sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Formação para as literacias - Saber usar os media - 9º C e D

 

 

 

 


 

No passado dia 27 de fevereiro, os alunos do 9ºC e do 9ºD estiveram na Biblioteca, das 10:20 às 12:10, para uma sessão de formação sobre Cidadania digital, mais precisamente Direitos online.

O tema abordado foi:  Sabes usar a informação da Internet nas tuas produções?

A orientação das sessões esteve a cargo da Equipa de coordenação da Biblioteca.

 

 


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Música em cena | Fevereiro: violino

 

 #musicaemcena  #alermaisemelhor

 

 


 

Na Biblioteca, continuamos com o projeto Música em cena!

Em fevereiro, o som que se vai ouvir é o do violino.  

 

Guilherme Machado, do 10ºA, e Mateus Reverendo, do 12ºA, são os convidados.

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Workshop | Restauro de livros

 


25 de fevereiro | Biblioteca Municipal








Com a dinamização de um workshop de restauro de livros, na Biblioteca Municipal, dirigida a Professores Bibliotecários e elementos das suas equipas, pretendeu-se proporcionando-lhes conhecimentos práticos sobre conservação e recuperação do acervo. 

Durante a sessão, os participantes exploraram técnicas essenciais, como limpeza e reparação de capas e páginas danificadas, permitindo que possam aplicar e disseminar esses conhecimentos nas suas próprias bibliotecas. 

Além de contribuir para a longevidade dos livros, o workshop fortaleceu a rede de bibliotecas escolares, promovendo a troca de experiências e a sensibilização para a importância da preservação do património bibliográfico.

Atividade promovida pela Rede de Bibliotecas de Vila Real.
 

 

“Guerra Nuclear”, a história de uma extinção em 72 minutos

 

 




A jornalista Annie Jacobsen, especialista em assuntos de segurança, realizou para este livro centenas de entrevistas ao longo de uma década


Em “Guerra Nuclear — Um Cenário”, a jornalista Annie Jacobsen cria uma ficção, com base em centenas de entrevistas ao longo de dez anos e em vias de se transformar num filme, sobre a realidade de uma detonação nuclear.

Ao abordar “Guerra Nuclear — Um Cenário”, um leitor desprevenido pode ter a sensação de que está de regresso a 60 ou 70 anos atrás, no auge da Guerra Fria, quando a paranoia relativamente à destruição do mundo era generalizada, nos EUA e não só, com exercícios regulares de manobras de refúgio nas escolas e um mercado florescente para abrigos nucleares. Estamos a voltar a isso? Bom, pelos vistos, sim, dado o aumento de países com armas nucleares — nove, pela última contagem — e as ameaças frequentes de as utilizar que nos chegam de ditadores como o russo Vladimir Putin e o norte-coreano Kim Jong-un.





GUERRA NUCLEAR — UM CENÁRIO
Annie Jacobsen
D. Quixote, 2025, trad. de Miguel Freitas da Costa, 410 págs.
Romance

Mas não se pode dizer que o alarme seja realmente muito grande. Parece que nos habituámos à ideia de que as armas nucleares existem, mas jamais vão ser usadas. De facto, não há razão nenhuma para pensar isso. Conforme lembra em “Guerra Nuclear — Um Cenário” a jornalista Annie Jacobsen, especialista em assuntos de segurança, o perigo é hoje tão grande como alguma vez foi. O livro abunda em estatísticas assombrosas: números de ogivas, força das possíveis detonações, temperaturas atingidas, percentagens de mortes, e, last but not least — na verdade, primeiro que tudo — os escassos segundos que a situação levaria a tornar-se irreversível se alguém lançasse um ICBM (Intercontinental Balistic Missil). Tal como Jacobsen o descreve, o processo até à extinção total levaria 72 minutos.

No cenário ficcional que Jacobsen desenha para explicar todo o sistema em pormenor, os lançamentos vêm da Coreia do Norte, em direção ao Pentágono e a outro local nos EUA. Sem contar demasiado (até porque vem aí um filme, para os interessados), refira-se que a falibilidade dos sistemas de deteção, em particular os russos, abrem a possibilidade de confusões catastróficas, tanto mais que os presidentes — são geralmente homens, com poder exclusivo, individual, nesses casos — têm poucos minutos para ordenar uma retaliação maciça para obliterar o seu presumível atacante. A quantidade de pormenores técnicos, obtidos em literatura do sector e em centenas de entrevistas ao longo de dez anos com altos responsáveis americanos (políticos, militares, cientistas), fazem deste livro uma obra de referência, ao mesmo tempo que a forma narrativa escolhida permite classificá-lo como obra de ficção, até certo ponto.

