“É a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e, quanto mais come e consome, tanto menos se farta. É a guerra aquela tempestade terrestre que leva os campos, as casas, as vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as calamidades em que não há mal nenhum que ou se não padeça, ou se não tema, nem bem que seja próprio e seguro: - o pai não tem seguro o filho; o rico não tem segura a fazenda; o pobre não tem seguro o seu suor; o nobre não tem segura a honra; o eclesiástico não tem segura a imunidade; o religioso não tem segura a sua cela; e até Deus, nos templos e nos sacrários, não está seguro.”
P. António Vieira. Sermão histórico e panegírico nos anos da Rainha D. Maria Francisca de Sabóia (1668)
Quando se nasce em Moçambique, o caminho para a escola é feito de curvas apertadas, encruzilhadas e becos sem saída. São as mãos que fazem falta na machamba e a falta que as escolas fazem no país. São os pais que não estudaram, os casamentos precoces e as gravidezes prematuras. São os irmãos mais novos que precisam de colo e o ensino que, a partir do secundário, é caro e longe para quase todos. Aqui, quanto mais se estuda, mais difícil é estudar.
Desde 2008 que a Helpo está no país a ajudar a remover estes e tantos outros obstáculos. A abrir caminhos para que mais crianças cheguem à escola.
Os conflitos armados no norte de Cabo Delgado destruíram casas, escolas e vidas. Fizeram milhares de crianças dispersar por caminhos desconhecidos até ao sul.
E fizeram a Helpo tornar sua nova missão encontrá-las. É o que já conseguiu fazer com muitas. E continua, em busca das muitas mais. Crianças e adolescentes com longos percursos em tão curtos anos de vida.
Audácio, 8 anos – 2ª classe
Audácio é primeira sorte. Filho primogénito. Gosta de arroz, massa e chima. A mamã Telma estava a cozinhar um dos seus pratos favoritos quando os terroristas entraram na aldeia de Muambula.
Ao abrigo do mato, não se alonjaram. Trouxeram apenas o tapete da sala como conforto. A esperança era de conseguirem voltar. Durante quatro noites, o pai abrigou-se nas trevas para espreitar a aldeia. E foi em quatro noites que a esperança morreu e nasceu novo plano: ir a pé até Mueda.
Lá teriam forma de chegar a Pemba. Longe, seguro e onde havia um pequeno terreno em seu nome. Aqui, no bairro da Expansão onde vivem hoje, já fizeram casa de canas e chapa. Até o tempo e o dinheiro chegarem para construir uma de tijolos e cimento.
As três primeiras noites foram passadas com toda a família aninhada no mesmo tapete debaixo de um cajueiro. Único teto que tinham. Depois um vizinho emprestou uma divisão. E por lá se arrumaram até terem paredes a que chamarem suas.
O Audácio já está na 2ª Classe. No Colégio Tempo de Alegria. Filho de professores encontra sempre o caminho de volta à escola. Mesmo que tenha que percorrer mais de 350 quilómetros.
Num país onde tudo se carrega sobre a cabeça, Audácio traz quase tudo dentro da sua. É lá que transporta o abecedário, as contas de multiplicar, as três línguas que fala e um medo do escuro que não sabe contar. No coração traz sempre Carmen, a irmã mais nova. “Quando estou na escola fico com saudades dela.”
Conheça 8 dos 20 relatos de fuga de crianças de Cabo Delgado na Visão.
