quinta-feira, 31 de março de 2022

Alcançar os céus

 



Cartoon de Musa Gumus



Escola a Ler | Farmácia literária






No passado dia 29 de março, os alunos do 9º C estiveram na Biblioteca, das 15:00 às 16:30, acompanhados pela professora de Português, Dra. Elza Pinto, para participar na atividade "Farmácia Literária".

Partindo da leitura de poemas,  selecionados a partir da coleção de poesia da biblioteca, elaboraram bulas literárias, onde referiam as indicações e contraindicações da leitura dos mesmos nos possíveis leitores.

Atividade inserida no projeto Escola a Ler / 10 Minutos de Leitura.



Jantar Indiscreto para promover a cidadania

 
















Veja aqui os seis episódios já disponíveis na RTP PLay


O programa Jantar dindiscreto tem como objetivo desconstruir uma série de estereótipos recorrendo a dois segmentos: uma experiência social e uma conversa/jantar com 4 convidados. A experiência social traz a dimensão empírica do problema na medida em que pessoas selecionadas pela produção são colocadas numa situação de contacto com membros dos grupos sociais alvos de um determinado estereótipo, para se verificar se a reação corresponde a algum estereótipo ou não.
O segmento conversa/jantar traz a dimensão de análise em que os convidados comentam a experiência e participam numa discussão moderada pela Myriam Taylor sobre o tema proposto em cada episódio.

Pensamento criativo: A habilidade de pensar fora da caixa






















O que é o Pensamento Criativo?

O pensamento criativo é uma habilidade que ajuda a desenvolver ideias interessantes e valiosas. O Oxford Dictionary define o pensamento criativo como "o uso da imaginação ou de ideias originais para criar algo". Ser imaginativo e pensar fora da caixa é fundamental para o sucesso em todos os setores. Um dos pensadores mais proeminentes do mundo sobre criatividade, Edward de Bono, acrescenta que esta consiste em quebrar velhos hábitos e ver as coisas de novas formas, seja com uma nova abordagem a um desafio ou uma solução para uma disputa em curso.



Vantagens do Pensamento Criativo

O Pensamento Criativo permite uma abordagem inovadora das questões e cultivar a abertura de espírito. Utilizando-o podem-se produzir novas ideias, analisar eventos, encontrar temas e desenhar alternativas aos sistemas operacionais estabelecidos.

- Proporciona confiança: Quando se emprega a criatividade para explorar ideias e conceitos diversos, fortalece-se a confiança e potencia-se o melhor de cada um.

- Dá autoconfiança: A criatividade permite-lhe trabalhar nos seus objetivos e atingi-los com total realização.

- Ajuda a enfrentar situações: À medida que o pensamento criativo leva a experimentar e a inovar, expande-se o conhecimento coletivo relativamente a vários métodos para lidar sem esforço com todas as situações.

- Liberta o stress: O pensamento criativo pode combater o stress, uma vez que permite a inovação para além de quaisquer limites.

- Exprime talentos ocultos: O pensamento criativo permite alimentar a curiosidade e desbloquear talentos ocultos.

- Desenvolve a inteligência emocional: O pensamento criativo promove a consideração das circunstâncias a partir de múltiplas perspetivas, o que o pode ajudar a construir empatia e inteligência emocional.



Desenvolver o Pensamento Criativo

Ser um pensador criativo permite encontrar novas formas de abordar as situações existentes, reconhecer a importância de vários pontos de vista, metodologias e teorias, ligar pensamentos e ver paralelos entre situações totalmente diferentes.

Eis algumas formas de construir o pensamento criativo:

- Estabelecer o propósito e a intenção: Concentrar-se nos objetivos e misturar novas ideias para resultados desejáveis.

- Construir competências de comunicação: Boas capacidades de comunicação ajudam a expressar ideias e a partilhar a criatividade com confiança.

- Encorajar a autonomia: as realizações mais significativas provêm da criatividade decorrente da liberdade para pensar.

- Criar equipas diversificadas: A diversidade aumenta a criatividade. Equipas com elementos de diversas origens e áreas de especialização que partilham os seus pensamentos tornam-se mais inovadoras.

- Construir a motivação: Promover e apoiar crenças inovadoras dos membros de uma equipa motiva-os, sendo muito relevante recompensar a criatividade.

