sexta-feira, 1 de julho de 2022

Revista de Ciência Elementar

 













Junho 22 | Volume 10, nº 2


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Muito se tem escrito sobre o “Antropocénico/Antropoceno”! Num ápice, este tema foi absorvido no vocabulário mediático, seja nas mais diversas publicações e/ou opiniões. As evidências estão aí, o papel do Homem sobeja na poluição criada, a biodiversidade transformada, a alteração do clima, a emissão desmesurada dos gases de efeito de estufa, com os impactos nos diversos subsistemas terrestres. Desde logo, na atmosfera. Depois, nos oceanos, com a sua crescente acidificação e, na biosfera, com todo o efeito de stress, que lhe é reconhecido. Os três subsistemas que mais rapidamente interagem entre si. Mas, também a ação sobre a litosfera que, é bom lembrar, é só o maior reservatório de carbono do planeta, tanto na forma inorgânica como orgânica. E de onde resulta o excesso de CO2 que cresce na atmosfera, com taxas anuais a caminho dos 3 ppm! Por outro lado, a mesma litosfera que é o alvo preferencial de outros georrecursos, todos finitos, sendo alguns deles à luz das ditas “energias verdes”, explorados à velocidade da demanda. Todavia, sejamos claros, sem os ditos recursos, o planeta não funciona (…), é a tal questão da sustentabilidade, um requisito necessário, mas cada vez mais exigente. Onde a ciência, o conhecimento, tem de ser compatibilizado com as melhores metodologias de exploração e de respeito ambiental. E, já agora, de mudança de mentalidade. A Nossa! Dos Humanos.

O Antropocénico como idade geológica, por Luís Vítor Duarte [Editorial]


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