quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Blimunda #69



fevereiro 2018



A Blimunda esteve em Madrid para visitar a exposição «Pessoa. Toda a arte é uma forma de literatura» e conversar com João Fernandes, diretor do Museu Reina Sofía e um dos curadores da mostra. Nesta edição # 69 da revista, Fernando Pessoa também é assunto da Saramaguiana, numa entrevista de José Saramago ao jornal La Vanguardia, em 1987, para falar sobre o autor do Livro do Desassossego.
Esta edição da Blimunda traz ainda: cinco títulos para atravessar a China; literatura para adolescentes de ontem e de hoje; a crónica de Andréa Zamorano e as habituais secções Estante, Leituras do Mês e Agenda.
Boas leituras!



terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A literatura e o cinema


SEMANA DA LEITURA 
5 a 9 de março de 2018










O tema aglutinador selecionado pela Rede de Bibliotecas Escolares de Vila Real / RBVR para a Semana de Leitura 2018  é "Literatura e Cinema".

Curtas metragens, visionamento de filmes, conversas sobre livros que foram adaptados ao cinema e guiões que se converteram em livros, oficinas, palestras, estas são algumas das atividades preparadas pela RBVR, com o apoio do Município de Vila Real e a colaboração do IPDJ e do jornal Voz de Trás-os-Montes

De 5 a 9 de março, os protagonistas são a leitura e o leitor!

Parafraseando o mote proposto pelo Plano Nacional de Leitura para este evento: "Liberte o leitor que há em si!"




domingo, 25 de fevereiro de 2018

David Mourão-Ferreira por David Mourão-Ferreira





E por Vezes

E por vezes as noites duram meses 
E por vezes os meses oceanos 
E por vezes os braços que apertamos 
nunca mais são os mesmos E por vezes 

encontramos de nós em poucos meses 
o que a noite nos fez em muitos anos 
E por vezes fingimos que lembramos 
E por vezes lembramos que por vezes 

ao tomarmos o gosto aos oceanos 
só o sarro das noites não dos meses 
lá no fundo dos copos encontramos 

E por vezes sorrimos ou choramos 
E por vezes por vezes ah por vezes 
num segundo se evolam tantos anos 

David Mourão-Ferreira (24 de fevereiro de 1927-16 de junho de 1996), in 'Matura Idade'

Encontro com o escritor João Tordo










Na passada quinta-feira, dia 22 de fevereiro, os alunos do 9º C, 10º H, 11º I, 12º E, 12º F e 12º H estiveram no Auditório 1 da Camilo para um Encontro com o escritor João Tordo, organizado pela Biblioteca escolar com a colaboração da Leya.








Nos breves noventa minutos que durou o Encontro, alunos e professores presentes ficaram a conhecer um pouco melhor o escritor - o projeto de vida (pres)sentido aos 12 anos com a leitura de Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski, a primeira frustação da escrita, com bilhete de amor tornado alvo da chacota coletiva no recreio da escola, o interesse pela conceção da personagem, com a leitura de Moby Dick, de Herman Melville, o que o motiva a escrever, os processos de escrita, a dimensão da escrita como autodescoberta de si e dos outros, a importência de ter recebido o Prémio Saramago, com a publicação de As três Vidas, o seu recente interesse pelo budismo.

Das mulheres, diz ter descoberto o traço que as distingue - a compaixão - com a narradora do seu romance O Paraíso Segundo Lars D., em cuja voz confluem diverass figuras femininas da sua infância.

Sobre O Ano Sabático (obra escolhida na Camilo para a prova de seleção do Concurso Nacional de Leitura), interrogado relativamente à atmosfera enigmática e à oscilação ontológica com que o leitor se confronta no seu percurso hermenêutico de atribuição de sentido(s), João Tordo confessa que, de certo modo, a escrita desse romance constituiu uma espécie de libertação do sentimento de culpa pela morte do irmão gémeo, poucos horas após ter nascido. 

Simpático, disponível, com um discurso agradável e de tom confessional q.b., o escritor a todos conquistou.

João Tordo, que tem já publicados 10 romances, prepara-se para lançar um novo livro, em março, com o título Ensina-me a voar sobre os telhados. Sobre este novo romance, o escritor adiantou que se passa entre Lisboa e o Japão. 


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Tertúlia com João Tordo


Hoje, às 21:00, na Biblioteca




Leituras reescritas


Na área de exposições da Biblioteca











“Vivi, olhei, li, senti, Que faz aí o ler, Lendo, fica-se a saber quase tudo, Eu também leio, Algo portanto saberás, Agora já não estou certa, Terás então de ler doutra maneira, Como, Não serve a mesma para todos, cada um inventa a sua, a que lhe for própria, há quem leve a vida inteira a ler sem nunca ter conseguido ir mais além da leitura, ficam pegados às página, não percebem que as palavras são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é que importa, A não ser, A não ser, quê, A não ser que esses tais rios não tenham duas margens, mas muitas, que cada pessoa que lê seja, ele, a sua própria margem, que seja sua, e apenas sua, a margem a que terá que chegar…” 

José Saramago, A Caverna



A tristeza lusitana

A tristeza lusitana
Embala-a o choro do mar
E às vezes tem um sorriso
Irmão-gémeo de chorar.

Tristeza antiga
Tristeza amiga
Do nosso luar.

Tristeza de Portugal
Baixo e terno soluçar
A tristeza que é só nossa

Tristeza nossa
Nem por flores, nem riquezas,
Nem por prendas sem igual
Ninguém trocar-te quisera
Tristeza de Portugal

Nossa somente
Doce mal
Só de quem sente
Mais suavemente
Que outro qualquer.

Tristeza como a tristeza
D’algum leve passarinho
Que chora co’o coração
E aos pobres diz «coitadinho»

Tristeza imensa
Terna e intensa
Do Algarve ao Minho.

Tem saudade, e saudades
Só as sente e mais ninguém
Quem tem aquela palavra
Para dizer que as tem

O povo de Portugal
Doa ou não ao seu mal
Só ele o conhece bem.

Ó mar que morres na praia
Acasos mortos no mar
Talvez que cantar cuideis
A alma do nosso penar.

Não sabeis, não o sentistes
Lágrimas, dores e tristezas
Só nós sabemos chorar,

A tristeza lusitana
Ninguém fala nela, não
Senão nós □ que a sentimos
Em lugar do coração.

O nosso amor
O nosso ardor
Tristeza são.

Fernando Pessoa, Poesia 1931-1935 e não datada , Assírio & Alvim, ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2006



Eis-me 

Tendo-me despido de todos os meus mantos 
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses 
Para ficar sozinha ante o silêncio 
Ante o silêncio e o esplendor da tua face 

Mas tu és de todos os ausentes o ausente 
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca 
O meu coração desce as escadas do tempo 
[em que não moras 

E o teu encontro 
São planícies e planícies de silêncio 

Escura é a noite 
Escura e transparente 
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco 
E eu não habito os jardins do teu silêncio 
Porque tu és de todos os ausentes o ausente 

Sophia de Mello Breyner Andresen, Livro Sexto 




Dia mundial da língua materna



21 de fevereiro


Tema de 2018: Diversidade linguística e multilinguismo - predras-chave da sustentabilidade e da paz



 http://unesdoc.unesco.org/images/0026/002614/261472e.pdf
Clicar na imagem para aceder ao documento


As línguas, com suas implicações complexas para identidade, comunicação, integração social, educação e desenvolvimento, são de importância estratégica para as pessoas e para o planeta. No entanto, devido aos processos de globalização, estão cada vez mais ameaçadas ou desaparecem por completo. Quando as línguas se desvanecem, o mesmo acontece com a rica tapeçaria mundial da diversidade cultural. Oportunidades, tradições, memória, modos únicos de pensamento e expressão - recursos valiosos para garantir um futuro melhor - também são perdidos. Pelo menos 43% das 6000 línguas estimadas faladas no mundo estão em perigo. Somente algumas centenas de línguas realmente receberam um lugar nos sistemas educacionais e no domínio público, e menos de uma centena são usadas no mundo digital.