- Proporcionar oportunidades para explorar: Incentivar os membros de uma equipa a colaborar e a partilhar os seus pensamentos, a explorar, testar e refinar novas ideias ajuda a progredir.

Ler artigo completo no Blogue da RBE


quarta-feira, 30 de março de 2022

Dia Internacional do Livro Infantil

 















O Dia Internacional do Livro Infantil assinala, a 2 de abril, a data do nascimento de Hans Christian Andersen.

Mensagem de Richard Van Camp às Crianças do Mundo para o Dia Internacional do Livro Infantil 2022. O autor
convida as crianças de todo o mundo a criar o seu próprio livro ilustrado.




O tema do Dia Internacional do Livro Infantil 2022 é: “As histórias são asas que ajudam te ajudam a voar todos os dias”, escrito pelo célebre autor Richard Van Camp. Essa ideia capta o poder dos livros infantis de expandir horizontes, acender a imaginação e construir o entendimento.







Histórias são asas que te ajudam a voar todos os dias

Ler é liberdade. Ler é respirar.
A leitura permite que você veja nosso mundo de uma nova maneira e o convida para mundos dos quais você nunca quer sair.
A leitura permite que seu espírito sonhe.
Dizem que os livros são amigos para a vida e eu concordo.
O universo perfeito de você só cresce quando você lê.
Histórias são asas que te ajudam a voar todos os dias, então encontre os livros que falam ao seu espírito, ao seu coração, à sua mente.
Histórias são remédios. Eles curam. Eles confortam. Eles inspiram. Eles ensinam.
Abençoe os contadores de histórias e os leitores e ouvintes. Abençoe os livros. Eles são remédios para um mundo melhor e mais brilhante.

Mahsi cho. Muito obrigado.


Escrito por Richard Van Camp
Poster ilustrado por Julie Flett


👇
Livros para Ler na Infância- PNL
Dia Mundial do Livro Infantil
2022



segunda-feira, 28 de março de 2022

Desmaterialização de manuais escolares

 







O Programa de digitalização para as Escolas, uma das medidas inseridas no âmbito do Plano de Ação para a Transição Digital (Resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2020, de 21 de abril), prevê, entre outras iniciativas, a utilização de manuais escolares digitais e de recursos educativos digitais.

O relatório final apresenta um conjunto de recomendações/fatores críticos de sucesso a ter em conta pelos AE/ENA que venham a aderir a este projeto.

Este relatório foi realizado no âmbito de contrato de prestação de serviços entre a Direção-Geral de Educação e o CRCW – Catolica Research Centre for Psychological, Family and Social Wellbeing da Universidade Católica Portuguesa.

Trata-se de um relatório final, que agrega os dados recolhidos no processo de investigação desenvolvido em oito Agrupamentos de Escolas e numa Escola não agrupada, que, em agosto de 2020, aderiram ao Projeto-Piloto Manuais Digitais.

Os dados da investigação foram recolhidos nos meses de março e abril de 2021 e tratados até ao dia 31 de maio.



Dia Nacional dos Centros Históricos

 


28 de março








Fotos da Avenida Carvalho Araújo, Vila Real



O Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses” que, tendo sido formalmente criado em 28 de Março de 1993, encontrou, desde logo, entusiástico acolhimento na esmagadora maioria das autarquias com centro histórico. A data escolhida para tais celebrações — 28 de Março — está intimamente ligada a uma das figuras da cultura portuguesa que melhor defendeu o património nacional — Alexandre Herculano. Nascido na cidade de Lisboa, em 28 de Março de 1810, o insigne historiador e político jamais deixou de levantar a voz em prol do nosso legado histórico-cultural. Ao instituir o “Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses”, na data do aniversário natalício de Alexandre Herculano, o Governo e a APMCH quiseram homenagear, de forma “perene”, o espírito e a obra do “escritor de bronze que dignificou a língua, do historiador que renovou os métodos para a averiguação do passado e do homem de carácter que modelou um tipo de cidadania que muitos tomam ainda como espelho”. Simultaneamente, visaram criar uma nova oportunidade para a promoção das acções encetadas pelos municípios no que toca à salvaguarda dos seus centros históricos.

Sem prejuízo das iniciativas promovidas em cada município, é, anualmente, designada uma autarquia para centralizar, em termos oficiais, as comemorações de tal acontecimento.

