O Concurso Todos Contam incentiva o desenvolvimento de projetos de educação financeira nas escolas.
É uma iniciativa do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros — Banco de Portugal, Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários — e do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, através da Direção-Geral da Educação e da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional.
Mais um título do fundo museológico da Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco, em exposição:
REMÉDIOS, Mendes dos (1924). Camões poeta da fé. Conferência recitada na Sala dos Actos Grandes da Universidade de Coimbra na Comemoração do Quarto Centenário do Nascimento do Poeta seguida das suas Poesias de Caracter Religioso. Coimbra: Coimbra Editora, L.º.
Uma das prioridades das bibliotecas escolares é a criação de oportunidades de valorização, fruição, discussão crítica e experimentação informada de diferentes linguagens artísticas e realidades culturais. Neste âmbito, a Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco tem em fase de implementação a ação "Música em cena - um som novo a cada mês".
Em janeiro, há um som novo nesse espaço: o do clarinete. No próximo dia 30 de janeiro,às 9:15, Mara Araújo e Mafalda Martins, alunas do 11ºA e do Conservatório de Música Comendador Manuel Correia Botelho, vão falar deste instrumento musical com alunos do 3º Ciclo e executar algumas peças musicais.
Divulgamos mais um título do fundo museológico patente na exposição Camões: Entre a história e a poesia:
CAMÕES, Luís de (1932). Lírica de Camões. Edição crítica pelo Dr. José Maria Rodrigues e Afonso Lopes Vieira. Imprensa da Universidade de Coimbra.
Edição integrada na série C da "Biblioteca de escritores portugueses". O prefácio ocupa as páginas V a XL. Com um retrato de Camões reproduzido da "Goa", segundo "Notas" dadas por amigos de Camões ao artista Japonês.
Mais um título da coleção da Biblioteca divulgado na exposição Camões: entre a história e a poesia.
As aventuras do Trinca-Fortes - Pequena história de Camões e do seu poema. Ilustrações de Júlio Resende. 3ª edição. Livraria Tavares Martins, Porto, 1956. Coleção "Gente grande para gente pequena", dirigida por Adolfo Simões Muller.
Mais um título em exposição em "Camões: Entre a história e a poesia": Os Lusíadas para as escolas e para o povo, da Companhia Portuguesa Editora, 1915.
O aspeto curioso deste livro é o texto manuscrito, de 2 páginas, em folha de linhas e colado à entrada, que constitui uma apologia da epopeia portuguesa, considerada a "Bíblia da Nacionalidade", o "Evangelho Sagrado da Pátria".
Neste texto, pode ler-se:
"É lá possível que uma linda mulher, mesmo que tenha o coração liberto, não sinta amiudadas vezes a necessidade de recrear o espírito, lendo as mais enternecidas, as mais deliciosamente afetuosas passagens dos Lusíadas, aquelas em que há mais palpitações de amor?"
Para além de Bíblia da Nacionalidade, Os Lusíadas são também apresentados como livro para recreação do espírito das mulheres.
Uma pequena joia do Fundo Museológico da Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco: História
dos descobrimentos e conquistas dos portugueses no novo mundo. Tomo II.
Officina de Antonio Gomes, Lisboa, MDCCLXXXVI [1786]
A exposição biobibliográfica "Camões: Entre a História e a Poesia", patente no átrio da escola, vai prolongar-se até 31 de janeiro.
De referir que alguns docentes têm deslocado o espaço da sala de aula para o átrio da escola, criando a oportunidade de os alunos fazerem uma visita guiada e conhecerem a coleção da biblioteca sobre Camões e a sua época, em particular, o seu fundo museológico.
Nos claustros da Câmara Municipal, a Senhora Vereadora da Cultura, Dra. Mara Minhava, partilhou com os alunos a leitura do soneto "Que me quereis, perpétuas saudades?"
Que me quereis, perpétuas saudades? Com que esperança inda me enganais? Que o tempo que se vai não torna mais, E se torna, não tornam as idades. Razão é já, ó anos, que vos vades, Porque estes tão ligeiros que passais, Nem todos pera um gosto são iguais, Nem sempre são conformes as vontades. Aquilo a que já quis é tão mudado, Que quase é outra cousa, porque os dias Têm o primeiro gosto já danado. Esperanças de novas alegrias Não mas deixa a Fortuna e o Tempo errado, Que do contentamento são espias.
Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te alguma cousa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder-te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo de meus olhos te levou.
À saída da escola, para a ARRUADA DE LEITURA, o Senhor Vereador da Educação, Dr. Alexandre Favaios, partilhou a leitura da cantiga "Verdes são os campos" com os alunos do 11º H.
