quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Concurso 'Todos contam'

 

 


 













O Concurso Todos Contam incentiva o desenvolvimento de projetos de educação financeira nas escolas.

É uma iniciativa do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros — Banco de Portugal, Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários — e do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, através da Direção-Geral da Educação e da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional.
 
Apresentação de candidautras até  14 de fevereiro.
 


quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Exposicão biobibliográfica | Camões, poeta de fé

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 


  



Mais um título do fundo museológico da Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco, em exposição:

REMÉDIOS, Mendes dos (1924). Camões poeta da fé. Conferência recitada na Sala dos Actos Grandes da Universidade de Coimbra na Comemoração do Quarto Centenário do Nascimento do Poeta seguida das suas Poesias de Caracter Religioso. Coimbra: Coimbra Editora, L.º.
 
 
Camões 500
 
 
 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Em janeiro, há um som novo na Biblioteca: o clarinete

 

 

 #musicaemcena   #alermaisemelhor

 

 






Uma das prioridades das bibliotecas escolares é a criação de oportunidades de valorização, fruição, discussão crítica e experimentação informada de diferentes linguagens artísticas e realidades culturais. Neste âmbito, a Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco tem em fase de implementação a ação "Música em cena - um som novo a cada mês". 

Em janeiro, há um som novo nesse espaço: o do clarinete. No próximo dia 30 de janeiro,às 9:15, Mara Araújo e Mafalda Martins, alunas do 11ºA e do Conservatório de Música Comendador Manuel Correia Botelho, vão falar deste instrumento musical com alunos do 3º Ciclo e executar algumas peças musicais.

 

O 7ºC também participou na Maratona

 

 

 






 

Os alunos do 7º C estiveram esta manhã na Biblioteca a participar na Maratona de Cartas. 

 

A "Lírica de Camões" em exposição

 

 #CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 


 

 
 
Divulgamos mais um título do fundo museológico patente na exposição Camões: Entre a história e a poesia:
 
CAMÕES, Luís de (1932). Lírica de Camões. Edição crítica pelo Dr. José Maria Rodrigues e Afonso Lopes Vieira. Imprensa da Universidade de Coimbra.  
Edição integrada na série C da "Biblioteca de escritores portugueses". O prefácio ocupa as páginas V a XL. Com um retrato de Camões reproduzido da "Goa", segundo "Notas" dadas por amigos de Camões ao artista Japonês.
 
 
Camões 500

"As aventuras do Trinca-Fortes" em exposição

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes 

 


Mais um título da coleção da Biblioteca divulgado na exposição Camões: entre a história e a poesia.

As aventuras do Trinca-Fortes - Pequena história de Camões e do seu poema. Ilustrações de Júlio Resende. 3ª edição. Livraria Tavares Martins, Porto, 1956. Coleção "Gente grande para gente pequena", dirigida por Adolfo Simões Muller.

 



Camões 500

 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

É PRECISO LEMBRAR PARA QUE NÃO SE REPITA

 

 

 #nóslembramos / #weremember

 


 

Em quantas casas portuguesas haverá "Os Lusíadas"

 

  #CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes


Mais um título em exposição em "Camões: Entre a história e a poesia": Os Lusíadas para as escolas e para o povo, da Companhia Portuguesa Editora, 1915.


 

 

O aspeto curioso deste livro é o texto manuscrito, de 2 páginas, em folha de linhas e colado à entrada, que constitui uma apologia da epopeia portuguesa, considerada a "Bíblia da Nacionalidade", o "Evangelho Sagrado da Pátria".

 


 
 
 Neste texto, pode ler-se:

"É lá possível que uma linda mulher, mesmo que tenha o coração liberto, não sinta amiudadas vezes a necessidade de recrear o espírito, lendo as mais enternecidas, as mais deliciosamente afetuosas passagens dos Lusíadas, aquelas em que há mais palpitações de amor?"  

Para além de Bíblia da Nacionalidade, Os Lusíadas são também apresentados como livro para recreação do espírito das mulheres.
 

