segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Concurso Nacional em Voz Alta

 

 

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Em 2025 irá realizar-se a quinta edição do Concurso Nacional de Leitura em Voz Alta.

Esta iniciativa insere-se na Maratona de Leitura – 24h a Ler, um Festival Literário que se realiza na Sertã, promovido pela Câmara Municipal da Sertã / Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes em parceria com a empresa Palser, sediada na Sertã, contando com o apoio da Rede de Bibliotecas Escolares.

Dirigido às bibliotecas escolares portuguesas, o concurso desafia alunos com idade igual ou superior a 12 anos, a fazerem um registo áudio, com uma duração até 120 segundos, da leitura em voz alta de um excerto de uma obra literária à sua escolha.

O prazo de envio das propostas é até ao dia 30 de abril de 2025, altura em que um júri de três elementos procederá à avaliação das mesmas, escalonando-as em duas categorias – a categoria A para alunos dos 12 aos 15 anos e a categoria B para alunos com idade igual ou superior a 16 anos.

Os prémios a atribuir destinam-se à biblioteca da escola/agrupamento de escolas que o aluno frequenta e são os seguintes, por categoria:

* 1.º prémio -1.000 euros;
* 2.º prémio - 200 euros
* 3.º prémio - 50 euros.

Segundo as normas do concurso, esta verba deverá ser utilizada na compra de livros para a respetiva biblioteca ou para ações que visem a promoção do livro e da leitura junto da comunidade escolar.

Os alunos que tenham participado nos trabalhos premiados recebem um voucher em livros no valor de 40 euros.

Além disso, todos os alunos cuja leitura tenha sido premiada ou tenha recebido Menção Honrosa têm a possibilidade de frequentar gratuitamente uma formação de leitura em voz alta, ministrada por Rodolfo Castro, que decorrerá integrada na 13ª Edição da Maratona de Leitura, em julho de 2025.

Os vencedores serão divulgados publicamente no site www.maratonadeleitura.pt no final do mês de junho de 2025.

Para mais informações, consulte o Regulamento.


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Camões 500 - Alma minha gentil, que te partiste

 

 
#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos








Para celebrar o V Centenário do nascimento de Luís de Camões, o Departamento de Línguas Românicas e Clássicas da ES Camilo Castelo Branco, em articulação com a Biblioteca, promove uma homenagem à obra poética do grande autor português.

Durante o mês de janeiro, será feita a leitura diária de um poema de Camões, destacando a riqueza e a profundidade da sua criação literária. Sob o título inspirado no célebre verso "Erros meus, má fortuna, amor ardente", esta atividade busca aproximar os leitores da genialidade do poeta e perpetuar o seu legado na cultura contemporânea.



Camões 500

 

Crianças, jovens e media: vidas (des)ligadas?

 

 Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas e a texto


14 horas e 30 minutos é a média de tempo que 1131 crianças e jovens de 26 agrupamentos de escolas de Portugal, com idades entre os 11 e os 19 anos, dizem gastar em atividades relacionadas com os media num dia de semana ‘normal’, sendo a dependência do telemóvel reconhecida por uma parte significativa desta amostra. 

Estes são números obtidos pelo projeto bYou – Estudo das vivências e expressões dos jovens sobre os media. É a partir destes dados que foi lançado o mote para o Congresso byou: “crianças, jovens e media: vidas (des)ligadas?” a decorrer na Universidade do Minho, nos dias 7 e 8 de fevereiro de 2025.

Pode inscrever-se aqui



Ano Europeu da Educação para a Cidadania Digital

 

 #AprendaConecteEnvolvaProspere











O Conselho da Europa designou 2025 como o Ano Europeu da Educação para a Cidadania Digital, com o objetivo de destacar a importância da educação para a cidadania digital como uma prioridade na formação e capacitação de crianças e jovens. Esta iniciativa visa abordar a necessidade urgente de maiores esforços e investimentos na educação para a cidadania digital para responder eficazmente aos desafios e oportunidades que surgiram ou foram amplificados pelas tecnologias e pelo ambiente digitais.

 As tecnologias digitais estão agora omnipresentes nas nossas vidas diárias. Elas permitem-nos ampliar as nossas perspetivas, aprofundar a nossa compreensão do mundo e criar soluções inovadoras que podem ter um impacto positivo na nossa sociedade. Graças a essas ferramentas digitais, temos a capacidade de conectar, aprender e colaborar de formas que antes eram inimagináveis.

Em particular, elas dão-nos o poder de criar conexões significativas, de participar ativamente da vida comunitária e de expressar as nossas ideias com confiança e criatividade. Essas ferramentas digitais estão a transformar a maneira como interagimos, nos empenhamos e contribuímos para a sociedade, tornando a nossa voz mais audível e o nosso impacto mais imediato.

A cidadania digital é uma chave essencial para florescer na era digital. Ela permite que os indivíduos desenvolvam uma compreensão profunda e crítica das tecnologias, cultivando as habilidades necessárias para navegar efetivamente neste ambiente complexo. Ao combinar valores éticos, conhecimento técnico e uma atitude reflexiva, os cidadãos podem não apenas usar essas ferramentas digitais, mas também aproveitá-las ao máximo para o seu desenvolvimento pessoal e participação ativa na sociedade. A Educação para a Cidadania Digital é a chave para dominar o nosso relacionamento com as tecnologias digitais. O Conselho da Europa desenvolveu um modelo inovador baseado em três dimensões complementares:
  • Estar online: compreender e dominar os mecanismos de comunicação e interação no espaço digital.
  • Bem-estar online: proteger a saúde mental e física, gerindo o equilíbrio e a segurança pessoal em ambientes digitais.
  • Direitos online: conhecer e fazer valer os nossos direitos, respeitar os dos outros e agir de forma ética e responsável.

