Quinta-feira, 9 de
fevereiro de 2023
Querido Teté,
Após tanto tempo a tentar entender se teria a culpa por algo, onde não
tive voto na matéria, apercebi-me de que não deveria insistir numa situação que já
não era a mesma de antes. Neste caso, refiro-me e ao tempo que gastei a amar a
pessoa errada!
Conheci o rapaz por acaso! Achei que seria uma pessoa que entraria e
sairia facilmente da minha vida. Estava muito errada! Mas, após uma semana,
essa pessoa demonstrou ser muito diferente do que estava à espera.
Um dia de outubro, numa tarde, sinais não me faltaram para perceber o
que iria acontecer. Porém, como sou um pouco “ tapada”, achei que não seria
nada de mais.
No dia seguinte, de manhã, aconteceu o que todos já esperavam, um
beijo! Nada de mais, mas significou muito! Nesse momento, comecei a cair em mentiras
atrás de mentiras e mais mentiras.
Nesta história, houve várias vírgulas, no entanto, um novo parágrafo
foi escrito em novembro. Fui pedida em namoro! O que já era quase oficial…
passou a ser oficial. Sentia-me a miúda mais sortuda do mundo! Acreditei que o
amor, aos 13 anos, existia…porém, não funcionou!
O namoro foi esfriando aos poucos e, no final de novembro, acabou numa
discussão. A tristeza tomou conta de mim e as lágrimas vinham aos olhos, mas
tive que ser forte e seguir em frente. Contudo, depois de algum tempo, voltou
para mim! Oficializou com um beijo e palavras carregadas de saudade. Ansiava
tanto pelo seu toque novamente! Os braços dele eram a minha casa, o meu abrigo
nos piores momentos, mas nada era igual à primeira vez. Então a história
encerrou, com um ponto final, no final de janeiro. Desabei quando me apercebi de
que o tinha perdido de novo.
Ele foi a primeira pessoa que amei! Ele era o meu porto seguro e acabou por desencadear uma grande dependência emocional. Tudo dependia dele. A minha
vida rodava em torno dele e, depois de o perder, ganhei um bloqueio emocional!
Uau! Que bela conquista! Não consigo relacionar-me, afetivamente, com mais
ninguém. Ninguém será como ele foi…especial, único e sei que nunca irei amar
alguém como o amei.
Não quero
pessoas novas. Não quero novos amores para me magoarem. Sei que, se me
relacionar com alguém agora, irei usar essa pessoa para a minha carência e
solidão!
Preciso, no entanto, de esquecer tudo o que ele fez, o que me causou,
no que me transformei. Não sinto que envolver-me com alguém me poderá melhorar.
Ele foi e será a pessoa que mais amei, contudo, preciso de ultrapassar
isso, já que ele “beijou as minhas cicatrizes, mas fê-las sangrar”!
A lição que aprendi, depois de tanto, foi que não devo depositar e
entregar o meu ser a alguém porque as pessoas são temporárias, mas os traumas
que elas deixam duram para sempre!
Tua,
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