O Dia Internacional da Língua Materna foi observado todos os anos desde fevereiro de 2000 para promover a diversidade linguística e cultural e o multilinguismo. As línguas são os instrumentos mais poderosos para preservar e desenvolver o nosso património tangível e intangível. Todos os movimentos para promover a divulgação das línguas maternas servirão não só para incentivar a diversidade linguística e a educação multilingue, mas também para desenvolver uma maior consciência das tradições linguísticas e culturais em todo o mundo e para inspirar solidariedade baseada na compreensão, tolerância e diálogo.

Para promover o desenvolvimento sustentável, os alunos devem ter acesso à educação na língua materna e em outras línguas. É através do domínio da primeira língua ou língua materna que as habilidades básicas de leitura, escrita e numeracia são adquiridas. As línguas locais, especialmente as minorias e os indígenas, transmitem culturas, valores e conhecimentos tradicionais, desempenhando assim um papel importante na promoção de futuros sustentáveis.

O Dia Internacional da Língua Materna também apóia o objetivo 6 do Objetivo 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (SDGs) : "Garantir que todos os jovens e uma proporção substancial de adultos, homens e mulheres, obtenham alfabetização e aritmética".


domingo, 18 de fevereiro de 2018

Faça lá um poema


Concurso









Convite aos alunos


O Plano Nacional de Leitura, PNL 2027, e a Fundação Centro Cultural de Belém, CCB, que todos os anos e com intenção de incentivar o gosto pela leitura e pela escrita de poesia, celebram o Dia Mundial da Poesia, vêm convidar-te a participar no Concurso FAÇA LÁ UM POEMA, que decorrerá entre fevereiro e março de 2018.
Se quiseres participar, podes fazê-lo com inteira autonomia e independência ou, se achares melhor, podes pedir apoio e enquadramento na escola que frequentares, a quem vamos dar informação sobre o Concurso ‘Faça lá um Poema’ e que, certamente, vai ser nossa cúmplice neste propósito e vontade de tornar visíveis as palavras que te ocupam os dias e a tua verdade particular, a tua arte.

Este concurso, de que terás ouvido falar anteriormente, é dirigido a concorrentes que sejam alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário de todas as escolas públicas e privadas do continente e ilhas. Ou seja, a ti, que gostas de ler e de escrever e que também gostas de dizer os teus textos em voz alta ou gostas de os ouvir lidos por outras pessoas.

Vamos pedir a colaboração de um júri para ler os teus textos e os dos outros concorrentes, que os vai ordenar de acordo com critérios como a criatividade, a adequação morfológica e sintática, a riqueza do conteúdo, o estilo, a originalidade do tema.

Tal como em edições anteriores, a apresentação pública dos poemas seleccionados terá lugar no Centro Cultural de Belém, no âmbito das comemorações do DIA MUNDIAL DA POESIA que se celebra a 21 de março de 2018. Aí podes ler o teu texto, dividindo com outros o brilho e o significado das tuas palavras.

Neste dia vai evocar - se a escritora açoriana Natália Correia. Se assim entenderes, encontras nela um bom pretexto temático, a sua escrita é rica e diversa e quem sabe com ela encontras a inspiração de que precises.

Continua a ler esta Defesa do Poeta, de que fica aqui a primeira quadra, e talvez encontres uma cúmplice perfeita para a tua sensibilidade:

Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto

Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
cespero viver dentro de mim
(...)

[‘Poesia Completa’, Natália Correia]


Os poemas a concurso devem ser enviados para o PNL2027, em formulário próprio do Sistema de Informação do PNL2027 (SIPNL) onde constam os elementos de identificação dos concorrentes, até ao dia 26 de fevereiro de 2018.

Para acederes ao formulário disponibilizado no Sistema de Informação do PNL2027, contacta a professora coordenadora da BE.




Concurso Inês de Castro


10ª edição





O tema da 10ª edição do concurso Inês de Castro é O AMOR e o DESAMOR, tendo como referência pesquisas e leituras sobre o romance de Pedro e Inês de Castro.


