A visão pessoana de um Quinto Império nasce nos versos desta obra, épica, metafórica e profética. A Mensagem é o sonho de Portugal. «Sou um nacionalista místico, um sebastianista racional», escreveu o poeta sobre o único livro de poemas em português publicado a 1 de dezembro de 1934, um ano antes da sua morte.
Nos 44 poemas da Mensagem contam-se séculos de história, das glórias e não glórias que Portugal viveu. Fernando Pessoa contempla o passado dos heróis e dos mitos, de Ulisses, de Viriato, do Infante D. Henrique, de Nuno Álvares Pereira e do desejado D. Sebastião.
O poeta encontra no «pequeno povo» das Descobertas, «a grande Raça que partirá em busca de uma Índia nova», não para conquistar apenas um Império terreno mas para cumprir o desígnio divino de um Império da Cristandade, o Quinto Império.
Tal como Camões fizera, quatrocentos anos antes, o poeta olha para a grandeza das viagens marítimas como um incitamento para o sonho: ”É a Hora!”, escreve no último verso.
Coletânea de poesias escritas em épocas diferentes, a Mensagem de Pessoa divide-se em três partes: Brasão, Mar Português e O Encoberto. Fica aqui um resumo feito pelo escritor Miguel Real.
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