Camões 500

 

"Camões: Entre a História e a Poesia" / Livros destacados

 



#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 


Uma pequena joia do Fundo Museológico da Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco:
História dos descobrimentos e conquistas dos portugueses no novo mundo. Tomo II. Officina de Antonio Gomes, Lisboa, MDCCLXXXVI [1786]

 

Em exposição no átrio da escola

 

Camões 500


Exposição | Camões: Entre a História e a Poesia

 

 #CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes
















 
A exposição biobibliográfica "Camões: Entre a História e a Poesia", patente no átrio da escola, vai prolongar-se até 31 de janeiro.
 
De referir que alguns docentes têm deslocado o espaço da sala de aula para o átrio da escola, criando a oportunidade de os alunos fazerem uma visita guiada e conhecerem a coleção da biblioteca sobre Camões e a sua época, em particular, o seu fundo museológico.
 
Camões 500 
 

 

domingo, 26 de janeiro de 2025

Arruada | Que me quereis, perpétuas saudades?

 

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos#lercamoes


ARRUADA DE LEITURA - 23 de janeiro

/Claustros da Câmara Municipal/

 

 

 


Nos claustros da Câmara Municipal, a Senhora Vereadora da Cultura, Dra. Mara Minhava, partilhou com os alunos a leitura do soneto "Que me quereis, perpétuas saudades?"


Que me quereis, perpétuas saudades?
Com que esperança inda me enganais?
Que o tempo que se vai não torna mais,
E se torna, não tornam as idades.

Razão é já, ó anos, que vos vades,
Porque estes tão ligeiros que passais,
Nem todos pera um gosto são iguais,
Nem sempre são conformes as vontades.

Aquilo a que já quis é tão mudado,
Que quase é outra cousa, porque os dias
Têm o primeiro gosto já danado.

Esperanças de novas alegrias
Não mas deixa a Fortuna e o Tempo errado,
Que do contentamento são espias.

 

Camões 500

Arruada | Quando o sol encoberto vai mostrando

 

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos#lercamoes


ARRUADA DE LEITURA - 23 de janeiro

 /Claustros da Câmara Municipal/

 

 

 



Quando o sol encoberto vai mostrando
Ao mundo a luz quieta e duvidosa,
Ao longo de uma praia deleitosa
Vou na minha inimiga imaginando.

Aqui a vi os cabelos concertando;
Ali co'a mão na face, tão formosa;
Aqui falando alegre, ali cuidosa;
Agora estando quêda, agora andando.

Aqui esteve sentada, ali me viu,
Erguendo aqueles olhos, tão isentos;
Comovida aqui um pouco, ali segura.

Aqui se entristeceu, ali se riu:
E, em fim, nestes cansados pensamentos
Passo esta vida vã, que sempre dura.

 

Camões 500 

Arruada | Tanto de meu estado me acho incerto

 

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos#lercamoes


ARRUADA DE LEITURA - 23 de janeiro

 /Claustros da Câmara Municipal/

 

 

 


Tanto de meu estado me acho incerto,
que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio,
o mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;
da alma um fogo me sai, da vista um rio;
agora espero, agora desconfio,
agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando,
numa hora acho mil anos, e é de jeito
que em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém porque assi ando,
respondo que não sei; porém suspeito
que só porque vos vi, minha Senhora.
 


Camões 500

 

Arruada | Amor é fogo que arde sem se ver

 

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos#lercamoes


ARRUADA DE LEITURA - 23 de janeiro

 /Claustros da Câmara Municipal/

 

 




Amor é fogo que arde sem se ver; 

É ferida que dói e não se sente; 

É um contentamento descontente; 

É dor que desatina sem doer; 

 

É um não querer mais que bem querer;

 É solitário andar por entre a gente; 

É nunca contentar-se de contente; 

É cuidar que se ganha em se perder; 

 

É querer estar preso por vontade; 

É servir a quem vence, o vencedor; 

É ter com quem nos mata lealdade. 

 

Mas como causar pode seu favor 

 Nos corações humanos amizade, 

Se tão contrário a si é o mesmo Amor?



Camões 500

Arruada | Alma minha gentil, que te partiste

 

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos#lercamoes


ARRUADA DE LEITURA - 23 de janeiro

 /Claustros da Câmara Municipal/

 

 



Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
alguma cousa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,

roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou.

