terça-feira, 22 de agosto de 2017

Dia internacional da lembrança do tráfico de escravos e sua abolição



23 de agosto


Tema de 2017:
"Remember Slavery: Recognising the Legacy and Contributions of People of African Descent"




© UN Photo / Rick Bajornas - The Ark of Return. Nova Iorque 
(O Arco do Regresso - Memorial em honra das vítimas da escravatura e do comércio transatlântico de escravos, da autoria de Rodney Leon, arquiteto norte-americano de ascendência haitiana)



Num período superior a 400 anos, mais de 15 milhões de homens, mulheres e crianças foram vítimas do trágico tráfico de escravos transatlânticos, um dos capítulos mais sombrios da história humana. 


Na noite de 22 a 23 de agosto de 1791, em Santo Domingo (hoje Haiti e República Dominicana), homens e mulheres, arrastados de África e vendidos como escravos, revoltaram-se contra o sistema esclavagista para obter a liberdade e independência para o Haiti, facto conseguido em 1804. O início da revolta desempenhou um papel crucial na abolição do tráfico transatlântico de escravos e viria a constituir um ponto de viragem na história humana, com impacto muito significativo no estabelecimento de direitos humanos universais, pelos quais todos estamos em dívida. 


Desde 1997, o Dia internacional da lembrança do tráfico de escravos e sua abolição é comemorado todos os anos em 23 de agosto. Com a celebração desta efeméride, pretende-se inscrever a tragédia do tráfico de escravos na memória de todos os povos. 








© UNESCO, mapa da Rota do Escravo.




De acordo com os objetivos do projeto intercultural "A Rota do Escravo", lançada pela UNESCO em 1994, esta efeméride deve oferecer uma oportunidade de consideração coletiva das causas históricas, dos métodos e das consequências dessa tragédia e de uma análise das interações entre a África, a Europa, as Américas e o Caribe às quais ela deu origem


Visão geral do comércio de escravos a partir de África, no período de 1500-1900.

David Eltis and David Richardson, Atlas of the Transatlantic Slave Trade (New Haven, 2010).



A Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova, convida os Ministros da Cultura de todos os Estados membros a organizar eventos nesta data, que envolvam toda a população dos seus países, em particular, jovens, educadores, artistas e intelectuais.





Sem comentários: