Na Camilo, o Dia de São Martinho é celebrado com castanhas assadas embrulhadas em quadras do poeta popular António Aleixo e distribuídas pelo João e pelo Rodrigo, alunos de Artes do 12º ano.
Para além das castanhas e das quadras, haverá também jogos populares.
Transcrevemos algumas das quadras de Aleixo que serão lidas neste dia nas salas de aula e noutros espaços da escola pelo João, pelo Rodrigo e pelo Gonçalo do 12º F, ao som da guitarra da Mariana do 7º E, acompanhados pela professora Rosa Canelas:
Mas há muitos que eu conheço
Que sem parecer o que são
São aquilo que eu pareço.
Para triunfar depressa
cala contigo o que vejas
finge que não te interessa
aquilo que mais desejas.
Vinho que vai para vinagre
não retrocede o caminho;
só por obra de milagre,
pode de novo ser vinho.
não retrocede o caminho;
só por obra de milagre,
pode de novo ser vinho.
— Onde nasceu a ciência?...
— Onde nasceu o juízo?...
Calculo que ninguém tem
Tudo quanto lhe é preciso!
Vemos gente bem vestida
No aspeto desassombrada
São tudo ilusões da vida
Tudo é miséria dourada.
Embora os meus olhos sejam
Os mais pequenos do mundo
O que importa é que eles vejam
O que os homens são no fundo.
Os que bons conselhos dão
Às vezes fazem-me rir
Porque eles próprios são
Incapazes de os seguir.
És a deusa que eu adoro
Teus olhos são meu altar
Tua janela, uma igreja
Onde eu quisera rezar.
Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.
— Onde nasceu o juízo?...
Calculo que ninguém tem
Tudo quanto lhe é preciso!
Vemos gente bem vestida
No aspeto desassombrada
São tudo ilusões da vida
Tudo é miséria dourada.
Embora os meus olhos sejam
Os mais pequenos do mundo
O que importa é que eles vejam
O que os homens são no fundo.
Os que bons conselhos dão
Às vezes fazem-me rir
Porque eles próprios são
Incapazes de os seguir.
És a deusa que eu adoro
Teus olhos são meu altar
Tua janela, uma igreja
Onde eu quisera rezar.
Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência.
Para não fazeres ofensas
E teres dias felizes,
Não digas tudo o que pensas,
Mas pensa tudo o que dizes.
Os teus olhos mulher linda
Para quem neles souber ler
Dizem mais coisas ainda
Do que tu sabes dizer.
Não queiras que se convençam
Que és da regra uma excepção
Pensas como todas pensam
Tu és como todas são.
Certas viúvas discretas
De luto pesado em cima
Lembram cachos de uvas pretas
A pedir outra vindima.
Riem de outras com desdém
Certas damas bem vestidas
Quantas para vestir bem
Se despem às escondidas.
Quem trabalha e mata a fome
Não come o pão de ninguém
Quem não ganha o pão que come
Come sempre o pão de alguém.
Tu que tens saber profundo
Que és engenheiro e vês bem
Ergue uma ponte onde o mundo
Passe sem esmagar ninguém.
Quem prende a água que corre
É por si próprio enganado
O ribeirinho não morre
Vai correr para outro lado.
Não digas que me enganaste
Por ter confiado em ti
Muito mais do que levaste
Ganhei eu no que aprendi.
Para a mentira ser segura
E atingir profundidade
Tem que trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade.
O mundo só pode ser
Melhor que até aqui,
- Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti!
À guerra não ligues meia,
porque alguns grandes da terra,
vendo a guerra em terra alheia,
não querem que acabe a guerra.
De te ver fiquei repeso,
em vez de ganhar, perdi;
quis prender-te, fiquei preso,
e não sei se te prendi.
Entra sempre com doçura
A mentira, pr’a agradar;
A verdade entra mais dura,
Porque não quer enganar.
Ser artista é ser alguém!
Que bonito é ser artista...
Ver as coisas mais além
do que alcança a nossa vista!
Bom Dia de São Martinho!
E teres dias felizes,
Não digas tudo o que pensas,
Mas pensa tudo o que dizes.
Os teus olhos mulher linda
Para quem neles souber ler
Dizem mais coisas ainda
Do que tu sabes dizer.
Não queiras que se convençam
Que és da regra uma excepção
Pensas como todas pensam
Tu és como todas são.
Certas viúvas discretas
De luto pesado em cima
Lembram cachos de uvas pretas
A pedir outra vindima.
Riem de outras com desdém
Certas damas bem vestidas
Quantas para vestir bem
Se despem às escondidas.
Quem trabalha e mata a fome
Não come o pão de ninguém
Quem não ganha o pão que come
Come sempre o pão de alguém.
Tu que tens saber profundo
Que és engenheiro e vês bem
Ergue uma ponte onde o mundo
Passe sem esmagar ninguém.
Quem prende a água que corre
É por si próprio enganado
O ribeirinho não morre
Vai correr para outro lado.
Não digas que me enganaste
Por ter confiado em ti
Muito mais do que levaste
Ganhei eu no que aprendi.
Para a mentira ser segura
E atingir profundidade
Tem que trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade.
O mundo só pode ser
Melhor que até aqui,
- Quando consigas fazer
Mais p'los outros que por ti!
À guerra não ligues meia,
porque alguns grandes da terra,
vendo a guerra em terra alheia,
não querem que acabe a guerra.
De te ver fiquei repeso,
em vez de ganhar, perdi;
quis prender-te, fiquei preso,
e não sei se te prendi.
Entra sempre com doçura
A mentira, pr’a agradar;
A verdade entra mais dura,
Porque não quer enganar.
Ser artista é ser alguém!
Que bonito é ser artista...
Ver as coisas mais além
do que alcança a nossa vista!
Bom Dia de São Martinho!
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