Para ser romance, falta-lhe o desenvolvimento de personagens e cenas. Alguém os há de fornecer no script que já estará em preparação, sem dúvida. Com sorte, mesmo nesta época de ditadores e pró-ditadores loucos, ainda estaremos cá todos para o ver no cinema.

FARIA, Luís M. E-Revista Expresso, 20 fevereiro 2025 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

'Citações e Pensamentos de Camilo Castelo Branco'

 

 

 


Silva, Paulo Neves da (ed.). Citações e Pensamentos de Camilo Castelo Branco. Casa das Letras, 2012.Disponível no Internet Archive 


📚

Camilo Castelo Branco (1825-1890), nome incontornável da história da literatura portuguesa, é autor de uma obra colossal de mais de cento e trinta títulos, além das suas participações regulares na imprensa e da sua vasta correspondência. 

Visceral e impulsivo, retratador acutilante e eloquente dos costumes da sociedade e dos meandros das almas, polemista massacrador sem adversários à altura, Camilo viveu os seus amores ao extremo, ao ponto de ter sido preso por duas vezes em virtude da loucura e insensatez dos seus envolvimentos amorosos. 

Da sua vasta obra ressaltam centenas e centenas de pequenas frases e textos, que exalam a sabedoria de uma autêntica experiência e lição de vida, que, muito para além da observação lúcida e da análise do sentimento que podem estar associadas a uma época, se tornam um autêntico compêndio das aventuras e desventuras daquilo a que se chama viver. 

Permanece atual pela intemporalidade com que se revestem os instantâneos do espírito tão bem dissecados e magistralmente descritos pela pena de Camilo, mergulhando fundo nos sentimentos, nobres ou reprováveis, que movem os indivíduos e a humanidade em geral desde os primórdios da História.

 

Camilo 200
 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Apontamento

 

 


 

Camões 500

 

Vamos falar de crédito? 1ºA-TAS

 

 

 


 



Ontem, dia 20 de fevereiro, das 10:202 às 12:10, os alunos do 1ºA-TAS estiveram na Biblioteca para assististir a uma sessão de Literacia financeira sobre o crédito.

A orientação da sessão esteve a cargo de Gonçalo Peixoto, formador do Banco de Portugal, agência de Viseu. 

Vamos falar de crédito? 2ºA-TAS

 

 

 


Ontem, dia 20 de fevereiro, os alunos do 2º A-TAS estiveram na Biblioteca, das 8:15 às 10:05, para participar numa sessão de formação sobre Literacia financeira - Crédito.

 Formador: Gonçalo Peixoto, do Banco de Portugal

 

Dia Internacional da Língua Materna 2025

 

 As Bibliotecas Escolares são espaços de inclusão e diversidade linguística! 


 



No Dia Internacional da Língua Materna, lembramos que as bibliotecas escolares têm um papel essencial na valorização da língua materna e na promoção do respeito pela diversidade cultural. Através de um acervo com livros em diferentes idiomas e de ações pedagógicas diversas, elas reconhecem e acolhem a identidade de cada aluno.

 

 

 

 

Camilo 200 | 'Perdida'

 

 

 


 



Perdida!

Veloz, qual flecha impelida
O meu cavalo corria…
Eu tinha a febre da raiva,
Abrasava-me a agonia,
E o cavalo generoso
O meu ódio concebia.

Os precipícios transpunha
Sem as rédeas sofrear!
Longe, ao longe eu ansiava
Este horizonte alargar;
Procurava mundos novos,
Faltava-me ali o ar.

E, de relance, deviso
Linda flor em ermo Val,
Mal aberta, e aljofrada
Pelo orvalho matinal,
Reacendendo solitária
Seu perfume virginal.

Nenhum homem lhe tocara,
Nem talvez a vira ali!
Tive orgulho de encontrá-la,
Que outra mais bela não vi.
Mas o ímpeto indomável
Do cavalo não venci.

E perdi-a! Não me lembro
Onde vi tão linda flor!
Sei que lá me fica a alma
Como um feudo pago à dor.
Outros lábios viral dar-lhe
Férvido beijo d’amor.

