terça-feira, 30 de junho de 2015

Textos & Leituras

 
 
Ler+ na Camilo
 
 
 
 
Português | 10º ano
 
Mais um pequeno vídeo, elaborado a partir de uma photo story, no âmbito do estudo dos Poetas do Século XX.
 
A Liliana Magalhães e a Micaela Farroco optaram por um soneto de Florbela Espanca - "Da minha janela".
 
 


Boas leituras!

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Dicionário dos primeiros livros impressos em língua portuguesa

 
 
http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/dicionario/bibliografia.htm
 
 

 Volume I com as letras A-C já disponível


capa do volume I do DicionárioDepois de vários séculos de amadurecimento, a língua portuguesa de finais do século XV prefigura aquilo que será nos séculos seguintes. A produção literária da época, quer pela tradução de textos latinos e castelhanos, quer pela criação de obras originais, contribuiu para a maturidade da língua, permitindo o alargamento do léxico e o desenvolvimento da construção sintática com repercussões na capacidade de expressão.
A imprensa, que entrou em Portugal no reinado de D. João II, teve um papel fundamental na divulgação de textos e no desenvolvimento e maturidade da língua portuguesa escrita.
O dicionário, com mais de onze mil entradas, baseia-se no vocabulário das seguintes obras incunabulares*: Sumário das Graças; Sacramental; Tratado de Confissom; Vita Christi; História do Mui Nobre Vespasiano Imperador de Roma; Constituições de D. Diogo de Sousa; Evangelhos e Epístolas com suas Exposições em Romance; e Regimento Proveitoso Contra a Pestenença.
 
* obra incunabular: obra impressa antes do século XVI.

Autor: José Barbosa Machado
Título: Dicionário dos Primeiros Livros Impressos em Língua Portuguesa
Volume I - A-C
1.ª edição, 2015
N.º de páginas: 616
ISBN: 978-1511848268
Suporte: 
livro eletrónico (ebook) e papel


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Textos & Leituras



Ler+ na Camilo


Mais uma photo story elaborada no âmbito do estudo dos Poetas do Século XX, conteúdo da disciplina de Português, 10º ano.
 
A Maria Matos e a Carolina Rebanda optaram pelo poema II de O Guardador de Rebanhos, do heterónimo pessoano Alberto Caeiro.
 
 
 
 
 
Boas leituras!
 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Livros & Leituras: As cidades invisíveis, de Italo Calvino



Ler+ na Camilo

O livro da vida de Gonçalo Cadilhe: As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino.
 

 
 
 

 
 
 
 
Autor: Italo Calvino
Título: As cidades invisíveis
Editora: Teorema
Data de edição / impressão: 2008
Nº de Páginas: 245
ISBN: 9789726959823
 


Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o Ensino Secundário,  Leitura Autónoma.
 
As cidades invisíveis é uma das obras-primas da literatura do século XX.
 
 «Nada garante que Kublai Kan acredite em tudo o que diz Marco Polo ao descrever-lhe as cidades que visitou nas suas missões, mas a verdade é que o imperador dos tártaros continua a ouvir o jovem veneziano com maior atenção e curiosidade que qualquer outro enviado seu ou explorador... Só nos relatos de Marco Polo, Kublai Kan conseguia discernir, através das muralhas e das torres destinadas a ruir, a filigrana de um desenho tão fino que escapasse ao roer das térmitas
 
 

sábado, 20 de junho de 2015

Ciberdúvidas regressou com mudanças

 



 
 
O Ciberdúvidas da Língua Portuguesa voltou a estar acessível, desde 10 de junho, com todas as suas rubricas ativas, incluindo o consultório, em novos servidores – os do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL).
Sendo assim, à parte os anteriores e tradicionais endereços do Ciberdúvidas, que se mantêm (www.ciberduvidas.pt e www.ciberdúvidas.com), o alojamento em novo servidor, do ISCTE-IUL, acrescentou um terceiro: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt.
 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Textos & Leituras

 

Ler+ na Camilo

No âmbito do estudo dos Poetas do Século XX, a Filipa e a Juliana optaram por escolher o conhecido poema de Fernando Pessoa, "Gato que brincas na rua", para a elaboração de um curto vídeo, a partir de uma photo story.
 