Maria João Venâncio (Texto) e Luís Godinho (Fotos)
Visão | Os relatos na primeira pessoa e as histórias de dor e de superação das crianças de Cabo Delgado. (2021). Retrieved 1 March 2022, from https://visao.sapo.pt/atualidade/mundo/2021-11-18-os-relatos-na-primera-pessoa-e-as-historias-de-dor-e-de-superacao-das-criancas-de-cabo-delgado/?fbclid=IwAR3wTcQl8IERRJFyOoITvqhanyMhxsOTZIWznfLt3XUJ7WpGsNYftcG1QFc#&gid=0&pid=2
📌A escritora Maria João Venâncio e o fotógrafo Luís Godinho realizaram uma viagem ao norte de Moçambique, em julho de 2021, para conhecer a dramática realidade dos mais de 800 mil deslocados, metade dos quais são crianças, que fogem dos ataques armados em Cabo Delgado. O seu trabalho deu origem a uma exposição, patente no Museu dos coches até dia 6 de fevereiro.
Dia Mundial das ONGs: O altruísmo de mulheres, homens e jovens corajosos em benefício de todos
Com financiamento da UE, o International Rescue Committee (IRC) apoia famílias como Aisha e Na'aem no acesso aos cuidados de saúde primários, incluindo rastreio e tratamento da malnutrição.
Hoje, muitas mulheres, homens e jovens dedicam seu tempo para defender e proteger os direitos de indivíduos e comunidades. Eles podem ser os que estão no terreno, fornecendo apoio direto aos humanos, animais ou ao meio ambiente, ou os que denunciam abusos e defendem aqueles que muitas vezes não têm voz. Em muitos casos, é apenas graças ao seu empenho e ao seu trabalho que os mais vulneráveis têm acesso a alimentação, abrigo, educação ou tratamento, ou têm os seus direitos humanos defendidos, ou que as espécies ameaçadas e o seu habitat são protegidos.
Conheça a Associação HELPO - Organização Não Governamental para o Desenvolvimento que desempenha a sua atividade desde 2008 em Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau, para a promoção do desenvolvimento através da educação e da nutrição.
Guernica em processo. Foto: Dora Maar / Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia
A impactante tapeçaria “Guernica” de Pablo Picasso, retratando o flagelo da guerra, é exibida do lado de fora do Conselho de Segurança da ONU.
A sua presença aqui é uma lembrança constante de que a guerra destrói a humanidade.
Os Nacionalistas espanhois comandados por Franco contaram com o apoio do exército nazista e autorizaram o bombardeio de Guernica pelos alemães, como forma de testarem novas armas e táticas de guerra, que viriam a ser usadas mais tarde na Segunda Guerra Mundial. Estávamos em 26 de abril de 1937.
O preto, cinza, branco e os tons azulados foram as cores utilizadas pelo artista para intensificar a sensação de drama causada pelo bombardeamento de Guernica.
A multiplicidade e a
pluralidade de verdades e realidades têm sido um tema profusamente explorado
pela literatura e pela arte contemporâneas. Tomando esta problemática como base
de reflexão/ação, a Equipa de Coordenação do projeto Encontro de Leituras / aLeR+2027 propõe-se suscitar e valorizar a heterogeneidade de pontos de
vista sobre a Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Vila Real, lançando o presente
concurso "Os Segredos da Escola".
Os trabalhos deverão combinar a fotografia com o texto, tendo como
objeto a escola que desconhecemos. Pretende-se promover a leitura e a escrita
em distintos contextos, formatos e suportes, e estimular a criatividade e a
singularidade na interpretação da Escola.
Público-alvo: alunos da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, Vila Real.
Prazo de entrega dos trabalhos: 31 de maio de 2022
A UNESCO vem liderando e defendendo a educação multilíngue baseada na língua materna desde os primeiros anos de escolaridade. A pesquisa mostra que a educação na língua materna é um fator-chave para a inclusão e a aprendizagem de qualidade, além de melhorar os resultados da aprendizagem e o desempenho académico. Isso é crucial, especialmente no 1º Ciclo para evitar lacunas de conhecimento e aumentar a velocidade de aprendizagem e compreensão. E o mais importante, a educação multilíngue baseada na língua materna capacita todos os alunos a participar plenamente na sociedade. Promove a compreensão mútua e o respeito mútuo e ajuda a preservar a riqueza do património cultural e tradicional que está incorporado em todas as línguas ao redor do mundo.