1850

in Ao Anoitecer da Vida, livro de poemas publicado pela primeira vez em 1873.



Camilo 200

 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

10 minutos a ler

 

 





"O projeto 10 Minutos a Ler tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de hábitos de leitura e para a formação de leitores gradualmente mais competentes. Pensado para ser implementado numa lógica de transdisciplinaridade, o projeto propõe que sejam dedicados à leitura dez minutos diários, considerando-se igualmente essencial a liberdade de escolha do material a ler. Deste modo, é importante dar a conhecer e aconselhar sem, no entanto, perder de vista o princípio essencial do 10 Minutos a Ler, que pressupõe uma decisão individual do leitor, sempre dependente do seu percurso prévio e de preferências individuais."
 
Lobo, Domingos Fernandes Aldina (coord.) (2023). DICA: Divulgar, Inovar, Colaborar, Aprender, Conselho Nacional de Educação.
 

'Qualquer mulher se apaixonaria por Camões'

 

 

 Maria João Lopo de Carvalho

Maria João Lopo de Carvalho


“Recita-me versos sobre essa tal ilha que diz ser dos amores. E eu canto-lhe coisas de amores, muito baixinho, para que apenas ele as escute. Diz que aos anjos roubei a voz. Acho bela a ilha que me recita, pois é bela a forma como a diz.”

A frase vem do romance histórico Até que o amor me mate – As mulheres de Camões da escritora Maria João Lopo de Carvalho e está personificada na figura de Bárbara, uma escrava da ilha de Moçambique e uma das mulheres pela qual o poeta se terá apaixonado. No livro, há o contributo de sete mulheres, as que mais terão marcado a vida e a literatura de Luís Vaz de Camões: Ana de Sá (madrasta do poeta), D. Violante de Andrade, D. Catarina de Ataíde, D. Francisca de Aragão, Bárbara, Dinamene e Inês de Sousa. Algumas são figuras da realeza e da nobreza, outras são humildes trabalhadoras e súbditas do reino.

Maria João Lopo de Carvalho encarna cada uma delas, desde as personalidades, aos feitios até aos diferentes tipos de amor. “Os textos são ficcionados, mas resultam do trabalho de pesquisa junto de vários camonianos”, explica. Se D. Violante era manipuladora e D. Catarina uma romântica incurável, a escritora tinha obrigatoriamente de adaptar o discurso consoante a “dama”. Mas acrescenta que teve uma ajuda: “Foram elas que vieram ter comigo”.


CapalivroAsmulheresdeCamoes

O livro foi publicado pela Oficina do Livro.

Durante cerca de quatro anos, Maria João Lopo de Carvalho teve de investigar e esmiuçar todo o trabalho feito acerca da vida de Camões, mas isso não bastava. Pelo menos, “o resultado final não seria o mesmo” — a autora embarcou sozinha numa viagem de dois meses por todos os portos onde Luís Vaz de Camões esteve — Goa, Damão, Vietname e Macau foram alguns dos locais. “Eu senti que tinha de estar onde ele esteve. Era importante captar os rostos das pessoas, os cheiros e os sabores”, esclarece. As crónicas da viagem foram publicadas no Observador, pode relê-las aqui.

Eram quase 500 anos de distância relativamente à viagem de Camões, semelhante a “um caminho marítimo para a Índia”, onde o poeta embarcou enquanto marinheiro ao serviço do reino. A aventura da escritora começou a 25 de outubro de 2015 e terminou no dia de Natal, a 25 de dezembro do mesmo ano. A mala era pequena e tinha um objeto indispensável lá dentro: Os Lusíadas. A epopeia acompanhou todo o percurso, como um guia de viagem e leitura face a todos os pontos no mapa — Cabo da Boa Esperança foi um dos mais reveladores para Maria João.

“Camões tinha razão quando falava do Adamastor, conseguimos ver uma figura humana no Cabo da Boa Esperança. E de uma coisa tenho a certeza: ler Os Lusíadas antes e depois da viagem, é uma experiência completamente diferente. São livros distintos”, afirma.

