domingo, 3 de maio de 2015

Dia Mundial da Liberdade de Imprensa



CIDADANIA







Tema de 2015: Deixem o jornalismo prosperar!
 Rumo a uma melhor informação, à igualdade de género e à segurança dos media na era digital



O Dia mundial da liberdade de imprensa foi proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1993, seguindo a recomendação da Conferência Geral da UNESCO. Desde então, 3 de maio, data do aniversário da Declaração de Windhoek, é celebrado em todo o mundo como o Dia mundial da liberdade de imprensa. É uma oportunidade para:

 - celebrar os princípios fundamentais da liberdade de imprensa;

 - avaliar o estado da liberdade de imprensa em todo o mundo;

 - defender os media dos ataques à sua liberdade;

 - prestar homenagem aos jornalistas que perderam as suas vidas no cumprimento do dever. 

Este ano, a UNESCO, a agência das Nações Unidas encarregada de promover e proteger a liberdade de imprensa em todo o mundo, nomeou a conhecida jornalista e correspondente da CNN Christiane Amanpour  Embaixadora da Boa Vontade para a Liberdade de Expressão e a Segurança dos Jornalistas.


Em 2015, a UNESCO está concentrada em 3 temas:

 JORNALISMO DE QUALIDADE
A necessidade de "um jornalismo de qualidade" - relatar o que é preciso e de fora independente continua a ser uma preocupação constante num momento em que a paisagem dos media está a mudar  devido à evolução tecnológica e comercial.

 DESEQUILÍBRIO ENTRE GÉNEROS
O desequilíbrio entre géneros continua nos media 20 anos após a Declaração de Beijing e a Plataforma para a Mudança. Uma reduzida minoria de mulheres tem acesso a posições de decisão nos media.

 SEGURANÇA DIGITAL
O terceiro tema é a segurança digital, um tema de crescente preocupação porque a comunicação digital torna difícil a proteção quer dos próprios jornalistas, quer das suas fontes.
 
 
A cerimónia anual da entrega do Prémio  UNESCO/Guillermo Cano World Press Freedom Prize tem lugar precisamente no dia 3 de maio de 2015, na Biblioteca Nacional da Letónia em Riga. O vencedor deste ano é o jornalista sírio e ativista dos direitos humanos Mazen Darwish, que atualmente está preso. O prémio será entregue à sua mulher.


Mazen Darwish

 
Defensor dos direitos humanos e diretor do Centro Sírio para a Imprensa e a Liberdade de Expressão, Darwish está na prisão desde sua detenção, juntamente com os seus colegas, Hani al Zitani e Husein Ghareer, no dia 16 de fevereiro de 2012, em Damasco, num ataque das forças de segurança sírias.

A UNESCO atribuiu-lhe o prémio "como reconhecimento do seu trabalho na Síria há mais de 10 anos, a custa de sacrifícios pessoais: proibição de viajar, perseguição, privação repetida da liberdade e tortura", salientou a organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em comunicado.

"O que Mazen e aqueles que sofrem a mesma situação tentam fazer é conseguir uma mudança real na Síria por meios não violentos, reconhecendo a dignidade de todos", declarou em fevereiro sua mulher Yara Bader, também ela jornalista.

Segundo estimativas do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), desde o início da revolta pacífica contra o regime de Bashar al-Assad, no dia 15 de março de 2011, transformado posteriormente numa sangrenta guerra civil, 200.000 pessoas foram detidas e encontram-se presas nas cadeias e centros de detenção dos serviços de inteligência do regime. Cerca de 13.000 foram mortas por tortura e 20.000 permanecem desaparecidas, segundo a mesma fonte.



Em 2014, o Prémio UNESCO/Guillermo Cano World Press Freedom Prize 
foi entregue ao jornalista turco Ahmet Şık

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