sábado, 21 de junho de 2025

Sugestão de leitura | (Toda) A ciência em três grandes perguntas

 

 

#alermaisemelhor 

 

 

 



Mais do que ensinar factos científicos — naturalmente presentes —, ensina os contornos do pensamento científico, valorizando mais a criatividade, a curiosidade e os modos inesperados como se encontram respostas do que a capacidade de fixar os elementos da tabela periódica ou de saber o nome de um asteroide ou de um inseto: “(…) para perceberes bem o que é a Ciência, fica a saber que não é sobre o que sabes. É sobre as perguntas que fazes.” Com a ajuda de três personagens cientistas, das áreas da Física, da Química e da Biologia, além do próprio autor, a narrativa avança numa estrutura de diálogo entre estas quatro figuras e Mel, a protagonista e, de algum modo, porta-voz dos leitores. As ilustrações de Bernardo P. Carvalho dialogam bem com o texto de Ball, umas vezes assumindo um registo realista, outras criando cenários mais oníricos ou humorísticos. De resto, a relação entre texto e imagem passa também pelo design, pois tudo nestas páginas foi cuidadosamente pensado. 

A comunicação sempre foi importante para a Ciência, mas em tempo de negacionismos desvairados e de notícias falsas propagandeadas como verdades absolutas, essa importância agigantou-se e é muito provável que quem atravessar estas páginas, independentemente da idade, fique menos vulnerável à desinformação e disponível para questionar o que nos rodeia.

Philip Ball e Bernardo P. Carvalho. (TODA) A ciência em três grandes perguntas. Lisboa: Planeta Tangerina, 2025. 224 págs.Divulgação científica


Sara Figueiredo Costa. E-Revista, Semanário Expresso, 19 de junho de 2024

Sugestão de leitura | Ofendidinhos

 

#alermaisemelhor


Este é um ensaio “sobre a ideia de que já não se pode dizer nada” (é o subtítulo) escrito na Espanha dos nossos dias, mas interpelando constantemente a cultura americana de onde provêm quase todos os termos do debate. Aplica-se, conforme a autora escreve (“a Europa não é diferente”), a todos nós. O ensaio, género por excelência da liberdade de escrita, presta-se bem à passagem da análise à participação (não usa o termo, mas talvez se aplicasse aqui a noção de ‘observação participante’) e esse será mesmo o fito do livro. Como a autora explica, não veio aqui para ser “boazinha”.





O texto percorre a história da produção e difusão de termos hoje correntes no debate público, como “neopuritanismo” e “snowflakes”, para evidenciar como a sua difusão constitui demasiadas vezes uma subversão inadvertida da realidade que reportam (e a análise ao uso generalizado de linguagem trumpista é muito pertinente). Para isso serve-se de uma oposição entre os ofendidinhos do título e “ferozes analistas”, os primeiros sendo acusados pelos segundos de censores moralistas, quando, como a autora indica (de forma sumária mas concreta), as ofensas que suscitam os ultrajes dos analistas “independentes” estão muito mais próximas do sentir generalizado que a opinião que as contestam: “Ao espernear contra as mudanças sociais e a crescente pluralidade de vozes, mascara os verdadeiros problemas de liberdade de expressão que temos no nosso país e o fantasma que percorre a Europa: o fascismo.” Tudo isto é matéria que excede os limites do ensaio, pode concluir-se. Mas, e apesar do foco no seu tão peculiar país, este texto não esquece problemas de fundo como a diferença geracional no uso da linguagem, ainda que pouco os possa explorar. Mais do que transposições para o caso português, aí reside o seu interesse.

 
Lucía Lijtmaer. Ofendidinhos. Lisboa: Objectiva, 2025. 96 págs. Ensaio

Escola de Verão da Fundação Francisco Manuel dos Santos

 

 


 


 
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terça-feira, 17 de junho de 2025

Camões desconfinou Portugal

 

#camões500  #alermaisemelhor







 

É uma bela tradição da nossa República, esta de convidar um cidadão a tomar a palavra neste contexto solene para assim representar a comunidade de concidadãos que somos. É nessa condição, como mais um entre os dez milhões de portugueses, que hoje me dirijo às mulheres e aos homens do meu país, àquelas e àqueles que dia a dia o constroem, suscitam, amam e sonham, que dia a dia encarnam Portugal onde quer que Portugal seja: no território continental ou nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, no espaço físico nacional ou nas extensas redes da nossa diáspora¹. Se interrogássemos cada um, provavelmente responderia que está apenas a cuidar da sua parte – a tratar do seu trabalho, da sua família; a cultivar as suas relações ou o seu território de vizinhança –, mas é importante que se recorde de que, cuidando das múltiplas partes, estamos juntos a edificar o todo. Cada português é uma expressão de Portugal e é chamado a sentir-se responsável por ele. Pois quando arquitetamos uma casa não podemos esquecer que, nesse momento, estamos também a construir a cidade. E quando pomos no mar a nossa embarcação não somos apenas responsáveis por ela, mas pelo inteiro oceano. Ou quando queremos interpretar a árvore não podemos esquecer que ela não viveria sem as raízes. 

