O vazio ao contrário
(transformando o vazio…)
A partir do poema de Tolentino de Mendonça "Ensina-nos, Senhor, a rezar este vazio"
Ensina-nos,
Senhor, a rezar este vazio.
A
esperança trazida por uma cura que não conhecíamos e que agora aparece como
“luz ao fundo do túnel”.
A
restauração da vida finalmente em andamento.
A
esperança daqueles que já não têm de contar as horas pois não mais estarão sós.
O
preenchimento das certezas que nos complementam e das quais falaremos.
O brilho
dos olhos dos que vemos felizes.
A alegria
dos cuidadores no final de turnos animadores.
A coragem
dos que tiverem de continuar expostos, dia a dia, para salvar os outros.
A
felicidade de, a pouco e pouco, se recuperar o que agora, em segundos, nos
escorre por entre os dedos.
O ânimo
da mulher idosa no reencontro com a família.
O bulício
das ruas donde nos chega um ruído que não é barulho, mas o respirar da vida
quotidiana.
A alegria
dos reencontros e o retomar das conversas.
A alegria
e a esperança que os amigos sentirão.
O calor
dos abraços virtuais existentes e dos abraços literais que em breve serão
dados.
A
completa facilidade dos gestos.
A
esperança de podermos quebrar esta barreira que nos afasta.
A
plenitude da vivência de outros verões.
Poema elaborado pelos alunos do 10º I. Setembro 2020
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