Nós, os jovens do mundo,
Pode ler aqui o texto integral da Declaração.
Nós, os jovens do mundo,
Pode ler aqui o texto integral da Declaração.
A Direção-Geral da Educação, a UNICEF Portugal e a Rede de Bibliotecas Escolares convidaram os alunos e os docentes, da educação pré-escolar ao ensino secundário, para participarem no webinar “A Maior Lição do Mundo – Transformar a Educação”, que se realizou hoje, dia 29 de novembro, das 16:00 às 17:00.
Este webinar integrou-se n' “A Maior Lição do Mundo”, iniciativa internacional que visa contribuir para a reflexão e ação no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, envolvendo crianças e jovens e promovendo uma cidadania global ativa, bem como uma maior consciencialização sobre o papel de cada um na construção de um mundo mais seguro, saudável e sustentável.
O webinar tem como objetivos: contribuir para o conhecimento e a reflexão sobre questões globais da educação de qualidade; promover atitudes e comportamentos de cidadania ativa e de resolução de problemas de educação a nível local; refletir sobre a importância da educação e sobre a forma como cada um de nós pode contribuir para a sua transformação.
A Maior Lição do Mundo é uma iniciativa do Projeto ‘Everyone’ à qual se associam organizações como a UNICEF e a UNESCO, bem como diversas personalidades a nível mundial.
Visa contribuir para a reflexão e ação no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) envolvendo todas as crianças e jovens e promovendo uma cidadania global ativa e uma maior consciencialização do papel de cada um na construção de um mundo mais seguro, mais saudável e mais sustentável.
Participação da Camilo no Webinar
A ES Camilo Castelo Branco marcou presença neste Webinar, com a Professora Bibliotecária, via Zoom, e com a professora de Inglês, Fátima Constantino, membro da Equipa de Coordenação da Biblioteca, e os alunos do 8º B, em contexto de aula.
Os alunos do 10º F estiveram hoje na biblioteca, acompanhados do professor de Filosofia, Dr. Fernando Gomes, para participarem em mais uma edição da Maratona de Cartas. Um gesto de incentivo e de cidadania pró-ativa que os recetores das mensagens agora elaboradas certamente irão apreciar.
Começou a Maratona de Cartas na Camilo!
Os alunos do 10º E estiveram hoje na biblioteca, acompanhados do professor de Filosofia, Dr. Fernando Gomes, para participarem em mais uma edição da Maratona de Cartas.
Fica o registo.
Pedro, Lembrando Inês, de Nuno Júdice
Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
dizer: "Como é mais fácil deixar que as coisas
não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos
apenas dentro de nós próprios?" Mas ensinaste-me
a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fundo do mundo que me deste.
Nuno Júdice
Texto selecionado para leitura em sala de aula.
De amor nada mais resta que um outubro, de Natália Correia
De amor nada mais resta que um outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.
E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.
Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.
Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.
Natália Correia
Texto selecionado para leitura em sala de aula.
Gosto das mulheres que envelhecem, de Nuno Júdice
Gosto das mulheres que envelhecem,
com a pressa das suas rugas, os cabelos
caídos pelos ombros negros do vestido,
o olhar que se perde na tristeza
dos reposteiros. Essas mulheres sentam-se
nos cantos das salas, olham para fora,
para o átrio que não vejo, de onde estou,
embora adivinhe aí a presença de
outras mulheres, sentadas em bancos
de madeira, folheando revistas
baratas. As mulheres que envelhecem
sentem que as olho, que admiro os seus gestos
lentos, que amo o trabalho subterrâneo
do tempo nos seus seios. Por isso esperam
que o dia corra nesta sala sem luz,
evitam sair para a rua, e dizem baixo,
por vezes, essa elegia que só os seus lábios
podem cantar.
Nuno Júdice
Texto selecionado para leitura em sala de aula.
Glosa em torno de um mote camoniano. Poema de António Cabral
Descalça vai para a fonte
Leonor pela verdura:
Vai formosa e não segura.
Se tivesse umas chinelas
iria melhor...; mas não:
com dinheiro das chinelas
compra um pouco mais de pão.
Virá o dia em que os pés
não sintam a terra dura?
Leonor sonha de mais:
vai formosa e não segura.
Formosa! Não vale a pena
ter nos olhos uma aurora
quando na vida – que vida! –
o sol se foi embora.
