A 23ª edição da Maratona de Cartas decorre em Portugal de 4 de novembro de 2024 a 31 de janeiro de 2025. Trata-se do maior evento de direitos humanos organizado pela Amnistia Internacional em todo o mundo.
Como funciona a maratona?
Com base num rigoroso trabalho de investigação, a Amnistia Internacional seleciona um conjunto de pessoas ou comunidades que se encontram em risco.
Em todo o mundo são recolhidas assinaturas online, são escritas mensagens de solidariedade, e são feitos donativos para apoiar as pessoas ou comunidades em risco.
Todas as assinaturas são entregues aos responsáveis políticos e as mensagens de solidariedades são enviadas às pessoas em risco.
A mudança acontece!
A ES Camilo Castelo Branco já está inscrita na iniciativa. De 4 de novembro de 2024 a 31 de janeiro de 2025, a Biblioteca vai dinamizar a recolhida de assinaturas online e a escrita de mensagens de solidariedade, em articulação com o corpo docente.
Quem precisa da nossa ação?
Em agosto de 2023, Ana da Silva Miguel, conhecida como Neth Nahara, criticou o Presidente Angolano João Lourenço numa publicação no Tik Tok. No dia seguinte, foi detida e, posteriormente, condenada a uma pena de dois anos de prisão. Neth Nahara deve ser libertada imediata e incondicionalmente.
Manahel al-Otaibi (Arábia Saudita)
Em novembro de 2022, Manahel al-Otaibi, uma instrutora de fitness da Arábia Saudita, foi detida depois de publicar no Snapchat fotografias suas num centro comercial sem usar o tradicional manto de mangas compridas, conhecido como abaya. Foi condenada a 11 anos de prisão.
Maryia Kalesnikava (Bielorrússia)
No dia 7 de setembro de 2020, a ativista política Maryia Kalesnikava, foi raptada pelas autoridades bielorrussas, levada para a fronteira, onde resistiu à deportação rasgando o seu passaporte. Foi detida e mais tarde condenada a onze anos de prisão por falsas acusações. A família de Maryia não tem notícias dela há mais de um ano.
Nação Wet’suwet’em (Canadá)
A comunidade Wetʼsuwetʼen está profundamente ligada às suas terras ancestrais. As suas ações para impedirem a construção de um gasoduto no seu território, têm sido fortemente penalizadas pelas autoridades canadianas. Os defensores do território dos Wet’suwet’en correm o risco de ser condenados à prisão simplesmente por exercerem o seu direito de reunião e manifestação pacífica.
Kyung Seok Park (Coreia do Sul)
Ao realizar protestos pacíficos nos sistemas de transportes públicos de Seul (Coreia do Sul), Kyung Seok Park chamou à atenção para a dificuldade que as pessoas com deficiência têm em aceder facilmente e em segurança aos transportes. O seu ativismo tem sido alvo de abusos policiais, campanhas de difamação pública e processos judiciais punitivos.
Professora Şebnem Korur Fincancı (Turquia)
Em 2023, a Professora Şebnem foi condenada por alegadamente “fazer propaganda a favor de uma organização terrorista”, depois de ter apelado a uma investigação sobre as alegações de que os militares turcos estavam a utilizar armas químicas no Iraque. Şebnem está a recorrer da sua condenação, mas poderá ficar presa durante quase dois anos se não tiver êxito.
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