quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Declaração da juventude sobre a transformação da Educação

 




Nós, os jovens do mundo

reconhecemos que o mundo atravessa, hoje, crises diversas e tumultuosas. Com a sucessão de crises a nível global, a educação é a nossa principal fonte de esperança e de soluções, em nome da sobrevivência e para prosperarmos em paz e igualdade. Para recuperar e transformar o estado do mundo, temos primeiro de transformar o estado da educação.

Durante muito tempo, fomos excluídos, ou incluídos apenas de forma simbólica, nos processos políticos e de tomada de decisão que afetam as nossas vidas, os nossos meios de subsistência e o nosso futuro. Para transformar a educação, apelamos a que as nossas vozes sejam ouvidas, as nossas experiências valorizadas, as nossas exigências atendidas, e os nossos esforços, liderança e capacidade de intervenção sejam reconhecidos. Não pretendemos alcançar estes objetivos como beneficiários passivos, mas como parceiros e colaboradores em cada etapa do processo.

Não estamos à espera de um convite para transformar a educação. Na verdade, estamos na vanguarda da mudança – somos pioneiros na área da inovação, mobilizamos os nossos pares e comunidades, defendemos a educação universal e de qualidade, e trabalhamos, incansavelmente, no terreno, para transformar a educação.

Sublinhamos a nossa responsabilidade coletiva, o nosso dever e a oportunidade de criar um sistema educativo totalmente acessível e inclusivo, centrado nas necessidades das raparigas e das jovens mulheres, refugiados, pessoas com deficiência, pessoas LGBTIQ+, pessoas que por causa da sua cor de pele sejam vítimas de discriminação, os povos indígenas, e outros grupos em situação de maior vulnerabilidade, tendo em conta a interseccionalidade destas identidades. Sublinhamos, igualmente, a importância de promover a solidariedade intergeracional, o diálogo, e a parceria neste processo.

Com esta Declaração da Juventude, a primeira do género, nós, os jovens do mundo, apresentamos a nossa visão para transformar a educação. Esta é resultante de um inquérito global, consultas e encontros entre mais de meio milhão de jovens, de mais de 170 países do mundo, tendo criado uma visão comum que deverá ser divulgada e posta em prática com caráter de urgência.

Esta Declaração baseia-se e está conformidade com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, em particular com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4. Apoia-se nos objetivos e princípios consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Carta das Nações Unidas, enfatizando que a educação é um direito humano fundamental, um bem público global, e uma responsabilidade pública. Assenta, também, na Nossa Agenda Comum, na Convenção sobre os Direitos da Criança, na Estratégia das Nações Unidas para a Juventude (Youth 2030), e noutros documentos fundamentais.

Para alcançar estes objetivos, afirmamos a necessidade de se adotar uma abordagem interseccional, intersectorial e transversal, baseada nos princípios dos direitos humanos, do desenvolvimento sustentável, da igualdade de género, da justiça climática, da inclusão, da equidade, da igualdade e da solidariedade, em todas as ações destinadas a transformar a educação e os seus sistemas aos níveis global, regional, nacional, local e comunitário.

Pode ler aqui o texto integral da Declaração. 


terça-feira, 29 de novembro de 2022

Com a minha opinião, quero mudar a Educação | AMLM 2022-2023

 




Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aprovados pelos líderes mundiais reunidos na Assembleia-Geral da ONU a 25 de setembro de 2015, são fruto do trabalho conjunto de Governos e Cidadãos de todo o mundo para criar um modelo global de governança com a finalidade de acabar com a pobreza, proteger o ambiente e promover a prosperidade e o bem-estar de todos até 2030. 

