sábado, 25 de janeiro de 2020

Novidades na Biblioteca



Recentes aquisições







IBRAHIM, Patience, HOFFMANN, C. Hoffmann (2017). Filha das trevas. Lisboa: ASA.

CARMO, Isabel (2015). Histórias que as mulheres contam. Lisboa: Dom Quixote.

MIKHAIL, Dunya (2019). O homem que salvava mulheres. Lisboa: ASA.

NAPOLI, Antonella (2015). Condenada à morte. Lisboa: ASA.

EUN-MI, Han (2017). Ainda estou viva. Lisboa: ASA.

DUGARD, Jaycee ( 2012). Vida roubada. Lisboa: ASA.




👉SINOPSES

Filha das trevas

A jovem Patience estava grávida quando foi raptada pelo grupo terrorista Boko Haram. Como centenas de outras meninas e mulheres, Patience sofreu tormentos inimagináveis. Mas houve sempre algo que falou mais alto. Algo que a ajudou a sobreviver: o amor à criança que trazia no ventre.O dia em que Patience soube que estava grávida foi o culminar de anos de preces. Há muito que a jovem pedia a Deus que lhe desse um filho. Foi, no entanto, uma alegria breve. Quando os homens do Boko Haram bateram à sua porta, Patience percebeu que o pior estava para vir. O seu marido foi assassinado sem dó nem piedade. E ela foi levada à força, rumo a um mundo de terror sem limites. Mas aquilo que mais a preocupava foi também o que a ajudou a aguentar o impossível. A suportar tudo sem perder a vontade de viver. A lutar com todas as forças: o seu bebé. Este é um relato de sobrevivência a de Patience e da sua filha contra todas as probabilidades.
Quando o Boko Haram raptou mais de 200 meninas na Nigéria, o mundo deu conta do terror em que o país estava mergulhado. Com pouco mais de 20 anos, Patience Ibrahim é uma das suas vítimas. E tem um mundo de histórias para contar.




Histórias que as mulheres contam

"As histórias que aqui se contam são reais. Nada do que aqui é posto na boca destas mulheres é inventado, nem mesmo as expressões ou os seus comentários. No entanto, não são identificáveis, é salvaguardado o seu anonimato.

Gosto de ouvir as histórias das pessoas. E acontece que geralmente as mulheres são melhores contadoras das suas histórias pessoais do que os homens. Os homens contam outras histórias, as que se situam fora deles. Mas é difícil «sacar-lhes» a história pessoal mais íntima.

Por outro lado, todas as histórias que aqui se contam estão relacionadas com a condição feminina, conduzindo muitas vezes a situações dramáticas na vida das mulheres, que são nossas contemporâneas. Para nos ajudar a todos a enquadrar estas vivências, juntei comentários, que estão num tipo de letra diferente.




O homem que salvava mulheres

O leilão começa nos 9 mil dólares. Vende-se: rapariga. Bonita, trabalhadora e virgem. Onze anos. Este anúncio retirado de um site onde guerreiros do ISIS regateiam o valor de escravas sexuais é um de muitos que Abdullah Shrem guarda no telefone.

Abdullah tinha uma vida tranquila no Norte do Iraque. Era um homem como tantos outros. Mas quando o Estado Islâmico invadiu a sua terra natal, chacinou os homens e raptou as mulheres para as usar como escravas sexuais, o pacato apicultor revelou a sua verdadeira alma. Por viajar com frequência para vender o mel das suas abelhas, ele conhecia a região como ninguém. Esse conhecimento do terreno revelar-se-ia precioso. Juntamente com uma rede secreta de ajudantes familiares e amigos, guias e até contrabandistas, Abdullah assumiu a arriscada missão de salvar todas as mulheres que pudesse, atravessando regiões devastadas pela guerra e deixando-as em locais seguros.

