domingo, 17 de julho de 2022

Revista Electra

 




        Revista Electra. Nº 17. Verão 2022. Fundação EDP.



A Electra é uma revista internacional de pensamento e cultura contemporânea. Interroga o espírito do tempo que vivemos e pensa a sua complexidade e os seus sintomas: as ideias, as tendências e os impulsos que fazem mover a nossa época.

Com edição trimestral em português e inglês (em cada estação do ano), a Electra promove o diálogo entre vários domínios do conhecimento, diversas formas de criação, diferentes geografias culturais e distintas experiências do mundo. É uma revista que pensa, procura, pergunta, propõe. E que acolhe, avalia, regista, dá a conhecer.

Os textos publicados são originais inéditos [...]. 

É publicada, desde 2018, pela Fundação EDP, com o objectivo de “antecipar-se ao futuro, lançando ao presente um olhar livre, criativo e atento”.



Sobre esta edição


O Futebol tornou-se no nosso tempo um facto social total. Ele é hoje um sistema poderoso e complexo que está para lá dos estádios e das competições desportivas e invadiu o nosso quotidiano. Ele atrai o poder político e mobiliza de forma extrema e exacerbada o poder económico e mediático. É um mundo marcado por heróis e por cultos, um fenómeno que irradia em muitas direcções e a que dedicamos o dossier da Electra 17, com textos de Bernardo Futscher Pereira, João Sedas Nunes, José Florenzano, José Neves, Luiz Guilherme Burlamaqui, Marc Perelman, Marcos Cardão e António Guerreiro.

Também em destaque, neste número, estão a entrevista e o portfólio do consagrado pintor norte-americano Alex Katz. No ano em que completa 95 anos e são organizadas importantes retrospectivas da sua obra, no Museu Guggenheim, em Nova Iorque, e no Museo Thyssen Bornemisza, em Madrid, Katz conversa com Juan Manuel Bonet, antigo director do Museu Reina Sofia, sobre a pintura e os pintores, a cor e a luz, a vida e os lugares dela.

Na secção “Primeira Pessoa” é entrevistado James Wood, considerado por muitos como o crítico literário mais aclamado, dominante e temido das últimas décadas. Em conversa com Afonso Dias Ramos, Wood reflecte sobre a sua vida e obra enquanto leitor, crítico, professor e escritor.

Nesta edição de Verão de 2022, o ano em que se comemora o centenário do nascimento de Pier Paolo Pasolini, Vinícius Nicastro Honesko, Bruno Moroncini e Carla Benedetti — autores de ensaios e estudos sobre o cineasta, o escritor, o ensaísta, o intelectual — evocam esta figura maior da Itália do século XX e sublinham a sua actualidade.

Youssef Rakha é escritor, jornalista, crítico literário, com uma obra reconhecida e premiada. Os fotógrafos e editores André Príncipe e José Pedro Cortes encontraram Rakha no Cairo, cidade onde nasceu e vive, e falaram de política, de religião, de arte, de viagens, da vida, num trabalho em que as palavras e as imagens se desafiam, publicado na secção “Planisfério”.

O título de uma famosa obra de Vermeer, dá nome à secção “Vista de Delft” da Electra. E é dessa obra, Vista de Delft, da cidade que nela se representa, Delft, e da cidade onde ela se pode ver, Haia, que nos fala José Manuel dos Santos nesta edição.

Para o “Livro de Horas” da Electra 17, Pedro Neves Marques, que representa Portugal na Bienal de Arte de Veneza deste ano, com o projeto Vampires in Space, constrói, a partir desta instalação narrativa, um diário, feito de evocações e meditações, abordando questões de identidade de género, sexualidade e reprodução queer.

Ainda nesta edição, o sociólogo italiano Paolo Perulli faz uma genealogia e a história dos «criativos»; Ana Rocha, a propósito do bicentenário de Gustave Flaubert, analisa um episódio fulcral do romance Madame Bovary; Golgona Anghel, poeta e professora, interpreta uma afirmação do escritor Emil Cioran; Afonso Dias Ramos escreve sobre um dos livros mais aguardados da última década The Dawn of Everything: A New History of Humanity, de David Graeber e David Wengrow; e Régis Salado comenta a palavra “Narrativa”.



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