segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O sonho de Dmitry Ivanovich Mendeléev




Dmitri Mendeléev



Dmitri Mendeléev nasceu em 8 de fevereiro de 1834, em Tobolsk, na região leste da Sibéria. Este químico, cientista multifacetado e pedagogo russo foi o criador da primeira versão da tabela periódica dos elementos químicos, prevendo as propriedades de elementos que ainda não tinham sido descobertos. 




   



Desde cedo, Mendeléev mostrou um grande talento para as ciências. Fez os seus estudos no Instituto Pedagógico Geral, em São Petersburgo, os quais terminou em 1855 como primeiro aluno da turma. Em 1859, recebeu uma bolsa para estudar um ano em França (com Henri Reynault, químico experimental) e um ano na Alemanha (com Robert Bunsen, autor do bico de Bunsen, conhecido em todos os laboratórios e com Gustav Kirchhof, juntos estavam a criar o espectroscópio). 

Após um desentendimento com um dos seus professores da Universidade de Heidelberg, Mendeléev desistiu das aulas, mas permaneceu na Alemanha, trabalhando num laboratório improvisado no seu próprio apartamento. Foi aí que estudou a dissolução do álcool em água (base da sua dissertação de doutoramento sobre a combinação do álcool com a água) e fez importantes descobertas no âmbito de estruturas atómicas, valência e propriedades dos gases.

Em 1869, voltou para São Petersburgo, onde lecionou química no Instituto Técnico. Enquanto escrevia o seu livro de química inorgânica - o Osnovi Chimii (Princípios de Química, 1868-1870) -, um livro clássico onde aprofundou o estudo da relação entre as propriedades dos elementos, na tentativa de criar um sistema para os classificar, Mendeléev organizou os elementos químicos na forma da atual tabela periódica. Criou uma carta para cada um dos 63 elementos conhecidos, cada uma constituída pelo símbolo, a massa atómica e as propriedades químicas e físicas do respetivo elemento. Colocando as cartas numa mesa, organizou-as por ordem crescente de massas atómicas, agrupando-as em elementos de propriedades semelhantes, formando assim a tabela periódica.

Nesse trabalho, Mendeléev formulou a lei periódica segundo a qual, quando todos os elementos são dispostos em ordem crescente de peso atómico, a tabela resultante exibe propriedades periódicas e permite observar os vários tipos de relações químicas, até então estudadas isoladamente. A sua classificação periódica é a base da teoria da estrutura eletrónica do átomo

A tabela de Mendeléev tinha algumas vantagens sobre outras tabelas ou teorias antes apresentadas, mostrando semelhanças numa rede de relações vertical, horizontal e diagonal. A classificação de Mendeléev deixava ainda espaços vazios, prevendo a descoberta de novos elementos. Foi esta tabela que serviu de base para a elaboração da atual tabela periódica.

Dmitri Mendeléev faleceu em São Petersburgo, em 1907.

2019 | 150 anos da descoberta do Sistema Periódico por Dmitry Mendeléev




Em Dezembro de 2017 a Organização das Nações Unidas declarou o ano de 2019 como o Ano Internacional da Tabela Periódica, em reconhecimento da importância da crescente constatação global de como a química promove o desenvolvimento sustentável, e fornece soluções para os desafios globais nos campos da energia, educação, agricultura e saúde.







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O desenvolvimento da Tabela Periódica dos Elementos é uma das realizações mais significativas da ciência e um conceito científico unificador, com amplas implicações em Astronomia, Química, Física, Biologia e outras ciências naturais. 

O Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos em 2019 coincidirá com o aniversário de 150 anos da descoberta do Sistema Periódico por Dmitry Mendeléev em 1869. É uma ferramenta única que permite aos cientistas prever a aparência e as propriedades da matéria na Terra e no universo. Muitos elementos químicos são cruciais para aumentar o valor e o desempenho dos produtos necessários para a humanidade, o nosso planeta e os empreendimentos industriais. 

Os quatro elementos mais recentes (113, 115, 117 e 118) foram totalmente adicionados à Tabela Periódica, com a aprovação de seus nomes e símbolos, em 28 de novembro de 2016.



300 anos da descoberta dos elementos químicos em 90 segundos




2019 | Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos




A Tabela Periódica dos Elementos Químicos é mais do que apenas um guia ou catálogo de todos os átomos conhecidos no universo; é essencialmente uma janela para o universo, ajudando a expandir a nossa compreensão do mundo à nossa volta. No próximo celebra-se o 150º aniversário da sua criação pelo cientista russo Dmitry Ivanovich Mendeleev.

