quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Setembro, mês das literacias

 

 

 
















 

 

Respondendo ao desafio da Associação Portuguesa de Educação e Formação de Adultos (APEFA) a Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco irá participar no evento Smal - Setembro mês da alfabetização e das literacias, promovendo, ao longo do mês de setembro, um conjunto de atividades de (in)formação em torno das literacias básicas: linguística, digital, (áudio)visual e financeira.

As literacias desempenham um papel fundamental no ambiente escolar, servindo como alicerces para o desenvolvimento académico e pessoal dos alunos. Através delas, os estudantes adquirem habilidades essenciais que transcendem as disciplinas específicas e os preparam para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

A literacia linguística é o alicerce da comunicação eficaz. A capacidade de ler, escrever e interpretar textos não apenas potencializa o sucesso em todas as matérias, mas também promove a expressão criativa e a articulação de ideias. Além disso, habilidades de leitura crítica ajudam os alunos a discernir entre informações confiáveis e enganosas, permitindo que se tornem cidadãos informados e responsáveis.

A literacia digital tornou-se igualmente crucial, dada a crescente integração da tecnologia na educação e na vida quotidiana. Compreender como navegar na Internet, avaliar fontes online e usar ferramentas digitais de maneira produtiva é essencial para a aprendizagem ao longo da vida e para o sucesso profissional.

A literacia visual e audiovisual capacita os alunos a descodificar imagens e media, permitindo-lhes interpretar e criar conteúdo visual com discernimento. Num mundo onde as mensagens são frequentemente transmitidas por meio de elementos visuais, essa competência é inestimável para interpretar de maneira crítica a publicidade, a arte e a informação visual.

Por fim, a literacia financeira e a capacidade de entender conceitos matemáticos são vitais para equipar os alunos com as habilidades necessárias para tomar decisões financeiras informadas e gerir eficazmente recursos pessoais.

Em conjunto, essas literacias formam uma base sólida que capacita os alunos a tornarem-se aprendizes ao longo da vida, cidadãos informados e profissionais adaptáveis num mundo em constante evolução. 
 
A escola desempenha um papel crucial em cultivar essas literacias, preparando os alunos não apenas para os desafios académicos, mas também para a participação plena e bem-sucedida numa sociedade complexa e globalizada.

A iniciativa SMAL tem o Alto Patrocínio de sua Exa. o Senhor Presidente da República e termina com a conferência de encerramento, no final de setembro.

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Ler não é para ser útil, é para ser divertido

 



 

 

 

 

 

 

 

 

A cultura do nosso tempo, partilhada por pais e escolas, criou a ideia de que a leitura tem de ser algo academicamente útil, que a criança só deve ler se o livro acrescentar um conhecimento que depois poderá usar na escola. Qual é o efeito desta imposição do excel à leitura? Os miúdos só leem para estudar, só leem o que é preciso para passar nos testes; fora isso, não leem, não são leitores, porque não foram ensinados a ler só porque sim, só porque é divertido e interessante por si só - um desastre cívico e humanista


Meu caro, v. tem crianças que não gostam de ler? Sugiro que leia esta peça da Atlantic sobre os jovens e a leitura; vai de certo revolucionar a maneira como vê esse problema. Ao contrário do que se pensa, a culpa pelo reduzido interesse pela leitura dos mais novos não está necessariamente nos ecrãs, nos telemóveis, na Internet. Ou melhor, os ecrãs não são os únicos culpados e, sobretudo, não são os mais importantes. O problema começa na forma como os pais e a escola de hoje veem a leitura. O problema, meu caro, começa na cultura dos rankings e no utilitarismo vigente.

Ou seja, a cultura do nosso tempo, partilhada por pais e escolas, criou a ideia de que a leitura tem de ser algo academicamente útil, que a criança só deve ler se o livro acrescentar um conhecimento que depois poderá usar na escola. Qual é o efeito desta imposição do excel à leitura? Os miúdos só leem para estudar, só leem o que é preciso para passar nos testes; fora isso, não leem, não são leitores, porque não foram ensinados a ler só porque sim, só porque é divertido e interessante por si só - um desastre cívico e humanista.