Pensemos no contributo de Camões. Camões não nos deu só o poema. Se quisermos ser precisos, Camões deixou-nos em herança a poesia. Se, à distância destes quase quinhentos anos, continuamos a evocar coletivamente o seu nome, não é apenas porque nos ofereceu, em concreto, o mais extraordinário mapa mental do Portugal do seu tempo, mas também porque iniciou um inteiro povo nessa inultrapassável ciência de navegação interior que é a poesia. A poesia é um guia náutico perpétuo; é um tratado de marinhagem para a experiência oceânica que fazemos da vida; é uma cosmografia da alma. Isso explica, por exemplo, que Os Lusíadas sejam, ao mesmo tempo, um livro que nos leva por mar até à Índia, mas nos conduz por terra ainda mais longe: conduz-nos a nós próprios; conduz-nos, com uma lucidez veemente, a representações que nos definem como indivíduos e como nação; faz-nos aportar – e esse é o prodígio da grande literatura – àquela consciência última de nós mesmos, ao quinhão daquelas perguntas fundamentais de cujo confronto um ser humano sobre a terra não se pode isentar. 

Se é verdade, como escreveu Wittgenstein, que «os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo», Camões desconfinou Portugal. A quem tivesse dúvidas sobre o papel central da cultura, das artes ou do pensamento na construção de um país, bastaria recordar isso. Camões desconfinou Portugal no século XVI e continua a ser para a nossa época um preclaro² mestre da arte do desconfinamento. Porque desconfinar não é simplesmente ocupar de novo o espaço comunitário, mas é poder, sim, habitá-lo plenamente; poder modelá-lo de forma criativa, com forças e intensidades novas, como um exercício deliberado e comprometido de cidadania. Desconfinar é sentir-se protagonista e participante de um projeto mais amplo e em construção, que a todos diz respeito. É não se conformar com os limites da linguagem, das ideias, dos modelos e do próprio tempo. Numa estação de tetos baixos, Camões é uma inspiração para ousar sonhos grandes. 

José Tolentino Mendonça, O Que É Amar Um País, Lisboa, Quetzal, pp. 10-13. 

[excerto do discurso «O que é amar um País», proferido por D. José Tolentino Mendonça no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em 10 de junho de 2020] 

 

domingo, 15 de junho de 2025

Música em Cena | Guitarra clássica com Paulo Vaz de Carvalho

 

 

 

#musicaemcena   #música  #cultura  #alermaisemelhor

 





No passado dia 11 de junho, a Biblioteca Escolar acolheu mais uma sessão da rubrica Música em Cena – Um som novo a cada mês, desta vez dedicada à guitarra clássica. O convidado foi o professor e músico Paulo Vaz de Carvalho, um dos mais conceituados intérpretes nacionais deste instrumento.

A sessão, que combinou momentos de conversa e performance musical, proporcionou aos alunos uma reflexão sensível e inspiradora sobre a música, as emoções e a vida. Ao longo da palestra, o professor contou com a colaboração especial de Daniel Costa, aluno do 10.º F, que, por uma feliz coincidência, se fazia acompanhar para esta sessão da sua flauta transversal.

Sob a orientação de Paulo Vaz de Carvalho, Daniel deu voz a paisagens sonoras, sensações e movimentos, estabelecendo um diálogo artístico com a guitarra clássica que encantou os presentes. 




Na parte final da sessão, o público teve ainda oportunidade de ouvir o som distinto de uma guitarra do período barroco, o que permitiu uma interessante comparação com o som da guitarra contemporânea.




Curiosamente, este evento decorreu precisamente no dia 11 de junho, data que assinala o nascimento de Carlos Seixas (1704–1742), notável compositor e organista português do período barroco, o que conferiu à sessão uma dimensão simbólica e histórica adicional.

A atividade contou com a presença atenta e interessada dos alunos das turmas 10.º F e 7.º B, que assim tiveram contacto direto com a música erudita e com instrumentos de época, num contexto de proximidade e partilha.


 

sexta-feira, 13 de junho de 2025

EXAMES | Prepara-te para o exame de História A

 

 

#preparaçãoparaexames

 

 


A plataforma Estudo Autónomo disponibilizou um caderno digitail para download gratuito que pode ajudar no estudo autónomo para o exame nacional de História A.

