#NoExcuse
Jovens expressam-se através das Artes
Carlos Aguilar - Fearless (Youth Speak Out Through The Arts)
Ao longo da história, a violência sexual relacionada com conflitos tem sido tratada como um subproduto inevitável da guerra, os despojos dos vencedores, meros danos colaterais ou um crime contra a moralidade e a honra da família. Tem sido o crime de guerra menos condenado do mundo, envolto numa conspiração de silêncio que protege os perpetradores e isola as vítimas da sociedade e até mesmo umas das outras.
Nesse contexto, a última década viu uma mudança drástica no paradigma e na perspetiva, levando ao reconhecimento da violência sexual relacionada com conflitos como uma tática de guerra e terror que exige atenção, ação e recursos dedicados. Hoje, é reconhecido que tal violência é uma grave violação do direito internacional humanitário e dos direitos humanos, uma ameaça à nossa segurança coletiva e um impedimento à paz sustentável.
O legado e o impacto da violência sexual relacionada com conflitos, como uma ferramenta usada para aterrorizar pessoas e desestabilizar sociedades, com efeitos físicos e psicológicos duradouros que podem ecoar por gerações, também são mais bem compreendidos e abordados. Um ponto da viragem crítica a esse respeito foi o estabelecimento em 2009 de um mandato dedicado ao combate à violência sexual em conflitos.
Através da adoção unânime da resolução 1888 (2009) do Conselho de Segurança, o Conselho de Segurança das Nações Unidas criou o cargo de Representante Especial do Secretário-Geral sobre Violência Sexual em Conflito, para dar voz a um assunto que foi chamado de "o maior silêncio da história". Em 2019, o décimo aniversário desta resolução histórica oferece uma oportunidade para fazer um balanço do progresso, dos desafios e das mudanças, e para traçar um caminho ambicioso a seguir.
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