No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer antes de garantir a todos os educandos o direito à educação na sua língua materna. Na maioria dos países, a maioria dos alunos é ensinada numa língua diferente da sua língua materna, o que compromete a sua capacidade de aprender de forma eficaz. Estima-se que 40% da população mundial não tenha acesso à educação num um idioma que fale ou entenda. Existem cerca de 7.000 idiomas falados em todo o mundo hoje. Mas a diversidade linguística está cada vez mais ameaçada à medida que mais e mais línguas desaparecem a um ritmo alarmante. E quando uma língua desaparece, leva consigo toda uma herança cultural e intelectual.
7.000. Esse é o número de idiomas falados em todo o mundo hoje. A diversidade linguística é o nosso tesouro comum repleto de herança cultural e intelectual. Devemos preservá-lo!
Ao manifestar o desejo de se reencontrar com a sua linguagem, Hamet, o menino criado pelo escritor Diadié Dembélé, expressa uma necessidade universal e fundamental. De fato, toda a língua tem um certo ritmo, uma certa maneira de abordar as coisas, de pensar sobre elas. Aprender ou esquecer uma língua não é, portanto, apenas adquirir ou perder um meio de comunicação. Trata-se de ver um mundo inteiro aparecer ou desaparecer.
Desde o primeiro dia de aulas, muitos alunos têm a experiência ambivalente de descobrir uma língua - e o mundo de ideias que a acompanha - e esquecer outra: a língua que conhecem desde a infância. Em todo o mundo, quatro em cada dez alunos não têm acesso à educação na língua que falam ou entendem melhor; como resultado, a base para sua aprendizagem é mais frágil.
Este distanciamento da língua materna afeta-nos a todos, pois a diversidade linguística é um bem comum. E a proteção da diversidade linguística é um dever.
A tecnologia pode fornecer novas ferramentas para proteger a diversidade linguística. Tais ferramentas, por exemplo, facilitando a sua divulgação e análise, permitem-nos registar e preservar linguagens que às vezes existem apenas na forma oral. Simplificando, elas fazem dos dialetos locais uma herança partilhada.
No entanto, como a Internet representa um risco de uniformização linguística, também devemos estar cientes de que o progresso tecnológico servirá ao plurilinguismo apenas enquanto nos esforçarmos para que isso aconteça. O desenho de ferramentas digitais em vários idiomas, o suporte ao desenvolvimento de media e o suporte ao acesso à conectividade: tudo isso precisa de ser feito para que as pessoas possam descobrir diferentes idiomas sem abrir mão das suas respetivas línguas maternas.
A Década Internacional das Línguas Indígenas, que começou este ano, deve, ao canalizar os esforços de pesquisadores, locutores e palestrantes, dar um novo impulso à proteção desses inestimáveis repositórios de know-how e visões de mundo. Como agência líder do trabalho relacionado com a Década, a UNESCO está totalmente comprometida com essa causa.
Neste dia internacional, exorto, assim, todos os que podem fazê-lo a defender a diversidade linguística e cultural, que constitui a gramática universal da nossa humanidade partilhada.
Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna (IMLD), 21 de fevereiro de 2022
Fernando Albuquerque Costa (coord.) Ana Paz Carolina Pereira Elisabete Cruz Gilda Soromenho Joana Viana Instituto de Educação da Universidade de Lisboa Janeiro 2022
Este relatório enquadra-se no processo de monitorização e avaliação das aprendizagens nos ensinos básico e secundário (cursos Científico-Humanísticos).
A nossa língua materna tem “Termos e Condições” com implicações complexas para identidade, comunicação, integração social, educação e desenvolvimento.
Os idiomas abrem portas, conectam culturas e tornam o mundo um lugar melhor.