Sugerem-se como possibilidades de abordagem do tema:

- A construção de uma geografia do amor entre outras personagens da História, da Literatura ou do conhecimento pessoal dos alunos;
- O relato de tragédias de amor;
- A tua definição de amor;
- Uma confissão de amor;
- O retrato de um ser amado;
- Uma prova original de amor;
- Desamores que se tornam amor;
- Desamores que quebram laços de amor.
 …

A partir das possíveis formas de expressão do amor, desafiam-se as escolas do 3º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário a descobrir e incentivar a sensibilidade estética e o talento criativo dos seus alunos, com o objetivo de criar um produto final artístico.

O produto final, a apresentar em vídeo, deve ser original, mobilizar saberes e capacidades variados, podendo assumir diferentes modalidades de representação:
- Filme;
- Teatro;
- Performance;
- Dança;
- Sketch;
- Peça musical;
- Leitura expressiva.
- …

Os agrupamentos de escolas/ escolas não agrupadas podem:

- Concorrer com um máximo de 2 trabalhos por cada ciclo/nível de ensino, ficando a pré-seleção dos trabalhos ao critério de cada estabelecimento;
- Apresentar a concurso trabalhos em grupos, com um número máximo de 5 elementos, acompanhados por um professor. 

A inscrição deverá ser feita até dia 23 de março e os trabalhos enviados até 28 de abril de 2018.

Para mais informações consultar o Regulamento.  

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

É hoje!








Realizam-se, hoje, as provas de seleção do Ensino Básico e Secundário do Concurso Nacional de Leitura.

Estão inscritos 86 alunos.






Sempre aLer+!


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

As cores do amor....



Carta de separação à garrafa de uísque, de Paulo Mendes Campos*





"Creio, meu bem, que chegou finalmente o momento de dizermos adeus. Tentei todas as acomodações possíveis. Não posso ser acusado de não ter tido para contigo boa vontade e carinho. Não posso admitir que se diga por aí, à boca pequena, que a culpa foi minha, que não tive compreensão da realidade. Os fatos são os fatos, e contra eles não podemos lutar. Não se pode dizer que não nos demos bem, é verdade. Não posso eu dizer que não devo a teu calor algumas das melhores horas de minha vida, de descanso, de alegria, até mesmo de poético enlevo, por que não. Naquele tempo em que ainda eras pura, e em que tuas exigências de dinheiro, sem nunca ser modestas, ainda não atribulavam meu orçamento, pude manter-te com decência, não faltando jamais a nossos encontros. (Lembro-me agora, confesso, com indisfarçável ternura, esses pontos amoráveis de nossos antigos encontros, na esquina de Nilo Peçanha com a rua do México, na rua Senador Dantas, em Copacabana, etc. etc.).

Quando foi mesmo que te encontrei pela primeira vez? Não posso precisá-lo, tantos anos já passaram, mas sei que foi amor à primeira vista, um amor que infelizmente, por tua causa, agora se interrompe.

Há já uns dois que vinha desconfiando de ti. Fingia que não o notava apenas por covardia, receoso de causar escândalo. Já andavas falsa, dissimulada. Àquela noite, na boate, custou-me engolir-te. Só agora vejo que nada ganhei com essa complacência senão muita dor de cabeça. Só agora vejo que só tinha a ganhar se houvesse te deixado quando desconfiei que já estavas misturada a más companhias, e que já não te portavas bem com quem por ti muitas vezes perdeu a cabeça. Por ti, quase fui preso; por ti, cheguei a brigar; por ti, fiz os piores papéis; por ti, perdi noites de sono; por ti, pedi dinheiro emprestado; por ti, prejudiquei minha saúde. No entanto, de que valeram tantos sacrifícios? Terias a coragem de não reconhecer que és falsa? Poderias negar que me levarias a uma situação econômica insustentável? Hoje, só um insensato deixaria de ver que as nossas relações não podem continuar mais. Resta-me um pouco de equilíbrio e de amor próprio. Falta-me dinheiro para sustentar-te. Ah, se fosses pelo menos fiel, eu seria capaz de um esforço supremo. Mas como estás, não, meu bem. Assim não é possível. Não há outro jeito senão uma separação que, de minha parte, deixa muitas saudades.