A Maior Lição do Mundo (AMLM), uma iniciativa internacional que conta com o apoio da UNICEF, pretende dar a conhecer os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a todas as crianças e jovens e promover uma cidadania global ativa e uma maior consciencialização sobre o papel de cada um na construção de um mundo mais justo, mais saudável e mais sustentável. No ano letivo de 2022/2023, as escolas são convidadas a desenvolver projetos, no âmbito das respetivas Estratégias de Educação para a Cidadania, em torno do ODS4 Educação de Qualidade e, em particular, a apresentar sugestões de como transformar a educação para que esta seja, cada vez mais, inclusiva, de qualidade e equitativa para todas as crianças e jovens. 

A Maior Lição do Mundo 2022 pretende dar voz às crianças e aos jovens e reconhecer o seu papel como agentes de mudança e importantes neste processo de transformação da educação.


OBJETIVOS

A iniciativa pretende promover junto da comunidade escolar: 
 O conhecimento dos ODS; 
 O interesse sobre as questões globais da educação de qualidade; 
 Atitudes e comportamentos de cidadania ativa e de resolução de problemas a nível local; 
 Reflexão sobre a importância da educação e sobre a forma como cada um pode contribuir para a sua transformação


NATUREZA DOS TRABALHOS

São aceites trabalhos relativos ao desafio lançado na atividade da AMLM 2022/2023 - “Com a minha opinião, quero mudar a Educação”, em torno do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 – Educação de inclusiva, de qualidade e equitativa e que apresentem sugestões de como transformar a educação para que esta seja, cada vez mais, inclusiva, de qualidade e equitativa para todas as crianças e jovens. 

O resultado desta atividade – ações propostas pelas crianças e jovens para transformar a educação, podem ser apresentadas nas seguintes tipologias: 
 “Textos”; 
 “Postais”; 
 “Trabalhos multimédia (vídeos, fotografia, etc.)”; 
 “Pósteres”; 
 “Exposições temáticas”.


CONDIÇÕES DE CANDIDATURA 

Para participar na iniciativa, as crianças e os jovens deverão organizar-se por grupo/turma. 

Cada candidatura deve ter um professor/educador responsável.


Os trabalhos devem ser enviados por correio eletrónico para maiorlicao@unicef.pt, acompanhados de uma memória descritiva do trabalho com o máximo de duas páginas A4, até 31 de março de 2023.


 

Como travar a violência doméstica

 






Este ano, já morreram mais mulheres vítimas de violência doméstica do que em todo o ano passado: Até outubro, morreram 22 mulheres, mais 6 do que em 2021.
As queixas à PSP e GNR também atingiram um novo máximo no terceiro trimestre deste ano, confirmando a violência doméstica como um dos crimes mais reportados em Portugal.
O número de crianças acolhidas em casas abrigo nos primeiros seis meses de 2022 quase duplicou face a todo o ano passado.

Os primeiros estudos sobre os efeitos da pandemia neste fenómeno, mostram que durante o primeiro confinamento se potenciou e a intensidade da violência. Apesar disso, o país continua a ter um reduzido número de condenações a penas efetivas, face ao número de queixas e de processos nos tribunais. E apenas 11% dos condenados cumprem pena de prisão efetiva, revelam as estatísticas do Ministério da Justiça. Como tem evoluído o combate à violência doméstica no país? 

Veja Fronteiras XXI, com a socióloga e investigadora do Observatório Nacional de Violência e Género da Nova de Lisboa Dalila Cerejo, o procurador da república Rui do Carmo, coordenador da equipa que analisa os homicídios em violência doméstica, a psicóloga Olga Soares da Cunha e a jurista da UMAR Ana Leonor Marciano, especialista no acompanhamento e aconselhamento de vítimas.

Uma parceria Fundação Francisco Manuel dos Santos/RTP. (Novembro de 2022)

A maior lição do mundo: Transformar a Educação





A Direção-Geral da Educação, a UNICEF Portugal e a Rede de Bibliotecas Escolares convidaram os alunos e os docentes, da educação pré-escolar ao ensino secundário, para participarem no webinar “A Maior Lição do Mundo – Transformar a Educação”, que se realizou hoje, dia 29 de novembro, das 16:00 às 17:00.

