terça-feira, 24 de outubro de 2017

Prémio Literário Fernando Namora 2017



A Noite Não É Eterna, de Ana Cristina Silva, publicado pela Oficina do Livro, foi a escolha unânime do júri do Prémio Literário Fernando Namora, presidido por Guilherme d'Oliveira Martins. 



Oficina do Livro, 2016


Sinopse do romance

"A Roménia, sob o jugo do ditador Nicolae Ceausescu, atravessa um dos piores períodos da sua história, com a população a enfrentar a fome e dominada pelo terror. Seguindo as orientações do Presidente para a criação de um exército do povo no qual os soldados seriam treinados desde crianças, Paul, um ambicioso funcionário do partido, decide levar de casa o filho de três anos e entregá-lo aos cuidados do Estado. Quando a mãe se apercebe do desaparecimento do pequeno Drago, o desespero já não a abandonará, bem como o firme desejo de acabar com a vida do marido. Correndo riscos tremendos, Nadia não desistirá, porém, de procurar o menino, ainda que para isso tenha de forjar uma nova identidade, de fazer falsas denúncias, de correr os orfanatos cujas imagens terríveis chocaram o mundo e até de integrar uma rede que transporta clandestinamente crianças romenas seropositivas para o Ocidente. Mas será que o seu sofrimento pode ser apaziguado enquanto Paul for vivo? Enquanto o ditador for vivo?"

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Trata-se de "uma obra que se articula a partir da realidade social, política e humana das crianças romenas, e das suas famílias, no período da ditadura de Nicolae Ceausescu", esclarece a ata do júri, que inclui ainda José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual, e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril-Sol, instituição que atribui este prémio, no valor de 15 mil euros.

Realçando que o romance de Ana Cristina Silva é "uma belíssima composição narrativa com linguagem sóbria e cuidada, que valoriza em particular a narrativa de um drama pungente, num quadro político sufocante e obsessivo", o júri conclui: "É uma história construída sobre os labirintos da tirania".



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