Aos 15 anos, Luís Vaz de Camões era um “martírio” para a escritora nas aulas de Português. Analisar a epopeia de língua portuguesa não era tarefa fácil, mas anos mais tarde, os sonetos de amor conquistaram Maria João Lopo de Carvalho. A ideia de retratar a vida privada do poeta e as musas que o inspiraram vem dos tempos de faculdade. Hoje, Até que o amor me mate – As mulheres de Camões pretende “motivar os leitores a voltar a ler o poeta”. 

No mundo contemporâneo, Camões estaria à altura de um Don Juan, um galã dos tempos modernos ou um “mulherengo”, como a escritora caracteriza face aos dias de hoje. “Era um génio fora do comum e só um homem muito apaixonado poderia escrever todos aqueles sonetos de amor. Qualquer mulher se apaixonaria por ele. Se o tivesse encontrado há 500 anos, ter-me-ia apaixonado ao primeiro encontro”, reconhece.

Pus o coração nos olhos, / E os olhos pus no chão / Por vingar o coração.

(…)

Se pouco vos mereci, / Não me estimais mais que o chão, / a quem vós o galardão / dais, e mo negais a mim.”


Rita Neves Costa, Observador, 13 de agosto de 2016

 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Provavelmente Leitura - fevereiro

 

 


Em fevereiro, o livro escolhido pela Biblioteca para divulgação na sala de professores é Até que amor me mate - As mulheres de Camões, de Maria João Lopo de Carvalho.

 

Boas leituras!  

 

Literacia financeira

 

 

 

 

 

Dia 20 de fevereiro, temos mais duas sessões sobre literacia financeira. 

Desta vez, o tema é o "Crédito". O formador é Gonçalo Peixoto, do Banco de Portugal, agência de Viseu.

 

 

domingo, 16 de fevereiro de 2025

O amor é um ritual, mas também um negócio: como se celebra o Dia dos Namorados pelo mundo

 










Língua universal, o amor expressa-se ao longo de todo o ano. São Valentim e Santo António são os mestres de cerimónias dos apaixonados portugueses, mas noutras paragens mandam outros padroeiros (e tradições)


É 14 de fevereiro e o calendário manda amar. Ou será o mercado? O dia é indissociável das ofertas de flores e bombons em quase todo o mundo. A tradição moderna tem raiz secular no grande protagonista da data que assinala o amor. Os escritos católicos relatam as histórias de três mártires de nome Valentim que faleceram a 14 de fevereiro. A história vigente é a de um padre do século III que foi decapitado, em Roma, por oficializar casamentos entre soldados e cristãos perseguidos durante o reino do imperador Cláudio II (há outra história que conta que Valentim devolveu a visão à filha do seu encarcerador).

Foi santificado pelo Papa Gelásio I a 14 de fevereiro de 496. A celebração cristã de dia 14 substituiu as celebrações pagãs da Lupercália, destinada à purificação e promoção da saúde e da fertilidade. É também conhecida por dies Februatus, que deu origem a Februarius — fevereiro. A Lupercália ainda é celebrada na África do Sul, no dia 15 de fevereiro. Entre as mulheres há a tradição de se exibir o nome dos seus amados num papel ou tecido preso à manga das suas roupas.

Por cá temos outro santo padroeiro do amor, nascido seis séculos depois de São Valentim. António de Pádua, frade franciscano, ficou conhecido pelo povo, entre outras qualidades, pelos seus dotes casamenteiros. É por isso que, desde 1958, se realizam os Casamentos de Santo António na véspera do feriado de 13 de junho. Interrompida em 1974 e retomada em 1997, a tradição já uniu 285 casais pela igreja e 130 por cerimónia civil. As candidaturas para as cerimónias de 2025 abrem precisamente no Dia dos Namorados e estendem-se até final de março. A 12 de junho, 16 casais terão a oportunidade de atar o nó na Sé de Lisboa ou no Salão Nobre dos Paços do Concelho, frente a milhares de pessoas, com a oferta de guarda-roupa, alianças, boda, despedidas de solteiro e lua de mel.

