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Apesar da facilidade que têm as crianças no manuseio das ferramentas digitais, o acesso competente aos textos nestes meios não é fácil. Não é tão óbvio saber que termos empregar numa pesquisa, ou como escolher a melhor opção na listagem que obtemos, ou de que maneira reconhecer a fiabilidade de uma informação face a outras.
Há estudos que mostram como não só os mais pequenos têm dificuldades para encarar a leitura deste tipo de textos, mas também os adolescentes encontram problemas para compreendê-los.
Em alguns casos, podem desorientar-se, ter bloqueios ou sobrecarga quando a informação não está claramente hierarquizada. Noutros, não reconhecem as diferenças entre informação e anúncios, pelo menos em certos contextos. Há alguns que encontram dificuldades para identificar a consistência do conteúdo, porque resolvem dar mais importância aos aspetos formais — como a qualidade gráfica—, que à fonte ou à procedência do conteúdo. Em geral, se não encontram algo, não persistem, abandonam e procuram noutro sítio.
Não há que confundir facilidade no manejo das ferramentas com competência para enfrentar a leitura compreensiva de grande parte dos textos que estão ao seu alcance. Aprender a ser capazes de localizar informação, selecioná-la, avaliá-la e integrá-la nas suas produções é um processo amplo, que deve ser sistemático e para o qual as crianças e os adolescentes necessitam ajuda.
Jorge F. Borges, TIC, Educação e Web. Publicado em junho 25, 2015
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