"A tabela periódica dos elementos químicos é uma das conquistas mais importantes e influentes na ciência moderna, refletindo a essência não só da Química, mas também da Física, Biologia e outras disciplinas. É uma ferramenta única, dando aos cientistas a oportunidade de prever a aparência e propriedades dos elementos na Terra e no universo como um todo ”, disse Jean-Paul Ngome-Abiaga, coordenador das celebrações do Ano na UNESCO.“ Essa observância, incluindo atividades em todo o mundo, sublinhará a sua importância para a ciência, tecnologia e desenvolvimento humano sustentável".

Mais uma prova da relevância continuada da tabela periódica para a ciência será um tributo durante o Ano das descobertas avançadas recentemente completadas de quatro elementos super pesados ​​da Tabela Periódica de Mendeleiev com números atômicos 113 (Nihonium), 115 (Moskovi), 117 (Tennesin). ) e 118 (Oganesson), que só foram possíveis através de cooperação científica internacional.

O Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos é uma extensão do Ano Internacional da Química em 2011 e do Ano Internacional da Cristalografia em 2014. Este ano também oferece uma oportunidade para a UNESCO promover as ciências básicas para o desenvolvimento sustentável, inclusivamente através do Programa Internacional de Ciências Básicas (IBSP) da UNESCO.

"Acredito que esses eventos planeados para 2019 demonstrarão o importante papel das ciências básicas na solução de problemas em todo o mundo, demonstrando o progresso gerado pelas descobertas científicas e incentivando a próxima geração a expandir as fronteiras do conhecimento humano, como Dmitry Mendeleyev demonstrou, no século 19 ", disse Jean-Paul Ngome-Abiaga.

Em 20 de dezembro de 2017, durante a sua 72ª sessão, a Assembleia Geral da ONU proclamou 2019 o Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos. Anteriormente, esta iniciativa foi patrocinada pela Federação Russa no âmbito da UNESCO e foi aprovada na 39ª sessão da Conferência Geral da Organização.

Mais de 150 importantes centros científicos em todo o mundo apoiaram a ideia de proclamar o Ano, incluindo a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), a União Internacional de Física Teórica e Aplicada, a Associação Europeia de Ciências Químicas e Moleculares, o Conselho Internacional para a Ciência (ICSU), a União Astronômica Internacional, o Instituto Conjunto para Pesquisa Nuclear (JINR) e a União Internacional de História e Filosofia da Ciência e Tecnologia. 

A UNESCO-IBSP e a IUPAC coordenarão o Ano Internacional em cooperação com sociedades químicas e sindicatos nacionais, regionais e internacionais.



domingo, 30 de dezembro de 2018

Feliz Ano Novo!






Revista e-Letras com Vida








Este é o primeiro número de e-Letras com Vida — Revista de Humanidades e Artes, de carácter essencialmente ensaístico. 

A revista propõe-se a apresentar neste e nos seguintes números uma diversidade de pontos de vista, incluindo textos de investigação e de leituras críticas que lidam com a questão dos países de língua oficial portuguesa no contexto global. 

A e-Letras com Vida quer juntar-se ao plano das edições que reúnem pensadores de todo o mundo com vista a responder à atual necessidade de reunião de ideias entre um cá e um lá, que muitas vezes se encontram num aqui presente, que, globalizado, precisa desafiar fronteiras e ultrapassar muros, ou pular cercas vigiadas por milícias. 





Saramago chorou a escrever este livro


Palavra de Autor #5 Zeferino Coelho


 



Zeferino Coelho é o único editor português de um Nobel da Literatura, José Saramago, conquistado há 20 anos, e de mais uma mão cheia de prémios Camões, como é o caso de Sophia de Mello Breyner Andresen, Luandino Vieira, Mia Couto, Germano Almeida. 

Neste episódio de Palavra de Autor fala-nos de José Saramago e em particular de um livro, aquele que considera ser o melhor do escritor que conquistou o maior prémio literário para a língua portuguesa. 

À conversa com Cristina Margato, o editor lê excertos de Ensaio sobre a Cegueira e também de Ensaio Sobre a Lucidez.


Touché, Mr Chaplin!



Homenagem a Charlie Chaplin (16 de abril de 1889 - 25 de dezembro de 1977)


Einstein e Chaplin



Um dia, ao se encontrar-se com Charlie Chaplin, Einstein disse-lhe: 
- "O que mais admiro na sua arte é sua universalidade, você não diz nada e mesmo assim o mundo entende-a". 

Ao que Chaplin respondeu: 
- "É verdade, mas a sua reputação é ainda maior, o mundo admira-o mas ninguém o entende".


