Ao fim de alguns anos de trabalho árduo, com uma minuciosa pesquisa de fontes e beneditina paciência na recolha de factos, a equipa – constituída por Paulo Silveira e Sousa, António J. Ramalho e Octávio Gameiro – produziu uma obra de referência que, doravante, será um instrumento de consulta indispensável para historiadores e cientistas sociais e, bem assim, por todos os cidadãos interessados em conhecer, de forma rigorosa, a evolução do país nas últimas décadas.
É usual dizer-se, e com razão, que o panorama cultural português se caracteriza por uma lamentável ausência de obras de consulta e instrumentos de trabalho, como cronologias, dicionários temáticos, roteiros de fontes ou repertórios bibliográficos. Cronologias do Portugal Contemporâneo, 1960-2016 representa o contributo da Fundação Francisco Manuel dos Santos para, no domínio da identificação de datas e factos relevantes das últimas décadas, colmatar esta lacuna. A obra, que cobre um arco temporal que vai da década de 1960 à atualidade, encontra-se organizada por décadas, em sequência cronológica, e, em cada ano, por áreas temáticas: Política, Economia, Sociedade, Cultura e Internacional. Procurou-se, desta forma, cobrir um amplo espectro da realidade, fornecendo informação factual e objectiva sobre os factos que marcaram o Portugal contemporâneo.
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A RTP, associou-se ao projeto, disponibilizando o seu arquivo áudio e
vídeo, havendo assim vários filmes ou noticias e peças de rádio nos
diferentes conteúdos. Por sua vez, o Círculo de Leitores imediatamente
se dedicou à edição desta obra em livro, produzindo cinco volumes, um
por cada década, numa edição exclusiva do Círculo de Leitores.
António Araújo
(Director de Publicações da Fundação Francisco Manuel dos Santos)
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Apesar da subjetividade que sempre acompanha qualquer recolha e seleção de informação, só referimos acontecimentos que tenham apoio em fontes de acesso público e sejam passíveis de verificação objetiva. Para muitas das entradas que selecionámos e redigimos, foram consultadas várias fontes. Nem sempre foi fácil arrumá-las nas cinco secções em que se divide cada um dos 58 anos destas Cronologias: Política, Economia, Sociedade, Cultura e Internacional. Por exemplo, as entradas sobre movimentos sociais poderiam ficar concentradas na secção «Política» ou na secção «Sociedade». Optámos por esta última. Utilizámos também uma definição canónica de cultura, que nos fez colocar na secção «Sociedade» a maior parte das entradas sobre os media e a cultura de massas. Estas escolhas são passíveis de discussão e são da nossa exclusiva responsabilidade. Tentámos, contudo, ser sucintos e evitar repetições. Procurámos fazer sempre uma descrição objetiva e concisa dos acontecimentos, embora quer os termos quer a linguagem possam ser questionados ou corrigidos. Outros fariam certamente diferente. Este foi, portanto, um projeto que nos obrigou a um exercício simultâneo de rigor e de humildade.
A informação que utilizámos foi recolhida em obras de consulta geral, na imprensa, em monografias temáticas e em cronologias anteriores. O nosso trabalho assenta, pois, no trabalho de outros e pretende ser a base e o instrumento para novos autores e novas investigações. Nos casos em que se revelou impossível uma datação rigorosa, optou-se por indicar o mês ou o ano assinalados por um asterisco (*). As siglas utilizadas são desdobradas em anexo. Na elaboração deste projeto consultámos largas centenas de obras, de periódicos, artigos, textos académicos, e sítios da Internet. Não sendo possível referenciá-los a todos, optámos por uma bibliografia sumária de cronologias e de alguns títulos com ampla informação factual, bem como de sítios web com vasta informação descritiva sobre acontecimentos ocorridos entre 1960 e 2019.
Nota ds autores (Paulo Silveira e Sousa, António J. Ramalho e Octávio Gameiro)
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