sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Programação, um novo superpoder



Code stars


Nos próximos anos haverá cerca de 1,4 milhões de vagas de trabalho em ciências da computação e só 400 mil licenciados estarão preparados para as ocupar. 






quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Humanidade sem Humanidades?


Ebook








Título: A utilidade dos saberes inúteis
Autores: Nuccio Ordine e Regina Gouveia 
Prefácio: Maria Helena Damião da Silva 
Revisão:João Ferreira 
Coleção: Questões-Chave da Educação 
Edição: Fundação Francisco Manuel dos Santos 
1.ª edição: Outubro de 2017
ISBN: 978-989-8863-39-3







A escolaridade é de amnésia planificada. 
George Steiner, 2005. 

Quanto mais soubermos sobre uma coisa, mais podemos voar. 
Daniel Barenboim, 2009. 



"Aldous Huxley, no seu Admirável mundo novo, publicado em 1932, criou um diálogo entre alguém que «emocionado por se encontrar em frente de um homem que tinha lido Shakespeare», perguntou: «Mas por que está ele proibido?» A resposta foi: «Porque é velho, eis a razão principal (…). O mundo é estável agora. As pessoas são felizes (…). Sentem-se bem, estão em segurança (…). É preciso escolher entre a felicidade e o que outrora se chamava a grande arte.». 

Este breve recorte sugere a objecção já antiga – que, por vezes, se aproxima da proibição – de se integrar na educação escolar o conhecimento tendencialmente universal, erudito e abstracto, o conhecimento que a humanidade tem construído e que dá forma à civilização, ou seja, o conhecimento que vale por si mesmo e que, por acréscimo, pode ter um valor cognitivo 

Nesta modernidade, que o sociólogo Zygmunt Bauman qualificou como “líquida”, tal objecção ganha novo fôlego. De facto, estando a atenção focalizada no “eu” e no seu contexto, marcados pela volatilidade e insegurança, prevalecem os significados singulares, a procura de um bem-estar subjectivo, de uma satisfação imediata que não passa de superficial. Em vez de contrariar esta tendência, que põe em causa o próprio sentido do que é, na tradição ocidental, ser-se educado, as reformas curriculares em curso e os discursos que as acompanham deixam perceber uma sobrevalorização do conhecimento situado, concreto e instrumental, de ordem pragmática, que serve, no momento, para resolver problemas sociais e pessoais. 

Preparar seres individuais e individualistas, eventualmente integrados em grupos fechados nas suas identidades, que Karl Popper descreveu como prisões, empreendedores de si mesmos, competentes e competitivos num mercado de trabalho incerto, em simultâneo, vendo- -se auto-realizados e comportando-se dentro dos limites do ordeiro é, na verdade, a meta dessas reformas. 

Acontece que nos discursos de muitos políticos, académicos, agentes e entidades da mais variada natureza que, à força de pressionarem os sistemas educativos, têm conseguido neles um lugar de destaque, essa meta, manifestamente distante do humanismo, é apresentada como a encarnação do humanismo autêntico. “Educação humanista”, “perfil de base humanista”, “condição humana” tornaram-se slogans recorrentes nos mencionados discursos, isto quando, de modo contraditório, o seu conteúdo aponta para a construção de uma “humanidade sem humanidades”. A expressão, originalmente em forma de interrogação, é do filósofo Fernando Savater num alerta para o perigo de a história, a filosofia, a literatura ou a cultura clássica desaparecerem da escola e, de seguida – pela extensão e complexidade do conhecimento que reúnem –, da nossa cultura. Neste rol podem-se incluir as línguas, bem como as artes e acrescentar as vertentes das ciências e da matemática a que não se veja rentabilidade ou aplicação tecnológica. 

O que fica, então, no currículo que os estados proporcionam às novas gerações de modo a cumprirem o direito à educação consagrado no artigo 26.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos? Fica o “essencial”, que, não esqueçamos, tem de ser funcional e, em crescendo, “politicamente correcto”. Resulta uma tríade constituída por matemática, duas línguas e algumas ciências, trespassada por uma componente de cidadania, que está longe de o ser. Eis o “núcleo curricular” propagado como ideal do século xxi, mitigado pela equívoca ideia de que o aluno é activo, capaz de construir o seu próprio conhecimento se tiver oportunidade de desenvolver projectos com pertinência no quotidiano, em ambientes agradáveis, nos quais prevalecem as metodologias lúdicas, tudo podendo descobrir através de pesquisas, com recurso às tecnologias da informação e da comunicação. 