Este webinar integrou-se n' “A Maior Lição do Mundo”, iniciativa internacional que visa contribuir para a reflexão e ação no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, envolvendo crianças e jovens e promovendo uma cidadania global ativa, bem como uma maior consciencialização sobre o papel de cada um na construção de um mundo mais seguro, saudável e sustentável.

webinar tem como objetivos: contribuir para o conhecimento e a reflexão sobre questões globais da educação de qualidade; promover atitudes e comportamentos de cidadania ativa e de resolução de problemas de educação a nível local; refletir sobre a importância da educação e sobre a forma como cada um de nós pode contribuir para a sua transformação.

A Maior Lição do Mundo é uma iniciativa do Projeto ‘Everyone’ à qual se associam organizações como a UNICEF e a UNESCO, bem como diversas personalidades a nível mundial.

Visa contribuir para a reflexão e ação no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) envolvendo todas as crianças e jovens e promovendo uma cidadania global ativa e uma maior consciencialização do papel de cada um na construção de um mundo mais seguro, mais saudável e mais sustentável.

Entidades promotoras: Direção-Geral da Educação; Comité Português para a UNICEF; Rede de Bibliotecas Escolares.

Participação da Camilo no Webinar

A ES Camilo Castelo Branco marcou presença neste Webinar, com a Professora Bibliotecária, via Zoom, e com a professora de Inglês, Fátima Constantino, membro da Equipa de Coordenação da Biblioteca, e os alunos do 8º B, em contexto de aula.



segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Maratona de Cartas | 10º F

 

 

 


 

Os alunos do 10º F estiveram hoje na biblioteca, acompanhados do professor de Filosofia, Dr. Fernando Gomes, para participarem em mais uma edição da Maratona de Cartas. Um gesto de incentivo e de cidadania pró-ativa que os recetores das mensagens agora elaboradas certamente irão apreciar.


 

Livr' à mão | O universo Pessoa




No passado dia 24 de novembro, os alunos do 12º F estiveram na biblioteca a consultar a coleção de poesia, com o objetivo de produzirem cartazes sobre o Universo Pessoano (ortónimo e heterónimos).

Apresentamos aqui alguns dos trabalhos produzidos.




















Maratona de Cartas | 10º E

 

 

Começou a Maratona de Cartas na Camilo!

 

 


Os alunos do 10º E estiveram hoje na biblioteca, acompanhados do professor de Filosofia, Dr. Fernando Gomes, para participarem em mais uma edição da Maratona de Cartas.

Fica o registo.

sábado, 26 de novembro de 2022

Escola a ler... Contra a violência sobre as mulheres e meninas (5)

 

 

 












Pedro, Lembrando Inês, de Nuno Júdice


Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
dizer: "Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos
apenas dentro de nós próprios?" Mas ensinaste-me
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fundo do mundo que me deste.

Nuno Júdice

 

Texto selecionado para leitura em sala de aula.

 

 

Escola a ler... Contra a violência sobre as mulheres e meninas (4)

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De amor nada mais resta que um outubro, de Natália Correia


De amor nada mais resta que um outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.


E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.


Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.


Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.

Natália Correia

 

Texto selecionado para leitura em sala de aula.

 

 

Escola a ler... Contra a violência sobre mulheres e meninas (3)






 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gosto das mulheres que envelhecem, de Nuno Júdice

Gosto das mulheres que envelhecem,
com a pressa das suas rugas, os cabelos
caídos pelos ombros negros do vestido,
o olhar que se perde na tristeza
dos reposteiros. Essas mulheres sentam-se
nos cantos das salas, olham para fora,
para o átrio que não vejo, de onde estou,
embora adivinhe aí a presença de
outras mulheres, sentadas em bancos
de madeira, folheando revistas
baratas. As mulheres que envelhecem
sentem que as olho, que admiro os seus gestos
lentos, que amo o trabalho subterrâneo
do tempo nos seus seios. Por isso esperam
que o dia corra nesta sala sem luz,
evitam sair para a rua, e dizem baixo,
por vezes, essa elegia que só os seus lábios
podem cantar.


