Atividades MIBE'16 - Leituras que marcam: Criação de marcadores
Outubro foi o mês das Leituras que marcam.
Os alunos da Camilo foram desafiados a criar marcadores a partir das leituras de livros da Biblioteca.
A BE disponibilizou os materiais (cartolinas, fitas coloridas) e os livros e os alunos a criatividade, o empenhamento e o prazer de ler.
A adesão foi muito significativa e os resultados surpreendentes!
Está a ser preparada para breve uma exposição com todos os marcadores para que as leituras selecionadas pelos alunos possam ser partilhadas com toda a Comunidade.
Atividades MIBE'16 - Exposição: Mostra Bibliográfica
(articulação curricular: trabalho colaborativo entre a Biblioteca e o grupo disciplinar de História)
Inicialmente prevista para a primeira quinzena de outubro, a exposição bibliográfica sobre A Construção do Império Português (1415-1515) estará patente na biblioteca até ao final do mês de outubro.
A exposição sobre O jornalismo no Estado Novo passará para novembro.
Numa iniciativa inédita, a Rede de Bibliotecas Escolares e a VISÃO Júnior organizam a eleição dos livros preferidos das crianças e jovens portugueses. Às crianças e jovens, será dada a possibilidade, através de uma eleição realizada em todas as escolas, de votarem no livro de que mais gostaram até hoje. O processo será semelhante ao de umas eleições políticas, promovendo simultaneamente a leitura e a cidadania: haverá recenseamento, apresentação de candidaturas, campanha eleitoral, votação e escrutínio dos votos, organizados e participados por alunos. Durante a campanha eleitoral, estes defenderão junto dos colegas os seus livros preferidos – podendo fazê-lo em comícios, cartazes, programas de rádio e televisão, sessões de esclarecimento, debates…
A iniciativa é aberta a todas as escolas que tenham alunos do 1º ao 9º ano de escolaridade e decorrerá durante o ano letivo de 2016-2017. O resultado destas eleições, que apurará a lista dos livros que as crianças e jovens portugueses mais apreciam, segundo o ciclo de ensino que frequentam, será conhecido em abril, assinalando o Dia Mundial do Livro.
Ao longo do ano letivo, será disponibilizado às escolas material de apoio que lhes permita dar a esta ação o caráter de um processo eleitoral político. Esta iniciativa, que pretende dar voz às crianças e jovens portugueses, habitualmente pouco auscultados em processos de decisão que lhe dizem diretamente respeito, possibilita um processo de aprendizagem importante, que ajudará a formar cidadãos de pleno direito.
WORLD LIBRARY OF SCIENCE A Global Community for Science Education
Clicar na imagem para aceder ao portal
Portal aberto online de ensino e aprendizagem.
Unesco lança biblioteca científica gratuita e multilíngue para estudantes: a World Library of Science que já conta com 300 artigos, 25 e-books e mais de 70 vídeos cedidos pela revista Nature.
Com este instrumento, a UNESCO pretende favorecer a igualdade de oportunidades, melhorar a qualidade do ensino, reforçar a ciência e a educação, promover o uso de conteúdos educativos de livre acesso e fomentar a criação de comunidades de estudantes e docentes.
"O concurso Imagens Contra a Corrupção, que tem sido promovido pelo Conselho de Prevenção da Corrupção, entra agora na quinta edição. O caminho já trilhado e a experiência colhida ao longo dos últimos quatro anos têm permitido confirmar e fortalecer os pressupostos que motivaram o projeto e que passam pela criação de espaços de reflexão, junto da comunidade escolar, em torno do aprofundamento da consciência acerca da importância dos valores da ética e da cidadania e da adoção de práticas quotidianas que os demonstrem.
As dezenas de escolas que se têm apresentado aos concursos e os trabalhos de grande qualidade que produzem, são motivo de orgulho para os seus autores e para toda a comunidade escolar envolvida, pois para lá do conteúdo que apresentam, traduzem o resultado de um importante trabalho de troca de ideias, opiniões, perceções e exemplos do que é socialmente correto e adequado e das atitudes que importa afastar.
E é a partir dos resultados já alcançados e sempre na perspetiva de que a prevenção de corrupção se faz permanentemente por todos, que o Conselho de Prevenção da Corrupção, em colaboração com o apoio do Plano Nacional de Leitura, a Rede de Bibliotecas Escolares, a Escola Superior de Comunicação Social, a Fundação INATEL, a APORVELA e o Visionarium, promove a quinta edição do Concurso Nacional Imagens Contra a Corrupção, dirigido a alunos do 4º ano até ao 12º ano de escolaridade."
CONCURSO NACIONAL DE VÍDEOS
Para alunos dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário
CALENDÁRIO:
Inscrições - até 31 de outubro de 2016
Entrega dos trabalhos - de 1 de fevereiro a 10 de março de 2017
Divulgação dos trabalhos - até ao final de março de 2017
PRÉMIOS:
- Para o Ensino Secundário - Um fim de semana numa unidade hoteleira do INATEL com atividades de grupo para um grupo até 30 alunos.
- Para o 2º e 3º Ciclos – Uma atividade no VISIONARIUM, para um grupo até 30 alunos.
- Para as escolas ou agrupamentos de escolas - apoio para reforço do acervo documental das suas bibliotecas escolares.
Regulamento do concurso de vídeo, edição 2016/17, disponível AQUI.
Formulário de Inscrição no Concurso de Vídeos AQUI.
Apresentação de obras de autores portugueses consideradas relevantes nas seguintes áreas:
- Arquitetura [por Maria Calado] - Artes Plásticas [por Rui-Mário Gonçalves] - Música [por João Pedro d'Alvarenga e Filipe Mesquita de Oliveira] - Teatro [por Duarte Ivo Cruz] - Literatura [por Miguel Real e Guilherme d'Oliveira Martins]
Uma iniciativa do CNC/Centro Nacional de Culturaem prol da cultura portuguesa: a apresentação “em linha” e uma seleção de obras de referência da cultura portuguesa - olhares provenientes de enfoques ideológicos distintos, de campos culturais múltiplos (da filosofia à historiografia, da literatura à divulgação científica) -, levando-nos a (re)visitar tempos cronológicos e áreas de saber díspares.
De assinalar também o facto de sempre que possível serem estabelecidas ligações em ambiente virtual com outras fontes que ajudem à leitura e análise da obra em causa.
Este é um importante contributo do CNC para o PNL do qual de resto o CNC é ativo parceiro.
Obras de Referência da Cultura Portuguesa contam com o apoio do
"Num Japão antigo, o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente. A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino. Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres. Valter Hugo Mãe prossegue a sua poética ímpar. Uma humaníssima visão do mundo."
"A Blimunda 53 viajou até ao encontro literário “Poesia, Um Dia”, que desde 2012 promove o diálogo com a poesia no belo cenário natural de Vila Velha de Ródão.
Editar é uma tomada de posição. Este é o lema da editora Chão da Feira, que, prestes a completar cinco anos de vida, publica livros usando táticas de guerrilha. A Blimunda deste mês conversou com Maria Carolina Fenati, criadora do selo com um pé no Brasil e outro em Portugal.
Há 20 anos o IBNL (Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro), atual DGLAB, criou o Prémio Nacional de Ilustração. A revista deste mês propõe um balanço destas duas décadas de ilustração em Portugal.
Na secção Visita Guiada, o ponto de paragem deste mês é a Nuvem de Letras, selo criado há um ano e que integra o grupo Alfaguara/Penguin Random House.
No dia 14 de dezembro de 1990, a revista O Ribatejo Ilustrado publicou uma crónica de José Saramago intitulada O Planeta dos Macacos, recuperada 26 anos depois nesta edição da Blimunda.
Este número inclui também o habitual conto de Andréa Zamorano e as sempre presentes sugestões de leitura na Estante e nas Leituras do Mês.
Portugal na Grande Guerra, Vozes nas trincheiras e Postal da Grande Guerra são três rubricas sobre a I Guerra Mundial que a RTP Notícias disponibiliza online.
Completam-se agora 100 anos sobre a entrada de Portugal na I Guerra Mundial. No site da RTP, estão disponíveis os mais significativos materiais de arquivo da estação pública sobre o tema, entre os quais as entrevistas feitas no âmbito do documentário de 2008 "Portugueses nas trincheiras", da autoria de Sofia Leite e António Louçã.
Em 1918, um submarino alemão filmou o caça-minas português "Augusto Castilho" a ser afundado. Comandava-o Carvalho Araújo, o herói vilarrealense que seria morto nesse combate.
Estátua de Carvalho Araújo (da autoria do escultor Anjos Teixeira).
Em Julho de 1916 foi constituído o Corpo Expedicionário Português para combater em França ao lado dos militares franceses e britânicos, mas há muito que havia portugueses a lutar na guerra, em África, nas colónias. Conheça – na primeira pessoa – as histórias dos homens que lutaram por Portugal entre 1914 e 1918, naquela que foi chamada a I Guerra Mundial. Da autoria de Carlos Guerreiro e Sandy Gageiro
Tema de 2016: Mudar da humilhação e da exclusão para a participação: terminar com a pobreza em todas as suas formas
"A pobreza não é simplesmente medida pelo rendimento inadequado. Ela manifesta-se no acesso restrito à saúde, educação e outros serviços essenciais e, muito frequentemente, pela negação ou o abuso de outros direitos humanos fundamentais [...] Vamos ouvir e dar atenção às vozes das pessoas que vivem na pobreza. Vamos comprometer-nos a respeitar e defender os direitos humanos de todas as pessoas e acabar com a humilhação e a exclusão social que as pessoas que vivem na pobreza enfrentam todos os dias, promovendo a sua participação nos esforços globais para acabar com a pobreza extrema de uma vez por todas."— Secretário-Geral das Nações Unidades, Ban Ki-moon
Photo credit: Ignacio Marin
A meta para o Desenvolvimento Sustentável proposta pelas Nações Unidas para «acabar com a pobreza em todas as suas formas em todos os lugares» reconhece explicitamente que a pobreza resulta não da falta de apenas uma coisa, mas de muitos fatores interrelacionados diferentes que afetam a vida das pessoas que vivem na pobreza.
Isto significa que devemos deixar de ver a pobreza apenas como a falta de rendimento ou do que é necessário para o bem-estar material - tal como alimentação, habitação, terra e outros ativos -, e entendê-la nas suas múltiplas dimensões.
O tema deste ano - selecionado após consulta a ativistas, sociedade civil e organizações não governamentais - destaca o quão importante é reconhecer e tratar a humilhação e a exclusão sofrida por muitas pessoas que vivem na pobreza.
A alimentação está incluída na Meta número 2: "Terminar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável."
“Ergue os olhos e contempla o céu: é um cemitério invisível, o maior da história.” - Elie Wiesel, The Holocaust, Voices of Scholars
Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald's a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah.
Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador. Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; a sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou.
Rigoroso, imaginativo e profundamente cinematográfico, com diálogos magistrais e personagens inesquecíveis, Perguntem a Sarah Gross é um romance trepidante que nos dá a conhecer a cidade que se tornou o mais famoso campo de extermínio da Históia.
A obra foi finalista do prémio LeYa em 2014.
Extratos
João Pinto Coelho, Perguntem a Sarah Gross. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2015
João Pinto Coelho, Prémio Leya 2014 É já no próximo dia 27 de outubro que o escritor João Pinto Coelho vem à nossa escola falar do seu livro Perguntem a Sarah Gross. Para quem ainda não teve oportunidade de ler o livro, o Booktrailer que aqui se apresenta constitui uma ótima motivação para a sua leitura:
Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald’s a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador.
Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou.
Um romance trepidante, finalista do Prémio Leya 2014, que nos dá a conhecer a cidade que se tornou o mais famoso campo de extermínio da História.
"O Prémio Nobel da Literatura foi hoje atribuído em Estocolmo a Bob Dylan. O músico norte-americano tornou-se o 113.º escritor a receber o mais cobiçado prémio literário do planeta. «Por ter criado novas formas de expressão poética no quadro da grande tradição da música americana», foi assim que a Academia Sueca justificou a entrega do Nobel ao cantor norte-americano.
É o primeiro norte-americano a ganhar o prémio desde Toni Morrison, em 1993. Mais relevante, porém, é o facto de, depois de vários anos em que o seu nome foi avançado como possível vencedor, a atribuição do Nobel a Dylan servir como legimitação literária da canção popular, de que o cantor de Blowing in the wind é um dos maiores representantes. Não por acaso, Sara Danius, Secretária Permanente da Academia Sueca, reconhecendo que a distinção de alguém cujo ofício é o das canções pode ser controverso, manifestou a esperança de a Academia não ser criticada pela escolha. «The times they are-a changing, perhaps»(«Talvez os tempos estejam a mudar»), afirmou, citando o título de uma das mais famosas canções de Dylan.
Nascido em Dulluth, no Minnesota, a 24 de Maio de 1941, Bob Dylan foi uma figura fulcral na revolução musical e cultural da década de 1960. Partindo da tradição folk, blues e country americanas, mas transportando-a para uma nova era de convulsão política e agitação social, levou a palavra, como nunca antes, para o centro da criação pop. Assinou 37 álbuns desde a estreia homónima em 1962. Fallen Angels, editado em 2016, é o último até ao momento."
Sinto como se minha alma se tivesse transformado em aço
Tenho ainda as cicatrizes que o sol não sarou
Nem sequer há espaço suficiente para estar em qualquer lado
Ainda não escureceu, mas não tarda.
Bem, a minha humanidade foi pelo cano abaixo
Atrás de todas as coisas belas sempre houve algum tipo de dor
Ela escreveu-me uma carta e escreveu-a de forma tão gentil [1]
Pôs por escrito o que lhe ia na mente
Só não percebo porque me havia eu de importar
Ainda não escureceu, mas não tarda.
Bem, estive em Londres e estive na alegre Paris
Segui o rio e cheguei ao mar
Toquei no fundo dum mundo cheio de mentiras
Não procuro nada nos olhos de ninguém
Por vezes o meu fardo parece demasiado pesado
Ainda não escureceu, mas não tarda.
Aqui nasci e aqui morrerei contra minha vontade
Sei que parece que estou a mexer-me, mas estou parado
Cada nervo do meu corpo está tão vazio e entorpecido
Nem consigo sequer lembrar-me de que fugia quando vim para aqui
Não ouço sequer o murmúrio duma oração
Ainda não escureceu, mas não tarda.
Tradução de Pedro Serrano e Angelina Barbosa
[1] Citação do verso “she wrote me a letter and she wrote it so kind”, da canção Girl From The Red River Shore da autoria de Slim Critchlow. (Nota dos tradutores)