LUSITÂNIA
Os que avançam de frente para o mar
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus barcos
Vivem de pouco pão e de luar.
Os que avançam de frente para o mar
E nele enterram como uma aguda faca
A proa negra dos seus barcos
Vivem de pouco pão e de luar.
Sophia de Mello Breyner Andresen
HORI ZONTE
Ó mar
anterior a nós, teus medos
Tinham coral
e praias e arvoredos.
Desvendadas
a noite e a cerração,
As tormentas
passadas e o mistério,
Abria em
flor o Longe, e o Sul sidéreo
'Splendia
sobre as naus da iniciação.
Quando a nau
se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores
onde o Longe nada tinha;
Mais perto
abre-se a terra em sons e cores:
E, no
desembarcar, há aves, flores,
Onde era só,
de longe, a abstrata linha.
Da distância
imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos
da esp'rança e da vontade,
Buscar na
linha fria do horizonte
A árvore, a
praia, a flor, a ave, a fonte-
Os beijos
merecidos da Verdade.
Fernando Pessoa
A 16 de novembro, celebra-se o Dia Nacional do Mar.
Nesta data, em 1994, entrou em vigor a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) que estabeleceu um novo quadro jurídico para o direito do mar. Ao ratificar a CNUDM, a 14 de Outubro de 1997, Portugal assumiu responsabilidades numa das áreas marítimas mais extensas da Europa, e a maior da União Europeia, com uma dimensão 18 vezes superior ao território nacional.
Quatro anos mais tarde, em 1998, o dia 16 de novembro foi institucionalizado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 83/1998, de 10 de Julho, como o Dia Nacional do Mar e, desde então, tem vindo a ser evocado através de uma série de eventos e iniciativas.
Quatro anos mais tarde, em 1998, o dia 16 de novembro foi institucionalizado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 83/1998, de 10 de Julho, como o Dia Nacional do Mar e, desde então, tem vindo a ser evocado através de uma série de eventos e iniciativas.
Sem comentários:
Enviar um comentário