O acima dito traz à lembrança a afirmação: «humanidades e ciências é tudo a mesma coisa», feita pelo homem de ciência e de poesia que foi Rómulo de Carvalho/António Gedeão. Queria ele dizer que tudo aquilo que arrolamos em duas categorias muito latas decorre do esforço feito pela humanidade para procurar entender a existência humana e torná-la mais consentânea com os seus desígnios, sendo, portanto, indissociáveis. Fazer amputações nessa unidade, desvirtuá-la sob um qualquer pretexto é trair a própria humanidade, provocar o esquecimento da sua marcha, retirar sentido ao presente e empenhar o futuro. 

Os dois textos que constituem este livro e que traduzem o essencial do que foi dito na conferência com o título A utilidade dos saberes inúteis esclarecem, de uma maneira tão clara quanto bela, isso mesmo. [...]".


Prefácio: Maria Helena Damião da Silva, "Prefácio", in  A utilidade dos saberes inúteis, pp. 7-9.


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Sobre a importância da literacia visual




Entrevista com Martin Scorsese






Uma das coisas que me guiou na direção da narrativa visual foi o fato de eu vir de uma família da classe trabalhadora. A minha mãe e o meu pai eram pouco escolarizados. Eram italo-americanos de segunda geração. Não havia tradição de ler em casa, nem tão pouco de ter livros. Claro que eu lia na escola.

Eu era uma criança débil. Sofria de asma e não conseguia praticar desportos, então levavam-me ao cinema e à igreja. Para além de filmes, vi muitos programas de televisão. Estava a adquirir literacia visual naquela época, embora não percebesse que era isso que estava a acontecer. 

Eu amei os livros. Mas demorei algum tempo a aprender realmente a ler um livro - por outras palavras, como viver com o livro, como ler algumas páginas, saboreá-lo, voltar a ele. Estava muito mais aberto a qualquer código visual que estivesse escondido nos filmes. O que quero dizer com isso é a narrativa do cinema através do uso da câmera e do uso de luz, atores e diálogos - toda a literatura do roteiro traduzida através das imagens.

As histórias eram maravilhosas nos filmes, tal como a maneira de contar a história. Quando jovem, comecei a interrogar-me: por que razão a maneira de contar a história num filme é tão interessante? Então, o que eu comecei a fazer - particularmente porque os filmes passavam na televisão e às vezes eram exibidos em teatros de repertório pela cidade - foi ver repetidamente as minhas partes favoritas, e lenta, mas seguramente, comecei a memorizar visualmente esses filmes e, às vezes, fazia as minhas próprias interpretações visuais.

Eu continuava a ver os filmes de novo e de novo, e quando comecei a saber um pouco mais sobre o cinema e o que as câmeras faziam, comecei a entender que existem certas ferramentas que são usadas e que elas se tornam parte de um vocabulário. E é tão válido quanto o vocabulário usado na literatura.


Por que razão a literacia visual é importante

Quando frequentei a escola primária, não havia nenhuma tentativa de ensinar qualquer tipo de literacia visual. Hoje, a nossa sociedade e o nosso mundo estão saturados de estímulo visual. A imagem visual domina, de certa forma, para o melhor ou para o pior. Mas a realidade é que, se alguém quiser alcançar pessoas mais jovens em idade mais jovem para moldar as suas mentes de maneira crítica, precisa de saber como as ideias e as emoções são expressas visualmente. Essa forma visual pode ser vídeo ou filme, mas tem as mesmas regras, o mesmo vocabulário, a mesma gramática.

A gramática é circular para a esquerda e para a direita, entrar ou sair, subir ou descer, intercalando planos, iluminando, usando um close em vez de um plano médio - esse tipo de coisas - e o modo como se usa todos esses elementos para fazer passar um aspeto emocional e psicológico para um público.

Temos que ensinar aos nossos jovens como usar essa ferramenta tão poderosa. Eles estão expostos à linguagem visual mais cedo do que à verbal, e eu acho que há o perigo de a linguagem visual ter hoje mais efeito sobre as crianças do que costumava ter num passado recente. Temos que tentar lidar com isso e ensiná-los a interpretar o poder da linguagem visual.