 
 
 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Textos & Leituras




Ler+ na Camilo

No âmbito do estudo dos Poetas do Século XX, a Catarina e a Rita, alunas do 10º E, escolheram o poema "Trova do vento que passa", de Manuel Alegre,  para elaborar a sua photo storyO resultado é este:



 Boas leituras!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Livros & Leituras: A terceira miséria, de Hélia Correia

 
 
 
Ler+ na Camilo: 
 
 
Com A terceira miséria, Hélia Correia recebeu o Prémio Literário Correntes d’Escritas/Casino da Póvoa.
 
 


 Na poesia, tem uma vasta colaboração em antologias e jornais e publicou obras como A Pequena Morte/Esse Eterno Canto (em díptico com Jaime Rocha, o marido) e Apodera-te de Mim, e na Relógio D'Água edita ainda A Terceira Miséria.                    
 
 
 


 
 
 
Autor: Hélia Correia
Título: A terceira miséria
Editor: Relógio D' Água
Data de edição /impressão: 2012
Nº de Páginas: 40
ISBN: 9789896412814
 
 
 
 
Sinopse

O regresso de Hélia Correia à poesia é um regresso à memória e aos clássicos. É isso que explica o título deste longo poema dividido em 32 secções: «A terceira miséria é esta, a de hoje. / A de quem já não ouve nem pergunta. / A de quem não recorda».



Críticas de imprensa

«O regresso de Hélia Correia à poesia é um regresso à memória e aos clássicos. É isso que explica o título deste longo poema dividido em 32 secções: “A terceira miséria é esta, a de hoje. / A de quem já não ouve nem pergunta. / A de quem não recorda”. [A] paixão pela Grécia, desde há muito presente na obra de Hélia Correia, desagua agora neste livro de poesia, onde a Grécia clássica surge como farol e como impossibilidade: «Para onde olharemos? Para quem? / Certo é que Atenas se mantém oculta / E de algum modo intacta, por debaixo / Do alcatrão, do ferro retorcido. / Certo é que nunca ressuscitará / Visto que nada ressuscita.”».

 Carlos Vaz Marques, TSF

 
 
 Poetisa e dramaturga, foi enquanto ficcionista que Hélia Correia se revelou como um dos nomes mais importantes e originais surgidos durante a década de oitenta, ao publicar, em 1981, O Separar das Águas.
 
A sua escrita para teatro tem privilegiado os clássicos gregos.
 
É também autora de obras infanto-juvenis, com a coleção Mopsos, O Pequeno Grego e o recente volume A Chegada de Twainy, além das suas versões de Shakespeare.
 
 

Prémio Camões'15 para HéliaCorreia

 



"[...] não há nenhum romancista português de agora a escrever com esta grandeza soberana."Pedro Mexia (escritor e crítico literário)
 
 

 
 
http://expresso.sapo.pt/cultura/2015-06-17-Helia-Correia-vence-Premio-Camoes


Reunido hoje, quarta-feira, no Rio de Janeiro, o júri deliberou, por unanimidade, atribuir o Prémio Camões 2015 à poetisa, ficcionista e dramaturga portuguesa Hélia Correia.

Para além desta distinção, considerada o mais importante prémio literário destinado a autores de língua portuguesa, a escritora, ex-professora no Ensino Secundário, já havia recebido vários prémios, nomeadamente Prémio Máxima de Literatura 2000 (A Casa Eterna) e 2006 (Bastardia), o prémio PEN Club 2001, atribuído a obras de ficção, pela obra Lilias Fraser, e PEN de poesia 2013, pelo livro Terceira Miséria, Prémio da Fundação Inês de Castro 2010 (Adoecer). No ano passado, 2014, venceu a 23ª edição do Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco com a obra Vinte Degraus e Outros Contos.


http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/helia-correia-e-a-vencedora-do-premio-camoes-1699305


Desde que o Prémio Camões foi inaugurado, em 1989, foram distinguidos 11 escritores portugueses: Miguel Torga (1989), Vergílio Ferreira (1992), José Saramago (1995), Eduardo Lourenço (1996), Sophia de Mello Breyner Andresen (1999), Eugénio de Andrade (2001), Maria Velho da Costa (2002), Agustina Bessa-Luís (2004), António Lobo Antunes (2007), Manuel António Pina (2011) e Hélia Correia (2015).
 