O Dia Internacional da Língua Materna foi criado pela @UNESCOpara promover a diversidade linguística e cultural e o multilinguismo. Sociedades multilíngues e multiculturais existem através das suas línguas que transmitem e preservam conhecimentos e culturas tradicionais de forma sustentável. A UNESCO acredita na importância da diversidade cultural e linguística para sociedades sustentáveis. Está dentro do seu mandato para a paz preservar as diferenças de culturas e línguas que promovem a tolerância e o respeito pelos outros.
"A tecnologia pode fornecer novas ferramentas para proteger a diversidade linguística. Tais ferramentas, por exemplo, facilitando sua divulgação e análise, nos permitem registrar e preservar línguas que às vezes existem apenas na forma oral. Simplificando, elas fazem dos dialetos locais uma herança compartilhada. , porque a Internet representa um risco de uniformização linguística, devemos também estar cientes de que o progresso tecnológico servirá ao plurilinguismo apenas enquanto nos esforçarmos para que o faça".
— Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Internacional da Língua Materna
O tema do Dia Internacional da Língua Materna de 2022, “Usando a tecnologia para a aprendizagem multilíngue: desafios e oportunidades”, discutirá o papel potencial da tecnologia para promover a educação multilíngue e apoiar o desenvolvimento de ensino e aprendizagem de qualidade para todos.
Para celebrar este Dia, a UNESCO organiza um webinar em 21 de fevereiro, das 11h às 13h, horário de Paris), onde serão explorados os seguintes temas:
Reforço do papel dos professores na promoção do ensino e aprendizagem multilingues de qualidade.
Reflexão sobre as tecnologias e seu potencial para apoiar o ensino e a aprendizagem multilíngue
Cultura e criatividade representam 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) global e 6,2% de todo o emprego. As exportações de bens e serviços culturais dobraram de valor a partir de 2005 [...] e são um dos setores económicos mais novos e de mais rápido crescimento do mundo.
Os desafios também fazem da economia criativa um dos setores mais vulneráveis que muitas vezes é negligenciado pelo investimento público e privado.
Os setores cultural e criativo foram os mais atingidos pela a pandemia, com mais de 10 milhões de empregos perdidos somente em 2020. O investimento público em cultura tem diminuído na última década e as profissões criativas permanecem, em geral, instáveis e pouco regulamentadas. Embora a cultura e o entretenimento sejam os principais empregadores das mulheres (48,1%), a igualdade de género é uma perspetiva distante. Além disso, apenas 13% das revisões nacionais voluntárias do progresso em direção à Agenda 2030 reconhecem a contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável. As disparidades entre países desenvolvidos e em desenvolvimento são significativas, com os países desenvolvidos liderando o comércio de bens e serviços culturais – respondendo por 95% do total das exportações de serviços culturais.
A pandemia do COVID-19 vem lembrar que nenhum país sozinho pode forjar a proteção e promoção da diversidade dentro de seu território e fora dele. O valor da cultura como bem público global deve ser valorizado e preservado em benefício das gerações presentes e futuras.
O relatório Re|Formar as políticas para a criatividade – Abordar a cultura como um bem público global oferece novos dados perspicazes que lançam luz sobre as tendências emergentes a nível global, além de apresentar recomendações de políticas para promover ecossistemas criativos que contribuam para um mundo sustentável até 2030 e além.
De visita à Biblioteca, os alunos do 11º F elaboraram ementas literárias a partir da coleção da BE. Esta é a proposta dos chefes Gonçalo e do João Pinheiro.
Na passada terça-feira, os alunos do 11º I, acompanhados pela professora Paula Seixas, estiveram na Biblioteca numa sessão de formação sobre a ferramenta digital Canva, uma plataforma de design gráfico, orientada pela professora bibliotecária.
Para mostrar as aprendizagens adquiridas, elaboraram cartazes de divulgação da Semana da Leitura 2022, que passaremos a divulgar.