Há que abrir espaço para o filme no currículo. Treinar os olhos e o coração dos alunos para olharem o filme de uma maneira diferente, fazendo perguntas e apontando ideias diferentes, conceitos diferentes. Treiná-los para pensarem numa história que é contada em termos visuais de uma maneira diferente e assumir essa tarefa muito a sério. 

É importante, penso eu, porque muito do que é comunicado na sociedade de hoje é feito visualmente e até subliminarmente. Os jovens precisam de saber que esse meio de comunicação é uma ferramenta muito poderosa.

Ler a entrevista completa AQUI.






Literacia visual | Por que precisamos dela


Brian Kennedy, diretor do Museu de Arte de Hood, no Dartmouth College, fala sobre a necessidade de literacia visual.



O que é a literacia visual?



É a capacidade de ler, compreender e escrever linguagem visual.




Vídeo produzido pelo Museu de Arte de Toledo






Pensamento crítico | Escrita & Leitura



Como o pensamento crítico pode ser aplicado à escrita e à leitura





terça-feira, 28 de agosto de 2018

Pensamento Crítico | Como tomar decisões mais assertivas









Cinco passos

1- Faça perguntas;
2. Reuna as suas informações;
3. Use a informação;
4. Considere as implicações;
5. Explore outros pontos de vista.


CILIP | Literacia da informação



#infolit






“A literacia da informação é a capacidade de pensar criticamente e fazer julgamentos equilibrados sobre qualquer informação que encontramos e usamos. Ela capacita-nos, como cidadãos, para desenvolvermos e expressarmos opiniões informadas e nos envolvermos totalmente com a sociedade.”






Definição CILIP de Literacia da Informação 2018 foi lançada no início deste ano no LILAC 2018 (Conferência Anual de literacia da Informação dos Bibliotecários), em Liverpool, e o Grupo de Literacia da informação do CILIP (ILI) solicita que a mesma seja partilhada o mais amplamente possível. 



A definição agora proposta tem quatro elementos que podem ser visualizados na íntegra no folheto disponibilizado:






O folheto apresenta:

➤Uma definição que pode ser facilmente citada - “A literacia da informação é a capacidade de pensar criticamente e fazer julgamentos equilibrados sobre qualquer informação que encontramos e usamos. Ela capacita-nos, como cidadãos, para desenvolvermos e expressarmos opiniões informadas e nos envolvermos totalmente com a sociedade.”;

➤Informações de apoio à definição, explicando melhor o que é a literacia da informação;

➤Contextos diferenciados - descreve vários contextos nos quais a literacia da informação se aplica: “Literacia da Informação e Vida Quotidiana”; “Literacia da informação e Cidadania”; “Literacia e Educação em Informação”; “Literacia da Informação e o Local de Trabalho”; e “Literacia da Informação e Saúde”; 

➤O papel dos profissionais da informação - esta secção enfatiza o papel dos profissionais da informação (professores) bibliotecários, na defesa, apoio e capacitação da literacia da informação e mostra que os bibliotecários não podem realizar este trabalho isoladamente - a inclusão da literacia da informação é melhor conduzida com a colaboração de outros profissionais. 

Para além do folheto informativo, o ILG (Information Literacy Group) publicou posteres promocionais e um cartão postal, que estão disponíveis para download e partilha: 




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O CILIP desenvolveu um modelo de literacia da informação que se baseia em oito competências necessárias para que uma pessoa seja competente em literacia da informação:
  1. reconhecer a necessidade de informação
  2. conhecer os recursos disponíveis
  3. saber encontrar a informação
  4. saber avaliar os resultados
  5. saber como trabalhar ou como explorar os resultados
  6. conhecer a ética e responsabilidade de uso
  7. saber como comunicar ou partilhar as suas descobertas
  8. saber como gerir as suas descobertas. 




domingo, 26 de agosto de 2018

Literacias críticas para os cidadãos informados do século XXI







No seu livro de 2014, Metaliteracy: Reinventing information literacies to empower learners (Metaliteracia : Reinventando as literacias da informação para empoderar os alunos), Mackey e Jacobsen argumentam que a literacia informacional deve ser redefinida como um 'metaliteracia' que engloba elementos da literacia digital e dos media, assim como várias outras literacias. Ao fazer isso, os indivíduos podem aprender a "produzir, colaborar e partilhar" informações, bem como compreender as habilidades mais tradicionais da literacia informacional. Como corolário, promove-se a aprendizagem metacognitiva.