Os fratais e a arte da rugosidade




Uma conversa fascinante sobre fractais -- belos padrões ramificados encontrados na natureza










O trabalho do matemático Benoit Mandelbrot levou o mundo a uma compreensão mais profunda dos fractais, uma ferramenta ampla e poderosa no estudo da rugosidade, tanto na natureza como nas obras da humanidade.


sábado, 29 de dezembro de 2018

Violência baseada no género



Triste balanço


De acordo com o Relatório Intercalar 2018 do OMA / Observatório de Mulheres Assassinadas, referente ao período 01/01/2018 a 30/06/2018, apresentado pela UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, foram dezasseis (16), as mulheres cuja vida foi barbaramente ceifada, a maioria delas, por aqueles que alegadamente diziam gostar delas, tanto, que justificou assassiná-las, por meio de violência extrema, bárbara e cruel: esfaqueamento, asfixia, estrangulamento, espancamento, tiro e fogo. 
Gostar!? Amar!?

De 1 julho a 10 de dezembro (Dia dos Direitos Humanos) o número de mulheres assassinadas passou para 25.

O Relatório tem como fonte as notícias publicadas na imprensa nacional no primeiro semestre de 2018.




   
Fonte: Correio da manhã, 10.12.2018




  Angelina Rodrigues, 42 anos


  Margarida Zambujo, 82 anos


  Céu, 82 anos


  Marília Costa, 66 anos


  Vera Lopes, 30 anos


  Silvina Santos, 23 anos


  Nélia Moniz


  Maria Ulinici, 59 anos


  Albertina Xavier, 86 anos


  Maria de Lurdes Vieira, 52 anos


  Ana Bela Reis


  Arminda Fernandes, 49 anos


  Margarida Castro, 54 anos


  Etelvina Silva, 49 anos


  Olga Correia, 48 anos


  Maria da Luz, 67 anos


  Ni, 40 anos


  Christine, 68 anos


  Áurea Mirandela, 67 anos


  Alice Cândido, 75 anos


  Alice Silva, 61 anos


  Jaqueline Margato, 48 anos


  Cristina Cardoso, 45 anos


  Amélia Fialho, 59 anos


  Sandra Santos, 41 anos





O Relatório final dos dados sobre o Femicídio Consumado e Tentado ocorrido em Portugal e noticiado pela imprensa no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2017, apresentado pela União de Mulheres Alternativa e Resposta - UMAR, na sequência do trabalho que desenvolve no âmbito do Observatório de Mulheres Assassinadas - OMA, pode ser consultado AQUI. 







Labirinto




Trabalho escolar (pormenor) 




LABIRINTO

Perdi-me nos teus braços, alamedas 
Onde o tempo caminha e descaminha. 
Pus a força que tinha 
Na instintiva defesa 
De encontrar a saída, a liberdade. 
Mas agora Teseu era um poeta, 
E Ariane a poesia, o labirinto. 
Desajudado, 
Só me resta cantar, deixar marcado 
O pânico que sinto.

Miguel Torga, Diário VII

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

1001 Invenções e a biblioteca dos segredos




   


Do produtor Ahmed Salim e protagonizado pelo ator Sir Ben Kingsley, uma lenda do cinema premiada com um Óscar, esta curta-metragem é sobre a herança científica da civilização muçulmana. O mini-filme, intitulado "1001 Invenções e a Biblioteca dos Segredos", acompanha uma exposição itinerante global que já estava aberta ao público no Museu da Ciência, em Londres .

No filme, Sir Ben assume o papel de um bibliotecário misterioso e rabugento que conduz um grupo de crianças em idade escolar numa viagem esclarecedora que dá a conhecer cientistas e engenheiros pioneiros da história da civilização muçulmana. O bibliotecário é então revelado como o génio da engenharia do século XII, Al-Jazari. 

Vencedor de mais de vinte prémios, o filme foi visto por mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.


terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Tolentino Mendonça : “Os presentes são artefactos para calar o vazio entre as pessoas"




                   



Foi em Angola que António Tolentino Mendonça ouviu as primeiras histórias. A avó analfabeta foi a sua ‘primeira biblioteca’, ao contar-lhe mundos de realismo mágico. Aos onze anos entrou no seminário do Funchal por um chamamento que não sabe explicar de onde veio. Aos 16 anos, teve o primeiro encontro poético com a palavra ao ler Herberto Helder (madeirense como ele). 

Padre, poeta e professor universitário, arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano, foi distinguido com o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes pelo seu livro “A Noite Abre Meus Olhos”.