Se os filhos se alimentassem
com a sua formosura...
Leonor pensa de mais:
vai formosa e não segura.
Há verduras pelos prados,
há verduras no caminho;
no olmo de ao pé da fonte
canta, livre, um passarinho,
Mas ela não canta, não,
que a voz perdeu a doçura.
Leonor sofre de mais:
vai formosa e não segura.
Porque sofre? Nunca soube
nem saberá a razão.
Vai encher a talha de água,
só não enche o coração.
Virá um dia... virá...
Os olhos voam na altura
Leonor não anda: sonha.
Vai formosa e não segura.
António Cabral
Texto selecionado para leitura em sala de aula.
Existem pedras nos olhos, de Maria Teresa Horta
🔊 Pode escutar aqui o poema lido a duas vozes: pela professora Rosa Canelas e pelo professor Carlos Santelmo
Existem pedras nos olhos
mas não as tragas
contigo
Meu amor
e meu amigo
Existem pedras nas mãos
mas não as uses
comigo
Meu amor
e meu amigo
Existem pedras sedentas
de amor e muito perigo
Não queiras que elas inventem
motivo do meu castigo
Texto selecionado para leitura em sala de aula.
Para o dia 25 de novembro, Dia para a Eliminação da Violência sobre as mulheres e meninas, a Biblioteca preparou mais uma edição do Escola a Ler, com textos de Maria Teresa Horta, Natália Correia, Nuno Júdice e António Cabral, e solicitou a colaboração de vozes masculinas (professores e alunos da Associação de Estudantes) para a leitura em sala de aula.
Foram partilhadas leituras com os alunos do 7º ano (A, B, C, D), do 8º ano (A, B, C, D), do 9º (A, B, C, D) , 10º (C, D, E, F, G) e 11º ano (A, B, C, D, E, F, G).
Orange the World / Alaranjar a escola, a cidade, o mundo!
O Município aderiu à campanha Orange The World (Alaranjar a escola, a cidade, o mundo, divulgando "Mensagens laranja", preparadas pela equipa da Biblioteca, em articulação com a RBVR. O grafismo é de Anabela Quelhas.
Laranja é a cor escolhida pela ONU para a campanha para a eliminação de todas as formas de violência sobre mulheres e meninas.
No dia 25 de novembro, Dia para a Eliminação da Violência sobre as mulheres e meninas, a 3ª edição do Escola a Ler... Contra a Violência de género começou na sala de professores: o professor Armando Figueiredo, Subdiretor da Escola, leu um poema do nosso colega Ângelo Ledo - Sou Mulher: sou sim, sou não.
CAMPANHA LARANJA
De 25 de novembro a 10 de dezembro
De 25 de novembro, Dia internacional para a eliminação da violência contra as mulheres, até ao dia 10 de dezembro, dia Mundial dos Direitos Humanos, a ONU Mulheres e a UNICEF convidam pessoas, instituições e comunidades a criar uma onda laranja de sensibilização para o problema global da violência sobre as mulheres (violência doméstica, violação, casamento precoce, assédio sexual, mutilação genital, tráfico e exploração sexual).
Para assinalar esta efeméride, a sala de professores e a área de receção da escola forma ornamentadas com arranjos florais produzidos pela D. Cristina Dias.
Uma das limitações para que mais raparigas queiram seguir uma carreira científica é a falta de referências femininas nestes campos. Com o objetivo de acabar com este handicap, o Museu de Ciências da Universidade de Navarra apresenta o projeto «A mulher na ciência»: uma série de animação que narra, através de pequenos vídeos e em tom de divulgação, a biografia de cientistas relevantes no seu campo, mas que são desconhecidas para o público em geral.
- Museu de Ciências da Universidade de Navarra
Nº 1361 | de 20 de novembro a 13 de dezembro 2022 |
Neste JL...
No centenário do nascimento de José Augusto França, evocação de uma figura com obra e intervenção marcantes, durante 70 anos num Tema que inclui correspondência e versos inéditos do historiador de arte, escritor e muito mais.
E ainda:
Novos Filmes Portugueses - Críticas e entrevistas com Cláudia Varejão e Rita Azevedo Gomes
Eduardo Marçal Grilo - Dar mais funções às Escolas | Entrevista, no JL/Educação
Palestra
16.10.2022
Palestra
26.10.2022
Conferência