Por outras palavras: o conceito de metaliteracia expande o âmbito das habilidades tradicionais de informação (determinar, acessar, localizar, compreender, produzir e usar informações) para incluir a produção colaborativa e a partilha de informações em ambientes digitais participativos (colaborar, produzir e partilhar) predominantes nos dias de hoje.

A literacia mediática, a literacia visual, a literacia digital, a cyberliteracia, a transliteracia, a literacia em TIC, a literacia Web*, a literacia de direitos autorais e uma série de outras literacias específicas são literacias críticas para os cidadãos informados do século XXI. O livro oferece uma estrutura que nos prepara para nos envolvermos nos ambientes de informação de hoje como colaboradores ativos, auto-reflexivos e críticos nesses espaços de colaboração, e conecta o metaliteracia a tópicos como metadados, web semântica, metacognição, educação aberta, ensino a distância e narrativa digital.





* A literacia web está relacionada com habilidades e competências necessárias para ler, escrever e participar da Web:

  • 'Explorar' - lendo a web
  • 'Construir' - escrevendo a web
  • 'Conectar' - participando da web.
A literacia da informação liga-se diretamente à vertente "Explorar".



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A declaração de Praga de 2003 define a literacia da informação como abrangendo

“Conhecimento das preocupações e necessidades de informação, e a capacidade de identificar, localizar, avaliar, organizar e efetivamente criar, usar e comunicar informações para tratar problemas; é um pré-requisito para participar efetivamente na Sociedade da Informação e faz parte do direito humano básico de aprender a vida toda ”.




“A literacia da informação está no cerne da aprendizagem ao longo da vida. Ela capacita as pessoas em todas as esferas da vida para buscar, avaliar, usar e criar informações de forma eficaz para alcançar seus objetivos pessoais, sociais, ocupacionais e educacionais. É um direito humano básico num mundo digital e promove a inclusão social de todas as nações ”.


O conceito plural de literacia



 https://drive.google.com/open?id=14fQoiw7FnYqg4IJLpzkEiYXz_UBF967L
UNESCO 2004

Download


Embora o termo “literacia” seja frequentemente usado metaforicamente para designar competências básicas em domínios diferentes daqueles imediatamente relacionados com textos escritos, tais como “literacia informática”, “literacia mediática”, “literacia em saúde”, “eco-literacia”, “literacia emocional ”e similares não fazem parte da noção plural de literacia em questão aqui.

A parte 1 traça a recente evolução da noção de literacia.
Com base na pesquisa teórica e empírica, a Parte 2 explora a pluralidade da literacia em questões de expressão e comunicação, identidade cultural e desenvolvimento socioeconómico, bem como nas suas ramificações práticas. 
Por sua vez, a Parte 3 situa essa pluralidade no contexto de compromissos globais e estratégias para alcançar literacia para todos e educação para todos, recomendando vários pontos de ação específicos para os Estados Membros, especialmente para planejadores e provedores de literacia em cada área de preocupação. 

A conclusão recapitula algumas preocupações centrais com a literacia.



O direito à literacia


"A literatura faz parte dos Direitos do Homem e é crucial para o desenvolvimento social, cultural e económico das nações, comunidades e indivíduos. Por isso todo o cidadão europeu tem o direito a adquirir literacia."







quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Felizmente existem os livros




Diretrizes para os Diretores das Escolas



Aprendizagem móvel e serviços em nuvem



 https://drive.google.com/open?id=1fyr2AumuA7b43tT1T_tmVAbm0ct8KszB


Tipo: diretrizes
Autor: FCL Regio
Ano: 2018
Público: autoridades educacionais, alunos, professores
Tópicos: Inovação



A publicação da Rede Regional do Laboratório de Salas de Aula do Futuro resume cinco diretrizes-chave para os líderes escolares em relação à indução de professores e desenvolvimento profissional contínuo, bem como à integração inovadora das TIC na sala de aula.

