terça-feira, 3 de maio de 2016

Ironia, caricatura e humor - a imprensa Portuguesa no início do século XX


Exposição na Biblioteca CCB | durante o mês de maio




"[...] surge neste período de transição entre o século XIX e o século XX, uma imprensa de combate muito relevante, numa primeira fase no desmoronamento da monarquia e, posteriormente, na divulgação dos ideais republicanos. Políticos, intelectuais, escritores, todos colaboravam na estruturação do discurso de imprensa, que atingia progressivamente mais públicos de uma população cada vez menos iletrada, devido ao investimento na educação.
Por outro lado, a propaganda republicana, a fim de vencer as barreiras do analfabetismo, apostou na divulgação de pequenos textos, na criação de coleções especializadas e na iconografia: a imagem era uma forma de chegar de um modo mais direto a todos os cidadãos." [1]



Imagem: cartaz elaborado por Carlos Santelmo a partir do Suplemento Humorístico do Jornal "O Século", 
de 26 de abril de 1904 (o original do jornal pode ser visto na exposição)


O espólio exibido nesta exposição (jornais humorísticos portugueses das duas primeiras décadas do século passado e alguns ainda do século XIX), por ocasião da celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, pertence a António Thuribio da Silva (1831-1905) e foi gentilmente disponibilizado à Biblioteca CCB pelo seu neto, Aníbal Fernando Vieira da Silva, durante o mês de maio.

Para além do jornal O Século, estão também expostos exemplares de O sorvete, Os Ridículos (de 1913 e 14), O Thalassa (1913) e A Comédia Portugueza (de 1902 e 1904).

A completar a exposição podem ser lidos extratos de notícias e faits-divers dos jornais locais O Dilúculo, de 1 de dezembro de 19016, e O Villarealense, de maio de 1915, e a página de rosto da edição de 5 de outubro de 1910, onde se anuncia a visita a Vila Real, de Sua Majestade, El-rei de Portugal!










[1] PEIXINHO, Ana Teresa e SANTOS, Clara Almeida (coord.) - Comunicação e educação republicanas (1910-2010). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2011, pp. 9-10. 


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