terça-feira, 30 de agosto de 2016

D. João I, de João Fernando Ramos


O Pai da Ínclita Geração

"Este livro toma como fonte de inspiração factos e acontecimentos de cariz histórico e científico que, no entanto, não limitaram a imaginação e a liberdade ficcional própria de um romance histórico.
A época escolhida foi a do reinado de D. João I, um monarca que marcou o rumo de Portugal, inaugurando a Segunda Dinastia, conhecida precisamente por Avis, imortalizado a importância do rei que a iniciou."
RAMOS, João Fernando, "Nota final", João I - O Pai da Ínclita Geração. Lisboa: A Esfera dos Livros, p. 363.






Excerto:


"No plano traçado, os três homens só saíram do paço depois de o povo encher a praça. Não passou mais de meia hora e a populaça já tinha tomado conta de tudo e ameaçava incendiar a casa da Aleivosa. João apareceu então à janela para dizer que estava vivo.

- Povo de Lisboa, o vosso Mestre está vivo!

Aquela gente empolgou-se em palmas e vivas a el-rei. Muitos nunca tinham posto a vista em cima do Mestre, outros pensavam que aquele João era o filho de Pedro e Inês, que muitos ansiavam coroar, corrigindo um desvio na História que teve a coragem de acabar com a história de amor entre Pedro e Inês, condenando ao degredo os seus descendentes.

João pediu calma:

- Não vos preocupeis, Lisboa não cairá nas mãos de Castela... - disse sem conseguir terminar a frase, interrompido pelo entusiasmo do povo, que parecia ganhar uma nova esperança.

D. Leonor ouvia as palavras do Mestre, apavorada, e pedia às aias para arrumarem o que pudessem nos seus baús. O seu coche saiu pelas traseiras, sem honra, com a rainha num pranto imenso rumo a Alenquer."

RAMOS, João Fernando, D. João I - O Pai da Ínclita Geração. Lisboa: A Esfera dos Livros, p. 141.



Sinopse:
Era preciso esquecer a incerteza, as dúvidas que lhe assolavam o coração. Era rei de Portugal, aclamado pelo povo e estava ali para a batalha definitiva, junto do seu fiel amigo e guerreiro do reino, Nuno Álvares Pereira. Iria vencer, como já haviam vencido outras difíceis batalhas, e afirmar-se para sempre na História de Portugal. João havia intuído os sinais que o destino lhe havia deixado… 

O jornalista João Fernando Ramos traz-nos, no seu romance estreia, a aventurosa e fascinante história de D. João I, o da Boa-Memória. Nasceu filho bastardo, foi mestre de Avis, mas a força das circunstâncias levaram-no a conjurar contra a regente D. Leonor Teles e o seu secretário galego Conde Andeiro, fiéis subservientes dos interesses do reino vizinho. Era preciso assumir um trono para o qual não estava destinado. Lutar pela independência de um povo contra a ameaça castelhana e afirmar a sua dinastia na História de Portugal. Para isso contava com a ajuda silenciosa de Adelaide, uma mulher misteriosa com o suave cheiro das montanhas… Do feliz casamento com a inglesa D. Filipa de Lencastre nasceu uma geração de filhos que marcou para sempre a história do país. Armados cavaleiros pela mãe moribunda, juntos conquistaram Ceuta, sonharam com novos mundos, conquistaram novas alianças. Foram a Ínclita Geração.



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