 

Camões 500

 

Arruada | Aquela triste e leda madrugada

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos#lercamoes


ARRUADA DE LEITURA - 23 de janeiro

 /Claustros da Câmara Municipal/




Aquela triste e leda madrugada,
cheia toda de mágoa e de piedade,
enquanto houver no mundo saudade
quero que seja sempre celebrada.

Ela só, quando amena e marchetada saía,
dando ao mundo claridade,
viu apartar-se de ua outra vontade,
que nunca poderá ver-se apartada.

Ela só viu as lágrimas em fio,
que de uns e de outros olhos derivadas
se acrescentaram em grande e largo rio.

Ela viu as palavras magoadas
que puderam tornar o fogo frio,
e dar descanso às almas condenadas.

 

Camões 500

 

Arruada | Verdes são os campos

 

 

#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos#lercamoes


ARRUADA DE LEITURA - 23 de janeiro

 /Escadaria de acesso à ES Camilo Castelo Branco/

 


 

 À saída da escola, para a ARRUADA DE LEITURA, o Senhor Vereador da Educação, Dr. Alexandre Favaios, partilhou a leitura da cantiga "Verdes são os campos" com os alunos do 11º H.

 

Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gado que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis,
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

 

Camões 500 

A Arruada de leitura levou os alunos à Câmara Municipal

 




#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 

 



Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro

 

 

 


 

 

Para celebrar o dia do nascimento de Camões, os alunos do 11º H participaram numa Arruada de Leitura, tendo-se deslocado à Câmara Municipal. Aí, nos Claustros do edifício, partilharam leituras de textos do Poeta com os funcionários da edilidade e com a Senhora Vereadora da Cultura, Dra. Mara Minhava, que retribuiu, partilhando também a leitura de um poema.

Como o tempo de que dispunham passou rapidamente, e os alunos manifestaram vontade de ler em espaços públicos, a arruada irá prosseguir numa próxima oportunidade.

Camões 500

sábado, 25 de janeiro de 2025

Aqui 'também' há poesia!

 


#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 

 

 


 

Aqui também há poesia é uma das atividades dinamizadas pela Biblioteca, através da qual se pretende promover a leitura da poesia, colocando poemas  nos espaços mais inesperados: receção da escola, balcão de atendimento da Secretaria, bar da escola, entre outros.

Para a celebração do dia do nascimento de Camões, 23 de janeiro, criámos uma edição exclusivamente dedicada a Camões e solicitámos a colaboração de pessoas / instituições da nossa Comunidade, criando novos polos de distribuição de poemas.

 

 


  


 

 

 

 

 

 

Aqui [Toca da Raposa] também há poesia!
Obrigada pela colaboração, Sr. Helder.

Camões 500 

 

Maratona de Cartas | 8º E

 

 


No passado dia 22 de janeiro, pelas 17:20, os alunos do 8º E, estiveram na biblioteca para participar na Maratona de Cartas. Deixamos aqui o registo fotográfico da aula.





sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Palestra: A "apagada e vil tristeza", de Miguel da Silveira e Luís de Camões


 



#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes


Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro






Como previsto, realizou-se ontem, pelas 9:10, no auditório 1, a palestra A "apagada e vil tristeza" de Miguel da Silva e Luís e Camões, orientada pelo Dr. Álvaro Pinto.

Assistiram os alunos do 11º C, 12º D e 12º F e vários docentes da escola.

Foi, sem dúvida, uma palestra muito interessante, de excecional qualidade (a que o professor Álvaro já nos habituou)!

 

 Quem foi D. Miguel da Silva

D. Miguel da Silva (c. 1480–1556) foi um importante humanista português do século XVI, diplomata, bispo e cardeal. Filho de Rui Gomes da Silva, senhor de Chamusca e Ulme, e de D. Isabel de Menezes, teve uma educação esmerada, influenciada pelo espírito do Renascimento.
 
Serviu como embaixador de D. Manuel I e de D. João III na Santa Sé, desempenhando um papel essencial na diplomacia portuguesa em Roma. Durante a sua estadia, contactou com grandes humanistas e artistas da época, aprofundando-se nos estudos clássicos e tornando-se um dos principais intelectuais portugueses do seu tempo. Foi amigo pessoal do pintor Rafael e do escritor Baldassare Castiglione, que lhe dedicou a sua obra-prima Il libro del Cortegiano (O Cortesão, em português).
 