Esta é a história de um herói improvável. É também a história das mulheres que ele salvou. É, acima de tudo, um extraordinário exemplo de coragem, fé e humanidade. Quase toda a família de Abdullah incluindo o irmão e a irmã está ainda desaparecida. Integram a lista das 6000 pessoas desaparecidas da região.



Condenada à morte

Meriam nasceu no Sudão, em 1987. Abandonada pelo pai muçulmano, foi criada no seio da fé cristã da sua mãe. Licenciou-se em Medicina e, mais tarde, casou com Daniel, também ele cristão. Meriam nunca se considerou muçulmana. Mas, em 2013, um parente não pensou da mesma maneira e acusou-a de adultério com o argumento de que a lei islâmica não reconhece o casamento entre mulheres muçulmanas e homens cristãos. Grávida e com um filho pequeno nos braços, Meriam foi presa e chicoteada cem vezes. Nem mesmo a sua condição impediu que os maus-tratos continuassem e, no oitavo mês da gravidez, deu à luz acorrentada. Entre as paredes da prisão e em condições desumanas, nasceu Maya, a sua linda filha. Seria de esperar que tamanha crueldade quebrasse o espírito de Meriam. Mas ela não cedeu. Não renunciou à sua fé. Como castigo, os seus carrascos condenaram-na à morte. A indignação do mundo fez-se ouvir como nunca antes. De tal forma que Meriam foi libertada em 2014. Atualmente, vive nos Estados Unidos com o marido e os dois filhos. Esta é a sua história.




Ainda estou viva

A jovem Han Eun-mi nasceu na Coreia do Norte. Viu os seus pais morrerem lentamente à fome. Viu as ruas encherem-se de crianças órfãs, como ela. Sabia que podia ser presa, torturada ou assassinada a qualquer instante, sem acusação ou hipótese de defesa. Sabia que o silêncio e a obediência cega eram a sua única hipótese de sobrevivência. Tinha a certeza de que a fuga era a sua única esperança.
Para escapar à fome, Han tentou tudo. Do trabalho violento à vida nas ruas, à mercê de esmolas. Quando percebeu que as suas forças estavam a chegar ao fim, resolveu arriscar a vida e partir rumo ao desconhecido...

Em 2009, conseguiu atravessar a fronteira para a China, mas o seu calvário não terminou aí. Tal como acontece com milhares de pessoas indefesas um pouco por todo o mundo, tornou-se vítima de tráfico humano. Foi obrigada a viver com um homem chinês, que a violou repetidamente, e acabou por dar à luz o filho de ambos. Só em 2015 é que Han pôde finalmente respirar o ar da liberdade.

Tida como «desertora», conseguiu escapar para a Coreia do Sul. Esta é a sua dramática e inspiradora história. Um apelo ao mundo. Para que não se ignore a desumana realidade da vida na Coreia do Norte. As ilustrações no interior deste livro são da autoria de um artista norte-coreano, também ele desertor. As fotografias são proibidas na Coreia do Norte, pelo que as únicas provas verdadeiras da vida no país provêm de desenhos ou relatos. Estas ilustrações basearam-se nas memórias do artista e nas descrições da autora.



Vida Roubada

“No verão de 1991, eu era uma criança normal. Num segundo, tudo mudou. Durante 18 anos fui prisioneira. Fui mãe. Fui escrava.” 

A 10 de junho de 1991, Jaycee foi raptada perto de casa, a caminho da escola. Tinha 11 anos. Os seus familiares e amigos só voltariam a vê-la 18 anos depois. Durante o seu cativeiro, deu à luz duas filhas e foi escrava dos seus raptores, o casal Phillip e Nancy Garrido. Neste duro e chocante relato, Jaycee revela tudo por que passou e o que sentiu após a sua libertação de um dos raptos mais longos da história. Phillip Garrido foi condenado a 431 anos de prisão, e a sua mulher, Nancy, recebeu uma sentença de 36 anos a prisão perpétua.



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