Para os galeses, a santidade que remete para a celebração do amor nasceu no século X e é uma história mais trágica do que romântica. Dwynwen é uma das 36 filhas de um rei irlandês que se opõe ao relacionamento da filha com um jovem do norte do País de Gales

É a devoção a Santo António, em parte, que faz com que o Dia dos Namorados no Brasil se celebre a 12 de junho, desde 1948. A outra parte é puramente comercial: terá sido ideia do publicitário João Doria, pai do ex-governador de São Paulo com o mesmo nome. A sua empresa foi desafiada pela Clipper, retalhista de roupa entretanto extinta, para motivar vendas no mês menos rentável do ano. A campanha fixou-se no dia 12, em homenagem ao santo casamenteiro, com o slogan: “Não é só com beijos que se prova o amor!” A celebração pegou e, segundo a BBC News Brasil, é o terceiro dia mais rentável no comércio brasileiro, depois do Natal e do Dia da Mãe. Também na Argentina uma campanha publicitária virou festa do romance. A “semana de la dulzura” surgiu em 1989 por iniciativa de uma empresa apoiada pela associação de distribuidores de guloseimas do país, com a premissa de “um doce por um beijo”. A campanha terá aumentado as vendas dessa semana em 20% e acabou por cimentar-se na cultura popular.

Para os galeses, a santidade que remete para a celebração do amor nasceu no século X e é uma história mais trágica do que romântica. Dwynwen é uma das 36 filhas de um rei irlandês que se opõe ao relacionamento da filha com um jovem do norte do País de Gales. O pretendente assedia Dwynwen quando esta nega casar-se; ela reza, ele petrifica e um anjo concede-lhe três desejos: a jovem liberta-se do namoro abusivo, nunca mais se casa e ganha a capacidade de ajudar casais em sofrimento. A 25 de janeiro, Dia de Santa Dwynwen, os galeses visitam a igreja de Llanddwyn, uma pequena península no sul da ilha onde a jovem terá vivido, e oferecem “colheres de amor”, utensílios artesanais de madeira esculpida, normalmente com símbolos alusivos.

Porque um dia não é suficiente, na Coreia do Sul e noutros países asiáticos celebram-se os 12 dias 14 do ano, cada um com o seu desígnio específico. Em fevereiro cumprem-se os ritos da tradição ocidental, com um traço distintivo: são as mulheres que oferecem chocolate aos homens. A 14 de março, no “Dia Branco”, os homens retribuem o presente, oferecendo às mulheres chocolate branco ou peças claras de lingerie. No mês seguinte, no “Dia Negro”, quem não recebeu prendas nos meses anteriores reúne-se em comiseração numa refeição de “noodles negros” banhados em molho de feijão. Ao longo do ano, celebram-se o Dia do Beijo, o Dia do Vinho ou o Dia do Abraço.


As diferentes celebrações do amor pelo mundo

O sétimo dia do sétimo mês do calendário chinês calha, este ano, no dia 29 de agosto. Será então celebrado o Festival Qixi na China e em Taiwan, com dois séculos de tradição e versões semelhantes noutros países como o Japão e o Vietname. As celebrações homenageiam a história de amor entre uma tecedeira e um vaqueiro e consistem em mostras de tecelagem, ofertas em devoção à deusa Zhinu e confeção de doces tradicionais. Hoje hão de ser encontradas apenas em zonas mais rurais, sendo que a maioria da população segue os gestos comerciais do Dia de São Valentim. Em Taiwan, é habitual oferecerem-se ramos de flores cujas cores e quantidades guardam significados específicos. 108 é o número mágico para um pedido de noivado.

Em Israel, tem-se retomado uma tradição de VI a.C. O Tu B’Av era uma cerimónia judaica em que as mulheres solteiras se vestiam de branco, sinalizando pretendentes. A tradição tem sido atualizada para os tempos modernos e representa o Dia dos Namorados judeu, no 15º dia do mês de Av do calendário judeu (entre julho e agosto).

De regresso à Europa: na República Checa, os casais visitam a estátua do poeta Karel Hynek Macha (viveu no século XIX e é talvez o equivalente checo de Camilo Castelo Branco), no parque de Petrin, uma das maiores zonas verdes de Praga. É no dia 1 de maio que se faz a romaria ao local, num bosque de cerejeiras debaixo do qual se diz que um beijo dá sorte à relação. Na Roménia, o amor celebra-se dez dias depois do 14 de fevereiro, para acolher a chegada da primavera. Os casais lavam o rosto na neve e colhem flores silvestres. É uma data popular para pedidos de casamento.

