Para meninas e mulheres jovens prosperarem nas carreiras de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), elas precisam de acesso seguro e confiável à internet e ferramentas digitais. É por isso que, em consulta com os jovens, o o tema escolhido para Meninas nas TIC 2022 foi “Acesso e Segurança”.
A ITU (União Internacional de Telecomunicações) e os parceiros da ONU trabalham juntos para desenvolver soluções e ideias para reduzir as barreiras de acesso e melhorar a segurança online para meninas e mulheres jovens.
O ritmo das mudanças tecnológicas no século XXI continua vertiginoso, principalmente na esfera digital. Há uma lista cada vez maior de ferramentas poderosas à nossa disposição que nos permitem aprender, comunicar, compartilhar e trabalhar de forma mais eficaz. Especialmente para os jovens, as plataformas digitais são o principal meio pelo qual eles se conectam e buscam informações relacionadas com a carreira e finanças. Além disso, à medida que aspiramos a uma maior igualdade de género, as tecnologias digitais podem acelerar o nosso progresso. Elas abrem novas portas para que mulheres e meninas se empoderem pessoalmente, profissionalmente e economicamente. De facto, as próprias mulheres são ativas no desenvolvimento de tecnologias digitais e têm desempenhado papéis-chave no avanço das fronteiras da humanidade e na compreensão científica: Katie Bouman, que ajudou a desenvolver o código que processou com sucesso a primeira imagem de um buraco negro, e Ada Lovelace, que é creditada com a criação do primeiro algoritmo de computador do mundo, são apenas dois entre muitos exemplos de mulheres inovadoras na esfera das TIC.
É imperativo que reconheçamos e apoiemos os seus esforços. Também é fundamental que empoderemos mais mulheres para explorar o potencial das tecnologias digitais. Agora, especialmente, à medida que procuramos recuperar melhor do COVID-19, não podemos mais deixar para trás ou negligenciar o aproveitamento dos talentos de metade da população mundial. No entanto, de forma alarmante, é exatamente isso que está acontecendo. Atualmente, 50% das mulheres em todo o mundo estão offline. Os dados desagregados por género da ITU mostram que as meninas estão a ficar atrás dos meninos na educação STEM. Isso não é por causa de qualquer discrepância inata de aptidões, mas por causa da exclusão causada por questões de acessibilidade, normas socioculturais com viés de género e falta de educação. Isso precisa de ser abordado se quisermos finalmente acabar com a divisão digital de género.
Embora o aumento da acessibilidade à internet para mulheres e meninas seja vital, os nossos esforços não podem parar por aí. Devemos promover a educação das mulheres nas áreas de ciência e tecnologia, facilitando bolsas de estudo e oportunidades de treinamento; desmantelando os estereótipos de género que desencorajam as mulheres de entrar nesses campos; e tomando medidas para acabar com o assédio e a misoginia online. Ao realizar essas ações, podemos capacitar uma nova geração de mulheres que prosperarão na esfera digital - como inovadoras, empreendedoras e buscadoras de conhecimento - e que aproveitarão as contribuições de seus antepassados para levar a humanidade a um mundo mais brilhante, mais esperançoso, destino mais igualitário de género.
O Dia Internacional das Meninas nas TIC acontece todos os anos na quarta quinta-feira de abril. Neste dia, destaca-se o papel das meninas nas tecnologias de informação e comunicação e tem como principal objetivo contribuir para o empoderamento das meninas e jovens em termos de educação e carreira profissional. Este ano, o Dia Internacional das Meninas nas TIC será comemorado em 28 de abril.
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