P. M. C.
Crónica de Paulo Mendes Campos publicada no Diário Carioca, Rio de Janeiro, 29/10/1953. Arquivo Paulo Mendes Campos / Acervo IMS.

[Mantivemos a ortografia do português do Brasil]

*Paulo Mendes Campos e muitos escritores de sua geração foram fiéis apreciadores de uísque, presente nos bares cariocas ou nas casas de poetas como Vinicius de Moraes, onde o bom scotch nunca faltava. Esta “Carta de separação” [...] foi publicada na coluna “Primeiro plano”, do Diário Carioca, onde Paulo foi colaborador desde 1946.


As cores do amor...








Carolina Deslandes - A Vida Toda

Quando o nosso filho crescer
Eu vou-lhe dizer
Que te conheci num dia de sol
Que o teu olhar me prendeu
E eu vi o céu
Em tudo o que estava ao meu redor
Que pegaste na minha mão
Naquele fim de verão
E me levaste a jantar
Ficaste com o meu coração
E como numa canção
Fizeste-me corar

Ali
Eu soube que era amor para a vida toda
Que era contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda

Ali
Eu soube que era amor para a vida toda
Que era contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda

Quando ele ficar maior
E quiser saber melhor
Como é que veio ao mundo
Eu vou lhe dizer com amor
Que sonhei ao pormenor
E que era o meu desejo profundo
Que tinhas os olhos em água
Quando cheguei a casa
E te dei a boa nova
E o que já era bom ganhou asas
E eu soube de caras
Que era pra' vida toda

Ali
Dissemos que era amor para a vida toda
Que era contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda

Ali
Dissemos que era amor para a vida toda
Que era contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda

Quando ele sair e tiver
A sua mulher
E já puder dividir um tecto
Vamos poder vê-lo crescer
Ser o que quiser
E tomar conta dos nossos netos
Um dia já velhinhos cansados

Sempre lado a lado
Ele vai poder contar
Que os pais tiveram sempre casados
Eternos namorados
E vieram provar

Que ali
Dissemos que era amor para a vida toda
Que foi contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda

Ali
Dissemos que era amor para a vida toda
Que foi contigo a minha vida toda
Foi um amor para a vida toda

Ali
Dissemos que era amor para a vida toda
Que foi contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda

Ali
Dissemos que era amor para a vida toda
Que era contigo a minha vida toda
Que era um amor para a vida toda



As cores do amor...



Dia 14 de fevereiro | Dia dos Namorados


António Zambujo



Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto como era o seu jeito de sempre falar
E nem a deixou só num canto, e pr'a seu grande espanto convidou-a pr'a rodar
Então ela pôs-se bonita como há muito tempo não ousava ousar
Com o seu vestido decotado, cheirando a guardado de tanto sperar
Depois os dois deram-se os seus braços como há muito tempo não usavam dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouviam mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

Valsinha, de Vinivius de Moares e Chico Buarque, interpretada por António Zambujo

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Dia mundial da rádio | Mensagens








Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-geral da UNESCO, por ocasião do Dia Mundial da Rádio


Em 2018, a UNESCO dedica o Dia Mundial da Rádio ao tema “Rádio e Desportos”. 

A rádio é um poderoso meio para transmitir o entusiasmo dos eventos desportivos. É também um meio de transmitir os valores do jogo limpo, do trabalho em equipa e da equidade no desporto. 

A rádio pode ajudar a combater o racismo e os estereótipos xenófobos que são, infelizmente, expressos dentro e fora do campo. Ele permite a transmissão de uma enorme variedade de desportos tradicionais, muito além das equipas de elite. Permite ainda a oportunidade de estimular a diversidade como uma força de diálogo e tolerância. 