O conceito de educação para a cidadania digital do Conselho da Europa fornece uma estrutura holística e abrangente para lidar com os riscos e desafios impostos pelo uso generalizado de tecnologias digitais, incluindo fenómenos como cyberbullying, discurso de ódio e discriminação. Este conceito visa equipar os cidadãos, particularmente os jovens, com as competências essenciais (valores, atitudes, habilidades e conhecimento) para navegar no mundo digital de forma crítica, segura e construtiva. O objetivo é transformar usuários passivos em cidadãos digitais esclarecidos e responsáveis.

A educação para a cidadania digital é uma alavanca essencial para a construção de uma sociedade digital mais humana e equitativa. Ao formar cidadãos informados e responsáveis, ela ajuda a criar um espaço digital onde o respeito, a diversidade e os valores democráticos estão no centro das interações. Esta abordagem visa capacitar cada indivíduo, dando-lhes os meios para contribuir ativamente para a transformação digital, preservando ao mesmo tempo os princípios fundamentais de justiça, diálogo e inclusão.
 
Fonte: Conselho da Europa

  

 


segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Mensagem da Biblioteca Escolar para 2025

 

 






Caros membros da Comunidade Escolar,

Um novo ano está prestes a começar, trazendo consigo oportunidades para aprendermos, crescermos e construirmos juntos um futuro ainda mais brilhante. Na Biblioteca da nossa escola, acreditamos que cada página virada é um passo rumo ao conhecimento e que cada história partilhada nos une como comunidade.
Em 2025, continuaremos a ser o espaço onde a curiosidade encontra resposta, onde a criatividade floresce e onde o saber não tem limites. Convidamos cada um de vocês – alunos, professores, pais e funcionários – a fazer parte desta jornada literária e cultural.
Venham descobrir novos mundos nos livros, explorar ideias nas nossas atividades e partilhar connosco os vossos sonhos e inspirações. A biblioteca é de todos, e juntos faremos deste ano uma celebração da leitura, do conhecimento e da convivência.
Que 2025 seja um ano de realizações e aprendizagens para todos. Contem sempre com a Biblioteca Escolar como parceira e fonte de inspiração.
Boas leituras e um excelente ano novo!

A equipa da Biblioteca Escolar

sábado, 28 de dezembro de 2024

Lenda da Gruta de Camões

 

 

Gravura do mirante da Gruta de Camões, de Thomas Allom, 1843 (origem: 
grupo Fotos Antigas de Macau II no Facebook, postagem de Luís Dias)

 
O poeta Luís de Camões vivia em Macau numa espécie de desterro, provocado por invejas e inimizades em Portugal. As intrigas obrigaram-no também a deixar aquela terra, tendo embarcado como prisioneiro na famosa Nau de Prata, nos finais de 1557. Luís de Camões despediu-se da famosa gruta de Patane, em Macau, que tinha escutado o eco dos seus sonhos e do seu desespero, e apresentou-se ao capitão da Nau de Prata. Interrogado sobre o papel enrolado que levava na mão, Camões respondeu que era toda a sua fortuna e que talvez fosse aquela a sua herança para todos os Portugueses. Tratava-se da epopeia Os Lusíadas que contava a história do seu povo e que, segundo a lenda, terá sido escrita naquela gruta. Escritos com toda a alma e toda a saudade de português, injustamente privado da pátria, aqueles versos eram o maior de todos os seus tesouros e os únicos companheiros do seu infortúnio.
Da amurada da nau, estava Camões a despedir-se da gruta, quando ouviu uma voz de mulher que o interrogava sobre a sua tristeza. Era uma nativa de Patane, que o conhecia, e em quem ele nunca tinha reparado, apesar da sua extrema beleza. Tin-Nam-Men era o nome da nativa que, na sua língua, significava Porta da Terra do Sul – a Porta do Paraíso. Tin-Nam-Men tinha observado Camões, durante muito tempo, sem nunca se atrever a falar-lhe até àquele dia. Perdidamente apaixonada por Camões, tinha-o seguido até ao barco. Partindo com o poeta, conta a lenda que, na Nau de Prata, nasceu mais uma relação amorosa na vida já tão romanesca de Luís de Camões, até ao trágico dia em que uma tempestade irrompeu nos mares do Sul. Como a Nau de Prata estava condenada a afundar-se, embarcaram as mulheres num batel e os homens salvaram-se a nado. Camões, de braço no ar, segurando Os Lusíadas, nadou até terra, mas o barco onde seguia a linda Tin-Nam-Men foi engolido pelas ondas. Foi à bela Dinamene, como o poeta lhe chamou, que Camões terá dedicado os seus belos sonetos “Alma minha gentil, que te partiste…” e também “Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste”.
 
Fonte: Lenda da Gruta de Camões. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2024. [Consult. 2024-12-11].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$lenda-da-gruta-de-camoes>.
 
 


Alma minha gentil, que te partiste
 
Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
alguma cousa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,

roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou.


Ah! minha Dinamene! Assim deixaste

Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
Quem não deixara nunca de querer-te!
Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,
Tão asinha esta vida desprezaste!

Como já pera sempre te apartaste
De quem tão longe estava de perder-te?
Puderam estas ondas defender-te
Que não visses quem tanto magoaste?

Nem falar-te somente a dura Morte
Me deixou, que tão cedo o negro manto
Em teus olhos deitado consentiste!

Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!
Que pena sentirei que valha tanto,
Que inda tenha por pouco viver triste?

 

Camões 500