Grândola, Vila Morena
Composta e cantada por Zeca Afonso, a canção "Grândola, Vila Morena" foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos. A canção refere-se à fraternidade entre as pessoas de Grândola, no Alentejo, e teria sido banida pelo regime salazarista como uma música do partido comunista de Moscovo. No contexto da revolução, serviu para confirmar o bom andamento das operações e despoletar o avanço das forças organizadas pelo MFA.
À meia noite e vinte minutos do dia 25 de Abril de 1974, "Grândola, Vila Morena" foi transmitida pelo programa independente Limite através da Rádio Renascença, confirmando-se, assim, o início da revolução. Também por esse motivo, transformou-se no símbolo da revolução e do início da democracia em Portugal.
Na imagem: Salgueiro Maia, um dos capitães de abril
Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
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