 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Livros & Leituras | Learning to combat desertification - a Teacher's Guide

 
 
 
 
http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001258/125816e.pdf
 
Faça duplo clique sobre a imagem para aceder ao Guia
 
 
Guia educacional para perceber e combater o fenómeno da desertificação (desenvolvido pela Convenção das Nações Unidas).
 
 
 
No "Foreword" (introdução) deste guia, pode ler-se:

"A desertificação é um problema de larga escala, na medida em que assume tanto dimensões naturais como humanas. Implica a degradação ambiental e o esgotamento dos recursos naturais que conduzem à pobreza e à fome por todo o lado. Combater a desertificação é contribuir para a irradicação da pobreza. Cada um de nós pode envolver-se, à sua dimensão, no combate à desertificação. As crianças, que são particularmente recetivas e demonstram um interesse espontâneo por questões relacionadas com a natureza e o ambiente podem constituir a linha da frente do combate coletivo. Para as ajudar a compreender melhor os problemas ambientais e estimular a procura de possíveis soluções, o sistema educativo deveria promover a noção de desenvolvimento sustentável. Destinado a educadores e alunos do 1º Ciclo, o presente guia / kit educativo pretende clarificar o conhecimento científico sobre a desertificação. [...]
 
Esperamos que ele possa ser um contributo útil para os esforços em curso por parte da comunidade internacional no combate à desertificação, um fenómeno que pode ser contido, e que a responsabilidade coletiva possa ser compreendida e aceite. A fome e a pobreza não são inevitáveis.

Concedamos à geração presente e às vindouras os meios para se preservarem a si mesmas.


Koïchiro Matsuura (Diretor geral da UNESCO) e Hama Arba Diallo (Secretário Executivo da UNCCD) em Foreword. Learning to combat desertification - a Teacher's Guide. Bona e Paris: Secretariado da UNCCD e UNESCO, 1997 (tradução da nossa responsabilidade).
 
 
 

 

Dia mundial de combate contra a desertificação



 
 
 
  
 
Slogan do Dia mundial de combate contra a desertificação
 
 
 
 
 
FACTOS E NÚMEROS
 
 
• 2,6 bilhões de pessoas dependem diretamente da agricultura, mas 52% das terras utilizadas para a agricultura são moderada ou severamente afetadas pela degradação do solo.

• A degradação do solo afeta 1,5 bilhões de pessoas no mundo.

• A perda de terras aráveis ​​é estimada em 30 a 35 vezes a taxa histórica.

• Devido à seca e desertificação, perdem-se todos os anos 12 milhões de hectares de terras (23 hectares / hora !), onde poderiam ser cultivados 20 milhões de toneladas de grãos.

• 74 % dos pobres (42 % dos muito pobres e 32 % dos moderadamente pobres) são diretamente afetados pela degradação do solo a nível mundial.
 
 
 
 
 © PDPhoto.org. Desert flower
 
 
 
A desertificação: o que é?


A desertificação é um dos maiores desafios ambientais do nosso tempo. No entanto, a maioria das pessoas ainda não ouviu falar dele ou não sabe o que significa.

Embora a desertificação possa incluir a invasão de dunas de areia terra a dentro, não se refere ao avanço dos desertos. Pelo contrário, é a persistente degradação dos ecossistemas das terras secas pelas atividades humanas - incluindo a agricultura não sustentável, a mineração, o sobrepastoreio e o corte raso de terra - e pelas alterações climáticas.

 

Causas:
 
 
A desertificação ocorre quando:

• a cobertura de árvores e plantas que se liga ao solo é removida;

• as árvores e arbustos são arrancadas para lenha e madeira, ou para limpar a terra para o cultivo;

• os animais come, as gramíneas e corroem o solo com os seus cascos;

 • a agricultura intensiva esgota os nutrientes no solo;

 A erosão eólica e hídrica agravam os danos, drenando o solo e deixando para trás uma mistura altamente infértil de poeira e areia.

É a combinação de todos estes fatores que transforma terras degradadas em deserto.

 
Impactos:

A desertificação é um problema global, com graves implicações a nível mundial para a biodiversidade, a eco-segurança, a erradicação da pobreza, a estabilidade socioeconómica e o desenvolvimento sustentável.


As terras áridas são já frágeis. Como elas se tornam degradadas, o impacto sobre as pessoas, os animais e o ambiente pode ser devastador. Cerca de 50 milhões de pessoas podem ser deslocadas dentro dos próximos 10 anos, como resultado da desertificação.


A questão da desertificação não é nova - desempenhou um papel significativo na história da humanidade, contribuindo para o colapso de vários grandes impérios e o deslocamento das populações locais -, mas hoje, o ritmo de degradação da terra arável é estimada em 30 a 35 vezes a taxa histórica.


Desertificação e pobreza

 Cerca de dois bilhões de pessoas dependem dos ecossistemas em áreas de sequeiro, 90% das quais vivem em países em vias de desenvolvimento.

A espiral descendente é criada em muitos países subdesenvolvidos, onde o elevado número de habitantes causa pressão para explorar as terras secas para agricultura. Estas regiões marginalmente produtivas são sobrepastoreadas, a terra está exausta e as águas subterrâneas estão esgotadas.

Quando as regiões rurais se tornam incapazes de sustentar a população local, o resultado são as migrações em massa para as áreas urbanas.

O aumento da frequência e a gravidade das secas resultantes das projeções relativas às alterações climáticas são suscetíveis de agravar ainda mais a desertificação.

 


Distribuição das zonas secas no mundo

 

 

A situação em Portugal:

 

 
 
 

 
 
 
O que pode ser feito:


• A reflorestação e a regeneração das árvores;

• A gestão da água - poupança, reutilização, tratamento, aproveitamento de águas pluviais, dessalinização ou uso direto da água do mar para plantas que gostam de sal;

• A fixação ao solo através do uso de cercas de areia , cintos de abrigo, bosques e quebra-ventos;

• O enriquecimento e hiperfertilização do solo por meio de plantio;

• A promoção do crescimento de árvores nativas através da poda seletiva dos rebentos de arbustos. Os resíduos de árvores podadas podem ser usados para fornecer matéria vegetal para os campos, aumentando assim a retenção de água e redução da evaporação.
 
 
Para informação mais detalhada sobre a desertificação ver página da UNESCO relativa ao Dia mundial de combate à desertificação.
 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ler os clássicos: A Odisseia, de Homero

 


A história da literatura europeia começa com a Ilíada e a Odisseia, de Homero. Compostas na Grécia, no século VII antes da era cristã, estas epopeias propõem uma fascinante galeria de personagens, cujas aventuras são contadas num estilo simples que mantém, ainda hoje, o seu encanto imbatível.




Título: Odisseia
Autor:
Homero 
Tradutor: Introdução e tradução do grego de Frederico Lourenço   
Coleção: Clássicos
Ano de Edição: 2014
ISBN: 978-972-795-060-7
     



Sinopse:
A Odisseia homérica é, a seguir à Bíblia, o livro que mais influência terá exercido, ao longo dos tempos, no imaginário ocidental. Esta tradução da Odisseia veio colmatar uma lacuna evidente: a inexistência, em português actual, de uma tradução vertida do grego, em verso e com a máxima fidelidade ao original, que devolva ao leitor o prazer do texto homérico. 


Súmula do poema: 

“Poema épico atribuído, como a Ilíada, a Homero, em 24 cantos. Conta a viagem de Ulisses (Odysseus, em grego), depois da tomada de Tróia, e o regresso do herói ao seu reino da Ítaca. Um dos mais belos fragmentos da Odisseia é o episódio de Nausica, quadro grandioso dos costumes primitivos. As suas longas e interessantes narrações de viagem, a as suas aventuras maravilhosas, os seus numerosos episódios em que se revela o perfeito conhecimento do coração humano dão à Odisseia mais variedade e encanto do que os que possui a Ilíada. Estas duas epopeias oferecem em resumo a imagem da alma grega” (Dicionário Prático Ilustrado – Lello).



