domingo, 6 de janeiro de 2019

As palavras que fugiram do dicionário


Palavra de Autor | # Sandro William Junqueira


As palavras também podem ser rebeldes, divertidas, fugitivas. Sandro William Junqueira entendeu-as como personagens vivas e isso proporcionou-lhe várias hipóteses narrativas. “As Palavras que Fugiram do Dicionário” (Caminho, 2018) que escreveu e Richard Câmara ilustrou, é um livro que pode ser partilhado entre adultos e crianças, uma hipótese de viagem pela língua. Em Palavra de Autor, o escritor lê excertos e conversa com Cristina Margato, sobre esse lugar misterioso e extraordinário de onde os livros vêm.

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A narrativa As palavras que fugiram do dicionário, destinada tanto a leitores mais novos como a adultos, começa com "alfabelo", adjectivo para "a pessoa que organiza alfabeticamente a beleza", e termina com "zabalão", um planeta desconhecido do sistema solar para onde "vão todos os balões que se escapam aos dedos". [...] 

Para a "manifestação física de uma pessoa que está muito exausta de ouvir", o escritor inventou a palavra "orelheiras", e ao "aparelho que mede a gravidade ou desimportância das queixas apresentadas" chamou-lhe "queixómetro". Do dicionário sobressai ainda o substantivo feminino "um-manidade", ou seja, "pessoa que prefere ser um em vez de ser todos".

Extrato de Um livro reúne “palavras que fugiram do dicionário”, de “alfabelo” a “zabalão”, in Público, 12 de Novembro de 2018.


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