APMCH, Associação Portuguesa dos Municípios com Centro Histórico


domingo, 27 de março de 2022

Lembrar Saramago no dia Mundial do Teatro

 

#CentenarioSaramago






















Saramago: Obras de teatro disponíveis na Biblioteca

 



Extrato de A Noite



Dia Mundial do Teatro

 

27 de março





Mensagem para o Dia Mundial do Teatro 2022, por Peter SELLARS, EUA (encenador de teatro, ópera e diretor de festivais)





Caros amigos,

Enquanto o mundo se mantém suspenso, a cada hora e minuto, a uma profusão diária de reportagens noticiosas, será que posso convidar-nos, enquanto criadores, a mergulharmos no nosso enfoque, esfera e perspetiva específicas acerca de: tempo épico, mudança épica, reflexão épica e visão épica? Vivemos um período épico da História e as profundas e consequentes mudanças que estamos a experienciar nas relações dos seres humanos consigo mesmos, entre si, e para com mundos não humanos, estão praticamente para lá das nossas capacidades de compreender, articular, falar e expressar.

Nós não vivemos num ciclo noticioso de 24 horas, nós vivemos à margem do tempo. Os jornais e os meios de comunicação estão completamente desequipados e são incapazes de lidar com o que estamos a experienciar.

Onde está a linguagem, quais os passos e quais as imagens que nos permitirão compreender as profundas alterações e ruturas que experimentamos? E como poderemos transmitir o conteúdo das nossas vidas, neste preciso momento, não como reportagem mas enquanto experiência?

O teatro é a forma artística da experiência.

Num mundo fustigado por extensas campanhas de imprensa, experiências simuladas, prognósticos sinistros, como podemos alcançar além da infindável repetição de números, para experienciarmos a santidade e infinidade de uma vida única, de um ecossistema único, de uma amizade, ou da qualidade de uma luz num céu estranho?

Dois anos de COVID-19 toldaram os sentidos às pessoas, restringiram as suas vidas, quebraram ligações e colocaram-nos num estranho grau zero da vida humana.

Que sementes é preciso semear e voltar a semear nestes anos e quais as espécies invasoras que, excessivamente crescidas, necessitam de ser total e finalmente removidas? Há tantas pessoas que estão no limite. Tanta violência que deflagra, irracional ou inesperadamente. Há tantos sistemas estabelecidos que foram expostos como estruturas de crueldade continuada.

Onde estão as nossas cerimónias de evocação? De que precisamos de nos lembrar? Que rituais nos permitem finalmente reimaginar e começarmos a ensaiar passos que nunca tenhamos dado antes?

O teatro de visão épica, de propósito, de recuperação, reparação e cuidado precisa de novos rituais. Nós não precisamos de ser entretidos. Precisamos de reunir. Precisamos de partilhar espaço e precisamos de cultivar espaço partilhado. Precisamos de espaços protegidos de audição profunda e de igualdade.

O teatro é a criação na terra de um espaço de igualdade entre humanos, deuses, plantas, animais, horas de chuva, lágrimas e regeneração. O espaço de igualdade e audição profunda é iluminado pela beleza escondida, mantida viva numa interação profunda de perigo, equanimidade, sabedoria, ação e paciência.

N’ O Sutra da Guirlanda de Flores, o Buda elenca dez tipos de grande paciência da vida humana. Uma das mais poderosas é a denominada Paciência de Perceber Tudo como Miragens. O teatro sempre apresentou a vida deste mundo aparentando-a com uma miragem, possibilitando-nos ver através da ilusão, deceção, cegueira e negação humanas, com uma claridade e uma força libertadoras.

Estamos tão certos daquilo que vemos e da forma como vemos que não somos capazes de ver e sentir realidades alternativas, novas possibilidades, abordagens diferentes, relações invisíveis, conexões intemporais.

Este é um tempo para um profundo refrescar das nossas mentes, dos nossos sentidos, das nossas imaginações, das nossas histórias e dos nossos futuros. Mas este trabalho não pode ser feito por pessoas sozinhas, trabalhando isoladamente. É um trabalho que precisamos de fazer juntos. O teatro é o convite para fazermos este trabalho juntos.

Um profundo obrigado pelo vosso trabalho.

