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Usar os media criticamente: 10 estratégias
Por Terry Heick
http://teachthought.com/pedagogy
Do cinzel à imprensa escrita e ao tablete, da rádio e televisão ao twitter e ao facebook, enquanto existirem pensamentos e ideias, continuaremos a querer publicá-los e partilhá-los com os outros.
Seria previsível que, à medida que a tecnologia se torna mais integrada, mais acessível a todas as classes socioeconómicas e "mais inteligente", a conetividade se aprofundasse à medida que as nossas prioridades - e as ferramentas que usamos para expressá-las - mudam.
No entanto a realidade não é assim tão linear. A teoria da aprendizagem defende que das duas uma - ou queremos ligar-nos, relacionar-nos e experimentar o sentimento de pertença ou nos remetemos ao egoísmo, à exploração e à ganância. Esta não é, pois, uma simples encruzilhada moral, mas uma questão de neurologia.
A conectividade digital, que já está na vanguarda de tantos ensinamentos e aprendizagens, veio para ficar. Mas o uso de plataformas de redes sociais como twitter, facebook e instagram pode caminhar por uma fronteira ténue entre conectividade e narcisismo.
No contexto educativo, esta presença crescente do mundo digital vem mostrar a necessidade de criação de experiências empáticas de aprendizagem que conectem os aprendentes para fins profundamente humanos (quanto maior a disfunção, maior a necessidade do sentimento de pertença).
Vejamos 10 formas de ajudar as crianças e os jovens a usar os media sociais de forma crítica. O pensamento crítico começa com o eu ("Self") e expande-se.
Assim, em vez de lutar contra coisas como "tempo de ecrã", talvez possamos ajudá-los a usar esse tempo de maneira mais construtiva baseados no pensamento crítico.
1. Pense no objetivo, não na plataforma.
Conecte os alunos através da função e finalidade, e não através da tecnologia e dos gadgets (dispositivos)
2. Use os media sociais para ajudar os alunos estabelecer o contexto para eles próprios.
3. Trabalhe a tolerância intelectual.
Ajude os alunos a tomar consciência do modo como se relacionam com outros que são diferentes - que pensam, olham e atuam de forma diferente do que estão acostumados e como respondem a ideias diferentes das suas.
Faça isso não apenas numa perspectiva ética "seja gentil", mas também intelectual. Uma grande parte da inteligência é ser capaz de aprender com qualquer coisa, e uma grande parte disso é a capacidade de avaliar ideias sem viés pessoal, bem como a capacidade de se sentar com uma ideia e analisá-la sem a aceitar ou rejeitar.
4. Ilumine a interdependência.
Ajude os alunos a esclarecer para si mesmos a quem e a quê estão conectados - o óbvio e o menos óbvio. Incentive os alunos a identificar múltiplas "cidadanias" a que pertencem, tanto local como digitalmente, e a sua participação diversa em cada uma.
5. Expanda as zonas de conforto conceptuais.
Use a educação baseada em locais e a aprendizagem baseada em projetos para ajudar os alunos a estabelecer novas conexões com pessoas, lugares e ideias fora do mapa curricular
6. Clarifique as categorias de conhecimento.
Ajude os alunos a ver o conhecimento em categorias - académico vs recreativo; criativo vs industrial, fluido versus fixo, etc. - e o modo como as media sociais as enfatizam, suportam, ou disponibilizam. Se eles forem capazes de começar a ver essas categorias, poderão estar mais conscientes do que estão a "ingerir".
7. Analise e compare cidadania e cidadania digital.
Ajude os alunos a ver os efeitos de seu comportamento sobre os outros e o comportamento dos outros sobre eles. Além disso, ofereça estratégias de cidadania digital como "PENSE!", de modo a que tenham um tipo de estrutura para fazê-lo por conta própria.
8. Amplifique a cognição.
Tem uma nova ideia? Compartilhe-a com outras pessoas interessadas nesse tipo de ideias.
Documente o "processo" dessa ideia - de onde veio, como mudou, o que influenciou, o que pode fazer com ela, e assim por diante. Amplifique essa compreensão usando as habilidades conectadas e criativas dos media sociais.
9. Analise o modo como a forma afeta a mensagem.
A perspectiva é uma parte importante dos media sociais, tal como a identidade e a forma da ideia (vídeo versus tweet versus imagens, etc.). Se os alunos perceberem que a forma da mensagem afeta a própria mensagem, poderão pensar / refletir no que está "em volta" dessa mensagem e para além da plataforma, ver as ideias e as suas próprias origens.
Peça aos alunos que definam o mapa conceptual da sua própria interdependência num determinado contexto (lar, família, hobby, bairro, sala de aula, área de conteúdo, etc.).
10. Procure a autenticidade.
Ajude os alunos a identificar papéis autênticos numa comunidade que lhes diga muito (de que gostem e com que se preocupem).
Para ser "autêntico", os papéis devem existir naturalmente e permitir um vazio visível quando deixado sem preenchimento, proporcionando ao aluno um papel significativo relevante.
(tradução da nossa responsabiidade)
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