Nuno Júdice

 

Texto selecionado para leitura em sala de aula.

 

Escola a ler... Contra a violência sobre mulheres e meninas (2)

 

 






 

 

 

 

 

 

 

Glosa em torno de um mote camoniano. Poema de António Cabral


Descalça vai para a fonte
Leonor pela verdura:
Vai formosa e não segura.


Se tivesse umas chinelas
iria melhor...; mas não:
com dinheiro das chinelas
compra um pouco mais de pão.
Virá o dia em que os pés
não sintam a terra dura?
Leonor sonha de mais:
vai formosa e não segura.


Formosa! Não vale a pena
ter nos olhos uma aurora
quando na vida – que vida! –
o sol se foi embora.
Se os filhos se alimentassem
com a sua formosura...
Leonor pensa de mais:
vai formosa e não segura.


Há verduras pelos prados,
há verduras no caminho;
no olmo de ao pé da fonte
canta, livre, um passarinho,
Mas ela não canta, não,
que a voz perdeu a doçura.
Leonor sofre de mais:
vai formosa e não segura.


Porque sofre? Nunca soube
nem saberá a razão.
Vai encher a talha de água,
só não enche o coração.
Virá um dia... virá...
Os olhos voam na altura
Leonor não anda: sonha.
Vai formosa e não segura.


António Cabral


Texto selecionado para leitura em sala de aula.

 

 

Escola a ler... Contra a violência sobre as mulheres e meninas (1)

 

 

 

 










 



Existem pedras nos olhos, de Maria Teresa Horta

🔊 Pode escutar aqui o poema lido a duas vozes: pela professora Rosa Canelas e pelo professor Carlos Santelmo 


Existem pedras nos olhos
mas não as tragas
contigo
Meu amor
e meu amigo

Existem pedras nas mãos
mas não as uses
comigo
Meu amor
e meu amigo

Existem pedras sedentas
de amor e muito perigo
Não queiras que elas inventem
motivo do meu castigo


Texto selecionado para leitura em sala de aula.



Escola a ler... Contra a violência sobre as mulheres e meninas


 

 

 

 

 

 

 

 

Para o dia 25 de novembro, Dia para a Eliminação da Violência sobre as mulheres e meninas, a Biblioteca preparou mais uma edição do Escola a Ler, com textos de Maria Teresa Horta, Natália Correia, Nuno Júdice e António Cabral, e solicitou a colaboração de vozes masculinas (professores e alunos da Associação de Estudantes) para a leitura em sala de aula.


Foram partilhadas leituras com os alunos do 7º ano (A, B, C, D), do 8º ano (A, B, C, D), do 9º (A, B, C, D) , 10º (C, D, E, F, G) e 11º ano (A, B, C, D, E, F, G).

 
Foram também partilhadas leituras na Cantina e na Secretaria.
 
Até 10 de dezembro, vamos continuar a ler contra a violência sobre mulheres e meninas na próxima semana.

 

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Alaranjar a cidade | Mensagens laranja (2)


 

Orange the World / Alaranjar a escola, a cidade, o mundo!
Rede de Bibliotecas de Vila Real

 


   

 
No Município de Vila Real, o café foi servido com mensagens laranja.

O Município aderiu à campanha Orange The World (Alaranjar a escola, a cidade, o mundo, divulgando "Mensagens laranja", preparadas pela equipa da Biblioteca, em articulação com a RBVR. O grafismo é de Anabela Quelhas. 

Laranja é a cor escolhida pela ONU para a campanha para a eliminação de todas as formas de violência sobre mulheres e meninas.

 

Alaranjar a cidade | Mensagens laranja (1)


 

 

Já começámos a alaranjar a cidade.
A Biblioteca da Camilo, em articulação com a Rede de Bibliotecas Escolares de Vila Real, preparou um conjunto de mensagens "laranja" de alerta para a violência sobre as mulheres e solicitou a colaboração dos cafés/pastelarias situadas nas proximidades da escola para a sua divulgação.
 



