Os alunos das turmas C, D, E, G e H do 11º ano, e da turma F do 12º ano estiveram ontem no Auditório 1 da Escola, no Encontro(s) com autores: Domingos Amaral, atividade realizada com o apoio da Leya.
Tal como havia acontecido na véspera, na tertúlia aberta à Comunidade, o escritor revelou, mais uma vez, ser um excelente comunicador, mesmo com o público mais exigente - o público juvenil -, e de ser capaz de manter a atenção e o interesse do seu auditório.
Após a apresentação, feita pela professora Adelaide Jordão, coordenadora da Biblioteca Escolar, houve uma pequena sessão de leitura de excertos das obras de Domingos Amaral por alunos do 11º C (Gonçalo de Almeida Branco Monteiro Pinto), 11º D (Sérgio Sequeira Bastos, Carlos Ledo de Matos, João Pedro Gonçalves, Guilherme Rodrigues e Mafalda Boal Koehen) e 11º E (Catarina Cortinhas Fernandes, Diogo Miguel Lourenço Miranda, Maria Inês Capela Barbosa, Maria José Varandas Feliciano, Rita Alexandra Teixeira Pereira, Vanessa Eliana Mendes, Francisco Miguel Mesquita Cunha).
De seguida, Domingos Amaral partilhou com os alunos alguns aspetos relacionados com a sua faceta de escritor: a escola de escrita que foi para ele o trabalho jornalístico e a direção de revistas como a Maxmen e a GQ; a opção pelo romance (cedo desistiu da poesia, ao constatar a ineficácia dos seus poemas de amor do período juvenil); o processo de construção romanesca (desmistificando a ideia romântica de que a obra literária é produto exclusivo da inspiração e revelando que no início da escrita de um romance não tem um plano pré-concebido sobre a história que vai contar); a relação com as suas personagens, simultaneamente distanciada (recusa a projeção autobiográfica) e próxima (a esposa acusa-o de se apaixonar pelas suas personagens - a bela Chamoa de Assim nasceu Portugal é a sua última paixão); a importância das personagens ditas "más" na construção de uma narrativa; a personagem que lhe deu mais prazer construir e a que lhe doeu mais "matar"); a escolha dos temas e dos contextos históricos abordados nos romances (Guimarães medieval, Lisboa setecentista, estadonovista e pós 25 de abril); a importância que o meio familiar teve na sua carreira de escritor.
Num segundo momento, o escritor respondeu a questões (interessantes questões) que lhe foram colocadas pelos alunos.
Tendo em conta a participação dos discentes e a avaliação da atividade pelos mesmos no final do Encontro, Domingos Amaral conquistou certamente novos leitores nesta sua passagem pela nossa escola.
Ficamos a aguardar pela publicação do 2º volume da trilogia Assim nasceu Portugal, prevista já para 2016 e, quiçá, por uma nova visita à nossa Escola.
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