No país vizinho, os catalães festejam a Diada de Sant Jordi, ou Dia de São Jorge, a 23 de abril (data da morte do santo, em 303). A tradição do século XV dita que os homens devem oferecer uma rosa vermelha à amada, e a oferta literária em resposta terá surgido no início do século XX. Já os valencianos celebram São Dionísio, também considerado padroeiro do amor, a 9 de outubro — coincidindo com o dia da comunidade de Valência. As festividades têm como expressão mais doce a oferta da “mocaorà”, uma seleção de frutas e pequenas figuras confecionadas em maçapão, embrulhadas em lenços de seda e oferecidas às amadas.

Não é preciso estar-se numa relação romântica para celebrar estas efemérides. Na Estónia e na Finlândia, por exemplo, o dia 14 de fevereiro é dedicado à troca de prendas e afetos entre amigos. As tradições, que, mais ou menos antigas, hão de continuar a reinventar-se, mostram que o amor é sempre que uma pessoa quiser.

Inês Loureiro Pinto (texto), Carlos Esteves (infográfico), Cristiano Salgado (ilustração). E.Revista, Semanário Expresso, 14 de fevereiro de 2025

Meio ano de amor entre Friedrich Hölderlin e Susette Gontard

 

 

 Johann Christian Friedrich Hölderlin. Wikimedia Commons 

Todos os movimentos românticos, antes e depois do Romantismo, idolatraram o amor-ideia (tanto quanto o amor-sentimento) e a mulher idealizada (mais conceito poético do que figura empírica). Mas quando lemos as cartas de Friedrich Hölderlin e Susette Gontard encontramos a peça que faltava, depois das Beatrizes e Lauras que pouco ou nenhum contacto tiveram com os poetas que as celebraram. Susette não se limitou a corresponder-se com Hölderlin, correspondeu-lhe.

 
 

SOSSEGA ESTE CORAÇÃO — CARTAS DE AMOR
Susette Gontard e Friedrich Hölderlin
Assírio & Alvim, 2025, trad. de Maria Teresa Dias Furtado,136 págs.
Cartas


Em 1796, em Frankfurt, o poeta iniciara funções de tutor do filho do casal Gontard, o marido um banqueiro, o casamento mais negócio do que amor. O convívio próximo com Susette deu azo a um caso amoroso. Mas no Verão de 1798 o idílio acabaria, talvez quando o banqueiro Gontard descobriu ou desconfiou. Começou então a furtiva troca de cartas. Sobreviveram 17 dela e 4 rascunhos dele.

“Perdoar-me-ás a minha linguagem pobre”, escreve Susette, quando a linguagem dela é na verdade melancólica e exaltada nos sentimentos e anseios: “Dói-me indescritivelmente não poder dizer-te pessoalmente quanto te amo”, “guarda-me no teu amor para sempre”, “estamos juntos onde quer que estejamos e em breve espero voltar a ver-te”. Se existe uma incomensurabilidade entre o amor e o ‘poema de amor’, eles procedem como se não fossem assim. E quando Susette fala da felicidade “tal como nós o entendemos”, isso significa que até a obra de Hölderlin é, a vários títulos, obra deles os dois.

Sobre esse amor afirma o hiperbólico poeta: “Poder-se-ia percorrer o mundo e muito dificilmente se encontraria de novo algo assim.” Susette conhece bem os acasos e a necessidade, os enigmas e obstáculos (e as cartas incluem detalhadas e divertidas instruções para encontros ou avistamentos ilícitos). Em Hölderlin, ela identificou “um espírito elevado e pleno de energias nobres”, dotado de um “sentimento profundo”. “Há poucas pessoas como tu”, admite, e acrescenta que não quer que a “imagem” dela seja um “estorvo” para ele, mas que lhe permita cumprir um destino. E o destino é a poesia: “O teu amor honra-me o suficiente e bastar-me-á sempre e não exijo aquilo a que as pessoas chamam honra.”

Susette Gontard morreu em 1802, de rubéola. Friedrich Hölderlin “enlouqueceu” cinco anos depois, e habitou mansamente durante quase quatro décadas uma torre em Tubinga. O amor deles fracassou? Ou, como Hölderlin terá dito, meio ano de amor já é muito? Importa o que ficou: a correspondência, os poemas a Diotima, o romance “Hipérion” e a lucidez da musa que escreveu: “É melhor ser uma vítima do amor do que viver sem ele.”

Pedro Mexia, E-Revista, Semanário Expresso, 14 de fevereiro de 2025


sábado, 15 de fevereiro de 2025

Teatro | Um novo Amor de Perdição

 





Quem nunca “morreu” de amor? Quem nunca esteve desesperadamente apaixonado aos quinze anos? Sonhou ser Romeu ou Julieta? Pedro ou Inês? Ou se comoveu com a história de Teresa, Simão e Mariana? 

