro, mais sucinto, mais sucessivo ("alto e bom som", gostava ele de dizer). É um livro atravessado por uma estrada que passa em todos os lugares onde aquele para quem a arte era um todo e o artista um tudo firmou a sua soberania, a sua sabedoria, o seu saque. É um livro de palavras que procuram uma verdade que não é o contrário de uma mentira, mas o oposto de uma outra verdade. É um livro por onde o tempo corre para acompanhar a sua fuga: garrafa arrebatada ao mar fundo do passado, lança atirada à terra seca do presente, nave apontada ao céu alto do futuro ("Até hoje fui sempre futuro", Almada). É um livro (documento, depoimento e testemunho) que fala da geometria que fala - que fala da geometria que "assim fala"».

José Manuel dos Santos, in Prefácio

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

As Bibliotecas segundo Valter Hugo Mãe

 
 


As bibliotecas são como aeroportos. São lugares de viagem. Entramos numa biblioteca como quem está a ponto de partir. E nada é pequeno quando tem uma biblioteca. O mundo inteiro pode ser convocado à força dos seus livros.

Todas as coisas do mundo podem ser chamadas a comparecer à força das palavras, para existirem diante de nós como matéria da imaginação. As bibliotecas são do tamanho do infinito e sabem toda a maravilha.

Os livros são família direta dos aviões, dos tapetes-voadores ou dos pássaros. Os livros são da família das nuvens e, como elas, sabem tornar-se invisíveis enquanto pairam, como se entrassem para dentro do próprio ar, a ver o que existe dentro do ar que não se vê.

O leitor entra com o livro para dentro do ar que não se vê.

Com um pequeno sopro, o leitor muda para o outro lado do mundo ou para outro mundo, do avesso da realidade até ao avesso do tempo. Fora de tudo, fora da biblioteca. As bibliotecas não se importam que os leitores se sintam fora das bibliotecas.

Os livros são toupeiras, são minhocas, eles são troncos caídos, maduros de uma longevidade inteira, os livros escutam e falam ininterruptamente. São estações do ano, dos anos todos, desde o princípio do mundo e já do fim do mundo. Os livros esticam e tapam furos na cabeça. Eles sabem chover e fazer escuro, casam filhos e coram, choram, imaginam que mais tarde voltam ao início, a serem como crianças. Os livros têm crianças ao dependuro e giram como carrosséis para as ouvir rir. Os livros têm olhos para todos os lados e bisbilhotam o cima e baixo, o esquerda e direita de cada coisa ou coisa nenhuma. Nem pestanejam de tanta curiosidade. Querem ver e contar. Os livros é que contam.

As bibliotecas só aparentemente são casas sossegadas. O sossego das bibliotecas é a ingenuidade dos incautos. Porque elas são como festas ou batalhas contínuas e soam trombetas a cada instante e há sempre quem discuta com fervor o futuro, quem exija o futuro e seja destemido, merecedor da nossa confiança e da nossa fé.

Adianta pouco manter os livros de capas fechadas. Eles têm memória absoluta. Vão saber esperar até que alguém os abra.

Até que alguém se encoraje, esfaime, amadureça, reclame direito de seguir maior viagem. E vão oferecer tudo, uma e outra vez, generosos e abundantes. Os livros oferecem o que são, o que sabem, uma e outra vez, sem refilarem, sem se aborrecerem de encontrar infinitamente pessoas novas. Os livros gostam de pessoas que nunca pegaram neles, porque têm surpresas para elas e divertem-se a surpreender. Os livros divertem-se.

As pessoas que se tornam leitoras ficam logo mais espertas, até andam três centímetros mais altas, que é efeito de um orgulho saudável de estarem a fazer a coisa certa. Ler livros é uma coisa muito certa. As pessoas percebem isso imediatamente. E os livros não têm vertigens. Eles gostam de pessoas baixas e gostam de pessoas que ficam mais altas.

Depois da leitura de muitos livros pode ficar-se com uma inteligência admirável e a cabeça acende como se tivesse uma lâmpada dentro. É muito engraçado. Às vezes, os leitores são tão obstinados com a leitura que nem acendem a luz. Ficam com o livro perto do nariz a correr as linhas muito lentamente para serem capazes de ler. Os leitores mesmo inteligentes aprendem a ler tudo. Leem claramente o humor dos outros, a ansiedade, conseguem ler as tempestades e o silêncio, mesmo que seja um silêncio muito baixinho. Os melhores leitores, um dia, até aprendem a escrever. Aprendem a escrever livros. São como pessoas com palavras por fruto, como as árvores que dão maçãs ou laranjas. Dão palavras que fazem sentido e contam coisas às outras pessoas. Já vi gente a sair de dentro dos livros. Gente atarefada até com mudar o mundo. Saem das palavras e vestem-se à pressa com roupas diversas e vão porta fora a explicar descobertas importantes. Muita gente que vive dentro dos livros tem assuntos importantes para tratar. Precisamos de estar sempre atentos. Às vezes, compete-nos dar despacho. Sim, compete-nos pôr mãos ao trabalho. Mas sem medo. O trabalho que temos pela escola dos livros é normalmente um modo de ficarmos felizes.

Este texto é um abraço especial à biblioteca da escola Frei João, de Vila do Conde, e à biblioteca do Centro Escolar de Barqueiros, concelho de Barcelos. As pessoas que ali leem livros saberão porquê. Não deixa também de ser um abraço a todas as demais bibliotecas e bibliotecários, na esperança de que nada nos convença de que a ignorância ou o fim da fantasia e do sonho são o melhor para nós e para os nossos. Ler é esperar por melhor.

Valter Hugo Mãe. As bibliotecas. Jornal de Letras, nº 1112 (15 de maio de 2013), p. 34.

 

São Martinho 2015






O que não se faz no dia de Santa Luzia, faz-se no outro dia...

Por conveniência de agenda, este ano celebramos o São Martinho na nossa escola a 13 de novembro. 

Haverá jogos populares e um vendedor que, juntamente com as castanhas, distribuirá quadras populares.

A atividade constitui uma iniciativa conjunta do Departamento de Expressões, da Biblioteca e da Mediateca.   

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Encontros com autores | Domingos Amaral




dia 17 nov. | 21h | Tertúlia na Biblioteca (aberta à Comunidade)

dia 18 nov. | 10h05 | Encontro com alunos no Auditório 1 






Está patente na biblioteca uma banca de livros do autor, para divulgação da sua obra e eventual aquisição (com 20% de desconto).



 6 dos 11 títulos já publicados 


Os livros poderão ser autografados pelo escritor nos próximos dias 17 e 18 de novembro. 

Boas leituras!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Leituras do mês, por João Ribeiro




Hoje, da parte da manhã, João Ribeiro, Pai / Encarregado de Educação de um aluno da escola, veio à Camilo partilhar leituras com alunos do Secundário: 11º E, 12º B, C, E, F e H.