 
 
 
O Senhor Hélder, da Toca da Raposa, aceitou colaborar na iniciativa.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
O Pãozinho do Céu também aderiu à campanha, divulgando "Mensagens laranja", preparadas pela equipa da Biblioteca, em articulação com a RBVR.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


 
A Pasonorte | Vila Real também aceitou colaborar na divulgação de "Mensagens laranja".















A Nova Pompeia também aderiu à campanha.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
A proprietária do Café Clássico aceitou colaborar na iniciativa, disponibilizando um espaço para as "Mensagens laranja".

Lembramos que laranja é a cor escolhida pela ONU para a campanha anual pela eliminação de todas as formas de violência sobre mulheres e meninas.

Escola a ler...Contra a violência sobre as mulheres e meninas





 

No dia 25 de novembro, Dia para a Eliminação da Violência sobre as mulheres e meninas, a 3ª edição do Escola a Ler... Contra a Violência de género começou na sala de professores: o professor Armando Figueiredo, Subdiretor da Escola, leu um poema do nosso colega Ângelo Ledo - Sou Mulher: sou sim, sou não.

 

 

Alaranjar a escola, a cidade, o mundo

 

CAMPANHA LARANJA
De 25 de novembro a 10 de dezembro

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


De 25 de novembro, Dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres, até ao dia 10 de dezembro, dia Mundial dos Direitos Humanos, a ONU Mulheres e a UNICEF convidam pessoas, instituições e comunidades a criar uma onda laranja de sensibilização para o problema global da violência sobre as mulheres (violência doméstica, violação, casamento precoce, assédio sexual, mutilação genital, tráfico e exploração sexual).

 









Para assinalar esta efeméride, a sala de professores e a área de receção da escola forma ornamentadas com arranjos florais produzidos pela D. Cristina Dias.



quinta-feira, 24 de novembro de 2022

A mulher na ciência - Série de animação

 


Uma das limitações para que mais raparigas queiram seguir uma carreira científica é a falta de referências femininas nestes campos. Com o objetivo de acabar com este handicap, o Museu de Ciências da Universidade de Navarra apresenta o projeto «A mulher na ciência»: uma série de animação que narra, através de pequenos vídeos e em tom de divulgação, a biografia de cientistas relevantes no seu campo, mas que são desconhecidas para o público em geral.
- Museu de Ciências da Universidade de Navarra


No momento, as protagonistas destas histórias são a microbióloga Alice Catherine Evans (1881-1975), a enfermeira e estatística Florence Nightingale (1820-1910), a bióloga e divulgadora Rachel Louise Carson (1907-1964), a astrónoma Cecilia Payne-Gaposchkin (1900-1979), Margarita Salas (1938-2019), June Almeida (1930-2007), Isabel Morgan (1911-1996), Ada Lovelace (1815-1852), Gerty Cori (1896-1957), Maria Mitchell (1818-1889), Mary Anning (1799-1847), Ada Yonath (1939), Lynn Margulis (1938-2011), Janaki Ammal (1897-1984), Sofia Kovalevskaya (1850-1891)…


A primeira animação: a história da microbióloga Alice Catherine Evans (1881-1975)




Avance — aja agora para acabar com a violência contra mulheres e meninas



 



Há cinco anos atrás, o movimento global #MeToo trouxe uma nova urgência e visibilidade à extensão da violência contra mulheres e meninas. Milhões de sobreviventes apresentaram-se para compartilhar as suas experiências. Elas forçaram o mundo a reconhecer uma realidade que envergonha cada um de nós. A sua coragem e voz levaram a um poderoso ativismo coletivo e a uma mudança radical na consciência.

