sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Confiança dos docentes na utilização do digital na transição para o Ensino a Distância

 


Ana Pedro, João Piedade e Nuno Dorotea
Instituto de Educação da Universidade de Lisboa
Julho 2021


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Na sequência da criação e implementação do Plano de Ação para a Transição Digital (Resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2020, 2020) houve uma preocupação significativa com a necessidade de mapeamento dos níveis de competência digital dos professores portugueses. Estes dados são entendidos como um elemento central ao desenvolvimento de uma escola digitalmente capaz, onde se compreende que os professores são um elemento essencial à inovação e ao desenvolvimento pedagógico.
Para este mapeamento, foram utilizados o Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores (DigCompEdu) e a ferramenta de autoavaliação desenvolvida com base no mesmo – Check-In – como instrumentos de recolha de dados, tendo sido aplicados junto dos professores entre janeiro e março de 2021, numa estratégia articulada entre a Direção-Geral de Educação, os Centros de Formação de Associações de Escola (CFAE) e a Universidade de Aveiro (entidade responsável pelo desenvolvimento do estudo) [1].
Considerando, contudo, a fase de Ensino Remoto de Emergência – decorrente da pandemia motivada pela Covid-19 – viu-se como fundamental analisar igualmente o grau de confiança dos docentes na utilização do digital após a transição para o Ensino a Distância durante os meses em que tal aconteceu. Para tal, foram adicionados oito itens à escala original. Estes itens, criados a partir duma noção de autoeficácia de Bandura (1977, 1997), procuraram analisar o grau de confiança dos professores na utilização do digital, em diferentes dimensões: (i) avaliação, (ii) pedagogia, (iii) metodologia e (iv) planificação.
Pretendeu-se, assim, entender a competência e a confiança dos professores como fatores decisivos na implementação da inovação nas práticas educativas (Peralta & Costa, 2009; Becker & Riel, 2000; Williams, 1993), de forma a contribuir para um maior sucesso pedagógico.

[1] Lucas, M. & Bem-Haja, P. (2021). Estudo sobre o nível de competências digitais dos docentes do ensino básico esecundário dos Agrupamentos de Escolas e das Escolas Não Agrupadas da rede pública de Portugal Continental


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