Peter Sellars






sexta-feira, 25 de março de 2022

Richard Zimler na Farmácia Literária

 












Como preparação para o Encontro em linha com o Richard Zimler, que se realizou no dia 23 de março, os alunos do 11º F fizeram trabalho de pesquisa e elaboraram bulas literárias sobre algumas das obras do escritor.

Partilhamos a bula elaborada pela Rita Abreu e pelo Daniel Pereira para o livro Meia-Noite ou o Princípio do Mundo.  




























               

Encontro com Richard Zimler

 


















No passado dia 23 de abril, os alunos do 10ºD, 11º D, 11º E e 11º F estiveram Auditório 1 para um encontro online com o escritor Richard Zimler. No decorrer da sessão tiveram oportunidade de colocar questões ao escritor. 
Partilhamos aqui algumas delas:
  • O que o levou a escolher Portugal para viver e o Porto para fixar residência?
  • Como é que descobriu a sua paixão pela literatura?
  • O que o motivou a escrever o seu primeiro livro?
  • Qual é, para si, a parte mais difícil na escrita de um livro?
  • Quais são os dois temas recorrentes nos seus livros?
  • Qual dos seus livros considera ser mais autobiográfico?
  • Que importância confere à produção literária infantil no conjunto global da sua obra?
  • De onde retira a maior parte da sua inspiração?
  • Qual a obra de que mais se orgulha de ter escrito?
  • Qual é o seu escritor português favorito?
  • Considera o povo português racista?

A todas as questões Richard Zimler respondeu sem reservas, com simpatia e boa disposição, tendo conquistado a atenção de todos os presentes e suscitado a curiosidade de conhecer melhor a sua obra.

Esta atividade foi promovida pela Rede de Bibliotecas de Vila Real (RBVR) com o apoio do Município de Vila Real.


quinta-feira, 24 de março de 2022

Jornada Saramago 3 | Sobre o Evangelho segundo Jesus Cristo

 

#centenáriosaramago



O Museu da Língua Portuguesa, em parceria com a Companhia das Letras e a Fundação José Saramago, transmitiu nesta quinta-feira (dia 24 de março), às 19h, a terceira aula da JORNADA SARAMAGO, que celebra e reflete sobre a obra de um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa, José Saramago. 

Na terceira mesa, a escritora e mestre em filosofia Andréa Del Fuego – autora de “A pediatra” e “Os malaquias”, entre outros – fala sobre “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”.


quarta-feira, 23 de março de 2022

Ebook | (Con)figurações da personagem na narrativa ficcional para crianças e jovens

 



Con)figurações da personagem na narrativa ficcional para crianças e jovens
MICHELLI, Regina; CUNHA, Maria Zilda da; SANTOS, Rita de Cássia Silva Dionísio (Orgs.)
Rio de Janeiro: Dialogarts, 2018.


Download


A personagem caracteriza-se por ser uma instância narrativa, progressivamente construída, que impulsiona a ação e, na maioria das vezes, ocupa a centralidade da diegese. Compreende-se a personagem como um constructo modelado pelo plano sintagmático do discurso, estendendo-se à tessitura de relações paradigmáticas com outros eixos, a que se liga cognitiva e ideologicamente. Abordar a personagem sob o prisma da figuração implica ater-se menos a contar a história narrada, que se voltar o olhar à análise do processo – ou conjunto de processos – que envolve a construção dessa personagem. Nesse estudo, podem afluir traços que exprimam significado da composição da personagem, como a sua descrição e retrato; nome; características de individuação; desenvolvimento e função acionais; estatuto social; conectividade com outras personagens, elementos narrativos e meio sociocultural; relação com o mundo do autor, em seu contexto histórico e criativo; possíveis comparações com personagens criadas por outros escritores e por artistas de outras linguagens e suportes; sobrevida da personagem. Ainda que o processo de figuração da personagem não se circunscreva aos textos literários – encontrando-se nas apresentações pessoais que hoje vemos no facebook –, a proposta do simpósio recai sobre a figuração da personagem em narrativas ficcionais voltadas para o público infantil e juvenil, tanto no âmbito estritamente literário, quanto na refiguração por vezes estabelecida através das relações transliterárias com outros discursos e linguagens, abarcando, por exemplo, narrativas maravilhosas dos contos de fadas da tradição, narrativas de ficção científica, de mistério, histórias em quadrinhos, ilustração, livro de imagens, narrativa cinematográfica, televisiva, no ciberespaço etc. 
Apresentação, in (Con)figurações da personagem na narrativa ficcional para crianças e jovens