Este alerta, juntamente com outras iniciativas inestimáveis ​​em todo o mundo, continua a ressoar. Ativistas de base, defensores dos direitos humanos das mulheres e defensores dos sobreviventes lembram-nos todos os dias, em todos os lugares. Eles estão a revelar a extensão dessa violência, recolhem e moldam estatísticas, documentam ataques e trazem à luz a violência que acontece nas sombras. O trabalho deles continua tão crucial quanto sempre foi. Eles oferecem-nos um caminho para acabar com essa violação dos direitos das mulheres.

O trabalho dos movimentos e ativistas pelos direitos das mulheres é a base da responsabilidade e da garantia de que as promessas feitas muitas vezes se tornem realidade. Eles estão a mobilizar-se e são poderosos. Nós celebramo-los.

A evidência é clara. Temos que investir urgentemente em organizações de direitos das mulheres fortes e autónomas para alcançar soluções eficazes. 

Esta lição foi-nos ensinada mais recentemente durante a pandemia do COVID-19. Países com movimentos feministas poderosos, democracias mais fortes e mais mulheres no parlamento foram os mais eficazes em responder ao aumento da violência de género, à sombra da pandemia de COVID. Nesta área, como em outras, vemos repetidamente que, quando as mulheres lideram, todos ganham. Todos beneficiamos de uma resposta mais inclusiva e eficaz aos desafios que enfrentamos. Todos lucramos com economias e sociedades mais resilientes.

Juntamente com esses esforços, os homens devem intensificar e avançar. Eles devem fazer sua a parte na mudança. Eles podem começar onde moram. É uma verdade desconfortável que, para algumas mulheres e meninas, em vez de ser um lugar seguro, como deveria ser, o lar pode ser mortal. As últimas estimativas globais de feminicídio apresentam um quadro alarmante, agravado pelos bloqueios do COVID-19. O nosso novo relatório, divulgado com o UNODC, mostra que, em média, em todo o mundo, mais de cinco mulheres ou meninas são mortas a cada hora por alguém de sua própria família.

Essas mortes não são inevitáveis. Essa violência contra a mulher não precisa de acontecer. As soluções são experimentadas, testadas e comprovadas e incluem intervenção precoce, com policiamento e serviços de justiça treinados e de apoio, e acesso a apoio e proteção centrados no sobrevivente.

Eu tenho três chamadas à ação. Acredito que essas são as nossas prioridades e os nossos fundamentos. Eles são a base sobre a qual podemos avançar e tornar realidade os compromissos declarados para acabar com a violência contra mulheres e meninas.

Em primeiro lugar, apelo aos governos e parceiros em todo o mundo para aumentar o financiamento de longo prazo e apoio às organizações de direitos das mulheres, para assumir compromissos com a Coalizão de Ação de Geração de Igualdade sobre Violência de Género e doações para organizações da sociedade civil por meio do Fundo Fiduciário da ONU e apoio à Iniciativa Spotlight. Os recursos são importantes e a escala do apoio financeiro para esta causa não corresponde nem à escala do problema nem às declarações de preocupação feitas por aqueles que ocupam cargos de liderança.

Em segundo lugar, peço que todas nós, à nossa maneira, resistamos ao retrocesso dos direitos das mulheres, ampliemos as vozes dos movimentos feministas de mulheres e mobilizemos mais atores. Todos nós podemos ser defensores e nossas vozes combinadas podem impulsionar a mudança que buscamos. Ao fazê-lo, também devemos garantir a promoção da liderança e participação plena e igualitária de mulheres e meninas em todos os níveis dos espaços políticos, de formulação de políticas e de tomada de decisão. O progresso acelerado para acabar com a violência contra mulheres e meninas é apenas um dos dividendos.

Em terceiro lugar, peço o fortalecimento dos mecanismos de proteção para mulheres defensoras dos direitos humanos e ativistas dos direitos das mulheres. Ninguém, em nenhum lugar, jamais, deve enfrentar violência ou assédio por defender o que é certo e exigir o que é necessário.