Meu caro, é preciso dizer aos pequenos que é interessante ou desafiante ler um romance. Mais do que dizer, é preciso mostrar isso com o nosso exemplo. Não há ali uma utilidade escolar imediata, há apenas uma "utilidade" humanista, há apenas um esticar da imaginação. De igual forma, um livro de Ciência ou de História tem um interesse per se, porque é bom aprender, porque é bom esticar a nossa curiosidade. Não se deve ler apenas para estudar para os testes que nos dão os rankings.

É por tudo isto que é muito comum conhecermos grandes profissionais no sentido técnico – médicos ou biólogos, por exemplo – que só sabem ler coisas para a sua profissão. Não são leitores, não leem romances ou livros de História só porque é bom ler. E isto é um desastre cívico e humanista. Repare, de resto, noutro pormenor: muitos desenhos animados têm sempre um enfoque académico (ensinar Matemática ou Inglês) em vez de ter o enfoque narrativo de sempre: contar uma história que estique a imaginação estética e moral das crianças.
 
 Henrique Raposo, Expresso, 24 de agosto de 2023
 

sábado, 26 de agosto de 2023

Centro Português do Surrealismo

 




 

A Fundação Cupertino Miranda, sediada em Famalicão, possui um núcleo muito significativo de obras de artes plásticas características do surrealismo, distribuídas entre várias técnicas, desde pintura, desenho, escultura, colagem, cadavre-exquis ou objetos, que dão corpo a uma coleção que se tem vindo a construir, com carácter próprio e de assinalável importância histórica. Dessa coleção fazem parte os acervos artísticos e documentais de Mário Cesariny e Cruzeiro Seixas.

 

 

 

Diretrizes para a criação de laboratórios de aprendizagem


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Este guia fornece orientação prática aos dirigentes escolares e professores que desejam criar os seus próprios laboratórios de aprendizagem, recorrendo a outros guias, ferramentas e investigação da European Schoolnet e, particularmente, às experiências de seis escolas que foram inspiradas a construir os seus próprios laboratórios de aprendizagem.

Essas experiências são descritas com mais detalhes nos estudos de caso abaixo:
- Bélgica
- França
- Alemanha
- Portugal
- Espanha
- Turquia



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Os Makerspaces nas escolas - diretrizes práticas para professores e líderes escolares

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Esta publicação fornece orientações práticas sobre a criação e utilização de makerspaces nas escolas. Baseia-se em: pesquisas e experiências observadas e analisadas em projetos conduzidos pelo Instituto Nacional de Documentação, Inovação e Pesquisa Educacional (INDIRE) do governo italiano; as experiências de escolas de nove países (Áustria, Bélgica, República Checa, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Suíça e Turquia) que criaram os seus próprios makerspaces; pesquisa documental com foco em makerspaces em outros locais e países.

Os makerspaces, concebidos para o trabalho prático, colaborativo e criativo, são uma adição bastante recente a algumas escolas na Europa e no mundo. Os alunos nos makerspaces escolares podem trabalhar com materiais como papel, papelão, madeira, metal, plástico, argila, tecidos, componentes eletrónicos, microcontroladores, kits de construção ou robôs programáveis para criar muitos objetos diferentes e concluir muitos projetos diferentes, usando uma variedade de ferramentas e máquinas. Este estudo de caso é um dos 15 desenvolvidos a partir de entrevistas com dirigentes escolares, professores e outros funcionários que criaram espaços maker nas suas escolas. As entrevistas fizeram parte da investigação realizada pelo Grupo de Trabalho em Sala de Aula Interativa da European Schoolnet e as experiências das escolas, as lições que aprenderam e as boas práticas que desenvolveram, serviram de base para o desenvolvimento da publicação “Guidelines on Makerspaces in Schools”. 

Encontre o relatório completo e outros estudos de caso aqui: fcl.eun.org