Hoje, começamos com o cartaz produzido pela Jéssica, pela Bruna e pelo Gustavo.
A maioria das pessoas visita e interage nas redes sociais ao longo do dia e não tem ideia de quanto tempo real gastam nisso. "Se é um viciado nas redes sociais e o seu vício está a piorar, há uma razão para isso: a maioria das grandes empresas de redes sociais, bem como os criadores de conteúdo social, estão a trabalhar arduamente todos os dias para tornar as suas redes de tal modo viciantes que as pessoas não possam resistir-lhes".
As redes sociais e a tecnologia tiraram-nos a nossa vida humana natural, precisamos de gerir essa situação.
O podcast Na Poesia Cabem Todas as Cores, da Universidade do Porto, pretende dar a conhecer poesia e divulgar poetas de língua portuguesa, dos mais consagrados aos menos conhecidos.
Neste Dia Mundial do Gato, partilhamos o podcast do poema, "Português Suave", de Inês Lourenço.
No Dia dos namorados, os alunos do 9º E estiveram mais uma vez no 10 Minutos a ler na Biblioteca.
Como as palavras são como as cerejas, nesta sessão, a música (o adágio), Camões e a definição do amor, Baco e o vinho enebriante, cibersegurança e direitos de autor foram alguns dos temas abordados e discutidos. No final, a professora Isilda Reigoto partilhou a leitura em voz alta do poema de Álvaro de Campos, "Todas as cartas de amor são ridículas".
A 3ª edição do Relatório Cibersegurança em Portugal, além de, como é habitual, analisar os dados sobre atitudes, comportamentos, educação e sensibilização face à cibersegurança, tem como novidade o destaque de alguns indicadores correlacionados com possíveis impactos da Estratégia Nacional de Segurança do Ciberespaço; um novo capítulo sobre os usos das tecnologias digitais em geral; o aprofundamento do inquérito sobre as ações de sensibilização; e um conjunto de recomendações.
Abuso verbal e uso de palavras para agredir, dominar, ridicularizar ou degradar mulheres via internet na seção de comentários, mensagens privadas, etc., podem ser categorizados como violência psicológica.
Depois de terem sido selecionados nas provas de Escrita e de Expressão oral, a nível de escola, os alunos Mariana Rio Costa, do 12º F, Ema Peixoto Falco, do 12º F, Rafael P. E Marinho, do 12º A, e Rita Peixoto Falco, do 10º A, vão agora representar a nossa Escola, Ensino Secundário, na prova de seleção municipal, que irá decorrer na primeira semana de março, em data a confirmar.
A história de amor de Pilar e Saramago constituiu o tema para a elaboração de leques, em exposição no átrio da escola.
Atividade dinamizada pelo grupo disciplinar de Espanhol.
Durante quatro anos, Miguel Gonçalves Mendes filmou José Saramago e Pilar del Río, na intimidade de Lanzarote, em viagens de trabalho por todo o mundo, em festas com os amigos e a família. Desse intenso registo resultaram, primeiro, o filme, José e Pilar, e depois, o livro que se compõe, essencialmente, de material inédito: centenas de horas de conversa que exploram os grandes temas - da política ao amor, passando pelo trabalho, a literatura e a morte. Aclamado pela crítica e pelo público nacional e internacional, o filme foi proposto ao Óscar de 2011.
Grande parte das obras de José são dedicadas a Pilar, a jornalista espanhola com quem viveu cerca de vinte anos.
No documentário José e Pilar, dedicado inteiramente à vida do casal em torno da carreira do Nobel de Literatura, o escritor explica essas dedicatórias:
História trágica de amores contrariados e não correspondidos, Amor de Perdição é a mais conhecida obra de Camilo Castelo Branco, um dos maiores escritores portugueses de sempre. Escrita na Cadeia da Relação do Porto, em 1861, ao longo de seis meses, Amor de Perdição inspira-se na história real de Simão António Botelho, tio paterno do autor, que foi desterrado para a Índia em 1807.