Não podemos deixar vacilar a nossa determinação de continuar “a avançar” pela igualdade de género. O nosso objetivo de um mundo onde a violência contra mulheres e meninas não seja apenas condenada, mas interrompida é possível. Avançando juntos, podemos alcançá-lo.

Declaração de Sima Bahous, Subsecretária-Geral da ONU e Diretora Executiva da ONU Mulheres no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, 25 de novembro de 2022


One Woman: Uma canção para a UN Women


quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Dia Mundial da Filosofia





Registo videográfico da celebração do Dia Mundial da Filosofia na Biblioteca escolar, com os alunos do 12º D e do 11º G.


Dia Nacional da Cultura Científica

 


Encontro 4 Elementos
24 de nov. 2022













O PNL2027 associou-se a esta efeméride, promovendo o Encontro Os 4 Elementos, que se realizará online, entre as 15h00 e as 16h30, e será transmitido pelo Youtube.



O machismo é profundamente tóxico para os rapazes

 




Traiçoeiras, ciumentas, vaidosas e gastadoras... 



Ao contrário do que se possa pensar, não é só para as mulheres que o machismo é negativo. É profundamente tóxico para os rapazes que, por via dele, se envolvem em frequentes situações de violência interpares, que crescem atemorizados por não serem suficientemente “masculinos” (seja lá o que isso for), que morrem mais precocemente por comportamentos perfeitamente evitáveis, que padecem de elevados níveis de ansiedade de desempenho nos seus relacionamentos afetivos e sociais, que demoram mais tempo a procurar ajuda para situações de depressão (e outras doenças psiquiátricas) e que gerem de forma excessivamente sofrida as normais frustrações da vida.

Há uns tempos atrás estive perante uma plateia de jovens adolescentes (mais de 90% eram rapazes) a conversar sobre cérebro, género e orientações sexuais. O ponto de partida foi um desafio em que lhes pedimos para encontrarem características definidoras das mulheres e dos homens. O objetivo era salientar os preconceitos e os estereótipos que assimilaram ao longo das suas vidas para os confrontar com a falta de evidência científica para cada um deles. Recebemos a garantia de que os homens eram “fortes, líderes, capazes e cheios de adrenalina” enquanto as mulheres eram “traiçoeiras, ciumentas, vaidosas e gastadoras”. As poucas participantes do género feminino aceitaram passivamente o consenso, ousando discordar da questão da vantagem masculina no que respeita à adrenalina: “se pensas que as mulheres não têm adrenalina é porque conheces as mulheres erradas”, retorquiu uma delas.

Um dos rapazes, num misto de culpa e discernimento, tratou de declarar que “as mulheres são assim, mas a sua mãe não”. A declaração, solene, foi seguida por um movimento quase unânime de acenares afirmativos de cabeça. Compreende-se a ressalva tendo em conta que estamos no Minho, uma região onde a sociedade tem laivos matriarcais que, ainda assim, não atenuam o machismo dominante.

Detivemo-nos por uns instantes na questão da traição e do ciúme. Os dados são esmagadoramente bárbaros: em menos de um mês, nove mulheres morreram vítimas do ciúme e da brutalidade criminosa dos seus ex-companheiros em Portugal. Nove mulheres e, que se saiba, nenhum homem.

“E a Rosa Grilo? Era traiçoeira ou não era, professor?”, pergunta um jovem perante o gáudio generalizado dos colegas. Quase todos a conhecem. A Rosa Grilo entrou-lhes em casa pelo Correio da Manhã e pelas parangonas sensacionalistas dos outros noticiários a que ingenuamente não chamamos populistas. Ficou-lhes gravada na memória como nenhum dos femicídios do mês anterior, ganhando no imaginário de cada um destes jovens o estatuto de confirmação de todos os preconceitos prévios: as mulheres são ciumentas e traiçoeiras, seres humanos em quem não se pode confiar. Esta memória seletiva exibe certamente o medo e a insegurança próprios de uma adolescência demasiado pautada por afirmações tóxicas da masculinidade. A cena mediática está alinhada com a perpetuação dos estereótipos e dos preconceitos: enquanto o femicídio passional é normalizado, a diabolização de uma mulher alegadamente assassina tem destaque verdadeiramente desproporcionado.