A formação de professores em serviço e os programas de iniciação de professores recém-qualificados são elementos-chave, não apenas para refletir, mas também para serem abordados imediatamente pelos líderes das escolas e pelos formuladores de políticas. Outros elementos, como encontrar maneiras mais inovadoras de integrar as TIC na sala de aula, usar serviços de nuvem ou implementar técnicas e metodologias inovadoras que possam ajudar os professores a usar tecnologias digitais de maneira mais eficiente em sala de aula, devem ser considerados. Para esse fim e com base nas recomendações do FCL Regio para os formuladores de políticas, o projeto desenvolveu uma lista de sugestões que os líderes escolares podem usar como diretrizes no seu próprio contexto.



A importância do processo criativo


Por Daan Roosegaarde

O Fórum Económico Mundial, em Genebra, entrevistou pessoas inteligentes de todo o mundo perguntando: "Quais são as dez melhores habilidade necessárias para se ter sucesso?" 

Da leitura dos resultados conclui-se que o importante não é o dinheiro ou a excelência em termos de resultados escolares/académicos. Eis as escolhas que ocupam os três primeiros lugares: número três: criatividade; número dois: pensamento crítico; número um: solucionar problemas complexos. Três habilidades em que os robôs e computadores são péssimos. Isso deixa-nos muito otimistas e esperançosos em relação ao futuro. 

Como viveremos no mundo hipertecnológico?
As nossas habilidades humanas e o nosso desejo de empatia, curiosidade e beleza serão, novamente, mais apreciados, e viveremos num mundo no qual a criatividade é o verdadeiro capital.


Ver o discurso completo de Daan Roosegaarde, artista holandês e fundador do Studio Roosegaarde, que desenvolve projetos que mesclam tecnologia e arte em ambientes urbanos. Vídeo legendado em português do Brasil.
















terça-feira, 21 de agosto de 2018

Ler, ler sempre!






O corpo docente da Ocean Avenue School, uma escola norte-americana, adaptou a conhecida melodia Shake It Off, de Taylor Swift, e o resultado foi este divertido Read all day, que constitui uma fantástica promoção do livro e da leitura!



“Read All Day” 
Remake of Taylor Swift’s “Shake It Off” 
Rewritten by Jamie Corso & Colleen O’Neil

 
I stay up too late 
Got reading on my brain 
That’s what students say, mmm-mmm 
That’s what students say, mmm-mmm I can’t put this book away 
I have to read each day 
At least that’s what students say, mmm-mmm 
That’s what students say, mmm-mmm CHORUS 
But I keep reading 
Can’t stop, won’t stop reading 
It’s like I got this author 
In my mind 
Saying, “You gotta read all night.”

Cause the students gonna learn, learn, learn, learn, learn 
And the teachers gonna teach, teach, teach, teach, teach
But I’m just gonna read, read, read, read, read 
Read all day, 
Read all day 
I just gotta see, see, see, see, see 
What this book means to me, me, me 
But, I’m just gonna read, read, read, read, read 
Read all day, read all day 

I never miss a book 
I’m reading on my nook 
I practice fluency, mmm-mmm 
Practice fluency, mmm-mmm

I’m reading on my own (reading on my own) 
I read the words as 
I go (read words as I go) 
Gotta make sure 
I decode, mmm-mmm 
Make sure I decode, mmm-mmm 

CHORUS
Read all day, read all day, 
I read all day, 
I read all day, 
I, I, I read all day, 
I read all day 
I, I, I read all day, 
I read all day
 I, I, I read all day, 
I read all day

Hey, hey, hey 
Just think while you’ve been getting down and out about the scores on your Wii and Play Station 2
You could’ve been getting down to this sick book!

My teacher brought us these new books 

She’s like, “Oh my gosh! 
You just gotta read.” 
And to the students over there with some time to spare 
Won’t you come on over maybe? 
We can read, read, read Yeah ohhh 
CHORUS (until the end)

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Fotografia | As modernas formas de escravatura





A fotógrafa Lisa Kristine viaja pelo mundo a documentar as insuportáveis ​​e severas realidades da escravidão moderna que existe em todas as partes do mundo (até mesmo nos nossos quintais...). 