Ebooks | O mal na narrativa para crianças e jovens

 
















O mal na narrativa para crianças e jovens: olhares da literatura e do ensino.
Organização: Maria Zilda da Cunha; Regina Michelli; Rita de Cássia Silva Dionísio Santos
Edição: Flavio Garcia 
Capa: Raphael Fernandes
Diagramação: Raphael Fernandes
Rio de Janeiro: Dialogarts 2020, 1ª ed. (digital)



Ebooks | Competências Digitais no séc. XXI - Instrumento de Autoavaliação

 



FICHA TÉCNICA:

Publicação da Unidade de Investigação e Desenvolvimento (UID) 4372/FCT
Laboratório de Educação a Distância e eLearning, Universidade Aberta
TÍTULO: Competências Digitais no séc. XXI: Instrumento de Autoavaliação
AUTORIA: Luísa Aires, Visitación Pereda, Ricardo Palmeiro, Lúcia Amante & Catarina S. Nunes
Edição: LE@D, Universidade Aberta
2021

ISBN: 978-972-674-903-5
DOI: https://doi.org/10.34627/leadw.2021.1
Capa: Jorge Canadinha


No dia 28 de fevereiro teve lugar, online, o lançamento do eBook “Competências Digitais no Século XXI: instrumento de autoavaliação”.

Da autoria das investigadoras Maria Luísa Aires, Visitación Peredas, Ricardo Palmeiro, Lúcia Amante e Catarina Nunes, a obra, publicada em dezembro de 2021 e financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), integra-se no Projeto Competências Digitais no Séc. XXI: COD21.PE (PTIN/UID4372-LEaD/032019), sediado no Laboratório de Educação a Distância e Elearning (LE@D), e tem a coordenação de Maria Luísa Aires.

Competências Digitais no séc. XXI” é um questionário que  reúne um conjunto de itens avaliados numa escala Likert com 5 níveis de resposta que resultam da identificação de um conjunto de categorias e subcategorias relevantes na avaliação das competências digitais, no quadro da educação no séc. XXI.

A avaliação das competências digitais, frequentemente realizada através da aplicação deste tipo de instrumentos, permite-nos conhecer as perceções dos estudantes sobre a sua autoeficácia nas competências em avaliação.

Trata-se do 1.º número da coleção LE@D WORKS que reúne a produção científica em curso no Laboratório de Educação a Distância e eLearning da Universidade Aberta.

O e-book está disponível no Repositório Aberto.


"No âmbito da implementação de uma ciência aberta, pretendemos que o instrumento que partilhamos seja interpretado como um documento em construção, no sentido do seu desenvolvimento e adequação a outros grupos sociais. Alimentamos, portanto, a expetativa de, também por esta via, contribuirmos para o envolvimento de comunidades de investigação e da sociedade, no seu todo, na promoção da Literacia Digital."

Aires, L., Pereda, V., Palmeiro, R., Amante, L., Nunes, C. (2021). Competências digitais no séc. XXI: Instrumento de autoavaliação. LE@D, Universidade Aberta



10 Minutos a ler... Poesia

 



















No passado dia 21 de março, Dia Mundial da Poesia, os alunos do 9º E estiveram na Biblioteca, na aula de Português, para mais um 10 Minutos a Ler.
Desta vez, partilharam a leitura em voz alta de poemas de Sebastiao da Gama, Não mori porque cantei, de António Cabral, Antologia dos poemas Durienses, de outros poetas do século XX, Cem poemas potugueses do adeus e da saudade.








terça-feira, 22 de março de 2022

Camilo a ler Poesia

 





Ana Afonso, do 11º D, lê "Cantata de paz", de Sophia de Mello Breyner . 



Camilo a ler Poesia




António Mourão, do 11º D, lê "Ser poeta é ser mais alto", de Florbela Espanca.


Camilo a ler Poesia

 




Matilde Gonçalves, do 11 D, lê "Doutor eu tenho uma guerra tremenda dentro da minha cabeça", de António Amaral Tavares.







Camilo a ler Poesia

 




Ana, Francisco, Guilherme, Catarina e Miguel leem "Faz-me um favor", de Mário Cesariny.