A luta pela igualdade de género é central nesse esforço. De acordo com o relatório do Projeto Global de Monitorização dos Media, apoiado pela UNESCO, apenas 4% do conteúdo desportivo nos media são dedicados aos desportos com participação feminina. Apenas 12% das notícias desportivas são apresentadas por mulheres. A UNESCO está a trabalhar para promover a cobertura dos desportos com a participação das mulheres, combater a discriminação de género nas ondas de rádio e promover oportunidades iguais nos media desportivos. A tarefa é imensa. 

No Dia Mundial da Rádio, vamos mobilizar-nos para fazer da rádio um meio de comunicação cada vez mais independente e plural. Vamos unir-nos para celebrar o potencial das radios direcionadas para o desporto na promoção do desenvolvimento e da paz.


Dia mundial da rádio, desportos e igualdade de género





@UNESCO http://www.diamundialradio.org/



Apesar dos seus excelentes progressos como atletas, as mulheres representam apenas 7% dos desportistas que as pessoas veem, ouvem ou leem nos media. 

No #WorldRadioDay, junte-se à @UNESCO para ajudar as atletas a ter a divulgação que merecem! 



@UNESCO http://www.diamundialradio.org/

@UNESCO http://www.diamundialradio.org/node/19



A UNESCO convida todas as estações de rádio e todas as organizações de apoio a associar-se às celebrações do Dia Mundial do Rádio 2018, uma oportunidade para fortalecer a diversidade, a paz e o desenvolvimento através da radiodifusão dos desportos.

Como 2018 é um marcado por eventos desportivos importantes, que têm a capacidade de unir as pessoas de/em todos os lugares, todas as estações de rádio do mundo são convidadas a mostrar a beleza dos desportos em toda a sua diversidade. 

Vamos celebrar, de maneira igualitária, tanto os eventos desportivos masculinos como os femininos!

Vamos celebrar os desportos tradicionais que nos ligam ao nosso património cultural, os desportos de base que nos ancoram nas nossas comunidades!

Vamos celebrar as histórias inspiradoras que desafiam os estereótipos e as ocultações sobre as questões de género!


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Dia mundial da rádio | Mensagens


13 de fevereiro

#WorldRadioDay






Mensagem do Secretário-Geral da ONU, António Guterres


"A rádio atinge o público mais amplo do mundo.

Numa era de avanços dramáticos nas comunicações, a rádio mantém o poder de entreter, educar, informar e inspirar.

Pode unir, capacitar as comunidades e dar voz aos marginalizados.

Este ano, com as Olimpíadas de Inverno em curso, também reconhecemos as diversas maneiras pelas quais a transmissão de desportos reúne as pessoas em torno da excitação e da conquista.

No Dia Mundial da Rádio, celebremos a rádio e o desporto como formas de ajudar as pessoas a atingir o seu potencial total."


Dia mundial da rádio



13 de fevereiro
Tema de 2018: A Rádio e os Desportos








Dia internacional das mulheres e meninas na ciência | Mensagem





Mensagem do Secretário Geral da ONU, António Guterres

domingo, 11 de fevereiro de 2018

A mulher na ciência



Rejeita os estereótipos!





O mundo precisa da ciência e a ciência precisa de mulheres!


Entrevista com Rosália Vargas




Como seria o mundo se mais mulheres e meninas tivessem um papel mais ativo na área científica?





Rosália Vargas, presidente do Pavilhão do Conhecimento Centro Ciência Viva de Portugal, conversou com a ONU News, em Nova Iorque, onde participou em eventos para comemorar o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, que se celebra hoje, dia 11 de fevereiro.

Nesta conversa com Eleutério Guevane e Alexandre Soares, Rosália Vargas revela como seria o mundo se mais mulheres e meninas tivessem um papel mais ativo na área científica.
A cooperação com países de língua portuguesa para o acesso à tecnologia, a sua partilha e a aplicação de ideias para ter mais mulheres na ciência são alguns dos temas abordados nesta entrevista.



https://news.un.org/pt/interview/2018/02/1610361
Clicar na imagem para aceder à página da entrevista áudio
Duração: 12'32''



 


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