Verdes são os campos, De cor de limão: Assim são os olhos Do meu coração. Campo, que te estendes Com verdura bela; Ovelhas, que nela Vosso pasto tendes, De ervas vos mantendes Que traz o Verão, E eu das lembranças Do meu coração. Gado que pasceis Com contentamento, Vosso mantimento Não no entendereis, Isso que comeis Não são ervas, não: São graças dos olhos Do meu coração.
Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro
Para celebrar o dia do nascimento de Camões, os alunos do 11º H participaram numa Arruada de Leitura, tendo-se deslocado à Câmara Municipal. Aí, nos Claustros do edifício, partilharam leituras de textos do Poeta com os funcionários da edilidade e com a Senhora Vereadora da Cultura, Dra. Mara Minhava, que retribuiu, partilhando também a leitura de um poema.
Como o tempo de que dispunham passou rapidamente, e os alunos manifestaram vontade de ler em espaços públicos, a arruada irá prosseguir numa próxima oportunidade.
Aqui também há poesia é uma das atividades dinamizadas pela Biblioteca, através da qual se pretende promover a leitura da poesia, colocando poemas nos espaços mais inesperados: receção da escola, balcão de atendimento da Secretaria, bar da escola, entre outros.
Para a celebração do dia do nascimento de Camões, 23 de janeiro, criámos uma edição exclusivamente dedicada a Camões e solicitámos a colaboração de pessoas / instituições da nossa Comunidade, criando novos polos de distribuição de poemas.
Aqui [Toca da Raposa] também há poesia! Obrigada pela colaboração, Sr. Helder.
No passado dia 22 de janeiro, pelas 17:20, os alunos do 8º E, estiveram na biblioteca para participar na Maratona de Cartas. Deixamos aqui o registo fotográfico da aula.
Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro
Como previsto, realizou-se ontem, pelas 9:10, no auditório 1, a palestra A "apagada e vil tristeza" de Miguel da Silva e Luís e Camões, orientada pelo Dr. Álvaro Pinto.
Assistiram os alunos do 11º C, 12º D e 12º F e vários docentes da escola.
Foi, sem dúvida, uma palestra muito interessante, de excecional qualidade (a que o professor Álvaro já nos habituou)!
Quem foi D. Miguel da Silva
D. Miguel da Silva (c. 1480–1556) foi um importante humanista português do século XVI, diplomata, bispo e cardeal. Filho de Rui Gomes da Silva, senhor de Chamusca e Ulme, e de D. Isabel de Menezes, teve uma educação esmerada, influenciada pelo espírito do Renascimento.
Serviu como embaixador de D. Manuel I e de D. João III na Santa Sé, desempenhando um papel essencial na diplomacia portuguesa em Roma. Durante a sua estadia, contactou com grandes humanistas e artistas da época, aprofundando-se nos estudos clássicos e tornando-se um dos principais intelectuais portugueses do seu tempo. Foi amigo pessoal do pintor Rafael e do escritor Baldassare Castiglione, que lhe dedicou a sua obra-primaIl libro del Cortegiano(O Cortesão, em português).
Após ter sido nomeado Bispo de Viseu, a sua aproximação com o ambiente cultural italiano e o seu prestígio na Cúria Romana geraram desconfiança na corte portuguesa. D. João III, temendo a sua crescente influência e possível nomeação como cardeal sem sua autorização, ordenou o seu retorno a Portugal.
D. Miguel obedece regressa a Portugal. Vendo a sua posição deteriorar-se rapidamente, fugiu para Itália, em 1540, escapando por uma questão de horas a uma ordem régia de prisão. Em Roma, recebeu-o calorosamente o Papa Paulo III, que o faz cardeal, em 1541.
Como resultado, D. João III confiscou-lhe todos os bens em Portugal e proibiu a menção de seu nome no reino. D. Miguel da Silva permaneceu em Itália até à sua morte, em 1556, sendo lembrado como um grande humanista e patrono das artes e letras. D. Miguel da Silva teve um papel importante na introdução do pensamento renascentista em Portugal. A sua experiência em Itália e o seu mecenato ajudaram a difundir as ideias humanistas, mesmo que o seu exílio tenha limitado a sua influência direta no reino.
É considerado uma das figuras mais ilustres do humanismo português.
Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro
INTERVALO CULTURAL - LEITURA EM SINFONIA
A LEITURA EM SINFONIA - leitura coral e sequencial em várias línguas - trouxe um momento muito especial à celebração deste dia.