Após ter sido nomeado Bispo de Viseu, a sua aproximação com o ambiente cultural italiano e o seu prestígio na Cúria Romana geraram desconfiança na corte portuguesa. D. João III, temendo a sua crescente influência e possível nomeação como cardeal sem sua autorização, ordenou o seu retorno a Portugal. 
 
D. Miguel obedece regressa a Portugal. Vendo a sua posição deteriorar-se rapidamente, fugiu para Itália, em 1540, escapando por uma questão de horas a uma ordem régia de prisão. Em Roma, recebeu-o calorosamente o Papa Paulo III, que o faz cardeal, em 1541.

Como resultado, D. João III confiscou-lhe todos os bens em Portugal e proibiu a menção de seu nome no reino. D. Miguel da Silva permaneceu em Itália até à sua morte, em 1556, sendo lembrado como um grande humanista e patrono das artes e letras.
D. Miguel da Silva teve um papel importante na introdução do pensamento renascentista em Portugal. A sua experiência em Itália e o seu mecenato ajudaram a difundir as ideias humanistas, mesmo que o seu exílio tenha limitado a sua influência direta no reino. 
É considerado uma das figuras mais ilustres do humanismo português.

 Camões 500


Intervalo Cultural - Leitura em Sinfonia

 




#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 

 


 Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro 

 

INTERVALO CULTURAL - LEITURA EM SINFONIA

 

 





A LEITURA EM SINFONIA - leitura coral e sequencial em várias línguas - trouxe um momento muito especial à celebração deste dia. 

As duas primeiras estrofes d’ Os Lusíadas foram lidas em português (alunos do 11º H), em chinês, urdu e árabe, línguas maternas da Dong, da Anameta e do Guebara, e em urdu e indu, pelos alunos de PLA (Português Língua de Acolhimento) - Bilal Ahmed e Zeeshan Zafar, do Paquistão, e Amirul Basur, do Bangladesh. Como não podia deixar de ser, ou não fosse Os Lusíadas uma epopeia clássica, o latim e o grego também se fizeram ouvir nas vozes de Juliana Gando e Maya Nhampoca, respetivamente.

 

 

 

A leitura das duas primeiras estrofes da epopeia lusa constituiu, assim, uma celebração simbólica da diversidade linguística e cultural dos alunos que frequentam a ES Camilo Castelo Branco.


As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram; 


E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

Os Lusíadas, Canto I, est.1-2 

 

 Camões 500

Intervalo Cultural - Participação da família

 

 
#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 

Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro 


No INTERVALO CULTURAL, Nice Sampaio, mãe e encarregada de educação, leu o soneto “Quando vejo que meu destino ordena”.


 

 

 

Quando vejo que meu destino ordena
que, por me experimentar, de vós me aparte,
deixando de meu bem tão grande parte
que a mesma culpa fica grave pena;

o duro desfavor que me condena,
quando pela memória se reparte,
endurece os sentidos de tal arte
que a dor da ausência fica mais pequena.

Pois como pode ser que na mudança
daquilo que mais quero esteja tão fora
de me não apartar também da vida?

Eu refrearei tão áspera esquivança;
porque mais sentirei partir, Senhora,
sem sentir muito a pena da partida.


Camões 500

 

Intervalo Cultural - Subdiretor da escola

 

 #CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 

 


Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro 
 

 
Porque o exemplo vem de cima, no INTERVALO CULTURAL, o Subdiretor da Escola, Dr. Armando Figueiredo, partilhou a leitura do soneto "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
 

 

  

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.


Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem – se algum houve – as saudades.


O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e enfim converte em choro o doce canto.


E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto:
que não se muda já como soía.

 

Camões 500


Eu, Luís Vaz de Camões, apresento-me

 

 
#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos




Para celebrar o dia do nascimento de Luís de Camões, 23 de janeiro, a Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco preparou um conjunto de atividades, em articulação com docentes, alunos e famílias. 

