Autor: Umberto Eco
Título: História do Feio
Edição/reimpressão: 2007
Editor: Difel
Nº Páginas: 456
ISBN: 9789722908542
Para Eco, a fealdade é mais divertida e interessante do que a beleza. A beleza é, frequentemente, entediante porque toda a gente sabe o que ela é.
Filosófica e esteticamente, o conceito de Belo sempre se contrapôs ao conceito do Feio. Daí que a História do Feio surja como a sequência natural e mundialmente aguardada do best-seller internacional, História da Beleza.
Aparentemente, beleza e fealdade são conceitos que mutuamente se exigem: habitualmente entende-se a fealdade como o oposto da beleza, de modo que bastaria definir a primeira para se saber o que é a outra. Mas as diversas manifestações do feio através dos séculos são mais ricas e imprevisíveis do que comummente se julga. Por isso, os textos antológicos e as ilustrações extraordinárias deste livro levam-nos a percorrer um itinerário surpreendente entre pesadelos, terrores e amores de quase trinta mil anos, onde os atos de repulsa caminham de mãos dadas com comoventes movimentos de paixão, e a rejeição da deformidade é acompanhada de êxtases decadentes que, as mais das vezes, são violações sedutoras de todos os cânones clássicos. Entre demónios, loucos, inimigos horríveis e presenças perturbantes, entre abismos revoltantes e deformidades que atingem o sublime, freaks e mortos-vivos, descobre-se uma veia iconográfica vastíssima e, muitas vezes, inimaginável.
Aparentemente, beleza e fealdade são conceitos que mutuamente se exigem: habitualmente entende-se a fealdade como o oposto da beleza, de modo que bastaria definir a primeira para se saber o que é a outra. Mas as diversas manifestações do feio através dos séculos são mais ricas e imprevisíveis do que comummente se julga. Por isso, os textos antológicos e as ilustrações extraordinárias deste livro levam-nos a percorrer um itinerário surpreendente entre pesadelos, terrores e amores de quase trinta mil anos, onde os atos de repulsa caminham de mãos dadas com comoventes movimentos de paixão, e a rejeição da deformidade é acompanhada de êxtases decadentes que, as mais das vezes, são violações sedutoras de todos os cânones clássicos. Entre demónios, loucos, inimigos horríveis e presenças perturbantes, entre abismos revoltantes e deformidades que atingem o sublime, freaks e mortos-vivos, descobre-se uma veia iconográfica vastíssima e, muitas vezes, inimaginável.
Percorrendo os períodos da História da Arte, até à atualidade, o livro aborda as várias representações do feio, diferentes estilos, num estudo muito completo, com imagens elucidativas. Ao lermos o livro vamos encontrando o feio na natureza, o feio aliado ao espiritual, o feio associado com a assimetria, a desarmonia, a debilidade e a desfiguração; vamos vendo o feio pintado de mesquinho, vil, banal, casual, arbitrário, grosseiro, repugnante, desajeitado, horrendo, sensaborão, nauseabundo, criminoso, espectral, bruxo, satânico, repelente, desagradável, grotesco, abominável, odioso, indecente, imundo, porco, obsceno, pavoroso, abjeto, monstruoso, horripilante, medonho, terrível, terrificante, tremendo, repulsivo, nojento, nauseabundo, fétido, ignóbil, desgraçado, algo / alguém sem graça nenhuma nem decência.
A narrativa de Umberto Eco é uma espécie de cartografia de emoções que alinha excertos picarescos de Rabelais (a invenção dos "limpa-cus" no tomo I de Gargântua e Pantagruel, 1532), o Manifesto Surrealista, de André Breton (1924), e a descrição de um inimigo de James Bond a ser devorado por tubarões no filme Vive e Deixa Morrer (1954).
O primeiro editor estrangeiro que viu esta obra exclamou: «Como é bela a fealdade!»
Entrevistado sobre a História do feio, Umberto Eco fala sobre o conceito central do livro: a fealdade.
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