As duas primeiras estrofes d’ Os Lusíadas foram lidas em português (alunos do 11º H), em chinês, urdu e árabe, línguas maternas da Dong, da Anameta e do Guebara, e em urdu e indu, pelos alunos de PLA (Português Língua de Acolhimento) - Bilal Ahmed e Zeeshan Zafar, do Paquistão, e Amirul Basur, do Bangladesh. Como não podia deixar de ser, ou não fosse Os Lusíadas uma epopeia clássica, o latim e o grego também se fizeram ouvir nas vozes de Juliana Gando e Maya Nhampoca, respetivamente.
A leitura das duas primeiras estrofes da epopeia lusa constituiu, assim, uma celebração simbólica da diversidade linguística e cultural dos alunos que frequentam a ES Camilo Castelo Branco.
As armas e os Barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando, Cantando espalharei por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Os Lusíadas, Canto I, est.1-2
Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro
Porque o exemplo vem de cima, no INTERVALO CULTURAL, o Subdiretor da Escola, Dr. Armando Figueiredo, partilhou a leitura do soneto "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem – se algum houve – as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia, outra mudança faz de mor espanto: que não se muda já como soía.
Para celebrar o dia do nascimento de Luís de Camões, 23 de janeiro, a Biblioteca da ES Camilo Castelo Branco preparou um conjunto de atividades, em articulação com docentes, alunos e famílias.
Neste dia, o intervalo maior da manhã converteu-se em INTERVALO CULTURAL.
A abrir a sessão, David Correia, do 12º D, assumiu o papel de Luis Vaz de Camões e apresentou-se:
📡 Reproduzimos aqui o texto lido pelo David, produzido pela Biblioteca escolar.
Eu, Luís Vaz de Camões, apresento-me
Sou Luís Vaz de Camões, filho da pátria que “entre todas as nações foi escolhida, / para dar novos mundos ao mundo”. Sobre a minha infância tudo é conjetura, mas, ainda jovem, recebi uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Fui moldado pelas ondas do Tejo e pelos ventos que sopram da alma lusitana.
Na mocidade, o mundo chamou-me e a poesia respondeu:
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança; Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades."
Do amor, fiz a minha lira. Em lágrimas de saudade, banhei versos dedicados a quem o coração nunca esquece. Àqueles que buscam entender o que é amar, digo:
"Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer."
Das batalhas e viagens, extraí o sal da experiência, cruzando mares “nunca antes navegados” encontrei a grandeza e a perdição. Tornei-me testemunha do heroísmo dos meus, eternizado n’ Os Lusíadas, onde se ouve o brado do povo português que cantando espalhei por toda a parte, porque a tanto me ajudaram o engenho e a arte.
Mas não me iludo com as promessas deste mundo. Da glória, sei que é breve, da fortuna, sei que é ingrata. Já as vi jogarem com os caminhos dos homens, pois:
A firmeza, nascida de ventura, Muda-se em fim na inconstância dela; Dá no começo à gente graça e estrela, E no fim desengano e desventura."
Aqui me apresento: Luís Vaz de Camões, poeta das lágrimas e dos mares, cuja pena escreve o que o espírito sente e o mundo esquece. E para vós, que me ouvis e me ledes, deixo como eterno testemunho o feito maior de uma pátria de heróis e navegantes:
“Que da ocidental praia Lusitana Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana"
Que os meus versos sejam farol nas noites escuras e âncora na memória de um povo que ousou dar novos mundos ao mundo.
"Quem conhece os trabalhos de Luciano Pereira da Silva sabe que Camões não só tinha um conhecimento claro e seguro da astronomia do seu tempo e utilizava com rigor tabelas de efemérides astronómicas, como fazia questão de revelar essa erudição científica na sua obra. Depois de conhecermos esta sua faceta e ao lermos o terceiro verso do soneto ‘O dia em que eu nasci, morra e pereça’, podemos deduzir que Camões se refere a um eclipse solar que de facto terá ocorrido, permitindo-nos inferir que o poeta terá nascido no dia 23 de janeiro de 1524, tal como Mario Saa propôs em 1940."
Celebração do dia do nascimento de Camões - 23 de janeiro
Amanhã, dia 23 de janeiro, o intervalo maior da manhã vai ser um INTERVALO CULTURAL com partilha de leituras de Camões, no átrio de entrada (escadaria de acesso à Biblioteca).
Simbolicamente, Luís de Camões irá abrir a sessão com a sua autoapresentação. Seguir-se-á a leitura de poemas de Camões pelo Subdiretor da escola e por encarregadas de educação (uma mãe e uma avó)
A sessão termina com a atividade "Leitura em Sinfonia" (leitura coral e sequencial, em várias línguas, de um excerto d' Os Lusíadas.