Neste dia, o intervalo maior da manhã converteu-se em INTERVALO CULTURAL.

A abrir a sessão, David Correia, do 12º D, assumiu o papel de Luis Vaz de Camões e apresentou-se: 

 

 

 

 

 

📡 Reproduzimos aqui o texto lido pelo David, produzido pela Biblioteca escolar.

 

Eu, Luís Vaz de Camões, apresento-me


Sou Luís Vaz de Camões, filho da pátria que “entre todas as nações foi escolhida, / para dar novos mundos ao mundo”. Sobre a minha infância tudo é conjetura, mas, ainda jovem, recebi uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Fui moldado pelas ondas do Tejo e pelos ventos que sopram da alma lusitana.

Na mocidade, o mundo chamou-me e a poesia respondeu:

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades."


Do amor, fiz a minha lira. Em lágrimas de saudade, banhei versos dedicados a quem o coração nunca esquece. Àqueles que buscam entender o que é amar, digo:

"Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer."


Das batalhas e viagens, extraí o sal da experiência, cruzando mares “nunca antes
navegados
” encontrei a grandeza e a perdição. Tornei-me testemunha do heroísmo dos meus, eternizado n’ Os Lusíadas, onde se ouve o brado do povo português que cantando espalhei por toda a parte, porque a tanto me ajudaram o engenho e a arte.

Mas não me iludo com as promessas deste mundo. Da glória, sei que é breve, da
fortuna, sei que é ingrata. Já as vi jogarem com os caminhos dos homens, pois:

A firmeza, nascida de ventura,
Muda-se em fim na inconstância dela;
Dá no começo à gente graça e estrela,
E no fim desengano e desventura."

Aqui me apresento: Luís Vaz de Camões, poeta das lágrimas e dos mares, cuja pena escreve o que o espírito sente e o mundo esquece. E para vós, que me ouvis e me ledes, deixo como eterno testemunho o feito maior de uma pátria de heróis e navegantes:

“Que da ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana"


Que os meus versos sejam farol nas noites escuras e âncora na memória de um povo que ousou dar novos mundos ao mundo.

 

Camões 500 

Escola a ler Luís de Camões - registos fotográficos

 



#camoesvcentenarioeducacao #camoes500anos #lercamoes

 

 




Registos fotográficos dos vídeos enviados à Biblioteca, no dia 23 de janeiro, dia do nascimento de Camões.

 

 

Camões 500 anos

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Terá Luís de Camões nascido no dia 23 de janeiro?

 





O dia em que eu nasci, morra e pereça
Não o queira jamais o tempo dar,
não torne mais ao mundo e, se tornar,
eclipse nesse passo o sol padeça.

Luís de Camões

 

 



O dia do nascimento de Camões (artigo de Carlota Simões)

"Quem conhece os trabalhos de Luciano Pereira da Silva sabe que Camões não só tinha um conhecimento claro e seguro da astronomia do seu tempo e utilizava com rigor tabelas de efemérides astronómicas, como fazia questão de revelar essa erudição científica na sua obra. Depois de conhecermos esta sua faceta e ao lermos o terceiro verso do soneto ‘O dia em que eu nasci, morra e pereça’, podemos deduzir que Camões se refere a um eclipse solar que de facto terá ocorrido, permitindo-nos inferir que o poeta terá nascido no dia 23 de janeiro de 1524, tal como Mario Saa propôs em 1940."

 

Camões 500

 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Intervalo Cultural - Programa

 

 
#CamoesVCentenarioEducacao #Camoes500Anos #lercamoes

 Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro

 


 

Amanhã, dia 23 de janeiro, o intervalo maior da manhã vai ser um INTERVALO CULTURAL com partilha de leituras de Camões, no átrio de entrada (escadaria de acesso à Biblioteca).

Simbolicamente, Luís de Camões irá abrir a sessão com a sua autoapresentação. Seguir-se-á a leitura de poemas de Camões pelo Subdiretor da escola e por encarregadas de educação (uma mãe e uma avó)  

A sessão termina com a atividade "Leitura em Sinfonia" (leitura coral e sequencial, em várias línguas, de um excerto d' Os Lusíadas.


 Camões 500