sábado, 1 de setembro de 2018

Como promover o pensamento crítico (com 5 macacos e uma banana)








Muitas pessoas, entre eles vários professores, perguntam-se frequentemente como promover o pensamento crítico. Eles sabem que a avaliação das fontes é uma habilidade fundamental para qualquer indivíduo, sobretudo na época atual das Fake News. Quero partilhar aqui no Professor Inovador a minha visão a respeito dessa questão. E enfatizo desde já que é imprescindível as escolas dedicarem uma boa parte do currículo ao desenvolvimento de competências como avaliar fontes, principalmente na hora de as citar em trabalhos realizados.

Como professor de Teoria do Conhecimento (Theory of Knowledge) – matéria obrigatória para os diplomandos do bacharelado internacional IB (International Baccalaureate) –, tento passar aos alunos a importância do questionamento permanente:


Como sabemos o que é verdade?”




Por outras palavras: “Antes de acreditar em alguma coisa que leu ou ouviu, verifique pessoalmente se aquilo realmente representa a verdade!”

Uma estratégia que funciona muito bem para promover o pensamento crítico é dar exemplos retirados da nossa própria vida, ou, como o próprio bacharelado internacional defende, uma situação real da vida (real-life situation). No meu caso, há alguns anos atrás, li o bestseller Das Shaolin Prinzip” (ainda sem tradução para o português – “O Princípio Shaolin”, em tradução livre), do austríaco Bernhard Moestl.



A experiência com 5 macacos 

Nesse livro o autor descreve uma  experiência com cinco macacos que tentam pegar uma banana pendurada no teto. No meio da jaula, eles precisam de subir uma escada se quiserem comer a banana, porém, cada vez que um dos macacos tenta subir, os cientistas jogam água na cara de todos os macacos. Resultado: depois de um certo tempo, sempre que um macaco tenta subir a escada, os outros macacos batem nele para evitar o banho d’água. Os cientistas então substituem um dos macacos e percebem que esse novo macaco, ao tentar subir a escada, é atacado pelos outros quatro. Aos poucos, os cientistas substituem todos os macacos e no final, restam na jaula apenas macacos que batem um no outro sem saber o porquê, já que nunca haviam levado o banho d’água dos cientistas. A moral da história seria: as pessoas muitas vezes não sabem porque tomam certas atitudes, apenas copiam o que os demais estão fazendo.

[...]

A importância de duvidar de qualquer fonte 


O autor do livro “Das Shaolin Prinzip” cita como fonte da pesquisa o psicólogo Gordon R. Stephenson. O problema é que… essa experiência nunca aconteceu! 

O artigo completo pode ser consultado AQUI.


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