O que diz a crítica:

"E com o meu nome vos digo que um dia, quando assentar a poeira e não restar memória dos 'light tops' editoriais de 2003, se saberá que o grande livro escrito em língua portuguesa, neste ano da Graça de Deus, foi A Odisseia, traduzida por Frederico Lourenço, quando Palas Atena nele insuflou grande força poética.''
João Bénard da Costa, Público


''Extraordinária tradução da Odisseia de Homero, num trabalho deslumbrante de Frederico Lourenço.''
Eduardo Prado Coelho, Público


''É um verdadeiro acontecimento cultural. Arrisco mesmo, desde já, que se trata do acontecimento cultural mais importante do ano! (...) Graças a esta tradução, a Odisseia acaba de se tornar, entre nós, um verdadeiro e imprescindível 'clássico para o povo'. Feliz quem, como Ulisses, dispõe de um texto assim.''
Vasco Graça Moura, Diário de Notícias


Grande helenista, a quem nem sequer falta boa formação em duas especialidades pouco cultivadas no nosso país – a crítica textual e a métrica grega –, pôde Frederico Lourenço levar a bom termo esta tarefa tão difícil de executar, uma tradução em verso solto, cadenciado mas não espartilhado, próximo da literalidade, mas não por ela escravizado.
Maria Helena da Rocha Pereira, Público


Sobre a tradução da Odisseia, de Frederico Lourenço, ver recensão crítica de Maria Fernanda Brasete, publicada na Revista Ágora - Estudos Clássicos em debate, nº 6, da Universidade de Aveiro, 2004.






Disponível na Biblioteca, a tradução da Odisseia para jovens:






Título: A OdisseiaAutor: Homero
Editora: Cotovia
Data da publicação: 2014
Edição: 10ª *
Ilustração: Richard de Luchi
ISBN: 978-972-795-146-8
Nº de pág: 332


* existe também a 6ª edição, de 2010
Livro recomendado para leitura orientada de 7º ano pelo Plano Nacional de Leitura



Destinada a um público jovem, esta encantadora adaptação da Odisseia, de Homero, torna acessível aquele que, a seguir à Bíblia, é o livro mais lido de todos os tempos. Nesta versão especialmente pensada para leitores jovens, Frederico Lourenço concilia a fluência narrativa com a fidelidade ao original, pretendendo não só despertar a curiosidade pela Antiguidade Clássica no público adolescente como estimular a competência dos jovens na própria língua portuguesa (texto da contracapa).

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Ouvir ler os clássicos: A Odisseia, de Homero




Ler+ na Camilo

 
Na Grécia antiga, poesia e educação coincidiam. O cantar e o ouvir os cantos dos poetas constituía um método de ensino e inseria-se numa relação não de apresentador e ouvinte, mas sim na de educador e educando.



Leitura dos versos iniciais da Odisseia, na língua de Homero, por José Miguel Fernandes, aluno de grego, do 12º F:







 
 


A poesia como fenómeno educador fundamental da Grécia antiga

Homero no dizer de Platão foi “o educador da Hélade” (thn Hlada pepaideuken).* De fato, Homero deu ao povo grego, juntamente com a paidéia, a língua, as artes e a fé religiosa nos seus deuses olímpicos. A Ilíada e a Odisseia são os textos de base da paidéia grega. Nos mitos homéricos encontram-se personagens de extrema bravura, honestidade, sabedoria e um elevado senso de justiça, como por exemplo Aquiles, Ulisses e Heitor, que se tornaram heróis modulares para os gregos, que deveriam seguir-lhes o exemplo. O homem grego aprende desde a mais tenra idade a respeitar os seus deuses e a crer nos seus mitos. Esse modelo educativo, que recorria a essas histórias ainda que fantásticas, objetivava a formação de um cidadão ético, justo e sábio, portanto, a formação do homem aristocrata. Os heróis encontrados na Ilíada e na Odisseia incorporam as características fundamentais de ser humano da época, do seu ethos.
 
* Platão, República, X, 606
 
MURARI, Juliana Cristhina, PEREIRA MELO, José Joaquim (2009). A poesia homérica como instrumento educador fundamental na Grécia antiga. Brasil: Seminário de PPE, Universidade Estadual de Maringá, p. 7
 
 
  
 
Para aceder ao artigo completo, faça duplo clique sobre a imagem

Livros & Leituras: "Esta língua portuguesa"





Ler+ na Camilo


O elogio da língua portuguesa nos versos de José Jorge Letria:





[...]

Esta é a língua dos meninos
que brincam com as palavras
e fazem delas brinquedos
para alegrarem o recreio
das histórias mais bonitas
que alguém pode contar.