Neste vídeo, Lisa partilha múltiplas imagens de trabalho escravo - na olaria (produção de tijolos) na Índia e no Nepal, no transporte de pedras nos Himalaias, na extração de ouro no Congo, na prostituição forçada no Nepal, nos texteis na Índia, ... - que ilustram a situação de cerca de 27 milhões de pessoas que atualmente são escravizadas em todo o mundo.





domingo, 19 de agosto de 2018

Um fotógrafo é, literalmente, alguém que desenha com a luz



Dia mundial da fotografia | 19 de agosto


Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro, é considerado um dos maiores talentos da fotografia mundial pelo teor social do seu trabalho.

A vida e obra de Sebastião Salgado são reveladas por seu filho, Juliano, e pelo conhecido diretor Wim Wenders, no documentário O sal da terra, cujo trailer passamos a apresentar.


 


⏩ ⏩ ⏩ ⏩ ⏩ ⏩ ⏩

"Não tenho certeza se todas as pessoas aqui conhecem minhas fotografias. Quero começar a mostrar-lhes algumas fotos, depois falarei".

No vídeo que a seguir se apresenta, Sebastião Salgado conta uma história profundamente pessoal da arte que quase o matou, e apresenta imagens espetaculares de um dos seus trabalhos fotográficos, Génesis, que documenta um mundo de pessoas e lugares esquecidos.





sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Can't stop reading!


Não podes parar de ler quando chega o verão!





A equipa de professores das 12 Escolas Públicas de Middletown Township aproveitou os locais mais frequentados da cidade, o trabalho de pés e uma música de sucesso para incentivar os alunos a ler durante as férias de verão.


Uma paródia educacional, escrita para o hit de Justin Timberlake, “Can't Stop the Feeling”, fez os professores dançarem e lerem em locais emblemáticos por toda a cidade, com a mensagem: “Por toda a nossa cidade, entra no grupo, gostaríamos de te ver a ler quando estás sozinho.”


Literacia da informação ao som de Lady Gaga






Biblioteca, pesquisa, Big6, catálogo, base de dados, booleano, thesaurus: alunos e professores da Escola de Informação da Universidade de Washington divertem-se, divulgando conceitos de pesquisa e tratamento da informação ao som de Lady Gaga.


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Histórias curtas para dias longos



Jornal de Letras, Artes e Ideias nº 1248 


Disponível na Biblioteca



De 1 a 14 de agosto 2018


NESTE NÚMERO

Entrevista: Rámon Villares - Galiza, uma "nação cultura" aberta ao mundo

Entrevista: Elísio Summavielle - O crescimento e o futuro do CCB

Alexandre Cabral - O escritor e camiliano no seu centenário

Histórias curtas para dias longos: onze contos inéditos de escritores lusófonos 


terça-feira, 14 de agosto de 2018

Alberto Manguel | Como a literatura nos transforma


É um verbo "ativo" o verbo ler. É um verbo que precisa de um sujeito que quer transformar-se, que busca transformar-se. - Manguel







Alberto Manguel (1948, Buenos Aires) é um escritor, tradutor e editor nascido na Argentina e hoje é cidadão canadiano / canadense. Passou a infância em Israel, estudou na Argentina e viveu no interior da França. É ensaísta, organizador de antologias, tradutor, editor e romancista.

Três livros de Manguel fazem parte do fundo documental da nossa biblioteca:







Formas de ver o mundo | O ensaio



Portugal visto por Jose Gil



Se há obra que marca o início do século XXI português é esta, do filósofo José Gil. Talvez seja porque nela se espelha a condição de ser português, tão cantada desde Luís de Camões ou porque nela se queiram ler as respostas para esse Portugal por cumprir, como disse Pessoa ou, ainda, por que é que resistimos venerandos e obrigados. 


 http://ensina.rtp.pt/artigo/jose-gil-e-o-problema-da-identidade-portuguesa/
José Gil e o problema da identidade portuguesa




José Gil acompanhou as mudanças na sociedade mas, no seu entender, a mudança profunda nunca foi feita: as mentalidades continuaram fechadas, presas à inércia e a um medo interiorizado que a ditadura fomentou; o espaço público manteve-se reduzido, a iniciativa individual e coletiva muito limitadas ou praticamente inexistentes. Da exaustiva reflexão sobre a identidade portuguesa, escreveu um “esboço de ensaio”, retrato pessimista do presente e do futuro “do país da não inscrição, onde nada acontece”.

