terça-feira, 17 de setembro de 2019

Serra da Estrela entra na lista da UNESCO




ALVESGASPAR/WIKEMEDIA COMMONS



A região da serra da Estrela passou a figurar entre o mapa de geoparques que a UNESCO tem vindo a assinalar por todo o mundo. Os geoparques, avaliados em reuniões (como a que decorreu há dias em Lombok, na Indonésia), mediante a submissão de candidaturas, são áreas geográficas com lugares e paisagens com significado geológico internacional nos quais se reconhecem programas de proteção, educação e desenvolvimento sustentado. O conceito não se limita ao reconhecimento do seu património geológico. De resto, usa-o “juntamente com outros aspetos do património natural e cultural da região para chamar a atenção para questões fundamentais que a sociedade enfrenta, como por exemplo a utilização sustentável de recursos, procurando mitigar os efeitos das alterações climáticas e reduzindo as possibilidades de risco de desastres naturais”, como explica um texto publicado no site oficial da organização.
A candidatura do Estrela Geopark juntou nove municípios da região, abrangendo uma área que envolve espaços nos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra. Com sede no Instituto Politécnico da Guarda, a Associação Geopark Estrela (AGE) apresenta como missão “contribuir para a proteção, valorização e dinamização do património cultural e natural” da região e visa o “aprofundamento e divulgação do conhecimento científico, fomentando o turismo e o desenvolvimento sustentável” do território associado ao parque, que corresponde a uma área de 2216 km2. A AGE tem um site — em geoparkestrela.pt — no qual apresenta programas educativos e uma agenda de atividades. Em novembro, por exemplo, haverá uma oficina de fotografia (com inscrições abertas).
Ao ver aprovada a candidatura, o Estrela Geopark torna-se a quinta entrada portuguesa na lista que, antes desta reunião, havia já identificado 147 parques em 41 países. Entre nós estavam já reconhecidos os geoparques dos Açores, Arouca, Meseta Meridional e Terras de Cavaleiros. A criação desta rede surgiu já depois da viragem do século e foi ratificada pelos 195 membros da UNESCO em 2015.
E-Revista Expresso, 14 de setembro de 2019

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