Sinopse
A reportagem é o género nobre do jornalismo. Mais do que compilar estudos académicos e experiências dos repórteres, o que se pretende neste Manual de Reportagem é dar lugar ao debate e à reflexão, trazer pontos de vista sobre a história, a narrativa, a ética, de como tudo isto se cruza no ensino da reportagem e nas suas diversas linguagens. Seja com sons, com texto, com imagens ou juntando tudo isto e acrescentando novas ferramentas digitais no multimédia, é a reportagem que melhor nos mostra a rua e o mundo. Mas, ao mesmo tempo, é este género jornalístico que mais sofre com a deficiência de meios técnicos, a redução de jornalistas nas redações e o imperativo do imediato na informação, que castra o tempo de pesquisa e maturação de que a reportagem precisa.
As quase três dezenas de vozes inquietas que aqui reunimos contam-nos histórias limitadas, revelam-nos dilemas éticos, expõem-se a eles e ao método que usam para relatarem, “com todos os sentidos”, a realidade que observam. A esta lista faltarão nomes (faltariam sempre) que, por muitas razões, deveriam estar.
Índice
Nota Introdutória - 11
Pedro Coelho, Ana Isabel Reis e Luís Bonixe
Prefácio - 13
Adelino Gomes
PARTE I – A REPORTAGEM: O GÉNERO NOBRE – 29
Introdução – 31
Ana Isabel Reis
Capítulo 1 – Genealogia da reportagem – 33
Jacinto Godinho
Capítulo 2 – A reportagem e o jornalismo literário – 57
Isabel Soares
Capítulo 3 – Investigar o sensível. A ética ao serviço da reportagem – 77
Carla Baptista
Capítulo 4 – O ensino da reportagem em Portugal e no Brasil – 95
Sandra Marinho, Pedro Coelho e Florival Galvão Júnior
PARTE II – A REPORTAGEM E A ESPECIFICIDADE DAS PLATAFORMAS – 121
Introdução – 123
Luís Bonixe
Capítulo 5 – O texto: elemento âncora da reportagem – 127
António Granado
Capítulo 6 – O som: elemento âncora da reportagem – 147
Madalena Oliveira, Francisco Sena Santos e Miguel van der Kellen
Capítulo 7 – A imagem: elemento âncora da reportagem – 163
Pedro Coelho
Capítulo 8 – Quando as linguagens se fundem na reportagem multimídia – 185
Teresa Abecasis
PARTE III – A EXPERIÊNCIA DE... – 207
Introdução – 209
Pedro Coelho
As bolas de fogo – 213
Adriano Miranda
A Casa de Svetlana tem vista para os refugiados – 217
Cândida Pinto
O tempo que o tempo tem – 221
Carlos Rico
Alagie – 225
Catarina Santos
Gente com cócegas – 231
Cristina Lai Men
Olhos que veem, coração que cala – 235
Fernanda Oliveira Ribeiro
Notas breves de um repórter vadio e intermitente – 239
Fernando Alves
O pivô também como repórter – 243
Francisco Sena Santos
Perdemos muito à procura de ganhar tempo – 249
Hugo Alcântara
A máquina do tempo e a arte dos mergulhos – 253
Joana Beleza
O lugar de escuta – 257
Joana Gorjão Henriques
Elogio do diferido – 263
João Paulo Baltazar
Aquele segundo em que o telefone toca – 267
João Santos Duarte
Ver com todos os sentidos – 273
José Manuel Mestre
A reportagem que parecia impossível – 277
José Manuel Rosendo
Todas as cores do arco-íris – 283
Luís Miguel Loureiro
A lente num véu afegão – 289
Luís Pinto
Reportagem de proximidade: como o local pode importar ao alinhamento nacional – 295
Miguel Midões
Reflexões de 20 anos como repórter em construção – 299
Miriam Alves
História em busca de bússola – 305
Nuno Amaral
Conversas com terroristas – 311
Nuno Tiago Pinto
Prontuário de gerúndios – 317
Paulo Barriga
Jornalismo de causas ou a causa do jornalismo? – 321Paulo
Moura
Como nasceu um projeto de jornalismo transfronteiriço – 327
Paulo Pena
O anexo – 333
Pedro Coelho
A surpresa na reportagem – 337
Pedro Mesquita
O peso da sorte na construção de uma carreira de repórter – 341
Ricardo Alexandre
Prefácio sonoro para Pyongyang – 347
Rita Colaço
O repórter não arde no fogo – 353
Rodrigo Lobo
Notas Biográficas – 357
Sem comentários:
Enviar um comentário