Camilo a ler Poesia

 


"Retrato de Vitoria, princesa real", por Franz Xaver Winterhalter (1857)




No Dia Mundial da Poesia, Maria Carvalho, do 11º D, lê "Retrato de uma princesa desconhecida", de Sophia de Mello Breyner 


Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos

Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino



Camilo a ler Poesia

 













Lília Santos lê “Não só quem nos odeia ou nos inveja”, de Ricardo Reis

Não só quem nos odeia ou nos inveja
Nos limita e oprime; quem nos ama
Não menos nos limita.
Que os deuses me concedam que, despido
De afectos, tenha a fria liberdade
Dos píncaros sem nada.
Quem quer pouco, tem tudo; quem quer nada
É livre; quem não tem, e não deseja,
Homem, é igual aos deuses.



Camilo a ler Poesia

 

 



 Mário Cesariny




"Faz-me o favor", de Mário Cesariny

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor - muito melhor!-
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

 

Aceda ao QR Code e ouça o poema lido pela Margarida Costa, do 11º D:

 

  

 Audiotexto "Faz-me o favor"

 

segunda-feira, 21 de março de 2022

Poesia pela paz

 





Em Educação Especial, alunos do 8ºB, 9ºC e 9ºG leram o poema "Cantata da paz", de Sophia de Mello Breyner, acompanhados pelos docentes Benjamim Valadares e Margarida Lemos.

A leitura acrescenta!



domingo, 20 de março de 2022

Saber ler através dos media



Richard Zimler. Fonte



Quero começar com uma pesquisa feita nos EUA, pela Princeton Review.

Investigadores desta empresa educacional analisaram as transcrições dos debates entre Al Gore e George W. Bush durante a campanha presidential americana de 2000.

E analisaram também as transcrições dos debates entre Stephen Douglas e a futuro presidente Abraham Lincoln na campanha senatorial de 1858.

2000 contra 1858.

Como é que analisaram as transcrições?

Os investigadores focaram a linguagem dos candidatos. Queriam saber qual seria o nível de educação necessário para compreender o vocabulário e os argumentos dos dois rivais.

Resultados:

Durante a campanha presidential de 2000, Al Gore falava ao nível de uma pessoa com 7 anos de escolaridade – normalmente um rapaz ou rapariga de 13 anos.

George W. Bush falava ao nível de um jovem com apenas 6 anos de escolaridade.

Os dois candidatos utilizaram uma linguagem muito simplificada, invocando argumentos pouco subtis – sem nuances, complexidade ou ambiguidade.

Em princípio, quase todos os ouvintes teriam compreendido os discursos dos rivais porque a escolaridade é obrigatória nos EUA até nono, décimo, décimo-primeiro ou décimo-segundo ano, conforme as regras de cada um dos 50 estados.

E os candidatos de 1858…?

Abraham Lincoln falava ao nível de uma pessoa com 11 anos de escolaridade.

O discurso de Stephen Douglas necessitava uma educação de mais um ano, de 12 anos de ensino.

Mantenham em mente, por favor, que o nível de escolaridade médio nos EUA em 1858 era de 8 anos.

Isto significa que Lincoln e Douglas estavam a falar para uma faixa do público americano mais instruída – e muito mais educada do que o público alvo dos candidatos de 2000.

Refiro este estudo porque é uma clara indicação dum fenómeno que se alastra nos Estados Unidos e na Europa neste momento, na minha opinião; a estupidificação do debate público. E da vida cultural.

E uma estupidificação dos média também.

Os politicos e os jornalistas utilizam uma linguagem simplificada em parte porque ela satisfaz as necessidades dos média para “soundbites” – breves citações chocantes ou sensacionalistas ou provocantes.

Para os políticos, esta linguagem rudimentar visa atrair um maior número de votantes – independentemente da inteligência ou da sensibilidade deles. Ou da capacidade de raciocinar.

Para os donos dos média, esta mesma estratégia visa atrair um maior número de leitores, ouvintes ou espectadores. Porque mais consumidores significa mais publicidade. E os media vivem da publicidade.

Hoje em dia, de Los Angeles a Paris, passando por Lisboa e Porto, os media fazem uma cobertura superficial e breve dos assuntos mais importantes – uma cobertura adaptada à lógica do sound-bite, Twitter e Facebook – e às necessidades das pessoas menos instruídas.