 

 


Representação de Amor de Perdição pelo Teatro do Bolhão

 

Quem nunca “morreu” de amor? Quem nunca esteve desesperadamente apaixonado aos quinze anos? Sonhou ser Romeu ou Julieta? Pedro ou Inês? Ou se comoveu com a história de Teresa, Simão e Mariana?

Camilo Castelo Branco diz que “os poetas cansam-nos a paciência a falarem do amor”, mas existe alguma experiência mais avassaladora? Existe, claro: a morte. O amor e a morte estão sempre demasiado próximos. O princípio e o fim. E entre um e outro cabem todas as histórias do mundo. 

Camilo escreveu Amor de Perdição em 1861, quando se encontrava preso na Cadeia da Relação do Porto por causa de um amor proibido: “Escrevi o romance em quinze dias, os mais atormentados de minha vida.” Mas o autor é tão hábil a despertar as lágrimas como a provocar o riso. Sempre que regressamos a este texto, tudo é novo. Tal como no teatro, onde nunca nada se repete da mesma maneira. 

Fonte: Teatro Nacional de S. João

 

 


 

 Amor de Perdição - Dossiê Pedagógico

 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Concurso 'Todos Contam' | Submissão da candidatura

 













 

O Concurso Todos Contam é uma iniciativa promovida anualmente pelo Conselho Nacional de Supervisores Financeiros - entidade composta pelo Banco de Portugal, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões – e pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, através da Direção-Geral da Educação e da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional. 

Este concurso insere-se no âmbito do Plano Nacional de Formação Financeira, que tem como objetivos a promoção de atitudes e comportamentos financeiros adequados e a melhoria do nível de conhecimentos financeiros, definindo a educação financeira nas escolas como uma das suas linhas de ação prioritárias. 

 Finanças Verdes: Gerir o futuro com consciência é o nome do projeto com que nos candidatamos.

Dia dos namorados - sugestões de leitura

 

 

 


 

 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Contos do Dia Mundial da Língua Portuguesa

 

 


#pnl2027 #DiaMundialdaLínguaPortuguesa #InstitutoCamoes

 

Pode ser uma imagem de texto que diz "Contos 6 da Língua Portuguesa ontos Inscrições abertas do Dia Mundial 2025 M F Porto Editora C PORT PORTUGAL CAMÕES INSTITUTO DA LINGUA COOPERAÇÃO RAÇÃO MINISTÉRIO NERÓCIOS ESTRANGEROS DumI LeR PLANONACIONAI PLANO NACIONAL BELEITURABO 20 DE ELEITURA" 

 



Estão abertas as candidaturas para a 5.ª edição do concurso “Contos do Dia Mundial da Língua Portuguesa”, iniciativa conjunta da Porto Editora, do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua (Camões, I.P.) e do Plano Nacional de Leitura.

O concurso propõe aos alunos que escrevam um conto inédito em língua portuguesa, subordinado ao tema "Inclusão". O período de submissões termina a 28 de fevereiro de 2025, data a partir da qual os trabalhos serão avaliados pelo júri, composto por elementos das três entidades organizadoras e pelo escritor e editor Rui Couceiro, padrinho desta edição.
 
 Consulte aqui o Regulamento.
 
 
 

Amanhã vamos ao teatro!

 

 

Pode ser uma imagem de 1 pessoa e a texto





"Amou, perdeu-se, e morreu amando.
É a história. E história assim poderá ouvi-la a olhos enxutos a mulher, a criatura mais bem formada das branduras da piedade, a que por vezes traz consigo do céu um reflexo da divina misericórdia; essa, a minha leitora, a carinhosa amiga de todos os infelizes, não choraria se lhe dissessem que o pobre moço perdera honra, reabilitação, pátria, liberdade, irmãs, mãe, vida, tudo, por amor da primeira mulher que o despertou do seu dormir de inocentes desejos?!"
 
Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Literacia financeira | 9º D



#internetmaissegura
#DiaDaInternetMaisSegura
#Cibersegurança








Esta manhã, às 9:15, os alunos do 9º D estiveram na Biblioteca para participarem numa sessão de formação submetida ao tema "Gestão do Orçamento".
Ana Lucia Ferreira e Viviane Costa Veloso, formadoras do Banco de Portugal, orientaram a sessão.
 