Bom trabalho!

 


quinta-feira, 12 de junho de 2025

Passam a vida online, mas qual a real literacia mediática dos jovens? Os resultados não são animadores

 

 








As gerações mais novas parecem especialistas natas em tecnologia, mas a análise às competências mais finas da literacia mediática deixa os jovens portugueses aquém do esperado

“Vivemos num mundo onde os media são omnipresentes”, arranca a “Declaração de Grünwald sobre Educação para os Media”, assinada por representantes de 19 países num simpósio organizado pela UNESCO em 1982 — muito antes de a generalização do uso da internet levar essa omnipresença a novas alturas. “O papel da comunicação e dos media no processo de desenvolvimento não deve ser subestimado, tal como não deve ser subestimada a função desses meios como instrumentos ao serviço da participação ativa dos cidadãos na sociedade”, continua o documento que foi o primeiro ímpeto para a educação sobre os meios de comunicação social que se desenvolveria a nível internacional nas décadas seguintes. “Os sistemas político e educativo devem reconhecer as suas respetivas obrigações na promoção de uma compreensão crítica do fenómeno da comunicação entre os seus cidadãos.”

A aposta na promoção da literacia mediática em Portugal tem dado passos relevantes, nomeadamente através do Plano de Ação para a Comunicação Social, lançado em outubro de 2024, que contempla o Plano Nacional de Literacia Mediática e a oferta de assinaturas digitais de títulos generalistas e económicos para estudantes do ensino secundário, duas medidas aprovadas em março deste ano em Conselho de Ministros.


Repertório mediático dos jovens

 

6º ano (11, 12 anos)

Table with 2 columns and 5 rows.
1Telemóvel
29,1%
2Internet
19,3%
3Livros
15,1%
4Videojogos
10,9%
5Redes Sociais
7,3%



9º ano (14, 15 anos)

Table with 2 columns and 5 rows.
1Telemóvel
37%
2Internet
28,2%
3Redes Sociais
8,9%
4Videojogos
8%
5Computador
6,4%



12º ano (17, 18 anos)

Table with 2 columns and 5 rows.
1Telemóvel
29,1%
2Internet
19,3%
3Livros
15,1%
4Videojogos
10,9%
5Redes Sociais
7,3%


Segundo o “Reuters Digital News Report”, 39% dos jovens dos 18 aos 24 anos utilizam como principal fonte de notícias as redes sociais, e apenas um terço dos jovens inquiridos declarou confiar nas notícias que lê nas redes. Em Portugal, a televisão e a internet (incluindo redes sociais) são os meios dominantes, havendo uma clara preferência da primeira pela população a partir dos 44 anos, enquanto os mais jovens consultam mais a internet. Isto segundo o “Digital Media Report Portugal” relativo a 2024, lançado pelo centro de investigação OberCom, que também indica que “mais de 8 em cada 10 acessos a notícias online (84%) são feitos de forma indireta e apenas 16% ocorrem através da visita direta ao website das marcas de notícias”. Uma avaliação recente do projeto bYou, do Observatório sobre Média, Informação e Literacia (MILObs) da Universidade do Minho, destaca a predominância do telemóvel e das redes sociais no tempo despendido pelos jovens a interagir com meios de comunicação (entre três e quatro horas diárias) face à televisão (duas horas) e a jornais, rádios ou podcasts (até meia hora por dia).

“As escolas têm sido excecionais no trabalho para a literacia mediática, através das bibliotecas, mas precisamos de mais consistência. Temos as práticas, mas ainda não tínhamos a política; e a política permite-lhes dar continuidade às práticas”, reflete Sara Pereira, professora e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade do Minho, especializada em literacia mediática e na relação dos jovens com os media. “O Plano Nacional poderá significar um incremento grande da literacia mediática da população portuguesa, mas não há ações para o público adulto com a mesma intensidade que há para o público escolar”, lamenta, notando que “as famílias deviam ser o grupo prioritário do plano”. Isto porque os seus hábitos mediáticos — além das habilitações — influenciam diretamente os hábitos das gerações mais novas.


49%

dos estudantes de 15 anos dos países da OCDE afirmaram não serem capazes de avaliar facilmente a qualidade da informação online

Fonte: PISA 2022

O teste-piloto da ferramenta digital EduMediaTest — que permitirá a educadores avaliarem os níveis de literacia mediática dos jovens e cuja avaliação em Portugal, em 2020, coordenada pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), envolveu quase três mil alunos dos 14 aos 18 anos —, reportou que quase dois terços dos estudantes não tinham acesso a jornais e revistas e mais de metade indicava não ter literatura em casa. A avaliação de competências tem seis componentes, entre elas a tecnologia (as competências técnicas do acesso e da navegação na internet) e a estética (a sensibilidade de relacionar produções mediáticas com obras artísticas) — rubricas em que os alunos portugueses tiveram melhores resultados, acima da média da pontuação nos sete países envolvidos no projeto: Espanha, França, Irlanda, Eslováquia, Croácia e Grécia. Já a linguagem foi a que teve piores cotações. No piloto português concluiu-se que os resultados no teste melhoram com a idade, que as raparigas tiveram melhores resultados do que os rapazes, em média, e que o grau académico da mãe ou encarregada de educação parece influenciar positivamente a performance dos alunos. Entre as recomendações resultantes, o relatório destaca, a propósito dos bons resultados no que toca à tecnologia, “a contradição das escolas em reduzir a literacia para os media a uma mera aptidão digital (essencialmente, a sua dimensão instrumental)”, expressando que “tendem a oferecer a maior parte da sua formação na única dimensão na qual os alunos já são qualificados”.


Literacia Mediática
Índice entre 41 países. Máximo 100 pontos

Table with 2 columns and 12 rows.
1Finlândia
74
2Dinamarca
73
3Noruega
72
4Estónia
71
5Suécia
71
6Irlanda
70
7Suíça
67
8Países Baixos
64
9Islândia
62
10Bélgica
61
11Alemanha
61
12Portugal
60


Um outro estudo das competências de literacia mediática de jovens do 12º ano de escolaridade, realizado em 2015 em resposta a um desafio do Grupo de Peritos da Media Literacy Unit da Comissão Europeia, espelha iguais conclusões. Enquanto identifica bons níveis de literacia funcional nos cerca de 700 estudantes avaliados, “as questões que implicavam uma análise crítica, que ultrapassavam os documentos fornecidos e que exigiam um certo conhecimento do campo mediático por parte dos alunos foram muito menos bem-sucedidas nas suas respostas”, expressa o estudo realizado pelo CECS da Universidade do Minho, com o apoio do Gabinete para os Meios de Comunicação Social e da Rede de Bibliotecas Escolares. A análise conclui “níveis muito baixos de literacia para os media”, com uma média que não ultrapassa os 29,01 valores em 100 possíveis. “Os resultados francamente baixos derivam dos exercícios propostos ou da falta de conhecimentos sobre os media? Parece-nos que a explicação estará na interação entre estes dois fatores”, expressam os autores. “Um dos dilemas recorrentes envolveu uma questão que ficou por responder: o que é que estes jovens estudantes devem saber? Sem ter isto bem definido torna-se difícil escolher o que avaliar ou ensinar. Para esta dificuldade em muito contribui o espaço reduzido que a Educação para os Media ocupa nos curricula escolares”. Dez anos volvidos, Sara Pereira, uma das autoras, defende a revisão da análise, denunciando a falta de informação sistemática e atualizada sobre a realidade nacional no que toca à literacia mediática.

O último Índice de Literacia Mediática relativo a 2023, avaliado pelo Open Society Institute — Sofia para 35 países europeus, firma Portugal no 12º lugar, uma subida na qualificação de 2022 (14º), mas uma descida na pontuação, de 61 para 60. A Finlândia, que trabalha a literacia mediática nas escolas há três décadas e é considerada o modelo a seguir no que toca a políticas de educação para os media, lidera o índice. O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), o maior instrumento de avaliação da educação a nível internacional, foca-se nos alunos com 15 anos e nas suas competências em leitura, matemática e ciências. Na edição mais recente, de 2022, analisaram-se as capacidades digitais dos alunos e concluiu-se que, embora 64% afirmassem ser capazes de procurar informação relevante online, 49% admitiam não ser capazes de avaliar facilmente a qualidade da mesma informação. A próxima edição do PISA, que será conhecida em 2026, vai integrar uma avaliação mais aprofundada das competências digitais, e um outro estudo, a ser aplicado em 2029, vai focar-se na literacia dos media e de inteligência artificial dos alunos dos países da OCDE. Sara Pereira defende que se deve apostar em estratégias que partam “do mundo jovem para o mundo adulto”, e não o contrário, justificando que é pela participação que os jovens conseguem ganhar consciência crítica das suas práticas. Exemplo disto serão os meios de comunicação escolares, como jornais, rádios ou televisões, que são o “espaço fundamental do desenvolvimento não só da literacia dos media mas também da literacia cívica”, descreve a investigadora do MILObs.

Inês Loureiro Pinto (texto), Jaime Figueiredo (Jornalista/Coordenador-Geral de Infografia) e Cristiano Salgado (Ilustrador). E-Revista, Semanário Expresso, dia 6 de junho de 2025.