Misturando realidade e ficção, drama e paixão, sentimento e crítica social, Camilo construiu um clássico incontornável, que é a obra-prima do romantismo literário português e, nas palavras do filósofo e escritor espanhol Miguel de Unamuno, a novela de paixão amorosa mais intensa e profunda que alguma vez se escreveu na península ibérica.
"As pessoas mudam, assim como os seus corpos, mas há uma coisa que nunca muda no amor. Marianne, a m u l h e r de 'Até logo, Marianne' (So long Marianne), quando ouço a tua voz ao telefone, sei que tudo continua igual apesar de as nossas vidas estarem divididas. Sinto que o amor nunca morre e que quando há uma emoção forte o suficiente para escrever uma música, então há algo nessa emoção que é indestrutível. [...] Tu sabes que estou tão perto de ti que se estenderes a mão, podes tocar a minha." - Carta de Leonard Cohen a Marianne Ihlen, a mulher da sua vida e fonte de inspiração para a famosa canção "So long Marianne":
Esta história de amor deu origem ao filme Marianne and Leonard: Words of Love, de Nick Broomfield.
O que une Carlos Tê, Jacques Brel, Rui Reininho, Sérgio Godinho, Fausto, Leonard Cohen, Amalia Bautista, Hanif Kureishi, Serge Reggiani, Samuel Úria? Neste livro, canções e poemas de todos eles servem de mote a conversas inéditas – feitas propositadamente para memória futura – entre Júlio Machado Vaz e Inês Meneses, ao estilo do icónico programa de rádio que há dez anos partilham na Antena 1.
Neste "O Amor é", com o imprescindível suporte da comunicadora Inês Meneses, o médico psiquiatra Júlio Machado Vaz, o grande desconstrutor dos tabus em torno da sexualidade em Portugal, conduz o leitor pelos temas que a todos nos interessam e apaixonam: as paixões adolescentes, os amores adiados, os eficazes e os impossíveis, o alargamento da adolescência, a nostalgia da paixão, a inversão dos estereótipos culturais, a obsessão pela infância e pela morte, a omnipotência do teclado, as coisas das quais queremos livrar-nos porque nos trazem recordações amargas, a culpa judaico-cristã dos que querem partir mas ficam, os homens sós que antes não cozinhavam e hoje cozinham, a apologia do engate, a monogamia, as implicações da internet nas relações amorosas, as pessoas certas e as pessoas erradas (que por vezes se buscam), as separações e os divórcios, a ligação com os filhos, as compensações, os equilíbrios e as asneiras, a maturidade sexual dos homens, a disfunção eréctil, o pecado de ser mulher, a homossexualidade hoje e na Roma Antiga, a coabitação que não garante o amor, a casa própria que não o nega, os lutos das relações passadas, entre muitos outros. Um livro imperdível, sobre muito do que o amor é.
A Ilha dos Amores que dá nome a esta rua é o lugar mítico criado e descrito por Luís Vaz de Camões nos Cantos IX e X de Os Lusíadas. O local paradisíaco para onde Vénus, deusa do Amor, com a ajuda do seu filho Cupido, conduz os portugueses, como recompensa pelos feitos heroicos na viagem inaugural à Índia através do mar. Nesta ilha, os marinheiros são recebidos por belas e sensuais ninfas que, para além dos jogos amorosos, lhes propiciam banquetes e lhes profetizam glórias.
Esta rua foi criada aquando da realização da Expo’98 que procurou evocar na toponímia os oceanos, tema da exposição, os Descobrimentos Portugueses, escritores portugueses e figuras relevantes para Portugal. Na reconversão da zona em Parque das Nações, grande parte desses topónimos foram oficializados por edital de 2009.
Rua do Amor. (2022). Retrieved 13 February 2022, from https://www.agendalx.pt/2022/02/10/rua-do-amor/