Hoje em dia, há muito pouco espaço na imprensa escrita ou tempo na rádio ou televisão para um jornalismo de qualidade. Ou para um jornalismo investigativo.

Quase todos os eventos e ideias são apresentados sem contexto ou história. E as opiniões dos chamados “peritos" substituem a necessária análise.

Os conceitos são simples e os paradigmas são simples. As nuances e as subtilezas são eliminadas. A complexidade desaparece. Daí, a versão da realidade construída pelos media é uma fantasia. Uma falsidade.

A realidade é bem mais complexa do que a versão que os media criam e divulgam.

É um processo muito perigoso. Porque o leitor ou ouvinte ou telespectador começa a pensar que tudo no mundo é simples.

Os media reduzem o mundo a uma mera banda desenhada. E todos nós somos personagens nela.

É nós contra eles. Os bons contra os maus…

Alias, não é um acidente que a grande maioria dos filmes americanos atuais são baseados na banda desenhada mais infantil, de heróis contra vilões: Batman, Superman, os X-Men, etc… E mesmo os filmes supostamente sérios têm personagens unidimensionais e narrativos escritos para um público pouco sensível e aculturado.

Esta falsificação da realidade conduz-nos a desastres com alguma frequência, porque começamos a pensar que há maneiras fáceis de resolver problemas tão complexos como, por exemplo, os conflitos étnicos, religiosos e políticos no Médio Oriente.

Basta enviar 50 mil ou 100 tropas dos EUA e da Europa e tudo será resolvido num mês.

Abracadabra. Paz e harmonia e todo o petróleo de que precisamos.

O George W. Bush “vendeu” este argumento infantil ao público americano quando ele começou a guerra no Iraque. E os jornalistas americanos engoliram-no. E a grande maioria do público também.

Porquê? Porque somos treinados a não questionar os políticos e os media. Treinados desde muito pequenos a pensar que nada é complexo – que não é necessário estudar, contemplar, pesquisar, raciocinar… Que a nossa opinião ou intuição é suficiente.

Claro que há jornais, revistas, programas televisivos e blogs que são mais sérios que outros. Que exigem mais dos seus consumidores. Alguns até requerem que o consumidor de notícias seja um adulto maduro, experiente e bem informado. Mas a grande maioria não requer nada mais do que os 6 ou 7 anos de escolaridade.

Agora, se calhar, alguns de vocês estão a perguntar porquê estou a falar desta estupidificação numa conferência intitulada “Saber Ler Através dos Média”.

Porque se queremos aprender ler - ou saber ler – através dos media, vamos acabar por ler muito mal. Vamos adotar uma linguagem simplificada que não serve para entender as histórias complexas.

Nunca vamos chegar a dominar uma linguagem adequada para pessoas que já passaram por muitos traumas e alegrias. Que têm experiência. Não vamos desenvolver a capacidade de exprimir as subtilizes da nossa vida.

Vamos saber ler narrativas banais, sensacionalistas e superficiais. Narrativas dum entendimento absurdamente fácil – explicações e descrições do mundo que não exigem qualquer investimento do nosso tempo.

E que têm pouco a ver com a realidade.

Leva tempo pesquisar um tema complicado e tentar compreendê-lo. E comunicar a nossa compreensão aos leitores, ouvintes ou telespectadores.

E hoje em dia, a grande maioria dos jornalistas não vai investir esse tempo. E o público também não.

Conclusão….

Penso que é uma péssima ideia contar com a grande maioria dos media para nos formar ou informar.

Se queremos saber ler, temos que recorrer a livros.

Se queremos desenvolver a capacidade de interpretar o mundo temos que ler muito.

Se queremos desenvolver uma apreciação para um mundo complexo – e uma apreciação para seres tão subtis, estranhos e intricados como nós - temos que ler literatura.

Ficção e ensaios. De autores portugueses e estrangeiros. Livros de prosa e de poesia.

Na minha opinião, não temos outra alternativa.

Saber ler através dos media (discurso para a Rede das Bibliotecas) — Richard Zimler. (2019). Retrieved 19 March 2022, from https://www.zimler.com/pt/contos-e-artigos/ls697c923smpnfea874e6h566cwtty