Desde há vários anos que diversas instituições internacionais delinearam políticas públicas de combate à violência de género. Em Portugal, está quase tudo por fazer: do sistema educativo aos serviços de saúde, do sistema judicial aos sistemas de proteção social, dos órgãos de comunicação social às forças de segurança, as desigualdades entre mulheres e homens perpetuam-se ano após ano e os números da violência de género não dão sinais de abrandamento.

Os consensos internacionais afirmam que a forma mais eficaz de combater a violência contra as mulheres é promover a mudança da narrativa machista que ainda domina o espaço mediático dos nossos dias. A mudança faz-se nas escolas, nas igrejas, nas televisões, nas rádios, nos festivais de verão, nos relvados de futebol e nos ringues de boxe. A mudança faz-se quando deixarmos de chamar “Manuela” ao avançado que falha golos; quando deixarmos de chamar maricas ao homem que não bebe; quando deixarmos de ridicularizar o homem que aspira a casa; quando deixarmos de chamar menina ao rapaz que é franzino e tem cabelo comprido; quando deixarmos de olhar para a homossexualidade masculina como um horror e para a feminina como uma excitação; ou quando deixarmos de chamar galdéria à mulher que gosta de sair.

Os exemplos de expressões, normas e atitudes que reforçam as desigualdades de género são intermináveis. Sem qualquer descortesia para as flores que todos gostamos de receber como gesto de generosidade e afetividade, neste Dia da Mulher guardemos as flores para as campas das vítimas do machismo e lutemos civicamente para garantir que todas as mulheres e todos os homens do nosso tempo têm garantidos os seus direitos cívicos e sociais em condições de verdadeira igualdade.

Pedro Morgado. Traiçoeiras, ciumentas, vaidosas e gastadoras. Estamos mesmo em 2019?. (2019). Retrieved 22 November 2022, from https://obsessivamente.wordpress.com/2019/03/04/traicoeiras-ciumentas-vaidosas-e-gastadoras-estamos-mesmo-em-2019/



terça-feira, 22 de novembro de 2022

Jornal de Letras - José Augusto França

 


Nº 1361 | de 20 de novembro a 13 de dezembro 2022














Neste JL...

No centenário do nascimento de José Augusto França, evocação de uma figura com obra e intervenção marcantes, durante 70 anos num Tema que inclui correspondência e versos inéditos do historiador de arte, escritor e muito mais.


E ainda:

Novos Filmes Portugueses - Críticas e entrevistas com Cláudia Varejão e Rita Azevedo Gomes

COP27 - A Cimeira falhada

Textos de Filipe Duarte Santos e Viriato Soromenho-Marques

Eduardo Marçal Grilo - Dar mais funções às Escolas | Entrevista, no JL/Educação


segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Flash | Biblioteca

 




Aula na Biblioteca. Português - 10º ano. Dia 17 de novembro



Biblioteca =  Apoio ao Currículo e formação para as literacias.



O ‘não’ como base da filosofia, ideologia, e ética da obra de José Saramago

 

Palestra

16.10.2022



 
Palestra de José N. Ornelas University of Massachusetts Amherst



A Universidade de Vigo, Cátedra Internacional José Saramago. 

domingo, 20 de novembro de 2022

O Poder das Utopias — Desmontando códigos distópicos com José Saramago

 

Palestra

26.10.2022


Com Marcia Tiburi | Université Paris 8. Moderador: Burghard Baltrusch                                                  



sexta-feira, 18 de novembro de 2022

"Levantado do Chão", e a Revolução no Século XX

 

Conferência



Raquel Varela, da Universidade Nova de Lisboa    

            
Universidade de Vigo, Cátedra Internacional José Saramago.