terça-feira, 14 de agosto de 2018

Formas de ver o mundo | O ensaio



Portugal visto por Jose Gil



Se há obra que marca o início do século XXI português é esta, do filósofo José Gil. Talvez seja porque nela se espelha a condição de ser português, tão cantada desde Luís de Camões ou porque nela se queiram ler as respostas para esse Portugal por cumprir, como disse Pessoa ou, ainda, por que é que resistimos venerandos e obrigados. 


 http://ensina.rtp.pt/artigo/jose-gil-e-o-problema-da-identidade-portuguesa/
José Gil e o problema da identidade portuguesa




José Gil acompanhou as mudanças na sociedade mas, no seu entender, a mudança profunda nunca foi feita: as mentalidades continuaram fechadas, presas à inércia e a um medo interiorizado que a ditadura fomentou; o espaço público manteve-se reduzido, a iniciativa individual e coletiva muito limitadas ou praticamente inexistentes. Da exaustiva reflexão sobre a identidade portuguesa, escreveu um “esboço de ensaio”, retrato pessimista do presente e do futuro “do país da não inscrição, onde nada acontece”.

Nesta entrevista, o filósofo e ensaísta, reflete sobre a identidade portuguesa a partir do seu livro "Portugal Hoje - O Medo de Existir" (2004), que foi best-seller. A revista francesa Le Nouvel Observateur considerou-o um dos mais importantes pensadores do mundo.




Portugal, Hoje — O Medo de Existir aborda traços de mentalidade (desde a inveja à dificuldade de "inscrição") que por serem particularmente acentuados no nosso país, obstaculizam o seu desenvolvimento, abertura ao exterior, e, sobretudo, a sua dinâmica interna. E por "dinâmica interna" José Gil entende "um movimento profundo, para além do plano sociológico, que faz mexer as pessoas e as liberta para todo o tipo de procuras, invenções, experimentações nas várias dimensões da vida".


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