sábado, 10 de outubro de 2015

Livros & Leituras | O fim do homem soviético




DA VENCEDORA DO PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2015 





O fim do homem soviético - um tempo de desencanto

Autor: Svetlana Aleksievitch

Edição/reimpressão:2015

Páginas: 472

Editor: Porto Editora

ISBN: 978-972-0-04740-3



O fim do homem soviético - um tempo de desencanto é o último livro de um quinteto de Svetlana Alexievitch dedicado à Grande Utopia, ou seja, ao comunismo. Publicado entre 1985 e 2012, este conjunto de 5 livros faz da autora uma das vozes mais significativas na desconstrução dos mitos associados ao antigo império soviético. 



A autora abre a introdução a O Fim do Homem Soviético, intitulada Notas de uma cúmplice, com esta promessa: "Despedimo-nos dos tempos soviéticos. Dessa nossa vida. Tentarei escutar honestamente todos os participantes do drama socialista…”. Defendendo que “o comunismo tinha um plano louco – transformar o ‘homem antigo’”, Alexievich acrescenta que esse terá sido talvez o único objectivo que foi mesmo cumprido: “Em pouco mais de setenta anos, no laboratório do marxismo-leninismo criou-se um tipo humano especial – o Homo sovieticus”. E termina o seu texto com uma constatação e uma pergunta: “Encontrei nas ruas jovens com a foice e o martelo e o retrato de Lenine nas camisolas. Saberão eles o que é o comunismo?"



Sinopse

Volvidas mais de duas décadas sobre a desagregação da URSS, que permitiu aos russos descobrir o mundo e ao mundo descobrir os russos, e após um breve período de enamoramento, o final feliz tão aguardado pela história mundial tem vindo a ser sucessivamente adiado. O mundo parece voltar ao tempo da Guerra Fria.

Enquanto no Ocidente ainda se recorda a era Gorbatchov com alguma simpatia, na Rússia há quem procure esquecer esse período e o designe por a Catástrofe Russa. E, desde então, emergiu uma nova geração de russos, que anseia pela grandiosidade de outrora, ao mesmo tempo que exalta Estaline como um grande homem.

Com uma acuidade e uma atenção únicas, Svetlana Alexsievitch reinventa neste magnífico requiem uma forma polifónica singular, dando voz a centenas de testemunhas, os humilhados e ofendidos, os desiludidos, o homem e a mulher pós-soviéticos, para assim manter viva a memória da tragédia da URSS e narrar a pequena história que está por trás de uma grande utopia. 



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