Nesta entrevista, o filósofo e ensaísta, reflete sobre a identidade portuguesa a partir do seu livro "Portugal Hoje - O Medo de Existir" (2004), que foi best-seller. A revista francesa Le Nouvel Observateur considerou-o um dos mais importantes pensadores do mundo.




Portugal, Hoje — O Medo de Existir aborda traços de mentalidade (desde a inveja à dificuldade de "inscrição") que por serem particularmente acentuados no nosso país, obstaculizam o seu desenvolvimento, abertura ao exterior, e, sobretudo, a sua dinâmica interna. E por "dinâmica interna" José Gil entende "um movimento profundo, para além do plano sociológico, que faz mexer as pessoas e as liberta para todo o tipo de procuras, invenções, experimentações nas várias dimensões da vida".


domingo, 12 de agosto de 2018

Dia Internacional da Juventude


12 de agosto

#IFLA 
#SafeSpaces4Youth



Bibliotecas, espaços seguros para os jovens

As bibliotecas oferecem a todos um espaço seguro para aprender, crescer e exercer os seus direitos.




Passatempo | Puzzle





Pormenor do produto de um trabalho de projeto realizado há alguns anos atrás por alunos de Artes de 12º ano que foi oferecido à Biblioteca.

É a nossa mascote. 

De que falamos?
É fácil: A resposta está mesmo à sua frente! Basta resolver o puzzle. 



Formas de ver o mundo | A sátira



Os toucados vistos por Nicolau Tolentino 







Nada melhor do que a sátira, para chamar a atenção para a importância do património cultural. E se falo de sátira, falo de património imaterial, de costumes, de modos de vida. O património da cultura como realidade viva comporta a compreensão da complexidade e da diversidade. Ninguém melhor do que o nosso Nicolau Tolentino de Almeida (1740-1811) para nos dar conta da permanência e da relatividade desses costumes. Olhe-se a gravura que hoje publicamos. Quantas vezes não vemos ainda hoje os toucados e os chapéus extravagantes nas corridas de Ascot? Portanto, não estamos a falar de realidades distantes. O último grito pode torna-se ridículo, mas pode ter sentido quando surge. A novidade é importante, mas só vale se for capaz de ficar. E se folhearmos uma revista de modas, com dez ou vinte anos, temos de sorrir ora com o ridículo, ora com a coexistência ou o conflito gritante entre o bom gosto e a falta de senso… São elementos de todos os tempos. Se a elegância ou o bom gosto devem sempre rimar com bom senso e sentido da medida, a verdade é que isso é mais raro do que supõe. Mas o não nos levarmos demasiado a sério obriga a compreendermos que o tempo só pode ser entendido pelo uso da sátira. E que é a sátira senão a compreensão de que ninguém foge ao ridículo – e que o ridículo permite compreender-se o que passa e o que fica?… Daí o poema de hoje. Um dos mais célebres de Nicolau Tolentino. Está lá tudo dito. A mãe e a filha não fogem ao ridículo. E nada na sátira está a mais. E fala-se de muito mais do que de penteados altos… Tudo nos permite compreender o quadro… Mas se houvesse um comentário sisudo – nada entenderíamos.



«Chaves na mão, melena desgrenhada,
Batendo o pé na casa, a mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo e de pena,
A filha o ponha ali ou a criada.

A filha, moça esbelta e aperaltada,
Lhe diz coa doce voz que o ar serena:
- «Sumiu-se-lhe um colchão? É forte pena;
Olhe não fique a casa arruinada...»

- «Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
Já a mãe não tem mãos?» E, dizendo isto,

Arremete-lhe à cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto!)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado!...»


Nicolau Tolentino (1740-1811)
Agostinho de Morais

Portugal de Alexandre O'Neill, Tu cá, tu lá com o património, Diário de Agosto, Número 1. Disponível no e-cultura.blogues 


sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Formas de ver o mundo | a poesia



