‘Inspiro-me num qualquer lugar dentro de mim que desconheço’
Maria João, quando é que surgiu a sua vontade de escrever ficção e de publicar?
Um acaso na mudança de século. Uma amiga que entregou o original na Oficina do Livro. Hoje arrependo-me, não era o livro, nem o momento.
Onde é que, por norma, encontra a inspiração para escrever as suas obras?
Não há norma na inspiração. Há o avesso da norma: o caos, a desarrumação, a vontade. Inspiro-me num qualquer lugar dentro de mim que desconheço.
Quais as temáticas mais presentes na sua escrita?
Escrevo romances históricos e livros infanto-juvenis. Não há ideias ou há muitas. Sou eu e Portugal e a minha imaginação, julgo que será assim…
Que aspetos destacaria relativamente à sua mais recente obra; “Até que o Amor me mate”?
A minha paixão por Luís Vaz e o desejo de que os leitores, através do meu humilde contributo, cheguem à obra genial do maior poeta português.
Quais os momentos mais marcantes no seu percurso enquanto escritora?
Os encontros com leitores que me dão enorme motivação. E a viagem. A viagem de Luís Vaz por este mundo fora que «copiei» sozinha a 500 anos de distância.
O que é, para si, um bom livro?
O livro que me perturba e desarruma.
E o que faz de um escritor um bom escritor?
Um bom leitor.
Para terminar, gostaríamos que nos indicasse os seus 7 escritores de eleição e os 7 livros que, indubitavelmente, recomendaria.
Nomeio alguns autores portugueses meus de quem gosto muito:
Rita Ferro, Gonçalo M. Tavares, Inês Pedrosa, Patrícia Reis, Afonso Reis Cabral, José Luís Peixoto, Nuno Camarneiro, Jorge Reis-Sá.
Entrevista transcrita de escritores,online.
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