 
E o orgulho que temos
nesta língua portuguesa
irá do berço para a escola
e da escola para a rua,
pondo em cada palavra
uma pepita de ouro
e uma centelha de lua,
pois afinal esta língua
será sempre minha e tua.
[...]
LETRIA, José Jorge (2007). A língua que falas e escreves. In Esta língua portuguesa.  Lisboa: Âmbar

 
Autor: José Jorge Letria
Título: Esta Língua Portuguesa
Ilustrador: Susana Lemos
Editor: Âmbar
Ano de edição: 2007
ISBN: 9789724312415








quinta-feira, 11 de junho de 2015

O elogio da língua portuguesa




 A língua portuguesa é a língua “dos semeadores de sons / e dos povoadores de versos".                  
 José Jorge Letria









A língua que falas e escreves

 
A língua que falas e escreves
é uma árvore de sons

que tem nos ramos as letras,

nas folhas os acentos

e nos frutos o sentido

de cada coisa que dizes.

 

É uma língua tão antiga

como isto de ser português.

Teve o latim por avô,

que primeiro foi romano,

depois bárbaro,

mais tarde monge medieval

ou copista do Renascimento.

 

A língua cresceu com o país,

que se alongou até ao sul

e depois chegou às ilhas,

vencendo os tormentos do mar.

O país ganhou a forma

de uma língua de terra

capaz de usar palavras

como “lonjura” e “saudade”.

 

Foi a língua da viagem,

do assombro e da aventura,

usada para relatar

descobertas e naufrágios,

triunfos e derrotas

nas mais remotas paragens,

enquanto os porões se enchiam

com as raras especiarias

que tanta fortuna fizeram.

 

É uma língua que se veste

de baiana no brasil,

ganhando feitiços de som

em Angola e Moçambique

e novos significados

lá para as bandas de Timor.

É uma língua que ajudou

a fazer o comércio e a guerra

mas que hoje prefere

usar os verbos da paz.

 

Esta é a língua dos escritores,

de Eça e de Camilo,

e de muitos outros mais,

dos semeadores de sons,

dos povoadores de versos

de todos os que dizem a quem começa:

Tratem bem a nossa língua,

pois se a tratam mal

nem imaginam o mal que fazem

a este Portugal.

 

Esta é a língua dos meninos

que brincam com as palavras

e fazem delas brinquedos

para alegrarem o recreio

das histórias mais bonitas

que alguém pode contar.

 

E o orgulho que temos

nesta língua portuguesa

irá do berço para a escola

e da escola para a rua,

pondo em cada palavra

uma pepita de ouro

e uma centelha de lua,

pois afinal esta língua

será sempre minha e tua.
 
José Jorge Letria



 

http://lusofonia.oseculo.pt/a-lingua-portuguesa/

O dia 5 de Maio é o "Dia da Língua Portuguesa e da Cultura" do espaço lusófono.



 
 
Floreça, fale, cante, ouça-se e viva
A portuguesa língua, e já, onde for,
Senhora vá de si, soberba e altiva.
 
Se tèqui esteve baixa e sem louvor,
Culpa é dos que a mal exercitaram,
Esquecimento nosso e desamor.
 
Mas tu farás que os que a mal julgaram
E inda as estranhas línguas mais desejam
Confessem cedo, ant’ela, quanto erraram.
 
E os que depois de nós vierem vejam
Quanto se trabalhou por seu proveito,
Porque eles pera os outros assi sejam.
 
António Ferreira, Poemas Lusitanos, notícia histórica e literária, seleção e anotações de F. Costa Marques, Coimbra, Atlântida, 1961, pp. 97-98
 
 
 
O extrato transcrito insere-se numa longa carta em verso de António Ferreira (1528-1569) ao seu amigo Pedro de Andrade Caminha. Depois de o situar entre os paladinos do renascimento  (“em ti quiseram / as Musas renovar a Antiguidade”), adverte-o da obrigação que todo o escritor tem de cultivar, acima de tudo, a própria língua.
 
http://grandesescritoresportugueses.blogspot.pt/2009/03/antonio-ferreira.html
 
 
Ao contrário do que acontecia com seus mais famosos contemporâneos, nomeadamente Gil Vicente e Camões, que cultivavam o bilinguismo, António Ferreira nunca escreveu um só verso em espanhol. Com ele começam os elogios à língua portuguesa.