Portugal visto por Alexandre O'Neill






Não é possível falar de identidade portuguesa sem ouvir Alexandre O’Neill, que disse como ninguém o que deve ser dito – num tempo em que se verifica por toda a parte a tentação de maximizar as identidades fechadas. De facto, como vimos depois da Primavera dos Povos (1848), a afirmação das diferenças nacionais teve consequências dramáticas: nacionalismos agressivos, soberanias ilimitadas, conflitos desregulados, tribalismos doentios. Ao falar de Portugal O’Neill põe-nos de sobreaviso relativamente às tentações absolutistas. 
Eduardo Lourenço disse em O Labirinto da Saudade que não somos nem melhores nem piores que outros e que a História tem de ser um revelador de imperfeição e responsabilidade… Pode dizer-se que o poema de «Feira Cabisbaixa» é emblemático – permitindo encarar a História como exigência de não esquecer o lirismo, a tragédia e o carácter pícaro da nossa cultura ancestral. Nascemos dos trovadores, continuámos entre a lírica e a história trágico-marítima, mas nunca esquecemos o escárnio e mal dizer e a ironia de Fernão Mendes ou do Pranto de Maria Parda… Está tudo aqui no nosso Portugal visto por O’Neill…



«Ó Portugal, se fosses só três sílabas,
linda vista para o mar,
Minho verde, Algarve de cal,
jerico rapando o espinhaço da terra,
surdo e miudinho,
moinho a braços com um vento
testarudo, mas embolado e, afinal, amigo,
se fosses só o sal, o sol, o sul,
o ladino pardal,
o manso boi coloquial,

a rechinante sardinha,
a desancada varina,
o plumitivo ladrilhado de lindos adjetivos,
a muda queixa amendoada
duns olhos pestanítidos,
se fosses só a cegarrega do estio, dos estilos,
o ferrugento cão asmático das praias,
o grilo engaiolado, a grila no lábio,
o calendário na parede, o emblema na lapela,
ó Portugal, se fosses só três sílabas
de plástico, que era mais barato!


*

Doceiras de Amarante, barristas de Barcelos,
rendeiras de Viana, toureiros da Golegã,
não há «papo-de-anjo» que seja o meu derriço,
galo que cante a cores na minha prateleira,
alvura arrendada para o meu devaneio,
bandarilha que possa enfeitar-me o cachaço.
Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo,
golpe até ao osso, fome sem entretém,
perdigueiro marrado e sem narizes, sem perdizes,
rocim engraxado,
feira cabisbaixa,
meu remorso,
meu remorso de todos nós...»

Alexandre O’Neill (1924-1986)

Ler. Reler! Sempre.

Agostinho de Morais


Portugal de Alexandre O'Neill, Tu cá, tu lá com o património, Diário de Agosto, Número 4. Disponível no e-cultura.blogues


Revista 7faces homenageia Eugénio de Andrade




 https://issuu.com/setefaces/docs/revista_7faces_15
7faces, edição nº 15, jan 2018

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Canção


Tinha um cravo no meu balcão;
veio um rapaz e pediu-mo
– mãe, dou-lho ou não?

Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo
– mãe, dou-lho ou não?

Dei um cravo e dei um lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo pedir
– mãe, dou-lho ou não?

Eugénio de Andrade (Póvoa de Atalaia, Fundão, 19.01.1923 – Porto, 13.06.2005). 
Pseudónimo de José Fontinhas.



"Canção", de Eugénio de Andrade, dito por Eunice Muñoz


quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Formas de ver o mundo | A fotografia



Solange Ferraz de Lima, do Museu Paulista da USP, e Lívia Aquino, da FAAP, falam sobre
a importância da fotografia e como ela moldou a forma de ver o mundo.





quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Cordas que libertam


“Y al final, te ataré con todas mis fuerzas, mis brazos serán cuerdas” - canção de Enrique Bunbury
            O CORDAS from Pedro on Vimeo.




A relação de amizade entre a pequena María e seu colega de orfanato Nicolás, portador de paralisia cerebral, é o fio condutor da curta-metragem espanhola Cuerdas, vencedora do Prémio Goya 2014, na categoria ‘Melhor Curta-metragem de Animação’. 

A história, escrita e dirigida por Pedro Solís García, é inspirada na relação de amor e carinho construída entre os filhos do próprio realizador: a filha dele, Alejandra, tem uma ligação especial com o irmão, Nicolás, que possui paralisia cerebral que o impede de andar e falar.


No final da curta, uma dedicatória que nos emociona:

“A minha filha Alejandra: obrigado por inspirar essa história.
 Ao meu filho Nicolás: quem dera nunca tivesse inspirado essa história.
A Iola: por tudo o que não tem chorado diante de mim…”


Por um mundo com mais Marías...