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RTP Ensina
Este é o romance de Joyce que figura na lista das obras de ficção mais importantes do século XX. Mas muitos desistem de Ulisses porque a narrativa não é linear nem o estilo sempre o mesmo. Se a leitura é um desafio, imagine-se a tradução.
É preciso tentar muitas vezes a leitura de Ulisses, persistir e aceitar o desafio de ter nas mãos um colosso literário que não segue as regras da narrativa comum.
Na obra que lhe garantiu a imortalidade, James Joyce rompe com a ficção oitocentista e escreve como nunca nenhum outro escritor o fizera até então. Cada capítulo é diferente do anterior, uma “profusão de estilos e linguagens” que dificulta o entendimento da história de um homem vulgar, Leopold Bloom, que decorre num único dia na cidade de Dublin.
Quando publicado em 1922, Ulisses esteve proibido pela censura nos Estados Unidos e em Inglaterra. Livro interdito durante décadas, chamou a atenção de Fernando Pessoa que o analisou em dois textos, “Literatura de Antemanhã” e “Sintoma de Intermédio”.
Fazer uma nova tradução do romance que muitos consideram impenetrável, foi tarefa de mais de dois anos que Jorge Vaz de Carvalho abraçou com prazer. Porque tem uma relação intensa e duradoura com a obra do autor irlandês, considerada uma “epopeia sobre a tragédia do quotidiano”.
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