Uma conversa rica de histórias, reflexão e poesia para ouvir neste episódio do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”.


A Noite Abre Meus Olhos

Caminhei sempre para ti sobre o mar encrespado 
na constelação onde os tremoceiros estendem 
rondas de aço e charcos 
no seu extremo azulado 

Ferrugens cintilam no mundo, 
atravessei a corrente 
unicamente às escuras 
construí minha casa na duração 
de obscuras línguas de fogo, de lianas, de líquenes 

A aurora para a qual todos se voltam 
leva meu barco da porta entreaberta 

o amor é uma noite a que se chega só 

José Tolentino Mendonça, in A Estrada Branca




Storytelling: Contos de Natal



Um jogo para criação de contos
- projeto de Afonso Fraga, do 12º F










quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Boas Festas!














Conhece Calouste-Gulbenkian







 


Nas comemorações dos 150 anos do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian, Martin Essayan fala-nos de diferentes aspetos da vida do bisavô, um homem à frente do seu tempo. Martin Essayan, um dos administradores da Fundação Calouste-Gulbenkian, destaca em entrevista os valores e os princípios do bisavô e aquela que era a sua visão do mundo nos inícios do século XX.






Nas comemorações dos 150 anos do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian, Martin Essayan, fala-nos de diferentes aspetos da vida do bisavô, de como se tornou o homem mais rico do mundo e destaca neste vídeo a ética profissional e o espírito visionário do magnata arménio, considerado um “arquiteto de empreendimentos”.



Quem é Calouste?



Concurso
Comemoração dos 150 anos do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian.







Texto
Serão aceites ensaios, poemas, crónicas ou outro género de texto, sem número limite de palavras.



Artes Visuais
Serão aceites desenhos, pinturas, esculturas, instalações, fotografias, arte urbana, entre outras formas de expressão visual.


Filme
Serão aceites vídeos com a duração máxima de 10 minutos.



Música
Serão aceites todos os géneros e estilos musicais com a duração máxima de 5 minutos.


Mostra, através da Música, Artes Visuais, Texto ou Filme, o espírito visionário de Calouste Sarkis Gulbenkian.

Compõe uma música, cria uma obra de arte, escreve um texto ou faz um filme e mostra “Quem é Calouste?”. Há 24 prémios para entregar aos melhores trabalhos, individuais ou de grupo, em quatro categorias: Música, Artes Visuais, Texto e Filme.

Submete o teu trabalho online entre 3 jan e 24 fev 2019.

Os participantes entre os 15 e 18 anos devem estar inscritos no ensino secundário.


Prémios: 
        
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Se tens entre 15 e 18 anos



  • 1.º lugar

    750€
    +
    5.000€ para a escola
    onde o jovem está inscrito
  • 2.º lugar

    500€
    +
    4.000€ para a escola
    onde o jovem está inscrito
  • 3.º lugar

    300€
    +
    3.000€ para a escola
    onde o jovem está inscrito






Se tens entre 19 e 25 anos




  • 1.º lugar

    1.000€
    +
    voucher de 250€
    em livros na loja da Fundação Calouste Gulbenkian
  • 2.º lugar

    750€
    +
    voucher de 250€
    em livros na loja da Fundação Calouste Gulbenkian
  • 3.º lugar

    500€
    +
    voucher de 250€
    em livros na loja da Fundação Calouste Gulbenkian

Consulta o Regulamento AQUI.



Sou Camilo!


A figura de Camilo - projeto(s)


Em primeiro plano, projeto da Clara, do 11º ano


Revista de Ciência Elementar







A versão imprensa da revista está disponível na Biblioteca para consulta.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Palavra de Autor | #Manuel Alegre



Voz ativa da vida política, Manuel Alegre nem sempre se indigna. Também ama. A poesia de combate que começou por escrever e que se tornou uma forma de resistência à ditadura, enquanto ia ensaiando revoltas militares e ocupações, é uma forma de amor. O seu último livro “Todos os Poemas são de Amor” vem desses tempos até ao presente. E nesta conversa com Cristina Margato, o poeta também recua à época em que era criança e se colocava em cima de uma cadeira para dizer de cor os poemas e versos que aprendeu ainda antes de saber ler e escrever.
Palavra de Autor - Podcast do Expresso sobre livros





terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A tradição ainda é o que era


No Ano Europeu do Património Cultural, a Biblioteca da Camilo organizou um Presépio  tradicional









NATAL

Natal. Na província neva.
Nos lares aconchegados
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Estou só e sonho saudade.

E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!

Fernando Pessoa