Literacia financeira | 7ºB

 

 
#internetmaissegura
#DiaDaInternetMaisSegura
#Cibersegurança

 

 







Hoje de manhã, os alunos do 7º B estiveram na Biblioteca para assistirem a uma sessão de formação sobre literacia financeira, orientada pelas formadoras do Banco de Portugal Ana Lucia Ferreira e Viviane Costa Veloso. Gestão do orçamento foi o tema escolhido, tendo sido abordados, entre outros, os seguintes tópicos:

a) A importância do orçamento familiar;
b) Etapas na elaboração do orçamento familiar;
c) Rendimentos e despesas.

No final da sessão, os alunos tiveram a oportunidade de aprender a detetar notas falsas e de ver o seu aspeto final quando são destruídas. 





Cidadania digital: Sabes usar a informação da internet nas tuas produções?

 

 

Formação - Saber usar os media

 

#internetmaissegura
#DiaDaInternetMaisSegura
#Cibersegurança 




 

 

 

 

 

 

 

 



Hoje, os alunos do 1ºA-TAS tiveram aula na Biblioteca. Acompanhados da professora de Português, participaram numa sessão de formação sobre Cidadania digital, subordinada ao tema "Cidadania digital: Sabes usar a informação da internet nas tuas produções?" e dinamizada pela professora bibliotecária.

Tópicos abordados:
- Direitos de autor
- Licenciamento
- Referenciação de fontes
- Plágio
 


terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Biblioteca promove a literacia financeira

 





 A literacia financeira na escola é essencial para preparar os jovens para a vida adulta, ajudando-os a tomar decisões responsáveis sobre dinheiro. 

Ensinar conceitos como poupança, orçamento, investimento e crédito desde cedo promove autonomia financeira, evita endividamento e incentiva hábitos saudáveis de consumo. Além disso, contribui para a redução das desigualdades sociais, permitindo que todos tenham acesso ao conhecimento necessário para gerir as suas finanças de forma consciente e sustentável. 

Amanhã, iniciamos o programa de sessões para este ano letivo, com duas turmas do 3º Ciclo: o 7ºB e o 9ºD. 

 

Cidania digital: direitos online

 

 Formação - Saber usar os media

#internetmaissegura
#DiaDaInternetMaisSegura
#Cibersegurança 




Hoje, Dia da Internet mais Segura, os alunos do 9º G tiveram aula na Biblioteca. Acompanhados da professora de Português, participaram numa sessão de formação sobre Direitos online, dinamizada pela professora bibliotecária. 

 
Objetivos da sessão:  

  • Participar ativamente numa campanha publicitária.
  • Refletir sobre comportamentos individuais e coletivos.
  • Identificar problemas concretos relativos ao contexto escolar e colaborar em ações ligadas à sua melhoria. 
  • Criar um produto mediático. 

Exposição CAMÕES




















A exposição, composta por uma coleção de 38 cartazes, com dimensões de 100 x 70 cm, procura abordar alguns dos aspetos mais importantes da vida e da obra de Camões.
Organização: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1995
Promoção: Rede de Bibliotecas de Vila Real
Local: átrio da escola e corredor de serviços 
Data: de 11 a 18 de fevereiro
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camões 500
 
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Biblioteca organiza sessões de formação sobre cidadania digital

 

 #internetmaissegura  #DiaDaInternetMaisSegura  #Cibersegurança

 
 

 
 
Ao longo do mês de fevereiro, a Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco vai dinamizar sessões de formação sobre cidadania digital.
 
A biblioteca escolar desempenha um papel fundamental na promoção da cidadania digital, especialmente no contexto do Safer Internet Day. Com o aumento do uso da tecnologia, é essencial que os alunos desenvolvam competências para navegar na internet de forma segura, crítica e responsável.
 
Dinamizar sessões de formação sobre cidadania digital permite sensibilizar os estudantes para temas como privacidade online, combate à desinformação, cyberbullying, direitos online e segurança digital. Além disso, a biblioteca, como espaço de aprendizagem e reflexão, pode incentivar o debate sobre o impacto das redes sociais e o uso ético da tecnologia.
 
Ao promover essas iniciativas, a escola contribui para formar cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar os desafios do mundo digital.