sábado, 8 de fevereiro de 2025

Sugestão de leitura: Ainda assim

 

 

LER



Sinopse

Aqui, da rocha se levantam pessoas que lutam pela vida. Depois dos cereais, da batata, da carne selvagem, da pedra para a construção, a natureza cria o homem: duro como a pedra que o rodeia, uma máquina que se desfaz em trabalho. A rocha lhe molda o caráter, lhe empresta grandeza universal. Sendo este homem pobre por natureza, o Douro é a sua primeira migração. O Douro e a cidade, ou o Douro antes da cida­de. Depois, o mundo. Mais próximo, é o Douro o primeiro lugar que lhe promete sustento. E é lá que se desfaz sob sol escaldante e se refresca à vista do Rio onde não pode mergulhar. É lá que se deslumbra pela pri­meira vez, outra e outra vez, como se fosse a primeira, e se perde assim deslumbrado.

Este homem transmontano gosta de agradar sempre e quando não, pre­fere partir a ficar por esmola ou perrice. O Vinho do Douro, que leva Por­tugal ao Mundo, é fruto dessa paixão e dessa perdição.

Este romance faz-se da mulher e do homem dessa cepa e desse vinho. E, como esse vinho, que o tempo o eternize e lhe apure os sentidos, o Leitor o beba e lhe faça justiça.

Da Rocha* (2023). Ainda assim. Astrolábio Edições.

*Pseudónimo de Fernando António Silva da Rocha

 

Agradecemos o exemplar oferecido à Biblioteca pelo autor. 

 

Sem comentários: